A Toca



|Título: Os Gêmeos Potter e a Câmara Secreta


|Sinopse: 2ª temporada da série "Os Gêmeos Potter". Em seu segundo ano em Hogwarts, os gêmeos encontram novos mistérios e aventuras. O que era a voz na parede? Quem estava por trás dos ataques aos alunos? Mais uma vez, Hogwarts trazia a eles muito mais do que aulas de magia.


|Disclaimer: Harry Potter e seus personagens pertencem apenas à Tia Jô. Peguei emprestado apenas, e dei o meu toque pessoal. Espero que gostem! ^^


|Escrita por: Gaby Amorinha


|Betada por: Drica Grint


|Classificação: 14+


|Gêneros: Ação, Amizade, Aventura, Escolar, Fantasia, Ficção, Magia, Mistério, Romance e Novela, Shoujo


|Alertas: Heterossexualidade, Spoilers


|Shipps: Segredo. Por enquanto.


|Capítulo 3




Lumus!


Juro solenemente não fazer nada de bom.


Olá leitores!


Admito que eu estava com preguiça desse capítulo em particular, e agora com a volta às aulas adeus um cap por semana, vocês vão ter que esperar um pouco mais (ok, MUITO mais, como puderam perceber).


É um capítulo muito detalhado, então se eu esquecer alguma coisa, por favor, me perdoem, mas esse foi particularmente chatinho de se escrever. e.e


Boa leitura!


Gaby Amorinha




Capítulo 3: A Toca


 


- Rony! - Harry se virou para a cama ao lado. - Ash! - ele correu até ela e começou a sacudi-la enquanto a chamava aos sussurros. - Ash, acorda! É o Rony! O Rony!


- Rony? - ela abriu os olhos lentamente e deu de cara com o rosto sardento na janela.


- O que deu em vocês? Por que não responderam minhas cartas? Por que receberam uma advertência do Ministério? - o ruivo começou a perguntar, atropelando as palavras.


- Como sabe que recebemos uma advertência? - Harry retrucou.


- Meu pai trabalha no ministério.


- Ah. - Ash se apoiou na janela para olhar melhor para Rony quando se deu conta de que ele estava em um carro: um Ford Anglia azul suspenso no ar. Voando. - Rony!


- Ah, isso. Não fui eu quem enfeitiçou, foi o papai. Eu só peguei pra voar, então não estou violando a lei de fazer magia, estou?


Os gêmeos se olharam meio em receio, mas não disseram nada a respeito.


- Bem, de qualquer forma... - Harry continuou. - Você se importaria de avisar em Hogwarts que não vamos poder ir? Nossos tios nos trancaram aqui...


- Avisar? Sem essa, vamos levar vocês com a gente.


- Isso! - Ash desabafou. - Sabia que podia contar com você!


- Vocês. - uma voz veio de dentro do carro.


- É não se esqueça de nós. - outra voz soou. Olhando para dentro do carro, ela viu Fred e Jorge com sorrisos enormes e travessos nos rostos.


- Aaaaaaah vocês vieram! - ela exclamou, dando pulinhos de animação.


- É claro. - eles responderam em coro.


- Mas como vão tirar a gente daqui? - Harry perguntou, preocupado. - Vocês não podem usar magia fora da escola.


- Quem falou em magia? - Jorge respondeu. - Cheguem para trás.


Ashley estava particularmente curiosa em relação ao que ia acontecer, e atendeu ao pedido imediatamente. Harry, no entanto, tinha noção do perigo, e conhecia o jeito pouco cuidadoso dos gêmeos Weasley de agir. Preocupou-se com possíveis ruídos e estragos, mas não podia negar que também estava LOUCO pra sair daquele lugar, então decidiu fazer como sua irmã e, ao menos por um tempo, ignorar o perigo vindouro.


Como esperado, o plano deles não contava com o mínimo de prevenção anti-Dursley. Prenderam um gancho na grade da janela, com uma corda amarrada. Amarraram a outra ponta da corda na porta do carro e começaram a arrancar na direção oposta.


O resultado foi que poucos segundos depois, um estampido forte e oco indicou que a grade tinha se desprendido da parede, levando parafusos junto e deixando alguns rombos no reboco da parede externa da casa.


- Isso! - Ash comemorou, dando um pulo dentro do quarto. Harry olhou nervoso para a porta, mas depois de três segundos de silêncio ouviram o ronco do Sr. Dursley e souberam que eles estavam ferrados no mesmíssimo sono.


- Venham! - Fred chamou, estendendo a mão para dentro da janela arrombada.


- Não podemos ainda. - Harry comentou. - Nossas coisas estão no armário debaixo da escada.


- Não seja por isso. - Então, apoiando-se no batente da janela e usando o criado-mudo como escadinha, os gêmeos ruivos adentraram no quarto.


- Um de vocês nos mostre onde é. O outro recolha as coisas que estão por aqui.


- Eu vou. - Ash se pronunciou. - Harry, pegue TODAS as minhas roupas e coloque na mochila.


- Pode deixar.


- Venha aqui Ash. - Fred se abaixou e Ash subiu nos ombros dele. Enquanto isso, Jorge estava inclinado sobre a porta com grampos de cabelo nas mãos arrombando a fechadura. Em alguns minutos ouviu-se um “click” e a porta abriu.


- Tomem cuidado com o penúltimo degrau. - Ash advertiu em um sussurro. - Ele range.


Mas o trio chegou ao andar de baixo sem maiores problemas. Jorge repetiu o processo na tranca do armário e os três puxaram os dois malões para fora. Cada um dos gêmeos subiu com um malão e Ash foi saltitando silenciosa como um gato atrás. Estava achando a coisa mais engraçada do mundo ser resgatada por dois bruxos bem debaixo do nariz dos Dursley. E mais: sem usar um pingo de magia.


         Rony virou o carro de costas para a janela e cuidadosamente o quarteto começou a operação de passar a bagagem para dentro do porta-malas do carro. Depois da última mochila, Ash pegou Morgana e entrou no carro, sendo seguida por Fred, Jorge e Harry. Rony estava se preparando para partir quando um pio lamurioso soou de dentro do quarto.


- A Edwiges! - Harry exclamou em um sussurro, estava se preparando para descer do carro em silêncio quando um berro soou de dentro da casa.


- ESSA CORUJA IDIOTA!


- CORRE HARRY! - Ash gritou de volta. Ele saltou de uma vez do carro para o quarto e atravessou o aposento em passadas largas. Com dois passos agarrou a gaiola do pássaro de maneira meio desajeitada e correu de volta para a janela. Entregou o pássaro para Jorge, que a passou para Fred no banco do carona.


- VEM LOGO HARRY! - Rony gritou, com o pé queimando de vontade de acelerar e sair logo dali. Harry agarrou a mão de Jorge no exato instante em que a porta do quarto se abriu.


Válter olhou meio chocado por um átimo de segundo, mas se recuperou rapidamente.


- VOCÊ NÃO VAI FUGIR MOLEQUE! - em um salto, Válter alcançou Harry e lhe agarrou os tornozelos. Jorge abraçou a coluna de Harry e começou a puxar desesperadamente.


- ARRANCA RONY! - Ash mandou.


- TÁ MALUCA! VAI JOGAR MEU IRMÃO E O SEU NO CHÃO.


Ela soltou um grunhido de raiva que por um instante lembrou um cão irritado. Então se debruçou sobre o espaço entre os bancos da frente e começou a mexer no porta-luvas.


- O que você está fazendo? - Fred perguntou, vendo a garota quase jogada em cima dele.


Segundos depois, ela tirou uma espécie de ferramenta trouxa do porta-luvas, parecia uma chave inglesa. Voltou para trás e passou por cima de Jorge, chegando à beira da porta escancarada do carro de ferramenta em punho.


- LARGA O MEU IRMÃO!


E ela acertou os dedos da mão de Válter com a ferramenta. O homem urrou de dor e se desequilibrou, caindo no jardim embaixo da casa. Jorge terminou de içar Harry para cima, fechou a porta e eles se ajeitaram no banco de trás. Rony arrancou abruptamente e eles partiram em direção ao céu azul noite de Londres.


- Espero que tenha quebrado os dedos. - Ash comentou, entregando a ferramenta para Fred.


- Como sabia que tinha isso aqui?


- Não sabia, ué. Só queria algo forte e pesado o bastante para fazê-lo soltar o Harry.


- Falando em soltar - Harry se pronunciou. - vocês poderiam soltar Morgana e Edwiges? Faz um bom tempo que elas não esticam as asas...


Jorge pegou os grampos e logo as duas corujas voavam ao redor do carro.


- Ah, falando em corujas... - Rony comentou. - Por que raios vocês não responderam minhas corujas?


- Ah, isso... - Harry comentou. Começou então a explicar a complexa situação na qual ele e sua irmã tinham entrado quando Dobby intercepta todas suas cartas.


-… e não foram só as suas, perdemos um monte de cartas. - Harry comentou.


- Hm... - Fred refletiu. - Parece-me o tipo de pegadinha ideal que alguém pregaria para impedir vocês de voltarem a Hogwarts. Conseguem pensar em alguém que gostaria de fazer isso? Alguém que não goste de vocês na escola?


- Claro! Draco Malfoy! - Rony, Harry e Ash responderam em uníssono.


- Malfoy? - Jorge perguntou. - O filho de Lúcio Malfoy?


- Provavelmente... Não é um sobrenome muito comum, é? - Rony questionou.


- Quem é Lúcio Malfoy? - Ashley perguntou.


- É um ex-partidário de Você-Sabe-Quem, foi um dos primeiros a fugir quando ele caiu. É o tipo de bruxo que caga galeão quando vai no banheiro. - Jorge continuou. - E definitivamente famílias ricas possuem elfos domésticos.


- Hmpf. - Rony bufou. - Consigo ver Malfoy mandado seu elfo atrás dos gêmeos para impedi-los de voltar a Hogwarts.


- Vocês não tem um elfo doméstico? - Harry perguntou casualmente.


- Quem, nós? - Fred respondeu. - Não, não nós. Jorge disse, é coisa de família rica. Mamãe até queria um, mas tudo que temos é um vampiro velho no porão e gnomos povoando os jardins.


- E Errol. - Jorge completou. - Mas não acho que ele também sirva para muita coisa.


- Errol? - Ash perguntou.


- Nossa coruja. - Rony comentou. - Primeiro quando vocês não estavam respondendo achamos que fosse culpa dele. Está muito velho, vive perdendo entregas. Tentamos pedir Hermes, a coruja de Percy emprestada, mas ele estava ocupado demais despachando centenas de relatórios e blábláblá... Então não rolou.


- Despachando corujas? Para onde? - Ashley perguntou.


- E eu lá vou saber? Acho que tem alguma ligação com o Ministério, papai deve ter arrumado alguma coisa pra ele lá. - Rony respondeu.


- Seu pai trabalha no Ministério? - Ash estava maravilhada. - Puxa...


- Não se empolgue, não é grande coisa. Seção de Mau-Uso dos Artefatos dos Trouxas.


- O que ele faz lá? - dessa vez quem perguntou foi Harry.


- Fiscaliza objetos para que trouxas não coloquem as mãos em objetos enfeitiçados. Chaves que encolhem até sumir, por exemplo. Bruxos fazem isso por pura diversão, e os trouxas insistem em dizer que estão as perdendo. Parece que renegam a magia mesmo que esteja esfregada no meio de suas caras e... Ah! Estamos chegando! Moramos em Othery St. Catchpole, um pouco longe do povoado...


Enquanto isso, em Wiltshire, um garoto loiro se esquivou pelos corredores da mansão sorrateiramente. Encontrando o cômodo que procurava, parou com o ouvido à porta. Começou a rezar mentalmente para não ser pego: amava seu pai, mas ele sabia ser bem assustador quando queria.


- Mais rápido elfo inútil! - Lúcio grunhiu, cutucando Dobby com a bengala. O elfo se curvou sobre a última caixa e começou a mexer desesperadamente. Estava tentando parecer compenetrado, mas ao mesmo tempo demorar em sua tarefa. Não queria que Lúcio saísse da sala enquanto Draco ainda estava na porta.


Por fim, uma bengalada mais forte nas costas fez Dobby desistir de seu intuito e tirar o livro velho de capa de couro da caixa. Parecia-se muito com um livrinho comum, mas na capa havia uma data de cinquenta anos atrás, e na primeira página era possível ler “T. S. Riddle”.


- Finalmente, elfo estúpido. Vá prender os dedos no forno pela sua lerdeza e incompetência.


- Sim, senhor. - o elfo respondeu, com uma enorme reverência, mas uma suave crispação de contragosto no canto da boca. - Estou indo. - ele disse um pouco mais alto. Draco pareceu entender e saiu correndo da frente da porta, se escondendo atrás da cômoda do corredor.


Dobby saiu da sala e fechou a porta. Lúcio ainda estava no escritório mal-arrumado. Chamaria Dobby para colocar tudo no lugar depois. Por hora, precisava conferir...


Draco voltou à porta. Ouviu um suave barulho de páginas sendo passadas e uma risadinha baixa de contentamento.


Não sabia o que seu pai estava procurando, mas sabia que com certeza não era nada bom. E Lúcio tinha encontrado.


Em Othery St. Catchpole, o carro azul pousou com um leve solavanco na grama alta e mal cuidada em frente à casa dos Weasley. Era um amontoado de cômodos de madeira completamente desorganizados, um em cima do outro, que poderia cair a qualquer instante.


“Deve ser sustentada por mágica... Só pode.” Harry respondeu, vislumbrado.


Enquanto Harry admirava a casa, Ash e os Gêmeos Weasley descarregavam o carro em meio a risadas de alguma piada dos mais velhos.


- Vai ser assim. - Fred disse a Ash e Harry. - Vocês sobem em silêncio e descem de novo, a tempo para o café. Então só temos que dizer “mãe, olha só quem chegou aqui durante a noite e tudo vai dar certo”.


- Fred, honestamente, eu idolatro você e o Jorge. São uns gênios. - Ash comentou, carregando a gaiola de Morgana.


No entanto, o plano perfeito foi por água abaixo em segundos.


Uma mulher baixa e gordinha de cabelos ruivos e uma expressão extremamente raivosa saiu da casa com as mãos na cintura.


- Expliquem-se. - ela disse assustadoramente calma.


- M-mãe... - Fred começou a gaguejar. Jorge estava mudo. Rony empalidecera.


- O QUE PENSAM QUE ESTAVAM FAZENDO? AS CAMAS VAZIAS, NENHUM BILHETE, O CARRO DESAPARECIDO! PODERIAM TEM MORRIDO! PODERIAM TER SIDO VISTOS! O QUE EU FAÇO COM VOCÊS DOIS? E você Rony... Que decepção!


- Estavam deixando eles sem comida mamãe! - Rony argumentou.


- Estava de noite, e nublado. Ninguém viu.


- NÃO ME INTERESSA! OS TRÊS, PRA DENTRO, JÁ!


Os garotos ruivos foram se encaminhando em meio a suspiros e protestos para dentro da casa.


- E vocês dois... - Harry e Ash engoliram em seco, esperando o pior. Então o rosto da mulher assumiu uma expressão bondosa e relaxada. - Estão cansados? Com fome? Venham, vamos entrar... A casa é simples, mas é arrumadinha. Vou fazer um café para vocês, venham!


- OBA! COMIDA! - Ashley saiu correndo para dentro da casa. Harry apenas sorriu e a seguiu.


A casa era definitivamente pequena e atarracada, mas muito confortável e aconchegante. A senhora Weasley foi guiando os gêmeos para a cozinha carinhosamente e os assentou na mesa. Em seguida um barulho característico se fez na cozinha, e eles souberam que ela estava fritando algo.


Nesse meio tempo, ouviram-se passos na escada e uma cópia de Rony, só que menor e feminina entrou aos pulinhos cozinha adentro.


- Mãe, você viu meu pulôver?


- Vi sim querida, estava com o gato. - Molly respondeu da cozinha, ainda fritando o café da manhã.


Então os olhos da garota caíram sobre os gêmeos assentados na mesa, especificamente sobre Harry, e ela pareceu gelar no lugar. Nesse momento, Rony entrou na cozinha também, olhou para Gina desinteressado e se assentou na mesa também.


Finalmente, para quebrar o silêncio constrangedor, Harry teve a (genial) ideia de falar:


- Hm... Oi?


A garota ficou mais vermelha que seus cabelos e saiu correndo escada acima. Nisso, Molly serviu ovos e salsicha na mesa. Rony estendeu o garfo para a salsicha mais próxima.


- É a Gina, minha irmã. - ele se explicou. - Falou de você o verão inteiro, Harry. “Cadê o Harry Potter? Quando vou conhecer ele? Ele vai vir mesmo Rony? Aposto como só estava se gabando! Ele vai trazer a irmã também né?” Um saco, pra ser sincero.


Logo Fred e Jorge se juntaram aos três e todos comiam juntos. Foi a melhor refeição dos gêmeos, desde Hogwarts, e eles comeram até sentir que poderiam vomitar.


Depois de um agradável café da manhã, Jorge esticou os músculos na mesa.


- Cara, estou exausto... Vou dormir um pouco e...


- Não senhor! - Molly retrucou, aparecendo da cozinha. - O jardim precisa ser desgnomizado. - ela disse, trazendo um livro consigo.


- Mas, mãe!


- Não é minha culpa se passaram a noite inteira dirigindo. Agora venham aqui os três para que eu leia algumas palavras para vocês e...


- Mãe, nós sabemos desgnomizar um jardim. - Fred resmungou.


- Não precisamos ouvir as palavras do “honrado Sr. Gilderoy Lockhart.” - Jorge respondeu. Molly pareceu ruborizar.


- Bom. Tudo bem então, mas ai de vocês se sobrar UM GNOMOZINHO QUE SEJA quando eu sair para inspecionar o jardim!


Nisso os três ruivos deram as costas e foram para o jardim. Harry e Ash se preparam para segui-los, quando Molly os interrompeu.


- Vocês podem dormir um pouco, devem estar exaustos...


- Não, tudo bem na verdade. Vamos andar um pouco.


- Um pouco de ar fresco, ficar muito tempo presa no quarto foi sufocante.


E depois dessa eles foram para o jardim.


Desgnomizar o jardim nada mais era do que pegar gnomos (pequenos homenzinhos encaroçados de pele marrom, carecas e com nariz de batata), girá-los pelos pés para ficarem tontos e tacá-los por cima do muro.


Ashley adorou a ideia na mesma hora. Tinha os braços mais treinados por conta do quadribol, e seu primeiro gnomo já voou uma distância considerável. Harry ficou com dó dos gnomos a princípio, mas logo se juntou à brincadeira também.


Depois de pouco tempo, o jardim estava limpo, e os gêmeos Weasley puderam subir para suas camas.


- Venham comigo. - Rony chamou Ash e Harry. - Vamos pro meu quarto.


Dentro da casa, ouviram algumas explosões vindas de um dos quartos.


- Fred e Jorge devem estar fazendo algum experimento. É normal.


Na frente do quarto de Gina, a garota parecia estar espiando pela fresta da porta, e a fechou assim que os gêmeos passaram.


- Caramba, vocês não sabem como é estranho ela estar calada assim, geralmente não para de falar. E... Chegamos.


Rony abriu uma porta, a do cômodo mais alto da casa, revelando um forno.


Ou pelo menos era o que parecia, pois tudo era fortemente laranja, enfeitado com as cores do time de quadribol de Rony, os Chudley Cannons. As coisas de Rony estavam muito desarrumadas, e havia uma gaiola com Perebas dentro ao lado de um aquário, na mesa de cabeceira.


- Hm... Não é grande coisa... Mas... - Rony comentou, meio sem jeito.


- É a melhor casa que já vi na vida. - Harry respondeu, fazendo Rony corar até as orelhas.


Eles passaram o resto da tarde lá, conversando asneiras.


Pela noite, na hora do jantar, finalmente os gêmeos Potter conheceram Arthur Weasley, que parecia fascinado com as coisas mais bestas:


- Eu sempre quis saber como funcionava a tão ta energia “etlética”, e as “toladas”... E qual exatamente é a função de um patinho de borracha?


Os gêmeos se esforçavam a responder as perguntas dele do melhor jeito possível.


- Puxa as coisas que esses trouxas inventam! - o homem comentou, depois de entender mais ou menos o que era uma televisão. - Só são mais incríveis que o tipo de coisa que os bruxos conseguem enfeitiçar.


Nisso Molly entrou na cozinha.


- Como carros, Arthur?


O homem ficou branco como cera.


- C-carros, Molly querida?


- Sim Arthur, carros! O que faria se eu dissesse que seus filhos pegaram aquele carro da garagem que você disse que queria desmontar “só pra saber como funcionava”, e VOARAM nele até Little Winghing, EM PLENA MADRUGADA!


- B-bem eu... Espera, é verdade isso? Como foi meninos, voou bem?


- Ah, sim claro! - os cinco começaram a responder juntos. Molly coçou a garganta para chamar a atenção.


- Quer dizer... Isso foi muito errado gente, muito errado mesmo!


Os cinco se seguraram para não rir.


Pela noite, Ash estava no quarto de Gina. A ruiva já dormia então Ash achou seguro pegar tinta, pena e pergaminho para mandar uma carta urgente para Olívio. Não seria legal se ele aparecesse na casa dos Dursley procurando por ela.


“O que está acontecendo comigo?” Ela se perguntava. “Por que estou escondendo a minha troca de cartas com Olívio? Não é nada demais!”


Ainda assim, ela checou o estado da Weasley mais nova umas três vezes antes de escrever:


 


Olívio,


Por favor, não faça nenhuma besteira! Aconteceram algumas coisas, explico depois, e minhas cartas foram todas interceptadas as férias inteiras. Mas relaxe, não aconteceu nada com Harry nem comigo.


Não importa o que você faça, NÃO VÁ AO POVOADO TROUXA! Estou na casa dos Weasley se quiser me ver, fique longe de Little Whinging.


Obrigada por se importar comigo, não é muita gente que faz isso.


Obrigada pelas cartas!


Espero uma resposta sua.


Beijos,


Ash


 


Ela releu a carta umas dez vezes achando o recado muito pretensioso e íntimo, mas não se importou. Amarrou o bilhete na pata de Morgana e soltou a coruja ao céu, onde ela se camuflou ao escuro da noite.




CARALHOOOO ESCREVI! NEM ACREDITO!


KKKKKKKKKK


Está sendo mais difícil que eu imaginava, só escrevo nos fins de semana agora e tenho plena consciência de que este capítulo não está tão bom, mas sinto muito, estava com muita preguiça dele até no final quando a Ash escreveu a carta...


Por favor, deixem-me seus comentários, foi extremamente trabalhoso fazer esse capítulo sair... =p


Apesar de tudo, espero que tenham gostado!


Beijos,


Gaby Amorinha


 NB/ Finalmente ela escreveu!!! Tão feliz de poder betar novamente essa fic *---* E olha que linda ela começa com meu lindo Ron e os Weasley. Agora o que ficou no ar é esse mistério todo que a Ash ta fazendo com as cartas para o Olívio... To até vendo onde isso vai dar... Bom espero que vocês tenham gostado do retorno triunfante da nossa autora querida e que mandem muitos comentários para ela;) !! Beijos e até o próximo capitulo, Dri.

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Comentários (1)

  • Clenery Aingremont

    Eu antigamente reclamaria pela demora (do jeito que sou resmungona haha) só que estou passando a mesma coisa que você... Tentando começar uma fanfic mas está complicado! Eu já tenho a história, os personagens e tudo o mais! Mas não sei como começar... Deseje-me sorte!

    2013-03-27
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