gotta be 17 and 18



Capítulo Dezessete: ‘Odiar é mais seguro que amar’.


Existirão vários momentos na sua vida em que você sentirá medo. Tudo bem em ter medo, mas se não fizer nada para superá-lo, você pode acabar perdendo coisas muito boas. – Nathan Scott.

- Vem, Rhanninha !
- Não! A água deve estar gelada demais! Podem ir sem mim! – rhanna gritou pras duas amigas doidas que corriam pro mar.
Era incrível como às nove da manhã o sol já estava brilhando forte no céu havaiano. As meninas acordaram cedo, devido ao barulho feito pelas crianças que faziam aulas de surf pela manhã. Daniel dormia profundamente quando rhanna foi olhá-lo antes de sair de casa; até o jeito em que o garoto estava esparramado pela cama era lindo diante dos olhos de Rhanninha . 
Ela olhava Nina e Cath jogando água uma na outra rindo, e não pôde deixar de sorrir; se sentia feliz, completa como não se sentia há muito tempo. A garota ajeitou os óculos escuros no rosto, colocou os fones do iPod no ouvido e olhou pra areia, indecisa entre sentar-se ali ou ir à casa buscar uma canga. Por fim decidiu ficar de pé, sentindo o vento bagunçando seus cabelos, a leve ardência que o sol proporcionava à sua pele e ouvindo a música calma que tocava. A voz de Kate Voegele era suave aos ouvidos de rhanna, que fechou os olhos curtindo o momento.
- Bom dia – Daniel falou baixo ao abraçar a garota por trás, assustando-a.
Neeson! Que susto! – rhanna tira os fones virando o rosto sem sair dos braços do garoto. – Você nunca vai perder essa mania de me assustar?
- Assustar? Eu prefiro a palavra surpreender – Daniel disse baixo, logo depositando um beijo no pescoço da garota – E obrigado por me dar bom dia.
- Ah meu Deus, ele já acordou manhoso – rhanna ri ficando de frente para Daniel – Bom dia, Neeson.
- Bom dia, Penalva – ele sorri de lado ao aproximar o rosto de rhanna com uma mão, passa seu nariz no dela, fazendo-a rir baixinho; ele segue roçando o nariz pelo rosto da garota, passando pela bochecha, pescoço e chegando aos ombros nus - devido ao biquíni verde que rhanna usa - Daniel depositou um beijo no local, e apoiou a testa, suspirando em seguida.
- Que foi? – a garota perguntou baixinho ao tocar os cabelos dele.
- É tão revoltante – a voz do garoto saiu abafada, fazendo rhanna sorrir.
- O que é revoltante?
- Nós sermos tão idiotas a ponto de levarmos dois anos pra ficarmos juntos.
- Dois anos? Já? – ela se sobressaiu fazendo Daniel levantar a cabeça para olhá-la nos olhos.
- Dois anos! Acredita? – o garoto sorriu colocando uma mecha de cabelo que o vento bagunçou em rhanna atrás da orelha. – Há dois anos eu sinto prazer em implicar com certa garotinha birrenta e orgulhosa.
- Jura? E como você agüentava essa garota? – ela entra na brincadeira, se segurando para não rir.
- Ah, eu ainda agüento, sabe? Mesmo ela sendo chatinha, cabeça dura e um pouco metida – Daniel tentava ficar sério, enquanto tocava as costas da garota com as pontas dos dedos, sentindo seus corpos colados, o fato de estar sem camisa e ela de biquíni proporcionava o total contato entre as peles, e a sensação era indescritível. – Mas assim, ela até que é bonitinha sabe? Daí compensa o esforço de aturá-la.
- Seu cachorro – rhanna não agüenta e acaba rindo ao estapear o garoto que ria abertamente. – Eu sou insuportável assim, é?
- Você não faz idéia! – Daniel gargalhava se esquivando dos tapas da menina – Alguém já te disse que você é muito agressiva?
- Só sou agressiva com os bobos que me deixam bater neles – rhanna diz rindo da cara de chocado que o garoto fez.
- Você não deveria ter dito isso – sorriu de um jeito maroto fazendo a garota encolher os braços e sorrir desconfiada – Corre!
- Quê? – rhanna pergunta em meio a um ataque de risos.
- Começa a correr, eu to avisando – Daniel dá dois passos pra trás, como se preparando pro ataque.
- Aaaaah! – a garota sai correndo pela praia vazia, rindo e tentando não tropeçar na areia – Não! Pára, Neeson!
- Corre, meu amor, pode correr, porque se eu te pegar... – Daniel gritava rindo, sem dar o máximo na corrida, dando certa vantagem a rhanna.
- Por favor, chega! – ela ainda gritava e ria ao mesmo tempo – Eu não agüento mais correr!
- Ta bem, vamos parar – Daniel gargalhava do desespero da garota. – Por que você ainda ta correndo?
- Porque você também ta! – Rhanninha olha pra trás rindo, e ao fazer isso tropeça, dando tempo de Daniel alcançá-la. Ele a puxou contra si ainda rindo, apertando-a em seus braços. – Ah, eu to ficando sem ar!
- Mas é mole mesmo! Não corremos quase nada – Daniel afrouxou o abraço, mantendo uma das mãos na base das costas de rhanna, e com a outra tocou a face corada da menina sorridente e de olhos brilhantes que olhava pra ele. 
- Ei, eu corro bem, ta legal? Mas uma gripe mal curada, mais uma bela corrida às nove da manhã na areia e um doido me esmagando... não dão um resultado muito satisfatório no quesito respiração –rhanna sorriu de lado, ainda ofegante, ao abraçar o garoto pela cintura.
- E se o doido que está te esmagando resolver dar um mergulho? 
- Ele iria sozinho, é claro.
- Ah, ele não iria, não. 
- E quem ele quer levar junto?
- Hum... Provavelmente a garota dele – Daniel finge estar pensar ao passar seu nariz pelo de rhanna.
- Ah, ele tem uma garota? – a garota diz baixinho de olhos fechados.
- Tem, uma garota linda, inteligente, meiga, sorridente, meio maluca... – ele usava o mesmo tom de voz que ela; aproximando seus rostos com a mão, sentindo seus lábios roçarem aos dela levemente.
- Meio maluca, é? – disse uma rhanna totalmente entregue ao momento.
- Não. Na verdade, ela é completamente doida – ele ouve um suspiro baixinho escapar dos lábios dela quando dá um leve beijo no queijo da garota.
- Bom, ela deve ser mesmo... Pra gostar dele, sabe? – rhanna diz com a voz fraca, apertando as unhas nas costas de Daniel.
- Você gosta de mim? – esquecendo a brincadeira, o garoto olhou cheio de esperança e malícia sorrindo para rhanna.
- Eu sou sua garota? – ela respondeu do mesmo jeito, fazendo-o rir.
- Hum... Eu respondo depois do nosso mergulho.
- Nosso... QUÊ?! NÃO! NEESON! – antes que pudesse fugir Daniel já tinha a jogado nos ombros e corria de encontro ao mar – ESSA ÁGUA TÁ GELADA! ME COLOCA NO CHÃO!
- Eu juro que daqui a uns 10 anos eu estarei surdo! – Daniel disse rindo e tentando segurar rhanna (que se debatia loucamente) em seus braços; ele a ajeitou em seu colo, posicionando-a de frente pra ele, colocando uma mão na coxa da garota e a outra bem na base das costas.
- Por favor, não me coloca na água – Rhanninha fez um biquinho adorável, ao passar os braços pelo pescoço do garoto, sentindo a água quase tocar seu bumbum.
- Linda, não ta fria, eu juro! Ta morninha – Daniel falou de um jeito carinhoso, fazendo carinho nas costas de Rhanninha , e a cada movimento, sua mão tocava mais e mais a calcinha do biquíni dela. – Coloca o pé pelo menos!
- Eu não gosto do mar! As pessoas fazem suas necessidades aí dentro, tem resto de gente morta... Eca! – rhanna fazia drama ao esconder o rosto no pescoço do garoto, aproximando mais ainda seus corpos.
- Meu Deus, Rhanninha ! Como você é fresca! Fresca, enjoada, cheia de ‘não me toque’ – Daniel disse rindo, começando a dar leves beijos no ombro da menina.
- Eu sei que sou – ela disse manhosa, ainda grudada ao pescoço do garoto – Mas você gosta de mim assim.
- Além de tudo, ainda se acha – Daniel fingiu estar chocado, mas sorriu quando rhanna levantou o rosto para olhá-lo – Mas, sinceramente, são essas coisas que te fazem ser mais especial ainda. Você é diferente, é autêntica.
- Eu só digo coisas bonitinhas pra você, quando eu estiver sentadinha longe da água – Rhanninha disse sorrindo de lado, as bochechas coradas.
- Ok, você venceu! – Daniel riu ao voltar para a areia. Colocou rhanna no chão, e ficou esperando que ela sentasse. – Vai ficar de pé?
- Imagina o que já não tocou essa areia? – ela fez cara de nojo olhando pro chão.
rhanna! Nós estamos no Hawaii, o paraíso na Terra, mar azul e areia branquinha... – ele dizia incrédulo e risonho, olhando a garota que fazia um biquinho lindo na sua frente. – E cara, você é brasileira! Como pode não gostar de praia?
- Ah... Sei lá! Acho que eu acostumei com Londres, até demais – rhanna ainda olhava pra areia fazendo caretas quando Daniel deitou no chão – Daniel, eu deixei minhas coisas lá na frente da casa, será que tem algum perigo?
Rhanninha , isso aqui pode ser considerada uma ilha deserta! Olha em volta, só nós dois na areia, e as duas doidas na água – ele apontou para Cath e Nina que ainda estavam brincando no mar.rhanna olhou para as amigas sorrindo, não percebendo o sorriso malicioso de Daniel em sua direção. – Neeson, o que você...? AH! – o garoto a puxou pelas pernas, fazendo-a cair sobre ele – Seu tapado! Eu bati meu queixo na sua cabeça! Por favor, não quero ficar toda suja de areia – Rhanninha gritava rindo, ao evitar tocar o chão, ficando assim, com o corpo todo sobre o de Daniel, que também ria alto.
- Nós parecemos dois bêbados. Quem olha, deve pensar que somos daqueles filhinhos de papai que vêem ao Hawaii torrar dinheiro, encher a cara e transar loucamente – ele ainda ria quando rhanna se aquietou em seus braços; o garoto aproveitou pra deitar na areia, deixando a menina totalmente sobre si. – Bom, não somos filhinhos de papai, mas temos todas as outras características. Concorda?
- Temos? Falando por mim: eu não tenho dinheiro pra torrar no Hawaii, me recuso a beber depois que vi o que a bebida pode tirar de mim – Daniel logo entendeu ao que ela se referia, ou melhor, a quem.
- Eu não quero que você fique assim toda vez que pensar na Sophie – ele disse baixinho quando a garota suspirou deitando a cabeça em seu peito – Tenho certeza que ela quer que você seja muito feliz.
- Hoje eu posso dizer que sou completamente feliz, apesar da saudade que sinto da minha família e amigos no Brasil – rhanna sorriu de lado, sentindo a pele quentinha de Daniel contra a sua – Eu interrompi seu raciocínio sobre filhinhos de papai, continue.
- Esqueci onde parei... Ah! As características. Primeiro: o dinheiro, a banda me rende bastante, e eu nunca me importei em gastar com a doida da minha irmã e com a Cath, mas você não me deixa pagar nada! – o garoto dobrou o braço atrás da cabeça, deslizou a mão pelas costas de rhanna, parando em sua cintura – Lembra do dia que vocês estavam no meu apartamento e todo mundo votou pra coca e pipoca, mas você sempre do contra...
- ... pedi guaraná e chocolate – rhanna riu ao lembrar do dia em que os garotos do McFly, as namoradas, as irmãs deles, ela e Cath foram assistir filmes num dia chuvoso. – Porque eram as únicas coisas que você não tinha em casa!
- Eu me ofereci pra ir comprar, você recusou. Mesmo assim levei você e a Cath de carro ao mercado; você pegou duas barras, eu peguei logo dez para que, se você quisesse mais, tivesse lá na hora; esperei na fila e quando fui pagar tudo... – Daniel sorriu de lado, indicando que ela terminasse a história.
- Eu disse ‘eu pago o meu, Neeson’ - rhanna conseguiu dizer em meio a gargalhadas.
- Você fez de propósito, não fez? – ele perguntou rindo.
- Juro que não! Já foi bem estranho você deixar todo mundo no seu apartamento pra me levar ao supermercado, e ainda pagar pelas minhas compras?
- Foram em momentos assim que eu lutava pra disfarçar minhas intenções...
- Intenções?
- É, de querer te agradar, nem que fosse pagando guaraná e chocolate – nesse momento rhanna levantou a cabeça a tempo de ver as bochechas de Daniel ganharem um vermelho mais intenso.
- Ah que fofo! Eu deixo você me comprar um chocolate – a garota disse rindo ao aproximar o seu rosto de Daniel – Ta bom?
- Se dependesse só de mim, eu pagaria tudo pra você... Pro resto da vida – ele disse baixinho passando seu nariz no de rhanna – Você deveria saber...
- Saber que você quer ser daqueles maridos que trancam as esposas em casa? – a garota respondeu da mesma forma, finalizando com uma leve mordida no lábio inferior dele.
- E quem falou sobre casamento? – sussurrou tocando os lábios de rhanna com os seus.
- Ah, quer dizer que eu seria a outra? – ela cerrou os olhos.
- Nunca ouviu dizer que as amantes ficam com o que os homens têm de melhor? – Daniel disse num misto de provocação e divertimento.
- Quanto machismo! – ela riu – Qual a vantagem em ser amante? Nunca sairíamos de mãos dadas ou ter demonstrações de carinho em público!
- Qual parte da amante fica com o que o homem tem de melhor você não entendeu? – o garoto disse com a voz rouca ao descer a mão pela lateral do quadril de rhanna. – O que nos leva à ultima característica de filhinhos de papai no Hawaii...
- Ei! Seu pervertido! – a garota ria mordendo o queixo de Daniel – Primeiro propõe que eu seja sua amante e agora isso?
- Desculpe, não consigo controlar – ele apertou a garota contra o próprio corpo, demonstrando o que queria dizer – Foram dois anos difíceis, entende?
- Exatamente, você se controlou por dois anos, então agüenta por mais um tempo... Porque eu não... Eu nunca... Hum... Você sabe... – ela foi ganhando um tom mais rubro a cada palavra que saía de sua boca.
- Você nunca...? – Daniel levou alguns segundos pra processar a informação – Cara, sério?
- Por que tanta surpresa? Eu saí do Brasil com 15 anos, muito nova pra ter sentido coragem e segurança suficiente em alguém pra ter feito... – o mundo dá voltas, quem diria que a garota estaria falando sobre esse assunto justo com Daniel Neeson! – Daí, desde que cheguei a Inglaterra, certo membro branquelo do McFly vem me deixando alheia a todos os outros caras, sabe?
- Hum... Então em outras palavras... – Daniel se apoiou no cotovelo esquerdo, com rhanna totalmente sobre si, deixando os rostos tão próximos a ponto de se roçarem ao sussurrar – ... você é literalmente minha garota?
- Bem... – Rhanninha sentiu a mão direita de Daniel descer de suas costas, apertar de leve sua cintura, fazer o contorno de seu quadril e voltar o mesmo percurso com as pontas dos dedos, causando-lhe arrepios em pleno sol havaiano. Ela apoiou uma mão no peito do garoto e a outra na areia (que se danasse o nojo) de modo que pudesse alcançar o pescoço de Daniel com seus lábios; dando leves beijos no local, subindo até a orelha dele, sussurrando. – Eu não disse que o membro do McFly se chamava Daniel Neeson. Na verdade, eu tinha o Tom em mente, mas a Demetria atrapalhou meus planos... Então serve você mesmo – ela tentou manter-se séria, mas ao fim da frase, olhou nos olhos de Daniel e não conseguiu evitar a gargalhada.
- Haha, muito engraçado – ele disse irônico para a garota que ainda ria sem parar; aproveitando o momento de distração, mais uma vez ele desceu a mão pelo corpo da menina, vendo-a parar de rir no exato momento em que sua mão atingiu a parte inferior de seu biquíni. – Vamos ver então se eu sirvo mesmo.
Ao terminar de falar, Daniel mordeu levemente o lábio inferior de rhanna, fazendo-a sorrir de lado; também sorrindo fraco, o garoto passou a ponta da língua pela boca de rhanna, essa fechou os olhos e cedeu todo seu peso sobre Daniel ao abrir a boca, permitindo o beijo que os dois ansiavam desde o primeiro momento daquela manhã. Daniel também acabou por ceder o braço em que estava apoiado, invertendo em seguida as posições, ficando por cima de rhanna.
As respirações pesadas se misturando, a fina camada de suor, a aspereza da areia, o calor do vindo do sol, mãos ansiosas correndo pelos corpos e o beijo. Ah, o beijo... que se tornava cada vez mais intenso devido à vontade e ao desejo guardados por tanto tempo; Daniel estava um estado de tamanha excitação, que nem passou por sua cabeça que talvez pudesse estar machucando rhanna com a força que colocava seu corpo contra o dela. A garota por sua vez nem lembrava mais onde estava; quanto mais se tinha um suposto nojo da areia à qual seu corpo estava colado.
Daniel colocou uma de suas mãos na coxa da garota, tentando obter maior contato entre os corpos; tinha se apoiado em um cotovelo para não deixar todo seu peso sobre rhanna, entrelaçando os dedos nos cabelos da menina. Ela não conseguia se decidir entre manter as mãos na base das costas do garoto, ou puxá-lo contra si.

Daniel... 
- Hum?
Daniel – ela repetiu, sentindo os beijos do garoto chegando cada vez mais perto de seus seios. – Garoto, me escuta!
- Oi? – ele que ainda estava em cima da garota, olhou-a nos olhos, vendo o quão corada ela estava; os lábios quase atingindo a cor roxa de tão vermelhos que estavam; pequenas marcas se destacam em seu pescoço, devido as mordidas que ele dera no local.
- Acho melhor você se controlar – rhanna disse com a voz falhando – Acho que você esqueceu onde estamos... – mesmo antes de ela terminar de falar, o garoto entendeu sobre o que era. Ou melhor,sentiu o quão animado tinha ficado sem ao menos se dar conta.
- Erm... Rhanninha , desculpa. Eu... Eu não... – era a primeira vez que ele se desculpava com uma garota por ficar excitado durante uma sessão de amassos.
- Ta tudo bem, é meio que interessante saber que te deixo assim – ela sorriu de lado quando Daniel pressionou sua cintura contra a dela.
- Você vai ter que ficar quietinha, até eu me acalmar, sabe? – o garoto riu da situação, sendo seguido por rhanna, e o movimento do corpo da garota ao rir, só fez com que ele ficasse mais animado– Rhanninha ! Eu disse quietinha! Se você fizer qualquer movimento, nós ficaremos aqui pra sempre, porque isso não vai passar.
- Ok, desculpa – ela tentou não rir dessa vez.



****


- Cath, eu juro que se você vier com esse suco de laranja azedo pro meu lado de novo...
Rhanninha , você tem que curar essa gripe. Bebe o suco.
- Coloca açúcar, então!
- Tem que ser natural.
- Quem disse?
- Eu to dizendo.
Nina, me ajuda, por favor?
- Cath, ela já tomou remédio, pára de perturbar.
- Perturbar? Ah tudo bem, eu aqui me preocupando com a senhorita Brasil, e viro motivo de perturbação.
- Oh meu amor, você sabe que te amamos, mas se ela não quer o suco...
- Me deixa morrer de gripe.
- Credo, rhanna, vira essa boca pra lá – Cath bateu na mesa de madeira onde as três garotas tinham acabado de sentar para o almoço; o sol brilhava forte, num convite mudo para aproveitarem o paraíso que era o Hawaii. – Mudando de assunto, Rhanninha querida, você perdeu nosso passeio ontem.
- Acho que ela não teria gostado tanto quanto nós – Nina sorriu sapeca.
- O que vocês aprontaram? – rhanna arregalou os olhos – Eu realmente tenho pena do Edward e do Billy.
- Ei, não fizemos nada desse tipo. Nós conhecemos várias pessoas daqui mesmo, e o melhor de tudo...
- ... Nós nadamos à noite – Cath completou rindo bobamente.
- Vocês têm bosta na cabeça? Malucas! Vocês poderiam ter sido devoradas por algum bicho – rhanna disse exasperada.
- É, tipo o monstro do lago Ness – Nina riu ironicamente – Relaxa, Rhanninha , você é medrosa demais.
- Achamos que você tivesse dormido no banho – Cath cortou ao ver Daniel (sem camisa, vale ressaltar) vindo em direção à cozinha. 
- Obrigado por não me esperarem pra comer, suas tagarelas – ele disse sorrindo, apertando o nariz de Cath, depois beliscando a bochecha da irmã, e por fim se inclinando diante da cadeira de rhanna, tocando-lhe a face – Olha, a tagarela doentinha me esperou – falou rouco passando o nariz levemente pela bochecha da menina, ao vê-la fechar os olhos, Daniel sorriu antes de encostar seus lábios nos dela.
- EW, QUE NOJO. ESSA MELAÇÃO LOGO NA HORA DO ALMOÇO – Nina fingiu ânsia de vômito, rindo; Daniel afastou o rosto e olhou rhanna nos olhos, rindo ao ver o sorriso sapeca nos lábios dela.
- Ah gente, pára! O dia ta tão lindo e vocês vão estragar? – Cath fez drama, enquanto Daniel sentava ao lado de rhanna, que a olhava em dúvida. – Tipo, vocês dois finalmente se acertaram, vai chover. Sacaram?
- Deixa de ser besta – Daniel riu dando língua pra menina.
- Então, Rhanninha , agora que você é minha cunhadinha adorada... – Nina sorriu de um jeito pidão ao olhar a amiga.
- O que você quer? – rhanna cortou sorrindo em conformação.
- Olha! Você nem negou. Então vou aproveitar: quero seu vestidinho vermelho.
- Pode pegar.
- Ah ta fácil assim? – Cath riu. – Então, Rhanninha , posso pegar seu biquíni azul marinho?
- Pega, vai – rhanna ainda sorria, roubando pedaços de tomate do prato de Daniel.
- Ei Cath, ela é minha cunhada, ou seja? Favores só pra mim – Nina gargalhou ao ver a cara de piedade de rhanna. – Mas aproveitando o embalo, posso usar os óculos novos? Ah, não faz essa cara, cunhadas servem pra isso!
- Você ta me explorando! – rhanna disse alto, fazendo as meninas rirem e Daniel lhe dar um beijo no ombro – Usa, pode usar. Levem tudo! Me deixem pelada logo de uma vez!
- Não seria uma má idéia – Daniel disse baixinho, mas rhanna ouviu, dando-lhe um tapa no braço, o fazendo rir.
- Cuzete, você é a melhor! – Nina sorriu abraçando rhanna.
- Cuzete? – Daniel arqueou a sobrancelha, fazendo Cath dar risada.
- É uma variação de cunhada – a irmã do garoto respondeu como se fosse óbvio.
- Tenho até medo de saber onde isso vai parar – rhanna balançou a cabeça sorrindo – Tipo, eu posso saber para quê vocês querem todas essas coisas?
- Ah nós vamos sair – Cath disse levantando. – Vamos pra piscina de uma garota que conhecemos ontem.
- Conheceram ontem e já vão pra casa dela? – Daniel perguntou com a boca cheia de comida.
- Garoto, deixa de ser porco! – Nina jogou uma batata frita no irmão rindo – É, qual o problema? Não dê ataque de irmão mais velho agora, por favor!
- Vamos logo – Cath puxava Nina – Temos que nos arrumar. Vocês vão, né?
- Quer ir? – Daniel olhou para rhanna de um jeito doce, fazendo rhanna negar sorrindo e ouvindo ‘aww’ vindos de Cath e Nina.
- Bom, nós vamos, qualquer coisa é só ligar. Não façam nada que eu não faria – Nina disse saindo da cozinha com Cath.
- Acho que, então, podemos fazer tudo - rhanna disse rindo para Daniel.
- EU OUVI ISSO, PENALVA. 


****


- Já chega de dormir, não acha? – disse baixinho com o rosto contra os cabelos da garota que dormia profundamente em seus braços – Rhanninha ? Ei você, acorda.
- Não – ela murmurou sem abrir os olhos; sentindo os braços de Daniel envolvendo-a por trás, a respiração dele em seu pescoço.
- Vamos fazer umas contas – o garoto disse após depositar um beijo no pescoço de rhanna – Você dormiu logo depois do almoço, eu dormi bem depois e já acordei, mas você continua aí... Ta na hora de levantar, concorda?
- Não – ela murmurou mais uma vez, sorrindo de lado, sem que Daniel pudesse ver.
- Quer parar de falar não pra mim? – o garoto disse com os lábios contra o pescoço de Rhanninha , dando uma mordidinha ao senti-la contrair o corpo.
- Não – dessa vez ela riu de verdade quando Daniel suspirou indignado contra sua pele.
- Ah é assim? – segurando em sua cintura, virou a garota de frente para si mesmo, ficando com as cabeças alinhadas no travesseiro – Eu sou feio?
- Não – ela sorriu.
- Hum, você não gosta de mim?
- Não – o garoto colocou um braço debaixo da cabeça de rhanna, e o outro em volta da cintura da mesma, fazendo com que ficassem com os corpos colados.
- Você se arrepende de alguma coisa que viveu comigo?
- Não.
- Nem das brigas?
- Não.
- É, eu também não. Se não fosse por elas, acho que estaríamos juntos hoje – ele sorriu ao vê-la concordar levemente com a cabeça – Você ainda não quer ir ver onde aquelas doidas da Cath e da minha irmã se meteram?
- Não.
- Você ainda acha que se a Demetria não tivesse atrapalhado seus planos, o Tom seria melhor que eu?
- Não. 
- Você quer ficar mais um dia sequer longe de mim?
- Não. Não. E não.


****


- Esse restaurante me lembra de ‘Como se fosse a primeira vez’.
- Credo, Cath, eu estava exatamente tentando lembrar o nome do filme – Nina riu pra amiga.
- Eu gosto dele, porque o Adam Sandler é feio, mas o que ele faz pela Lucy é tão mágico, que todo mundo quer um Henry na vida – Rhanninha completou.
- Eu... – Daniel mal disse a primeira palavra e foi interrompido pela irmã.
- Se você disser ‘eu posso ser um Henry na sua vida’ eu juro que te bato – a garota cerrou os olhos e mostrou a mão em punho para o irmão, fazendo as amigas rirem.
- Como estava dizendo antes de uma maluca cortar: eu vou ao banheiro – era incrível como o humor de Daniel tinha mudado até diante das implicâncias de Nina – Já volto.
- Ah, finalmente alguns minutos sozinhas – Cath disse assim que o garoto saiu da mesa. – Não que eu não goste do Daniel, mas é que você, dona rhanna Penalva, ainda não nos contou como vocês ficaram.
- É mesmo, cunhadinha. Conta tudo! – Nina empurrou a amiga de leve com o ombro, fazendo-a corar.
- Ah meninas, eu posso contar um resumo, porque são muitos detalhes e o homens não demoram no banheiro – Rhanninha disse rápido ao olhar na direção que Daniel havia saído.
- Faz um resumo, rápido!
- Bom depois que vocês saíram nós fomos a um barzinho; lá nós fizemos aquela típica encenação de ‘somos um casal’ pra um cara que veio falar comigo; quando voltamos pra casa, fizemos um jogo de perguntas e respostas... E bom, agora não existem mais segredos entre nós. – rhanna sorriu ao lembrar da noite anterior – Daí ele me beijou. Pronto. Fim da história.
- Começo, você quer dizer né? – Nina sorriu pela visível felicidade da amiga – Porque agora que a história de vocês vai começar pra valer.
- O que já tava passando da hora – Cath finalizou rápido sorrindo quando viu Daniel se aproximar da mesa.
- Estavam falando de mim, certeza – o garoto disse ao sentar-se.
- Modéstia é seu sobrenome, certeza – Cath riu dando um tapa na cabeça dele.
- Olha, Rhanninha , seu nome será rhanna Penalva Modéstia quando a gente casar – Daniel disse de um jeito engraçado olhando para Rhanninha .
- Casar? Mas eu não seria a amante? – disse rindo.
- Que história é essa? – Nina quis saber.
- Coisa nossa, irmãzinha, assunto meu e da minha garota. 


****


Cinco dias depois...

- Como você consegue ficar com os pés gelados num calor desses?
- Cala a boca e me esquenta.
- Hey, olha como fala comigo, mocinha. Te expulso da minha cama.
Nossa cama, Neeson. E se você falar demais, vai virar só minha.
- Como eu posso gostar de um ser tão mandão?
- Como eu posso gostar de um ser tão reclamão?
- Mas esse ser reclamão é irresistível, é normal que você tenha se apaixonado por ele.
- Acho que o ser mandão é mais irresistível, vendo pelo lado de que o ser reclamão teve que tomar dois banhos frios em uma única noite.
- Maldade, Rhanninha – Daniel sussurrou roçando seu nariz no da garota.
- Mas não é verdade? – ela tinha os olhos fechados, sentindo a respiração dele atingir seus lábios.
- É. Mas mesmo assim é maldade você lembrar disso – o garoto puxou o corpo da menina contra o seu, adentrando a blusa dela com uma das mãos. – Maldade mesmo é esse seu pijama.
- Se quiser, eu posso trocar pela calça de moletom e baby look – rhanna colocou sua perna entre as de Daniel, sentindo-o se contrair quando ela colocou o pé frio em sua perna – Mas foi você mesmo que disse que colocaria fogo no meu moletom, se eu o usasse aqui na praia.
- Nada de moletons. Gosto do seu pijama – ele olhou o corpo da garota coberto por apenas um shortinho azul e uma regata branca, na qual sua mão ainda estava por baixo. – Mesmo que eu tenha que tomar vários banhos frios por culpa dele, eu gosto do pijama.
- Então antes que você tenha que tomar mais um, vamos dormir. São quatro da manhã! – Rhanninha deu um beijo no queixo de Daniel ao olhar pro relógio.
- Não é à toa que eu to com sono, sofrer tanto cansa – ele disse contra o pescoço da menina, distribuindo beijos e fracas mordidas pela região.
- Sofrer? – ela suspirou de olhos fechados.
- Sim, sofrer. Sofrer com os seus vestidos, com seus shorts, seus tomara-que-caia, seus biquínis e, principalmente, sofrer com os pijamas que você usa – Daniel foi deixando um rasto de saliva pelo colo e pescoço de rhanna ao falar. – Ser comportado com você toda vestida em Londres já era difícil, agora ser comportado vendo tudo isso – ele apertou o corpo de Rhanninha contra o seu, indicando o que queria dizer. – Cansa. Cansa demais. 
- Acho que eu posso evitar tanto esforço... – a garota fez com que Daniel deitasse corretamente na cama, ficando por cima dele – ... Tanto sofrimento... – beijou-lhe o pescoço, passando as unhas pela barriga dele, que a contraiu respirando fundo -... E tanto cansaço... – finalmente tocou os lábios de Daniel com a ponta da língua, até que ele os abrisse. 
Mal aprofundou o beijo, e rhanna já sentiu o corpo de sobre o seu, prensando-a contra o colchão. Todo o comportamento de Daniel foi por água abaixo em poucos segundos; ele percorria o corpo da garota com as mãos, apertando, sentindo; puxou uma das pernas de Rhanninha até sua cintura, deixando para ela mais evidente o desejo que sentia. A menina segurava os cabelos de Daniel com força, sabendo que naquele momento ele não sentiria dor alguma; arranhava as costas do garoto sem dó, deixá-lo marcado seria apenas mais uma prova de que ele era seu
Passou a outra perna em torno da cintura de Daniel, fazendo com que ele suspirasse alto ao senti-la tão próxima. Quando a mão do garoto, que estava debaixo da blusa de Rhanninha , atingiu o contorno dos seios...
- Merda! – o celular da garota tocava alto o refrão de ‘Rehab’ da Amy Winehouse, assustando o casal. – Quem é a mula que ta ligando a essa hora? – rhanna resmungava baixo ao sair debaixo deDaniel, procurando o maldito celular no escuro. – Chamada perdida, número confidencial. Que maravilha.
- Ahn, Rhanninha ... Eu vou... Vou tomar outro banho – Daniel disse rápido, ao sair da cama e entrar no banheiro.
- Mas Daniel, a gente... – a garota ouviu a porta do banheiro bater e se calou, sentindo a respiração ainda ofegante.


****



- Hey, vocês duas vão sair de novo? Sinto que quase não vi vocês durante a viagem!
- É claro que não, você anda ocupada demais tentando silenciar celulares no meio da noite – Nina disse maliciosa para rhanna.
- O que...? Do que você ta falando? – a garota corou rapidamente.
- Ah Rhanninha ! Durante a semana toda nós tivemos que dormir com o rádio ligado, pra abafar os ruídos vindos do quarto ao lado, se é que me entende – Cath disse rindo da cara que a amiga fazia.
- Eu... Hum... Nós...
Rhanninha ! Relaxa sua boba! A gente só ta brincando com você – Nina a abraçou de lado – Nós ficamos felizes que você e meu irmão estejam se dando tão bem.
- Eu não diria tão bem – Cath fingiu uma expressão pensativa – Se estivessem bem mesmo, a Rhanninha já teria parado de torturar o pobre garoto, e daria logo o que ele quer.
- Catherine! Isso é jeito de falar? – disse rhanna dando-lhe um tapa.
- Eu não to mentindo! To? – Cath massageia o braço atingido.
- Não, mas não é tão simples assim... 
- Então nos explique o que complica – disse Nina.
- É que... Ah meninas, o fator virgindade não é a única razão. Ok, tenho meus medos e dúvidas, mesmo assim... Gente, eu sei que parece bobagem, mas eu tenho medo que ele perca o interesse depois que conseguir o que quer – rhanna suspirou ao terminar de falar; ajeitando o chapéu seu chapéu de diva (palavras de Cath) quando uma rajada de vento passou pela parte da praia em que estavam no final da tarde.
- Perder o interesse? rhanna! Eu nunca vi o meu irmão assim antes, apaixonado. Você não vai acreditar em mim, porque sou irmã dele... Pergunta pra Cath então – Nina disse exasperada, balançandoRhanninha pelos ombros.
- Amiga, sério. Eu conheço os Neeson a minha vida toda, e eu juro que essa é a primeira vez que é impossível falar ‘ah, o Daniel com essa garota vai durar no máximo dois meses’. Rhanninha , você acha que nós deixaríamos que ele brincasse com você? Vocês esperaram, na verdade perderam dois anos... Vocês merecem ficar juntos de todas as formas possíveis – Cath disse abraçando a amiga que sorria ao seu lado, sendo seguida por Nina, esmagando rhanna num abraço esquisito.
- Aaaaah, meninas! Não tenho nem o que dizer... Eu amo vocês.
- E nós amamos vocês, garota do Brasil.



****


- Isso sim é casa.
- E detalhe que é a casa de verão da Malanie, ela mora na França.
- Quem é Melanie?
- A garota que conhecemos na praia, Daniel! 
- Ah é – o garoto riu ao entrar na mansão, entrelaçando seus dedos aos de rhanna – Vem cá, Rhanninha , a tal menina dona da casa disse tem um jardim lindo lá atrás.
- É Melanie, Neeson! – ela riu, sendo puxada para a lateral da maravilhosa casa – Olha, a porta é vinho...
- Sorte que não é vermelha, se não teria que roubá-la... Porque só existe uma garota da porta vermelha – o garoto disse simplesmente; rhanna parou, sorrindo feito boba, e de repente jogou os braços em volta do pescoço dele.
Daniel Neeson, de onde você tira essas coisas? – disse depois de dar um selinho nos lábios do garoto, que a abraçava pela cintura – Se eu souber que você diz isso pra todas as garotas, eu cumpro uma promessa muito antiga que te fiz.
- Qual promessa? – Daniel murmurou mordendo o lábio inferior da menina.
- De promover um reencontro entre meu joelho e o júnior – ela riu ao ver o garoto arregalar os olhos.
- Imaginar amor, eu só digo essas coisas pra você – disse fazendo graça – E pode deixar que o júnior não ta com saudade do seu joelho, ok?
- Bobo – rhanna riu antes de ser prensada por Daniel contra uma árvore – Neeson, você não disse que tava cansado de sofrer?
- Eu sou masoquista, admito – ele sorriu de lado. – Preciso te falar uma coisa.
- Ah meu Deus, você é gay! – a garota gargalhava.
- Depois eu que sou o bobo – Daniel balançou a cabeça rindo; posicionando o rosto na curva do pescoço de rhanna; a menina mexia em seus cabelos, ele a abraçava forte pela cintura. – Continuando, eu tenho que te falar uma coisa, na verdade, te pedir desculpas.
- O que você aprontou mocinho? – ela ainda fazia graça, Daniel a olhou sério – Desculpa, pode falar.
- Eu sinto que tenho te pressionado... Bem, a transar comigo – o garoto levantou as sobrancelhas, visivelmente tímido – Eu posso me segurar, o tempo que você quiser... 
Daniel, você não ta me pressionando... Não é como se nós tivéssemos nos conhecido semana passada, eu acho que é meio normal... sentirmos vontade – ela sorriu de lado, encostando sua testa na de Daniel.
- Eu sei, Rhanninha , é exatamente por isso. Eu esperei por quase dois anos... Você me disse que é virgem... Eu posso esperar... Ontem, se seu celular não tivesse tocado... Me desculpe – ele sussurrou olhando sua garota tão de perto.
- Seu bobo, fica se preocupando com isso... Você acha que se eu sentisse algum tipo de pressão, eu não teria falado?
- Mas, Rhanninha ...
- Shh – ela o calou com um beijo. Os dois queriam aproveitar o momento de cumplicidade; um beijo lento, chegando a ser assustadoramente calmo. – Eu confio em você... E ah, a única diferença entre nós dois é que eu não preciso tomar um banho frio... Porque a empolgação é a mesma.
- Sério? – Daniel sorriu fraco, o nariz roçando o da menina, que ainda mantinha os olhos fechados – Rhanninha ? Olha pra mim.
- Oi?
- Eu... Eu am...
RHANNA! DANIEL! Nina e a Cath estão procurando vocês – Melanie interrompendo o que ele ia dizer; fazendo os dois suspirarem, fingindo que nada aconteceu, e irem pra piscina.


- Gente, olha pro céu.
- Caraca, olha as nuvens que estão vindo pra cá.
- É melhor irmos embora antes que comece a chover, então – Cath saiu da piscina da casa de Malanie (a garota que conheceram na praia) esperando que os outros três fizessem o mesmo.
- Precisamos passar em algum lugar pra comprar comida – rhanna secou o corpo, colocou seu vestido e os óculos na cabeça, segurando os fios que secavam rapidamente e caíam em seus olhos – Certo monstrinho comeu tudo ontem, e ainda temos mais três dias aqui.
- Eu só ganho apelidos carinhosos, alguém já reparou? – Daniel, ainda molhado, abraçou Rhanninha por trás e mordeu sua bochecha. 



****


- Bem folgadas, aquelas duas né? – o garoto resmungava ao entrar no mini-mercado, que ficava a duas quadras da casa em que estavam. – Eu não entendo como os namorados delas agüentam o peso dos chifres.
Daniel! – rhanna o repreendeu com um cutucão nas costelas, devido a estarem andando abraçados – Elas não traem os namorados. A Melanie nos convidou pra dormir lá também, nós que não quisemos... As meninas não são obrigadas a fazer tudo que a gente quer.
- Elas só ficaram pra não terem que carregar sacolas. Não vou deixá-las comerem nada das porcarias que eu comprar – Daniel riu vingativo.
- Mas eu vou deixar, sim – rhanna desafiou com um sorriso parecido com o do garoto.
- Você me assusta, garota – ele disse baixo antes de levantar o rosto da menina, dando um longo selinho.
- Vamos logo, que eu não to a fim de ter que carregar sacolas na chuva – finalizou puxando Daniel para as prateleiras.

- Querido, se você não me soltar, não tem como movimentar meus braços e terminar de pegar as coisas... – rhanna disse rindo, Daniel a abraçava por trás, fazendo graça. – Daniel, tem alguma coisa vibrando...
- Epa! Eu ainda não vibro – ele disse rindo ao tirar o celular da garota do bolso de sua bermuda. – Quem é que tanto te liga?
- Não sei. Nunca consigo atender, e o número é confidencial... E quando ligo de volta, ninguém atende – respondeu rhanna tentando adivinhar quem estava ligando – Ta chamando de novo... Ah droga, aqui não tem sinal direito.
- Vai lá fora, eu termino de pegar as coisas – disse Daniel dando-lhe um beijo na testa.

- Alô? Alô-ôu? Merda de sinal.
Rhanninha ?
- Oi! Quem é?
Erm, é o Nick. 
- Ni-Nick, oi – a garota sentiu o coração disparar; fazia tempo que ele não ligava, pra falar a verdade, nem lembrava mais de Nicholas Hoult.
Tudo bem? – a voz dele era tímida, típico.
- Uhum, e você? – rhanna sentou num murinho na calçada da praia, de costas pro mercadinho.
To bem... Eu tenho tentado te ligar... – ele suspirou, e a garota sabia que ele estava passando as mãos nos fios negros de cabelo que caiam em seus olhos extremamente azuis – Eu... Às vezes a ligação caía, outras eu desistia... 
- É, eu to no Hawaii.
A Sra. Neeson me disse quando liguei te procurando. 
- O que você queria? – algumas gotas começaram a cair do céu.
Ainda quero... Rhanninha , eu sinto sua falta. 
- Nick, você não pode me ligar e falar esse tipo de coisa.
Eu não tinha planejado, só queria ouvir sua voz... Mas é impossível me controlar – ele disse rápido, meio nervoso.
- Nick...
Rhanninha , você já me perdoou? 
- Nick...
Só me responde. 
- Você não chegou a fazer nada... Eu já esqueci.
Você acha que algum dia vai poder confiar em mim outra vez? 
- Eu não sei – rhanna disse olhando pro céu. – Eu preciso desligar, ta vindo uma tempestade.
Ok... Mas antes me responde uma coisa. 
- O quê? – as gotas de chuva foram ficando maiores e mais fortes.
Nós podemos ser pelo menos amigos? Você pode gostar de mim o suficiente pra isso? – ele disse decidido. rhanna se levantou, a chuva estava começando a molhar de verdade.
- Nick, é claro que eu gosto. Acha mesmo que eu te atenderia em pleno Hawaii se não gostas... – quando a garota se virou, viu Daniel parado de olhos arregalados, com algumas sacolas nas mãos –Daniel.
Rhanninha ? Ta me ouvindo? – a voz de Nick saía do celular, mas a garota não ouvia. Ela estava paralisada: a expressão de Daniel era de raiva e descrença; ele agora tinha dado-lhe as costas, andando em direção de casa.
Daniel! Espera! – rhanna tentou falar, mas o barulho da chuva já estava alto o suficiente para que ele não a ouvisse. Ela desligou o celular na cara da Nick, e começou a andar rápido – Daniel?Daniel! DANIEL! 
- QUE FOI? – ele virou bruscamente, assustando a menina pelo ódio que tinha em seus olhos – O que foi, rhanna? Ficou muda? Só tinha coisas a dizer pro outro?
Daniel, você não ta entendendo... – a garota se aproximou, estendendo a mão para tocar seu braço.
- Sai. Não quero você perto de mim – ele disse recomeçando a andar – Você me dá nojo. 
- Me escuta! Não é nada do que você ta pensando – Rhanninha tentava andar rápido pela calçada, mas a chuva embaçava sua visão.
- E o que eu to pensando? – Daniel parou a uma boa distância da menina, passando a mão no rosto molhado – Que você e o Hoult têm se falado com freqüência? Que você gosta dele? Que você mentiu pra mim?
Daniel, escuta o que você ta falando! – ela gritou, abrindo os braços para a chuva; seu vestido já estava pesado em seu corpo; seus olhos ardiam – Que tipo de garota você acha que eu sou?
- O tipo de garota que quase me deixou dizer ‘eu te amo’ sem sentir o mesmo – ele também gritava se afastando mais e mais da menina.
- O QUÊ?! Eu não acredito que você disse isso! Eu ia deixar você dizer que me ama porque eu queria ouvir... – nem terminou a frase e Daniel e interrompeu.
- Queria ouvir? Queria? Tudo bem, eu já fiz papel de palhaço mesmo – o garoto riu ironicamente, abrindo os braços na chuva e dessa vez berrando – EU AMO VOCÊ! EU ME ODEIO POR SENTIR ISSO, MAS EU TE AMO, RHANNA PENALVA!
- EU TAMBÉM TE AMO, DANIEL NEESON, SEU IDIOTA – ela disse do mesmo jeito, parando mais perto garoto - VOCÊ É UM IMBECIL, COM ESSA MANIA DE TIRAR CONCLUSÕES PRECIPITADAS! EU LUTEI CONTRA ISSO, MAS EU AMO VOCÊ HÁ TANTO TEMPO QUE... – rhanna nem mesmo terminou a frase, Daniel jogou as sacolas no chão e a puxou sem delicadeza alguma contra si; agressivamente tocou os lábios da garota com os seus, apertando-a contra si, sentindo o vestido molhado dela em seu peito; rhanna tentou afastá-lo, empurrando-o pelos ombros, mas quando Daniel tocou seus lábios com a ponta da língua, a menina o envolveu pelo pescoço, permitindo o beijo. 
O céu parecia estar desabando. A chuva se tornava cada vez mais forte e barulhenta. O vento agitava lindo mar e os coqueiros da praia. Tudo estava deserto... Exceto por um garoto que abraçava uma garota fortemente durante um beijo; um beijo repleto de sentimentos contraditórios. 
Afinal, eles eram Daniel e rhanna, o casal que odiava se amar e amavam se odiar.
- Eu amo você... – ele sussurrou contra os lábios da garota, segurando seu rosto, delicadamente dessa vez. – Eu te amo... Eu te amo...
- Que tipo de amor é esse? Que é declarado aos berros... – rhanna abriu os olhos lentamente e empurrou Daniel para longe de si – Você acabou de dizer que não confia em mim. Me acusou de gostar do Nick e mentir pra você... Me diz que amor é esse? Porque se ele for sempre assim, eu não quero esse amor.
rhanna, volta aqui! – Daniel, visivelmente chocado pelas palavras ditas instantes antes, apenas viu a menina sair correndo pela rua... Desaparecendo rapidamente pela tempestade de verão.

[N/A: Coloquem pra carregar essa música].

Rhanninha entrou em casa chorando compulsivamente, seu corpo chegava a balançar devido aos soluços, e o fato de estar tremendo de frio também contribuía. Pegou a calça de moletom que fora jogada no fundo da mala, uma blusa de mangas compridas e meias, e entrou no banheiro. Depois de chorar durante um bom banho quente (e morrendo de medo de explodir alguma coisa, por estar chovendo tanto), a menina se vestiu, parando de chorar; por hábito, acabou indo para quarto de casal... Quando olhou a cama, vendo várias de suas coisas misturadas com as de Daniel, recomeçou a chorar, fechou a porta do quarto e foi para o quarto das meninas.
Deitou em uma das camas, no escuro, ligou seu iPod na parte de músicas do John Mayer em sua playlist; ainda conseguia ouvir o temporal que caia lá fora; eram apenas três da tarde, mas tudo estava escuro, e a casa era iluminada por relâmpagos freqüentemente, fazendo rhanna se esconder debaixo do cobertor, chorando baixinho, tentando se concentrar apenas na voz de John cantando ‘Why Georgia’... 

Já estava na quinta música da lista quando sentiu alguma coisa tocar suas costas, fazendo-a sair rapidamente debaixo do cobertor, tirando os fones. Encontrou um Daniel encharcado, os cabelos caindo em seu rosto, os olhos vermelhos.
Rhanninha ... – ele sussurrou com a voz falha – Eu... Me perdoa... Eu sou um idiota.
- Sim, você é um idiota, Neeson – a garota disse trêmula, sentindo os olhos recomeçarem a lacrimejar – E por que eu deveria te perdoar?
- Porque... Eu sou um idiota, mas você já sabe disso e mesmo assim você me ama – Daniel ainda tinha a voz baixa, porém, falava mais rápido.
- Belo argumento – ela disse irônica, fechando os olhos pra controlar o choro que ameaçava voltar com toda a força.
- Eu não sei o que dizer... – o garoto suspirou tirando os cabelos úmidos da testa – Eu perco a cabeça quando se trata de você... Principalmente se o Hoult estiver envolvido. Eu tenho medo de te perder... De novo... Pra ele.
- Você não é só um idiota, você deve ser cego também – rhanna engoliu o choro, sentando-se direito na cama – Na verdade, surdez deve entrar na lista. Você não merece saber, mas o Nick perguntou se nós poderíamos ser amigos, e eu disse que sim... E você tem idéia do motivo de eu ter dito isso pro cara que quase me violentou?
- Não...
- É claro que não, já que você não teve a capacidade de me perguntar, de esperar e conversar comigo... Eu consegui perdoar o Nick, porque eu sei tudo o que ele sentiu quando me viu com você... Eu já senti isso, te vendo com a Sallie, Liza ou qualquer outra garota pra quem você tenha dado um sorriso mais empolgado – mesmo Daniel estando de pé ao lado da cama, a garota falava alto, com raiva – Mas eu o perdoei principalmente porque eu nunca gostei dele de verdade, ele é só um amigo que cometeu um erro quando estava bêbado... 
Rhanninha , eu não sabia... Eu sinto muito. Me perdoa. – ele se estendeu a mão para tocá-la, mas a menina levantou rapidamente da cama, indo em direção à porta, tentando se livrar dos fios do iPod.
- Como eu sempre perdôo, não é? A rhanna bobinha apaixonada pelo maravilhoso Daniel Neeson do McFly, que sempre perdoa as burradas que ele faz... As monstruosidades que ele diz... Que esquece de tudo de errado que ele faz, quando ele resolve que quer brincar com os sentimentos dela mais uma vez, porque acha que talvez ele goste um pouquinho dela – Rhanninha não conseguiu evitar que uma lágrima caísse em sua bochecha quando foi para o corredor, sentindo Daniel vindo atrás dela – Eu vou te perdoar, não se preocupe... Mas não espere que eu te queira. Porque eu vou aprender a deixar de ser burra.
rhanna, pára um minuto. Me escuta – o garoto disse firme, puxando-a pelo braço e virando a menina de frente pra si. – Você ta certa sobre a maioria das coisas que disse. Mas está completamente errada sobre algumas. Tudo o que você falou sobre o Hoult, agora eu entendi. E você sabe por que sempre me perdoa? – tentou tocar seu rosto, mas a garota o afastou; se contentou em segurá-la pelos ombros, contra a parede do corredor – Você sabe? Porque você me ama. E sabe também que eu sempre amei você, por mais que nós dois tenhamos fugido disso. Mas se como você disse não me quiser mais, eu vou aceitar sua decisão. Se for o necessário pra não te fazer sofrer de novo.
- Sofrer mais do que eu to agora? – rhanna respirou fundo, tentando não chorar pra valer.
- Eu não quero te fazer sofrer, nem te magoar – Daniel disse baixo, aproximando seu corpo do da garota; colocou uma mão na cintura e a outra tocou a bochecha dela – O que eu mais quero é tefazer feliz. Eu não vou mais fugir do que sinto... E dessa vez sem gritar: Eu amo você, rhanna Penalva. É você quem eu quero.  você – ele finalizou com um murmúrio, olhando nos olhos da sua garota.
- Eu também te amo, Daniel Neeson, seu idiota – ela fungou antes de dizer bem baixinho o que Daniel tanto queria ouvir; ele riu fraco ao ouvi-la – Não é porque não estamos gritando, que você deixa de ser um idiota.
- Eu sei que sou... Mas vou me esforçar pra não ser daqui pra frente – o garoto encostou seu corpo no de rhanna, sentindo-a tremer, afinal, ele ainda estava todo molhado e gelado! – Minha garota não merece chamar um idiota de namorado, certo?
- Cer-certo – ela gaguejou ao ouvir a palavra namorado.
Daniel deu um sorriso largo, por vê-la aceitar o pedido que estava subentendido nas entrelinhas; então beijou delicadamente as bochechas de rhanna, apagando as trilhas que as lágrimas haviam deixado no rosto da menina; passou o nariz com carinho pelo dela, encostando as testas, os narizes ainda se tocando. Esperou que Rhanninha abrisse os olhos, e sorriu... Ela sorriu em retorno, sentindo um calor gostoso vindo de dentro de si.

[N/A: Dêem play no vídeo]

Dessa vez foi rhanna quem puxou o namorado pela nuca, fazendo os lábios se encontrarem... Daniel sorriu contra a boca dela, enquanto tentava desvencilhá-la dos fones do iPod que estavam enrolados pelo corpo da garota. O começo de outra música do John Mayer era ouvida saindo do aparelho...

We got the afternoon
temos a tarde toda 
You got this room for two
você tem esse quarto pra dois 
One thing I've left to do
só tenho uma coisa a fazer 
Discover me
me descobrir
Discovering you
descobrindo você

Entraram no quarto de casal, sem partir o beijo, e a tentativa de libertação dos fones. Daniel encostou rhanna na parede ao lado da cama, beijando-lhe o pescoço, arrancando-lhe suspiros... A camiseta extremamente molhada do garoto começou a incomodar, então rhanna o fez levantar os braços para tirá-la rapidamente. 

One mile to every inch of
uma milha para cada polegada 
Your skin like porcelain
da sua pele, que parece porcelana 
One pair of candy lips and
seus lábios doces como uma bala 
Your bubblegum tongue
e sua língua de chiclete

Daniel voltou a beijá-la nos lábios, pressionando seu corpo contra o dela cada vez mais; chegando a fazê-la gemer baixinho, por estar espremida entre o corpo frio e molhado dele e a parede. Pela parte superior de seu corpo ainda estar enrolada no iPod, rhanna sorriu quando Daniel abaixou um pouco sua calça de moletom; sentindo a permissão da garota, ele fez com que a calça escorregasse por suas pernas e caísse no chão.

And if you want love
e se você quiser amor 
We'll make it
nós faremos
Swim in a deep sea
nadar num mar profundo 
Of blankets
de cobertores 
Take all your big plans
Pegue todos os seus grandes planos 
And break 'em
E desfaça-os
This is bound to be awhile
Isso vai demorar um tempo

O garoto se concentrou no pescoço de Rhanninha , dando leves beijos, que aos poucos se transformaram em mordidas e chupões, marcando a pele de porcelana da menina. Essa por sua vez, desceu as mãos até o fecho da bermuda de Daniel, abrindo o botão, parando para olhar o garoto nos olhos ao cantarolar junto com a melodia que saía do bendito iPod: and if you want love... we’ll make it.


Your body is a wonderland
Seu corpo é um paraíso
Your body is a wonder (I'll use my hands)
Seu corpo é um paraíso (eu usarei minhas mãos)
Your body is a wonderland
Seu corpo é um paraíso

Daniel, num momento de agitação, puxou com força o aparelho que estava em volta do tronco de rhanna, acabando por desconectá-lo dos fones, e assim ativando os alto-falantes.
Jogou o iPod encima dos travesseiros, sorrindo ao finalmente livrar sua garota dos fios. 
Ela empurrou a bermuda do garoto pra baixo, deixando o rapidamente apenas com sua boxer úmida. Daniel a guiou até a cama, ficando sobre ela. A música ainda tocava perto de seus ouvidos... A tempestade havia sido esquecida naquele momento.

Something 'bout the way the hair falls in your face
Tem algo no jeito que o cabelo que cai sobre o seu rosto
I love the shape you take when crawling towards the pillowcase
adoro vê-la engatinhar em direção ao travesseiro
You tell me where to go and
diga-me aonde devo ir e, 
Though I might leave to find it
mesmo que eu saia para ir lá 
I'll never let your head hit the bed
nunca vou deixar sua cabeça encostar na cama
Without my hand behind it
sem minha mão para apará-la

Ele passou a mão pela coxa de rhanna, vendo-a se arrepiar, sorriu com isso. Era visível a falta do sutiã da garota, por isso, quando Daniel já tinha levantado a blusa dela até a barriga, olhou-a nos olhos, em expectativa... Ela somente sorriu de lado, as bochechas coradas e os olhos brilhantes se destacando quando um relâmpago iluminou o quarto. Daniel terminou de tirar a blusa da menina, parando para admirá-la. 

You want love?
Você quer amor?
We'll make it
nós faremos
Swim in a deep sea
nadar num mar profundo 
Of blankets
de cobertores 
Take all your big plans
Pegue todos os seus grandes planos 
And break 'em
E desfaça-os
This is bound to be awhile
Isso vai demorar um tempo

Poucos minutos depois, as duas únicas peças que ainda restavam foram para o chão. O contato do corpo quente de rhanna e a pele gelada de Daniel causavam arrepios em ambos.
Rhanninha envolveu a cintura do garoto com as pernas, sentindo o quão desejada era.
Daniel mordeu o lóbulo dela, e sussurrou – Confia em mim?
- Sempre... E pra sempre – Rhanninha murmurou, logo sentindo Daniel mais próximo de si do que ele jamais esteve. 

Your body is a wonderland
Seu corpo é um paraíso
Your body is a wonder (I'll use my hands)
Seu corpo é um paraíso (eu usarei minhas mãos)
Your body is a wonderland
Seu corpo é um paraíso

Apesar do desejo que tomava o casal, Daniel sentia medo de machucar rhanna, por isso, fazia movimentos lentos, deixando-a se acostumar com as novas sensações. Momentos depois, os gemidos da menina deixaram de ser de dor, dando ao garoto a oportunidade de aumentar a força e velocidade de seus movimentos.

Damn baby
caramba, baby 
You frustrate me
você me frustra 
I know you're mine all mine all mine
sei que você é toda minha, toda minha 
But you look so good it hurts sometimes
mas você é tão bonita que chega a doer às vezes

Palavras desconexas eram sussurradas entre os suspiros e gemidos que preenchiam o quarto.
A chuva ainda caía violentamente do lado de fora.
John Mayer ainda podia ser ouvido...
Após vários minutos, Daniel deitou a cabeça sobre o colo da garota, tão ofegante quanto ela; que o abraçava mexendo em seus cabelos que agora estavam úmidos de suor.
- Se eu disser que te amo e que essa foi a melhor noite da minha vida, vai ser muito clichê? – ele sussurrou com a voz falhando, o rosto contra o pescoço da namorada.
- Vai... – ela disse baixinho, dando um beijo na testa do garoto.
- Então eu não vou dizer que eu amo você, e essa é sem dúvida a melhor noite que já tive na vida.
- Nesse caso, eu também não vou dizer que concordo com você – ela sussurrou quando Daniel levantou a cabeça para olhar em seus olhos, sorrindo. 

Your body is a wonderland
Seu corpo é um paraíso
Your body is a wonder (I'll use my hands)
Seu corpo é um paraíso (eu usarei minhas mãos)
Your body is a wonderland
Seu corpo é um paraíso
Your body is a wonderland
Seu corpo é um paraíso

Capítulo Dezoito: ‘Por favor, por favor, por favor, me deixe ter o que eu quero’.


Eu poderia te amar pra sempre. Por que o pra sempre não pode começar hoje? 


- Nathan Scott.





- Eu já estava praticamente curada da gripe, daí veio a bendita tempestade e me deixou pior. Já faz quase duas semanas e eu não melhoro! E aqui em Londres, com esse tempo maravilhoso, não vou melhorar nunca. Ah eu não quero ir pra escola – rhanna resmungava ao prender o cabelo num rabo-de-cavalo alto.
- Então não vai. Fica aqui comigo – Daniel puxou a garota de volta pro sofá pela terceira vez. – Pede pra minha mãe ligar pro colégio e dizer que você ta muito doente pra ir à aula hoje.
- Querido, essa é a quarta vez que você diz isso só essa semana – Rhanninha disse ironicamente ao apertar a bochecha do namorado, logo levantando do sofá. – Se eu te escutasse, já teria sido expulsa e mandada de volta ao Brasil. Daniel, tem noção de que se a agência de intercâmbio descobrir o tempo que eu passo no apartamento de um cara, ao invés da casa de família que eu deveria estar, o escândalo que vai ser? Ainda mais esse cara sendo famoso, imagine o escândalo! 
- Meu Deus, são apenas sete da manhã e você consegue ser tão dramática – o garoto suspirou ao deitar no sofá, observando rhanna conferir seu material escolar. – Minha mãe nunca nos entregaria, ela adorou saber do nosso namoro.
- Porque sua mãe é um amor. Mas o povo da agência de intercâmbio não veria as coisas de um jeito tão romântico – a garota amarrando seu All Star vermelho mostrou língua para Daniel. – Minha mãe já ta pirando só de saber que eu tenho um namorado britânico, imagine se ela descobrir que eu venho dormindo no apartamento dele em média cinco dias por semana? A velhinha teria um enfarte.
- É porque ela ainda não me conhece...
- É exatamente esse o problema, ela não conhece o namorado da filha dela – rhanna o interrompeu, falando pausadamente, como se explicasse pra uma criança.
- Como eu ia dizendo, ela ainda não me conhece, por isso está tão preocupada. Quando ela me conhecer, vai ver que não poderia ter alguém melhor como genro – Daniel estava de pé, abraçou a namorada por trás, falando mais baixo. – Rhanninha , relaxa.
- É fácil dizer quando se tem uma vida tão boa... Fazer um show hoje... Dar uma entrevista amanhã... Quem sabe aparecer num programa de TV no fim de semana – a garota fazia pouco caso, enquanto continuava a arrumar suas coisas, com Daniel ainda a abraçando. – Eu tenho que estudar pra escola, estudar pra tirar carteira de habilitação, ficar com as doidas das minhas amigas, fazer um ‘diário’ pros pais da minha melhor amiga, passar um tempo com a sua mãe e pra completar, preciso me encaixar nos seus horários vagos.
- Nossa, que vida difícil o meu amor tem – Daniel disse fazendo bico e uma voz engraçada, ao virar a garota de frente para si. – Todo esse estresse é por causa do seu teste para a carteira de motorista, não é?
- É – suspirou derrotada. – Cara, aquele professor me dá nos nervos. Velho idiota fica tentando me deixar mais nervosa ainda: estou dirigindo pelo lado errado do carro! 
- Pra gente é certo – o garoto riu da expressão da namorada, dando-lhe um selinho. – Não entendo como no Brasil vocês acham normal dirigir do lado esquerdo e ficar na pista direita.
- Pára de falar disso! Ta me deixando mais confusa – Rhanninha resmungou ao esconder o rosto no pescoço de Daniel. – Eu preciso ir.
- Odeio seu colégio – ele disse baixinho contra os cabelos da menina.
- Só mais alguns meses e eu me livro dele – ela respirava fundo, inalando o máximo possível do perfume de Daniel. – Daí vem a pior parte: faculdade e emprego, porque tecnicamente, quando a escola terminar, eu tenho que ir de volta pro Brasil.
- Nem fale nisso – o garoto sussurrou. – Eu fico desesperado só de pensar nessa possibilidade.
- Então, pra que eu não tenha que voltar para o Brasil, preciso ficar inteligente, e pra isso eu preciso ir pro colégio – rhanna levantou a cabeça dando um selinho em Daniel, antes de se afastar para pegar seu material. – Você vai ficar o dia inteiro sem fazer nada?
- Vou assistir televisão, tomar cerveja e contar os minutos pra te buscar no colégio, serve? – ele riu vendo a namorada rolar os olhos.
- Não, não serve. Vou ligar pro Fletch e dizer que ele anda muito bonzinho com vocês. Só fazendo shows perto de casa, poucas entrevistas... Tudo com a desculpa de que estão compondo pro novo CD – a menina se dirigia até a saída do apartamento, com Daniel em seu alcance.
- Como se você não gostasse dessa nossa folga – ele sorriu ao chegar ao lado da porta.
- Não precisa divulgar, Neeson – rhanna riu ao passar os braços pelo pescoço do garoto, ficando nas pontas dos pés. – Me encontra no lugar de sempre?
- Ah Rhanninha ! Por que eu não posso de buscar no portão do colégio? – o garoto fez manha, encostando as testas.
- Vou explicar mais uma vez: eu não quero o meu rosto estampando em todas as revistas de fofoca da Inglaterra, muito menos que ‘zilhões’ de garotas achem defeitos em mim, que as pessoas digam que eu não sou boa o suficiente pra namorar Daniel Neeson! 
- Você está sendo boba, sabia? – o garoto passou seu nariz pelo de rhanna, fazendo-a sorrir de lado. – O que importa é o que eu acho e o que eu sinto. Eu amo você e é isso o que importa. Dane-se o resto.
- Esse final foi fofo – ela disse rindo. – Não vou discutir.
- Então te encontro no portão do colégio? – Daniel abriu um sorriso largo.
- Não – rhanna riu se esticando para morder a ponta do nariz do garoto. – Você me encontra na saída do metrô da Avenida Warwick, como sempre.
- Sua chata – mordeu o lábio inferior dela. – Só não desobedeço porque sei que não vou gostar das conseqüências.
- Esse é o meu garoto – Rhanninha sorriu, antes de dar um rápido beijo de despedida. Pelo menos era isso o que ela planejava.
Daniel a colocou entre a porta e si mesmo, dando mais intensidade ao beijo; abraçaou a garota pela cintura, praticamente a tirando do chão. Quando o ar foi necessário, Daniel foi em direção ao pescoço de rhanna, que aproveitou a deixa para afastá-lo de si.
- Ei, tenho que ir pra escola, lembra? – disse com a voz falha; deu um rápido selinho nos lábios de Daniel e abriu a porta. – Tchau, namorado.
- Tchau, namorada malvada.



****


Meses Depois...

Demetria, vamos!
- Calma, só vou passar o batom e já podemos ir.
- Não sei como o Tom tem paciência pra esperar você se arrumar.
Rhanninha , ele é meu namorado, com paciência ou não, ele tem de esperar – Demetria riu ao terminar de se maquiar.
- Faz sentido – rhanna também riu, levantando da cama da amiga. – Agora vamos, estamos atrasadas.
- Se eu ouvir o seu celular mais uma vez, eu vou mandar o Neeson ir... – antes de terminar a frase, ‘Girls Do What They Want’ começou a tocar, fazendo Rhanninha rir. – Eu adorava The Maine até você colocar como toque no celular, e o seu namorado ser a pessoa mais desocupada do mundo e te ligar de três em três minutos...
- Oi, amor mais desocupado do mundo – rhanna atendeu ao telefone rindo.
Desocupado? Eu? Por quê? – a garota podia sentir o sorriso nas palavras dele.
- A Demetria que disse. Ela não entende que você não pode viver sem mim – ela riu quando a amiga resmungou algo como ‘um desocupado e uma metida’. – Ela ta me chamando de metida! 
Manda a Demetria ficar quieta e andar logo, se ela quiser achar o namorado dela sóbrio o suficiente para reconhecê-la – Daniel riu alto, os meninos falando besteiras perto dele.
- Já estamos saindo daqui, mas ainda falta passar na casa da Emma.
O Rupert já foi buscá-la, podem vir direto pra casa doRobert.
- Tudo bem, então. Que horas o Robert vai buscar a Kristen?
Daqui uma hora, então andem logo, se não vocês chegam depois da aniversariante – rhanna ouviu a já alterada voz de Tom dizer algo como ‘vamos gritar SURPRESA pra minha Demetria’, Daniel riu e a menina ouviu Robert dizer ‘não, seu mané, é pra gritar SURPRESA pra minha namorada, não pra sua!’. – Conseguiu ouvir, né? - o menino mal segurava o riso.
- Ouvi, sim – rhanna riu ao seguir Demetria para escada abaixo. - Te vejo daqui alguns minutos.
To te esperando – Daniel suspirou antes de dizer baixinho. – Eu amo você.
- É sempre tão bom ouvir isso... – se fosse possível, o sorriso da garota chegaria às orelhas. – Eu também te amo, meu desocupado preferido. 


- Fica quieto, Tom!
Demetria, faz seu namorado calar a boca!
- Ai, minha mão, porra!
- Fica quieto você também, Rupert.
- Mas o James pisou na minha mão.
- Pára de rir, Neeson!
Emma, tira o Rupert de perto do James. Daniel vem pra cá e fica quieto, eles estão saindo do carro... – rhanna tampava a boca do namorado com uma mão, e a outra estava no interruptor da sala de estar da casa deRobert, esperando o momento em que Kristen, a aniversariante, passasse pela porta. Os amigos mais íntimos e alguns parentes da namorada de Robert estavam escondidos no escuro, esperando o momento certo para revelarem a festa surpresa.
De repente, um barulho estridente preencheu o ambiente; algo grande, pesado e de vidro havia caído no chão. Antes que alguém pudesse reagir, a voz de Rupert foi ouvida, berrando:
- Caralho, Tom! O vaso caiu bem no meu... Kristen! SURPRESA! – a porta abriu enquanto o garoto falava, a aniversariante tentava enxergar na penumbra da sala. rhanna acendeu a luz, e todos gritaram, em meio às gargalhadas, o tão ansiado ‘SURPRESA’.



****



Daniel, se ele aprender a mostrar língua, a culpa vai ser sua.
- É só a gente pôr a culpa no Tom, ele não vai lembrar de nada mesmo.
- Ei, não vão culpar meu namorado de nada – Demetria deu um tapa na cabeça de Daniel, fazendo o menininho que estava no colo de rhanna rir. – Olha que bonitinho. O Josh gostou de ver o Neeson apanhar.
- Ah, isso você não se importa de ensinar pra criança – Daniel resmungou, e mostrou língua para o lindo menininho de olhos verdes mais uma vez.
- Que namorado mais atentado que eu fui arrumar, meu Deus – rhanna riu, encostando a cabeça de Josh em seu ombro, visto que a criança estava caindo de sono, e só não tinha dormido ainda devido as palhaçadas de Daniel. O garoto abraçou a namorada por trás, envolvendo-a em seus braços juntamente com o garotinho que ela tinha no colo. Estavam de pé ao lado da bancada da cozinha, o lugar mais vazio da casa.
- Nossa, gente! Olhando vocês três assim, parecem uma família – Demetria sorria bobamente ao falar. – Vou até tirar uma foto!
- Deixa a tia da Kristen saber que você ta falando que o filho dela parece ser de outra mãe. – rhanna sorriu para a foto ao terminar de falar, Daniel fez uma careta típica e Josh estava com os olhinhos fechados, cochilando.
Rhanninha , eu quero ter um filho – Daniel disse de repente, baixinho no ouvido da namorada.
- Jura? Eu também – a garota virou um pouco o rosto, quando Demetria foi atrás do namorado. – Liga pra cegonha e encomenda.
- Eu to falando sério, sua boba – ele sorriu ao tocar a bochecha do bebê adormecido e de respiração tranqüila no colo de rhanna.
- Eu também! Se a cegonha estiver ocupada, você pode pedir um filho de presente pro Papai Noel, sabia? Dizem que ele é bom nisso – Rhanninha disse rindo, e deu um selinho no namorado que suspirava ao rolar os olhos.
- Não fazem mais namoradas como antigamente. Eu digo que quero ter um filho com ela, e ela ri de mim – fez bico ao terminar de falar.
- Ô meu amor, você não pode estar falando sério. O McFly começou a ser conhecido fora da Inglaterra há pouco tempo, eu ainda estou na escola... Não temos idade nem preparação pra isso – rhanna disse baixinho, passando o nariz pelo queixo do namorado, visto que ele ainda a abraçava por trás.
- Mas você promete que um dia nós teremos um filho? Ou uma filha, tanto faz... Contanto que seja com você, eu vou adorar tanto um menino quanto uma menina – Daniel sorriu com a idéia, dando um selinho na namorada.
- Prometo; mas eu quero um menino – rhanna também sorria ao olhar Josh dormindo em seus braços.
- Pra chamar de Daniel Neeson Junior?
- Credo, que brega! Nem pensar – a garota riu da cara de decepção do namorado. – É só que eu prefiro meninos; meninas são muito difíceis de lidar.
- Minha mãe uma vez disse que quando mais você quer que seja uma coisa, Deus te dá o oposto... Quando ela ficou grávida, ela queria uma menina... Daí eu nasci – ele deu de ombros.
- Ta explicado por que você é meio gay – rhanna gargalhou, tentando não balançar muito o bebê em seu colo.
- Você vai ver quem é gay quando chegarmos em casa – Daniel sussurrou malicioso no ouvido de Rhanninha , fazendo-a se arrepiar.
- Eu... Não vou dormir no seu apartamento hoje, lembra? – era incrível o poder que o garoto exercia sobre ela, a voz falha da menina denunciava isso.
- Não tem problema – ele disse baixo ao dar-lhe um beijo no ombro. – Eu durmo na casa da minha mãe, ela mesma disse que eu não tenho ido lá.



****



- Quando as meninas voltam?
- Domingo à noite.
- Quem? Volta quando? – Rupert se juntou à namorada, rhanna e Daniel, sentando na beira da piscina da casa deRobert.
Nina e Cath, estavam com notas ruins na escola e tiverem de ir pro acampamento – Rhanninha disse balançando os pés imersos na água aquecida; lembrando do escândalo que as amigas fizeram naquela sexta-feira de manhã, xingando o diretor do colégio de todos os nomes feios imagináveis; depois se conformaram que eram apenas três dias, não doeria tanto assim.
- E você, nerd como sempre, não precisou, né? – Emma riu ao espirrar água em rhanna.
- Não sou nerd, mas não precisei ir – mostrou língua e devolveu o espirro d’água.
- Bom pra mim, que pude ficar com a minha garota sem ter de disputá-la com as duas encalhadas – Daniel disse distraidamente enquanto tentava jogar Rupert na piscina.
- Encalhadas? Elas saem com caras diferentes a cada noite! – rhanna disse lembrando das histórias que as amigas contavam sobre seus encontros. Desde que Nina terminara com Billy, ela e Cath não paravam mais em casa, fazendo com que Rhanninha ficasse mais tempo com Demetria, que entendia perfeitamente o que era namorar um McGuy.
- Bom saber, assim você não sai nunca mais com elas – o garoto disse olhando a namorada.
- Ui, que ciumento – Rupert disse numa voz afetada. – Você não era assim quando namorávamos.
- É que você não é tão gostoso quanto a Rhanninha , daí eu não precisava me preocupar tanto – Daniel disse do mesmo jeito, fazendo as meninas rirem. Nesse momento, Demetria veio correndo e empurrou Emma na água, que por estar abraçada ao namorado, levou Rupert junto para dentro da piscina.
- Quanta maldade – Kristen comentou chegando ao local, e antes que Demetria pudesse sequer olhar para o lado, Kristen a empurrou para água também.
Demetria, você esqueceu uma coisa – Robert disse ao jogar o bêbado, Tom, na piscina. – O casal Neeson só ri, querem dar um mergulho também?
- Não, muito obrigada – rhanna disse em meio aos risos. – Rupert, você vai acabar matando o Tom!
Robert pegou a namorada no colo e pulou na água... O restante dos convidados já estava indo embora, portanto, a piscina era só dos oito. Ou melhor, seis, já que rhanna e Daniel ainda estavam sentados na beirada.
- Eu sou um namorado exemplar, então eu vou te pedir pra entrar na água comigo – ele sorriu de um jeito fofo, abraçando a menina de lado. – Quer entrar?
- Você é medroso, isso sim – rhanna riu olhando Demetria tirar um fio de cabelo dos olhos de Tom. – Morre de medo que eu fique brava com você.
- Medroso não! Só não gosto do jeito que você me olha quando ta brava – Daniel fez bico, ganhando um selinho de Rhanninha . – E então? Vamos entrar?
- Primeiro eu quero um beijo.
- Um ou um milhão. Quantos você quiser – ele sorriu antes de entrelaçar os dedos nos cabelos da garota, trazendo-a para mais perto; mordeu o lábio inferior da namorada, que sorriu de lado. rhanna tocou o abdômen de Daniel por baixo da camiseta, e o sentiu contrair. Quando a língua do garoto tocou os lábios de Rhanninha ... O casal foi interrompido pelos esguichos d’água que os amigos jogaram neles, gargalhando.

Demetria! Demetria! Escuta a música que ta começando a tocar! – rhanna gritou vários minutos depois, no meio da baderna que era a piscina. – Robert! Aumenta o volume! Quando o som chegou aos ouvidos de Demetria, a garota tampou os ouvidos. - NÃÃÃÃO! NÃO AGUENTO MAIS ESSA MÚSICA! – ela gritou rindo.
), canta comigo – rhanna chamou, gargalhando.

She's 18 and a beauty queen (A beauty queen) She makes the boys feel so weak (So weak) It's all for her and not at all She'll pick you up just to watch you fall It's her hands on my hips, I can't escape 'em It's that mouth and those lips, try not to taste them
That's just the way things are And the way they'll always be
Girls do what they want (Whoa... Whoa...) Boys do what they can
 [Girls Do What They Want]

rhanna e ) riam e berravam a letra da música junto com John, vocalista da banda The Maine, enquanto Demetria tentava não rir.
- Amor, que música mais feminista – Daniel disse quando Paparazzi da Lady Gaga começou a tocar.
- É uma letra realista: nós fazemos o que queremos, vocês fazem o que podem... Ou melhor, o que nós mandamos – rhanna sorriu maliciosa e mordeu levemente o lábio de Daniel, fazendo-o sorrir.



****



Rhanninha , querida. Minha reunião atrasou. Vou ter de passar a noite aqui em Bristol. Peça ao Daniel dormir em casa, para você não ficar sozinha. Juízo. Se cuide e me ligue se precisar. 
Com amor, sua futura sogra. 


- Olha essa mensagem e me diz se sua mãe não é doida? – rhanna mostrou o celular a Daniel quando estavam chegando em casa.
- Doida? Ela é boazinha, isso sim – o garoto sorriu cheio de segundas intenções.
- Pervertido é apelido, né Neeson? – Rhanninha deu um tapinha no braço dele ao entrarem na sala de estar. – Escolhe alguma coisa pra gente ver enquanto eu busco um edredom. Quando a garota estava voltando, ficou estática no último degrau da escada. – Daniel...
Rhanninha , amor... Vem cá, senta aqui comigo – ele levantou, tomando a garota em seus braços e sentando no sofá. – Ta tudo bem, é só um programa de tv.
- Eu sei que é só um programa – Rhanninha suspirou. – Mas eu não consigo ver One Tree Hill. Não sem a Sophie... Não dá.
- Dá, sim. Eu achei essa loirinha bonita e você precisa me contar o que aconteceu antes desse episódio, quero entender – Daniel brincou, tentando relaxar a namorada.
- Você tinha que achar justo a Peyton bonita? – a garota rolou os olhos, se rendendo.


- Calma, calma – o décimo sétimo episódio da segunda temporada tinha acabado há alguns minutos e Daniel ainda fazia rhanna lhe explicar as histórias da série. – A Brooke ia embora, daí o Lucas pintou a porta do quarto dele de vermelho, pra ela morar lá e se sentir em casa. Certo?
- Certo! – rhanna sorriu fraco; o garoto conseguiu fazer com que ela assiste à série que significava tanto em sua vida, e sem chorar. Foi bom. – Daí, depois de uma mega briga, ele a pinta de preto, pra mostrar o quão magoado ele estava com a Brooke, entendeu?
- Entendi. Agora faz sentido toda essa adoração que você tem pela tal porta vermelha... – deu um selinho demorado na garota que estava sentada ao seu lado. – Obrigado por confiar em mim.
- Obrigada por me ajudar a vencer meus medos – rhanna sussurrou, passando as pernas ao redor da cintura de Daniel. – Eu amo você, Daniel Neeson, seu idiota.
- Você nunca vai esquecer essa frase, né? – ele perguntou rindo ao abraçar a namorada.
- Não. Não mesmo – ela também riu – Foi a frase mais legal que eu já disse.
- Só não reclamo por ser chamado de idiota, porque tem o ‘eu te amo’ – Daniel disse baixinho, deitando a garota no sofá e ficando entre suas pernas. – Só pra constar, eu também amo você, rhannaPenalva, minha garota do Brasil.
- Então prova... Prova o quanto você me ama – ela sussurrou quando o sentiu levantar sua blusa...


****


Manhã seguinte.

Rhanninha , seu celular ta tocando!
- Atende pra mim? To secando meu cabelo!
- Er, não dá.
- Por que não dá pra você atender um mísero telefonema, Daniel?
- Porque é o Hoult ligando – pelo jeito que o garoto disse, rhanna sabia que ele estava revirando os olhos naquele exato momento.
- Ah, deixa tocar então, eu ligo pra ele depois – ela continuou em seu quarto secando os cabelos como se nada tivesse acontecido; Daniel na sala voltou os olhos para a TV depois de abaixar o toque do celular da namorada.
rhanna e Daniel tinham feito um trato: nunca mais deixar Nicholas Hoult atrapalhar seu relacionamento. Assim que voltaram do Hawaii, rhanna procurou Nick e explicou a nova situação: ela era namorada de Daniel, e ele tinha de respeitar isso. E convenhamos, Nick nunca foi má pessoa, disse que entendia, e que na verdade não estava mais apaixonado por ela, só queria seu perdão e sua amizade.
Dizer que Daniel aceitou essa amizade numa boa seria uma tremenda mentira. Depois de inúmeras brigas, rhanna desligar o telefone na cara dele inúmeras vezes, Daniel sendo visto sentado inúmeras vezes no chão do lado de fora do quarto dela pedindo desculpas pelo ciúme bobo e por fazê-la chorar... Bem, tudo se acalmou. Daniel se acalmou, pra dizer a verdade. Quando viu a nova namorada de Nick, a linda e loira Ashleigh, Daniel até passou a ser menos rude com Nick.

- Ligou pra ele?
- Liguei.
- Hum... O que ele queria? Isso é, se eu posso saber.
- Claro que pode, meu bem. O Nick nos convidou pra uma festa na casa dele sábado à noite – rhanna sentou ao lado de Daniel no banco acolchoado no jardim do fundo da casa dos Neeson, colocando as pernas no colo do namorado, que tinha uma carinha emburrada. Linda. – Que foi meu lindo?
- Nada – ele suspirou passando os braços ao redor da garota, depositando um beijo em sua testa. – Você deu comida pra Michelangela hoje?
- Er... Esqueci. E já falei que o nome dela é Alejandra Joaquina – rhanna usou um espanhol bem fajuto ao pronunciar o nome e sorriu ao ouvir riso baixo do garoto.
- Coitada da tartaruga, vítima dessa sua coisa por nomes de novelas mexicanas – ele riu fraco olhando pras árvores do quintal, mas sabia que rhanna o olhava. – Pára de me olhar assim, mocinha.
- Assim como? – ela perguntou divertida, sem nem ao menos piscar.
- Assim. Do jeito que você sabe que me deixa com frio na barriga – Daniel disse de um jeito engraçado a olhando pelo canto dos olhos, como uma confissão, fazendo rhanna rir e abraçá-lo. – A única garota no mundo que me deixa com frio na barriga, e ainda ri de mim por isso. Que decadência.
- Eu to rindo porque meu namorado é coisa mais mordível da face da Terra... – rhanna começou a falar, mas foi interrompida por uma gargalhada de Daniel. – Que foi, seu estranho? Eu aqui me declarando e você me interrompe. 
- Muito tempo atrás você disse que eu nunca seria bom o suficiente pra ser seu namorado, e eu disse que quando você percebesse o quão errada estava...
- ...Você ia rir da minha cara – Rhanninha completou a frase, fechando os olhos e sentindo as bochechas esquentarem. – Você tinha que ter esquecido disso, maldoso.
- Ah meu amor, não precisa ficar com vergonha – Daniel disse risonho, passando a ponta do nariz pelo rosto da menina, que mantinha os olhos fechados, as bochechas coradas. – Pode admitir que eu sou um namorado atencioso, carinhoso, só um pouquinho ciumento...
- E super modesto – rhanna murmurou contrariada, fazendo Daniel rir e abraçá-la bem forte.
- Ah garota, você é fresca e orgulhosa e ao mesmo tempo é tão cativante... – ele apertava contra si, o queixo apoiado no ombro de Rhanninha , que agora já ria das coisas que o namorado falava.
- Você me elogia, depois fala meus defeitos, depois elogia de novo... – ela respirava fundo, o perfume que só ele tinha... Um cheiro único. Inebriante. O entardecer; as árvores dançando de acordo com o vento frio que soprava... Tudo era tão perfeito que causava medo em rhanna; que logo se forçou a parar de pensar nisso. – Me diz, querido... Quando você lembrou que tinha de rir da minha cara?
- Quando eu estava sozinho num quarto de hotel em Portsmouth, quase um mês atrás, e você estava passando o fim de semana com as meninas em Milão, na casa da mãe da Cath – Daniel também sentiu o vento mais frio, e abriu seu casaco de moletom, fazendo rhanna se aconchegar em seu peito, dentro do casaco [n/a: sei lá se consegui explicar isso direito; os dois dentro do mesmo casaco; faz mais sentido?], visto que a garota estava praticamente em seu colo. – Eu tava sem sono, e do nada, a sua porta vermelha me veio à mente... Lembrei da minha profecia e então da promessa de rir da sua cara.
- Profecia? – a garota levantou o rosto, no exato momento que Daniel abaixou o dele, fazendo os olhares se encontrarem; qualquer pensamento que estivesse na cabeça de rhanna, desapareceu no exato momento em que ela olhou dentro dos olhos mais brilhantes e sinceros que ela já vira na vida.
Daniel deu um sorrisinho de lado, passando seu nariz de leve no da garota, dando-lhe um selinho em seguida; tinha os braços em torno do corpo dela, mantendo-a dentro de seu casaco e bem junto ao seu peito, sentindo as mãos frias dela ao redor de sua cintura. Deu leves beijos na bochecha, então no queixo, chegando ao pescoço de rhanna, beijou inúmeras vezes até transformar em mordidas, ouvindo a garota suspirar baixinho e puxá-lo para mais perto. Voltou a olhá-la nos olhos, abriu um sorriso largo e convencido, e por fim mordeu de leve o lábio inferior de Rhanninha , iniciando um beijo muito mais calmo do que a garota esperava. Daniel manteve o mesmo ritmo lento, carinhoso, doce do beijo até findá-lo com alguns selinhos. Inclinou-se levemente e sussurrou:
- A profecia de que o cara da porta verde iria te achar, garota da porta vermelha. E ele achou.
- A porta do seu quarto é azul, Daniel – rhanna disse com a voz fraquinha. – Mas isso foi uma coisa idiota que eu disse só pra te tirar de perto de mim, você sempre me deixou meio trêmula...
Rhanninha . Me escuta por um minuto – ele a interrompeu sorrindo. – Acredite, o cara da porta verde te achou.



****


Alguém disse uma vez: São as boas garotas que escrevem em diários. As más garotas nunca têm tempo. Eu? Eu apenas quero viver uma vida que irei lembrar. Mesmo que eu não escreva tudo.

Rhanninha , isso é uma música? – Daniel olhava para o quadrinho da cozinha com a testa levemente enrugada, enquanto rhanna prendia um bilhete para Cath e Nina na geladeira.
- Não, é uma citação que eu lembrei enquanto tentava escrever alguma coisa útil no ‘Diário de viagem de rhanna Penalva’ – a garota disse numa voz solene, revirando os olhos. – É esquisito, eu sinto que eu moro aqui e não que seja uma viagem – encostou-se a pia suspirando. Daniel levantou da cadeira onde estava sentado, parou em frente a rhanna, segurando as laterais de seu quadril com as duas mãos e olhou fundo nos olhos da garota, vendo a preocupação que os rondava.
- Vida, você mora aqui. Você só vai embora se quiser – ele levantou as sobrancelhas, tentando ver se suas palavras causaram alguma mudança na namorada. – Escutou? Ah Rhanninha , não fica assim, você tava animada há cinco minutos!
- Eu escutei, Daniel, mas... Falta menos de quatro meses pra formatura – a garota evitava os olhos do namorado, olhando pras mãos enquanto brincava com o primeiro botão da camisa dele. – Eu não quero ir embora.
Rhanninha , amor... – Daniel começou, e ouviu um sussurro vindo da garota.
- Eu não quero te perder.
- Hey! rhanna Penalva, olha pra mim. Agora – ele disse firme, colocando um das mãos no rosto da garota, fazendo-a olhá-lo nos olhos. – Me perder? Ta maluca? Nem que você quisesse, eu não iria a lugar algum. Você é minha, pra sempre. Minha vida, lembra?
- Lembro... – ela suspirou dando um curto sorriso. – Lembro também de ter pedido pra parar com essa mania de me chamar de vida.
- Mas você é minha vida, nada mais certo que eu te chamar assim – Daniel abriu um largo sorriso antes de beijar a testa de Rhanninha . – Eu te dei opções, você sabe.
- Ah claro. Escolher entre vida, oxigênio ou sangue – ela fechou os olhos sacudindo a cabeça ao rir lembrando das coisas fofas e sem noção que Daniel falara na noite, ambos rindo com a possibilidade de alguém descobrir que fizeram amor na sala de estar. – É meio óbvio que eu escolheria vida.
- Então não reclama, amor da minha vida – o garoto cerrou os olhos, perecendo pensar em algo importante. – Acho que o certo seria vida do meu amor. Ih, fiquei confuso.
- Ai Neeson, o que eu fiz pra merecer você? – rhanna encostou a testa no peito do namorado rindo.
- Algo muito bom, eu sou um presente de Deus – ele riu, abraçando-a forte e dando um breve beijo no topo da cabeça da menina.
- Se eu concordar, você vai ficar muito metido, então eu permaneço calada.
- Seu coração concorda, eu posso ouvir... E sentir – Rhanninha levantou a cabeça sorrindo de lado. – Fica quieta, já sei que você vai falar alguma gracinha. Vamos logo que eu to com fome.
- Ok, meu presente divino.
- Vem amor da minha vida. Ou vida do meu amor, como preferir – Daniel a puxou pela mão, ambos rindo ao saírem de casa.



****



Não se pode controlar o amor. Pessoas que foram feitas umas para as outras, sempre acham seu caminho no final.


- Brooke Davis.


 

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