Verum et Falsum



Title: Departamento de Mistérios
Author name: Jesse Kimble
Author email: [email protected]
Category: Drama
Rating: PG - 13.
Spoilers: PS, CoS, PoA, GoF, OOTP.
Shippers: Harry/Hermione, não posso deixar os dois sozinhos, coitadinhos... não acham que ele já sofreu muito? *Ainsley esperando que o coro responda NÃÃÃO para que ela possa fazer o Harry apanhar ainda mais*
Summary of the chapter: Teremos uma traidora na Ordem ou Harry realmente não superou a morte do padrinho? Hum, finalmente teremos um pouco de ação nesse capítulo... desculpa, eu disse um pouco? Finalmente teremos MUITA ação nesse capítulo! E vocês acham que depois de tudo que Harry passou a cabecinha dele vai continuar tão inocente quanto antes? Aguardem... ah, e eu falei que se fosse por mim, o Harry apanharia em cada capítulo, não? Então ‘tá bom!
Disclaimer: *um homem com aparência de rato aproxima-se do Lord das Trevas* milorde, eu tentei, milorde, mas aquela Rowling ganhou novos guarda-costas... uma bruxa muito poderosa... *Lord Voldemort levanta-se* Rabicho incompetente... crucio! *enquanto o “verme” contorce-se no chão, Lord Voldemort ajusta sua capa e despede-se:* Aguarde aqui, Haynes, trarei a Rowling...
Algumas observações: cansei dos A/N, vou só anotar algumas coisas. Eu tinha que colocar um título em latim... não resisiti... pra quem não sabe, significa “Verdadeiro e falso”; desculpa quem não gosta do shipper H2, mas é tão gostoso escrever cenas dos dois juntos... cheguei a conclusão que eu não daria para Comensal da Morte, não consigo torturar as pessoas. Então, ainda aproveitando minha onda de inspiração e boa-vontade e cortando o papo-furado, aqui está o sexto capítulo...




Capítulo Seis - Verum et falsum


- Você está delirando? - perguntou Tonks encarando Harry atônita; então virou-se para Snape: - Você concordou com isso?

- Beba a poção. - ordenou Harry diretamente, impedindo Snape de responder.

- Você não tem autoridade para me fazer beber isto. - protestou ela, levantando-se. - Eu vou falar com Dumbledore.

Harry colocou-se atrás da porta, impedindo que ela fosse aberta.

- Eu esperava fazer isso pacificamente, afinal você não tem nada para esconder, ou tem, Nymphadora?

- Não me chame assim.

- Então pare de fazer onda e beba logo a poção! Se você é quem diz que é, ela não lhe fará mal algum! - retrucou Harry, irritado.

Tonks pegou a poção e a levou a boca, lentamente.

- Estão vendo? Convencidos? - falou ela, após alguns segundos. Então transfigurou o cabelo rosa em madeixas longas e escuras, seus olhos mais frios do que antes. - Agora por que minha aparência ficou parecida com a de uma Lestrange vocês acham que eu sou uma Comensal?

Harry não respondeu e Snape assumiu a situação. Aproximou-se da mulher e ergueu a manga de sua blusa, revelando no seu antebraço, a Marca Negra.

- Harry, desça! - ordenou Snape, pegando a varinha.

No mesmo instante, Bellatrix Lestrange murmurou “experlliamus” e desarmou o professor, que foi jogado contra a parede. Harry há três dias tentava se convencer que estava errado e nem considerara a possibilidade dela lançar um feitiço neles. Apesar da surpresa, Harry estava fervendo de raiva. Como aquela mulher ousara entrar na casa do padrinho depois de tudo que tinha feito?

- CRUCIO! - gritou Harry.

Ao ser atingida pelo feitiço, Bellatrix caiu no chão, dando tempo para Harry desarmá-la. Ainda apontando a varinha para ela, ele fez a única coisa que pôde pensar: abriu a porta e pediu ajuda. Bellatrix ainda tentou reagir, mas Harry foi rápido o suficiente para estuporá-la. Com a porta ainda aberta, Harry baixou a varinha e ajudou Snape a levantar-se.

Com um feitiço, Kingsley conjurou algumas cordas que amarraram Bellatrix. Ela recobrou a consciência quando eles preparavam-se para entregá-la ao ministério. Estavam todos novamente na sala e Harry adiantou-se.

- Precisamos interrogá-la!

- O Ministério fará isso. - explicou a voz asmática de Elphias Doge.

- Precisamos saber onde está Tonks e o quanto ela - Harry respondeu irritado, apontando diretamente para Bellatrix. - contou a Voldemort sobre os nossos planos.

Kingsley empurrou Bellatrix, fazendo-a sentar no sofá; um silêncio carregado de tensão espalhava-se pela sala. Ao perceber que a atenção de todos estava voltada para ele, Harry decidiu começar o interrogatório.

- Então, o que você fez com a Tonks? - inquiriu ele, curvando-se e olhando atentamente nos olhos dela.

- Eu a matei. - respondeu Bellatrix trivialmente, como se isso não passasse de algo comum.

Harry levantou a cabeça e encarou a primeira pessoa que estava a sua frente: o professor Snape. Não havia nada que eles pudessem fazer por Tonks, mas ainda precisavam descobrir quanto Voldemort sabia.

- O que você contou a Voldemort? - perguntou Harry diretamente.

Bellatrix manteve o olhar fixo no garoto, então seus olhos passearam pela sala, avaliando cada membro da Ordem, antes de seu rosto contrair-se em uma gargalhada frenética que durou por alguns intermináveis segundos.

- O bebê Potter acha que pode descobrir os pensamentos do Lord das Trevas! - exclamou ela, ainda rindo.

Harry sabia que precisava manter o controle, principalmente na frente dos membros da Ordem. Não havia motivos para se exaltar, ela estava só o provocando. Logo a levariam para o ministério e ela receberia a punição que merecia, não cabia a ele fazer isso...

“O bebezinho Potter acha que pode explorar os planos que o Lord fez para ele, quando é exatamente o contrário o que acontece!”, ela falou normalmente; para Harry, foi como se ela tivesse gritado.

Não podendo mais se controlar, Harry pulou em cima dela, suas mãos alcançando a garganta da mulher, em um desejo desesperado de fazê-la parar de falar, de rir, de respirar.

“Harry, pára!”, ele ouviu alguém gritar atrás dele. Ele continuou a lutar, não contra Bellatrix que ainda tinha as mãos amarradas, mas contra as dezenas de mãos que tentavam tirá-lo de cima dela. Ele esperara tanto tempo para fazer isso, não desperdiçaria essa oportunidade.

Bellatrix estava cedendo, seus lábios estavam ficando roxos; ela abrira a boca em uma vã tentativa de aspirar um pouco de ar. Alguém puxou seus ombros e Harry recuou um pouco; as mãos ainda no pescoço dela a fizeram inclinar-se para frente. Com um repentino movimento do braço, Harry livrou-se de quem o puxava e jogou Bellatrix novamente de costas no sofá.

Harry não entendia muito bem o que estava fazendo, tudo que tinha em mente era que precisava matar a assassina do seu padrinho. Sua visão ofuscou-se um pouco, como se uma grande claridade tivesse invadido o ambiente; sua cicatriz ardendo, ele ouviu sua boca murmurar “você me traiu” antes de obrigar o coração de Bellatrix a bater pela última vez.

Quando percebeu que os olhos dela fecharam-se e que o semblante dela não carregava mais nenhuma expressão, Harry parou de lutar contra as pessoas que tentavam impedi-lo e foi jogado de costas no chão. Vários bruxos tentavam fazer algo por Bellatrix; Harry não se importava. Ele rapidamente levantou-se e desaparatou.




***

Ela estava morta... Harry repetia para si mesmo, cada segundo o barulho do relógio parecia lhe confirmar mor-ta...mor-ta...mor-ta... Ele a matara, pela primeira vez na vida, ele matara alguém.

Harry não ousou olhar para o relógio para ver que horas eram. Deveria ser muito tarde, a casa estava silenciosa há muito tempo. O quarto estava escuro, Harry passara as últimas horas deitado sozinho, com a mente vagando enquanto seus olhos estavam fixos no vazio do teto. A janela estava fechada, impedindo que a luz solar iluminasse o ambiente.

Durante o tempo que ele ficara trancado no quarto, os Dursley não se importaram que ele não tivesse descido para as refeições, pareciam nem ter tomado conhecimento do fato de que Harry estava na casa.

Harry só decidiu levantar-se da cama na segunda-feira de manhã, quando Edwiges começara a bater com o bico no vidro da janela insistentemente. Lupin mandara uma carta, como prometido; Hermione voltara.

Ele não estava certo se seria uma boa idéia voltar para Grimmauld Place depois do incidente com Bellatrix; tinha medo que eles o julgassem e o tratassem como o assassino que ele era. Tinha medo que Hermione o considerasse culpado pelo que ele fizera.




***

Quando ele chegou na sede da Ordem, Hermione estava sentada na sala, analisando alguns pergaminhos que estavam atirados sobre o sofá. Harry saiu da lareira observando a garota; estava mais bonita do que ele jamais tinha a visto. Harry aproximou-se e a abraçou, ela o encarou surpresa.

Harry afastou-se imediatamente e murmurou um pedido de desculpas.

- Eu fiz o que você disse. Falei com os Weasley. - declarou ele, empurrando alguns pergaminhos para o lado e sentando-se ao lado de Hermione.

- Que bom. - respondeu ela, ainda lendo o pergaminho que tinha no colo.

- Senti sua falta... Mione... - começou Harry, puxando gentilmente o pergaminho da mão da garota e chamando sua atenção. - você estava certa, eu não devia ter evitado os Weasley. Desculpa por ter discutido com você.

- Não se preocupe, não estou braba. - respondeu ela, olhando para o outro lado da sala.

- Então por que você está me evitando? - indagou Harry friamente.

Hermione finalmente virou-se para ele e o encarou.

- Eu estou ocupada, Harry, não está vendo? Não tenho muito tempo antes que o ministério o acuse formalmente de assassinato!

- Você está tentando mostrar para eles que eu sou inocente?

- É óbvio, por que você acha que eu voltei? - respondeu ela como se fosse a coisa mais natural do mundo e pegou o pergaminho de volta das mãos de Harry.

O garoto desistiu de tentar conversar com ela e explicar que logo nada mais disso teria utilidade... Harry decidiu não insistir; foi para a cozinha onde os outros membros da Ordem estavam reunidos.

- Dumbledore, temos um problema. - disse ele ao encontrar o diretor.

- E qual seria? - perguntou Dumbledore, enquanto os outros voltavam sua atenção para a conversa.

- Ainda não sabemos quanto Voldemort sabe dos nossos planos para o Departamento de Mistérios.

- Ele sabe que você está planejando ir ao Departamento de Mistérios segunda-feira, Potter. - começou a falar uma voz fria e arrastada - Ele sabe que você quer lutar com ele o prender um uma sala. Entretanto, ele não sabe o que está naquela sala.

- E como você descobriu isso, Malfoy? - desafiou Harry.

- Porque eu contei para ele. - respondeu Draco, displicente.




~~~~~Next Chapter~~~~~

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