Novo Segredo

Era Verão. O sol abrasador parecia queimar os que se atreviam a passear junto do lago.

Os mergulhos tornavam-se irresistíveis.

McGonagall ignorou quando viu os segundos-anos de Slytherin envolvidos numa guerra de água, ao fim da tarde. Mas os momentos preferidos de Harry, era quando ele, Theo, Blas e Drak se escapuliam do dormitório a meio da noite, e nadavam sobre a luz do luar nas noites quentes.

 Os exames foram cancelados como prenda da escola. E os alunos viram-se cheios de tempo livre. Daphne voltou a roubar a vassoura de Harry para voar sobre as torres do castelo, durante a noite. Descobriram-se passagens secretas. A sala comum encheu-se de duelos e jogos de xadrez. O Quidditch voltou.

Os petrificados foram acordados. Hermione Granger veio agradecer aos Slytherin, e até trocou um aperto de mão com Malfoy, o que deixou Harry e Daphne surpreendidos.

Hogwarts parecia novamente o lugar que Harry conhecera.

Lockhart foi demitido por abandonar a escola: tinha fugido, quando lhe haviam dado Carta Branca para derrotar o monstro de Slytherin. E Snape, para grande felicidade dos Slytherin, encarregou-se das restantes aulas de DCAT.

Snape ensinou-lhes mais na última semana de aulas, do que Lockhart conseguira o ano inteiro.

Os Slytherin rebentaram com Fogo-de-artifício na Aula de Encantamentos. O Relógio da Tempestade de Harry soltou alguns relâmpagos. O velho Flitas caiu da sua pilha de livros por duas vezes. Thomas, Finningan e Weasley foram atingidos por Feitiços de Cócegas, e não conseguiram parar de rir, até Hermione Granger decidir intervir. Perderam pontos, mas ninguém estava preocupado, uma vez que tinham acabado de ganhar seiscentos pontos. Foi divertido.

Harry voltou à Câmara dos Segredos. Havia uma coisa que o intrigava.

Desceu, e admirou a beleza subtil do lugar, como a luz do lago reflectia o mármore negro e a água escura do lago parecia feita de esmeraldas. Era um lugar que considerava confortável. Os seus passos ecoavam, dando-lhe uma sensação de poder e grandeza. Murmurou em serpentês “Ergue-te Slytherin, o maior dos quatro de Hogwarts”.

E uma serpente deslizou pela boca da estátua. Não era tão grande como a que Harry matara, era ainda jovem.

- Quem és tu? – Harry perguntou, fechando os olhos.

- Quando um de nós morre, outro deve renascer. – Respondeu o Basilisk.

Tal como Harry pensara, a Câmara estava cheia de ovos. Por muito mais tempo que um Basilisk conseguisse viver, Slytherin não saberia quando o seu Herdeiro regressaria à escola.

- Estou a ver. – Harry acenou. – O Riddle disse que o serpentês não podia salvar-me,  que o Basilisk só obedeceria ao Herdeiro de Slytherin.

- O que é verdade. – Concordou o Basilisk.

- O Riddle está morto. – Harry informou.

- Eu sei. – O Basilisk replicou.

- Então, a quem obedeces, agora? O que acontece enquanto a Câmara tiver selada e sem um Herdeiro?

- Mas há um Herdeiro. – O Basilisk disse. – Há um Herdeiro, a quem devo obedecer.

- Quem? – Harry perguntou.

- Tu sabes quem.

Harry abriu os olhos. Encontrou os olhos amarelos do Basilisk, o seu coração continuava a pulsar. O Basilisk não o mataria.

- Eu não tenho sangue de Slytherin. – Harry murmurou.

- Não é necessário. É preciso alma de Slytherin, não sangue. Riddle tinha ambos. Mas eu vejo a tua alma, e seria a partir da alma que Slytherin escolheria o seu Herdeiro. – Explicou o Basilisk – O sangue é algo demasiado trivial. As linhagens acabam.

- Tu vês a parte de Voldemort em mim, tal como o Chapéu Seleccionador. – Harry disse.

- Sim, mas isto é para lá das tuas capacidades. É uma questão de vontade. Não que as tuas aptidões não sejam importantes, mas o que faz de ti um verdadeiro Slytherin é a tua vontade de ser um. E tu queres em toda a tua alma ser um Slytherin, e isso é algo que nem mesmo Voldemort te poderia dar, não achas?

Harry meditou sobre o assunto por uns segundos.

- Eu não quero matar nascidos de muggles. O único resultado seria o Encerramento da Escola. Algo que nem mesmo Slytherin quereria…

- O que queres fazer?

- Derrotar os meus inimigos. Voldemort toma-me por um tolo sem talento. Dumbledore acha que eu deveria estar nos Gryffindor. Eu vou derrotar Voldemort e mostrar a Dumbledore os seus erros. Eu vou mostrar-lhes o poder do Herdeiro de Slytherin.

- Eu obedeço-te. – O Basilisk sibilou.

- E se Voldemort voltar?

- O poder agora é teu. – O Basilisk respondeu. Harry sorriu com a confirmação.

- Como te chamas? – Perguntou Harry.

- Mata Kemantian. Significa Olhos da Morte num idioma da Indonésia. Salazar Slytherin aprendeu muito sobre a magia do Sudeste Asiático.

- Mata Kemantian, eu voltarei. – Harry sibilou.

Saiu, garantindo que ninguém o via a regressar. Tinha muito em que pensar. Nunca se imaginara no papel de Herdeiro de Slytherin. Os boatos que tinham circulado pela escola tinham a sua dose de verdade. Decidiu que não partilharia esta nova informação.

O fim do período rapidamente chegou.

Ginny Weasley evitava Harry nos corredores, o que ele lamentava. O resto dos Weasley estava bastante agradecido a Harry. Percy parecia incapaz de retirar pontos aos Slytherin. Os gémeos tinham fornecido todo o fogo-de-artifício que eles tinham usado na partida da aula de Encantamentos, e não se cansavam de dar dicas a Harry. O agradecimento de Ronald era não ofender Harry ou Draco.

Arthur Weasley foi despromovido do cardo de Chefe de Departamento, devido à sua relação com os ataques na Escola de Magia e Feitiçaria de Hogwarts. O Profeta Diário teve um dia em cheio.  

Harry aproveitou ao máximo a viagem de comboios, a duelar com Blaise e a vencer Draco num jogo de Pedras Esguichadoras.

O pior foi regressar a Privet Drive.

 

 N/A: É o fim da Câmara dos Segredos. Foi um bom final?

Guilherme: Ah! Isto foi provisório. Estou de volta a actualizar o mais rapidamente possível. Gostou?

Xandevf: A Fawkes só apareceria se o Harry fosse extremamente leal ao Dumbledore, o que lamento dizer: não é. O Harry adora os Malfoy, não foi necessariamente bobo. 

Caderninho Azul: Gostei muito do seu comentário na primeira fic. Espero que, também, goste desta e me vá dizendo. =) Boas leituras :P 

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