O Aviso de Dobby



|Título: Os Gêmeos Potter e a Câmara Secreta


|Sinopse: 2ª temporada da série "Os Gêmeos Potter". Em seu segundo ano em Hogwarts, os gêmeos encontram novos mistérios e aventuras. O que era a voz na parede? Quem estava por trás dos ataques aos alunos? Mais uma vez, Hogwarts trazia a eles muito mais do que aulas de magia.


|Disclaimer: Harry Potter e seus personagens pertencem apenas à Tia Jô. Peguei emprestado apenas, e dei o meu toque pessoal. Espero que gostem! ^^


|Escrita por: Gaby Amorinha


|Betada por: Drica Grint


|Classificação: 14+


|Gêneros: Ação, Amizade, Aventura, Escolar, Fantasia, Ficção, Magia, Mistério, Romance e Novela, Shoujo


|Alertas: Heterossexualidade, Spoilers


|Shipps: Segredo. Por enquanto.


|Capítulo 2 




 Lumus!


Juro solenemente não fazer nada de bom.


Olá leitores!


De volta com mais um cap da fic. Sem muito a acrescentar, apenas espero que gostem!


Boa leitura,


Gaby Amorinha




 Capítulo 2: O Aviso de Dobby



A criaturinha parou assim que os gêmeos abriram a porta. Saltou para o chão no espaço entre as duas camas e levantou o olhar.


Não devia medir mais de um metro de altura. Era extremamente magro, com a pele amarronzada. A cabeça era um tanto quanto grande se comparada ao resto do corpo, graças às orelhas enormes. Os olhos, verdes e redondos, ocupavam metade do rosto, o que fez Harry perceber que era por ele que estava sendo espionado mais cedo. Para terminar, estava vestindo algo semelhante a uma fronha velha e suja com buracos para enfiar braços e pernas.


Após uns dois segundos do choque inicial, a criatura se inclinou, fazendo uma reverência tão longa que a ponta de seu enorme nariz quase tocou o chão.


Então, saindo do choque e com uma voz extremamente confusa, Ash perguntou:


- O que é você? - Harry pisou no pé da garota que soltou um sonoro “ai” e olhou para ele sem entender o porquê do pisão. Então Harry se apressou a suavizar a fala de sua irmã.


- Quer dizer, quem é você?


A criaturinha se levantou da reverência e respondeu.


- Dobby, meu senhor. Dobby, o elfo doméstico!


- E o que você está fazendo aqui? - Harry perguntou em seu tom mais educado.


- Eu vim porque queria conhecê-lo, meu senhor. Oh, sim, eu queria conhecer o famoso Harry Potter, dono de tantos feitos, e sua irmã, Ashley Potter.


- Olha... - Harry começou, meio sem jeito. - Eu não quero parecer rude nem nada, mas... Essa não é a melhor hora para ter um elfo no meu quarto.


- É. - Ash afirmou. - É uma péssima hora. Por que não vai embora e volta depois?


- Mas... - Dobby murmurou. - Mas Dobby veio alertar...


- Alertar? - Harry indagou.


- Ah, céus. Isso vai longe. - Ash resmungou. Jogou-se na cama, pegou a bolinha de borracha debaixo do travesseiro e começou a brincar de atirá-la ao teto, como fazia quando estava entediada.


- Ok, Dobby. - Harry se virou para o elfo. - Por que você não se senta e...


- Sentar? S - Sentar? Nunca... Nunca na vida...


E para a surpresa de Harry, o elfo se desfez em lágrimas e soluços. Preocupado que os guinchos do mesmo fossem ouvidos no andar de baixo, Harry guiou o elfo até sua cama, onde Dobby se assentou e foi se acalmando aos poucos. Quando Dobby parecia em um estado aceitável, Harry voltou a falar.


- Desculpe-me, Dobby. Eu não queria ofendê-lo.


- O-o-ofender, senhor? N-não senhor, de forma alguma! É que nenhum bruxo nunca convidou Dobby para se assentar com ele... Como igual.


Ash soltou um bufo de desdém. Ainda atirando a bolinha no teto, comentou despreocupada.


- Posso não ser um primor de pessoa, mas até eu posso afirmar que se você nunca foi convidado a se assentar não deve ter conhecido muitos bruxos descentes.


- Não, não conheci. - Dobby respondeu num sussurro. Então em um átimo de segundo, ele se levantou em um salto, subiu no criado mudo e começou a bater a cabeça na janela.


- Dobby mau, Dobby mau! - ele murmurava. Ash parou de jogar sua bolinha para olhar, assustada, para o elfo. Harry se levantou e agarrou Dobby pela fronha, assentando-o na cama de novo.


- Sssshhhh! Não faça barulho, vai chamar a atenção dos trouxas!


- Me-me desculpe senhor.


Harry se deu conta de que ainda segurava a fronha. A soltou e, curioso, perguntou:


- Por que você usa isso, Dobby?


Dobby pareceu não saber do que Harry estava falando, então, olhou para si mesmo e entendeu.


- Ah. Dobby serve uma família, senhor. Uma família de bruxos. Devo fazer o que me ordenam, e eu sempre me faço cumprir castigos quando os desobedeço ou se algo não sair como querem. Essa roupa é o símbolo da minha servidão. Se meus donos me presentearem com roupas novas, então eu serei livre.


- E seus donos não se importam de você ficar se castigando?


- Oh não, meu senhor, na verdade eles me lembram de cumprir uns castigos a mais.


- Que cruel... - Ash murmurou. - Que tipo de gente repulsiva.


- E não há nada que possa se fazer para lhe ajudar? - Harry perguntou. - Eu não posso lhe ajudar?


Harry quase se arrependeu de ter falado, pois Dobby voltou a se engasgar em lágrimas. Harry esperou mais alguns minutos até Dobby se acalmar e o elfo falou:


- Ah, meu senhor... Eu sabia como você era poderoso, sabia de sua grandeza, mas não de sua generosidade...


- Grandeza... Mas eu nem sequer sou o melhor da turma. Hermione sim, ela...


Mas ele se calou. Pensar em Hermione doía.


- Grandeza sim, senhor. Todos sabem como vocês escaparam dele quando crianças.


- Voldemort? - Harry perguntou em confirmação.


O rosto de Dobby se contorceu e ele tampou as orelhas assustado.


- Ah, desculpe-me. Sei que muita gente não gosta de ouvir o nome dele. Meu amigo Rony, por exemplo...


Ele se calou de novo. Pensar em Rony também doía.


- E no ano passado, você escapou de novo! - Dobby continuou. - E é por isso, meu senhor, pela sua grandeza, que Dobby veio alertar: Harry Potter não deve voltar a Hogwarts!


- O quê? Por quê?


- É boa pergunta Harry. - Ash comentou, parando novamente seu passatempo para olhar o diálogo. - Por que meu irmão não pode voltar a Hogwarts?


Subitamente Dobby se contorceu e começou a olhar para os lados desesperadamente. Então agarrou o abajur e começou a bater na própria cabeça.


- Dobby mau, Dobby mau!


- Não! Não, para! - Harry arrancou o objeto das mãos de Dobby e Ash se adiantou, segurando Dobby acima do solo pelas roupas.


- Ok, ok, entendi, não pode me contar!


Dobby relaxou e Ash o largou na cama de novo. Ela voltou ao seu passatempo com a bolinha, mas se manteve alerta ao que aconteceria na cama ao lado.


- Você pode me dizer se tem algo a ver com Vol... cê-sabe-quem?


- Não, meu senhor, não aquele-que-não-deve-ser-nomeado... - e Dobby arregalou seus olhos para Harry, como se tentasse dar uma indicação a ele. Harry pareceu não entender, então Dobby prosseguiu. - Há uma trama para fazer coisas terríveis acontecerem em Hogwarts. Você estará em perigo se for.


- Dobby, Hogwarts tem Dumbledore. Enquanto Dumbledore estiver lá, não tem como eu correr risco.


- Mas... Você não entende... Coisas terríveis que eu não posso... Eu não posso...


Dobby saiu do alcance de Harry e começou a bater a cabeça no armário com um estardalhaço absurdo. Desesperado, Harry tentou conter o elfo, mas ele se debatia mais e mais. Harry ouviu um “Duda deve ter deixado a TV ligada” e passos. Válter estava vindo.


Morrendo de medo, Harry jogou Dobby dentro do armário e se jogou na porta. Fez um sinal para Ash e eles começaram a jogar a bolinha um para o outro como se estivessem fazendo aquilo a horas. Nesse exato minuto a porta do quarto se abriu.


- O que é que vocês estão fazendo? Acabaram de estragar o desfecho da minha piada sobre o golfista japonês! É bom se controlarem e ficarem em silêncio, ou estaremos em sérios problemas depois!


E ele saiu. Harry esperou até os passos pararem e tirou Dobby do armário. O elfo reclamou e começou a bater os pés, mas Harry não se importou. O largou na cama e começou a esbravejar em sussurros:


- Está vendo porque eu tenho voltar? Meu lugar não é aqui, meu lugar é no seu mundo, onde eu tenho amigos!


- Amigos que nem escrevem a Harry Potter?


- Ah, eles devem estar... Espera. - Harry começou a ficar perigosamente vermelho. - Como é que você sabe que eles não escreveram?


- Meu senhor... Meu senhor Potter não deve se irritar com Dobby, meu senhor... Dobby pensou que se meu senhor pensasse que não tinha amigos, então ele não ia querer voltar a Hogwarts. Dobby está com elas aqui, meu senhor. - E Dobby tirou um maço de cartas do bolso. Ash ergueu o olhar e sentiu o coração falhar. Mesmo à distância ela conseguira ler o nome no primeiro envelope.


Olívio Wood.


- Me dê às cartas Dobby! - Harry ordenou, estendendo a mão.


- Só se o senhor prometer não voltar a Hogwarts!


Ash se levantou discretamente e fingiu pegar algo no armário. Dobby estava cercado entre Harry e o móvel, a um metro de distância dela.


- Eu... Eu não posso Dobby.


- Então lamento meu senhor, mas eu...


Subitamente, Ash se virou e arrancou o aço das mãos de Dobby.


- Pouco me importam suas intenções com meu irmão, mas essas cartas também são minhas!


Dobby então se desesperou. Precisava de outro plano.


Passou correndo debaixo dos braços estendidos de Harry e foi até o corredor.


- Dobby, não! - Harry chamou, sussurrando.


O elfo não ouviu. Começou a descer as escadas para a cozinha com Harry em seu encalço, pé ante pé. Logo ambos estavam no aposento. Dobby estralou os dedos e Harry sentiu-se prender a respiração. O pudim de Petúnia, o impecável pudim, flutuava a dois metros do chão.


- Não, Dobby, por favor! - Harry pediu com os braços estendidos pronto para segurar o pudim.


- O senhor tem que me prometer!


Harry suspirou.


- Eu não posso Dobby. Hogwarts é o meu lar.


- Então eu vou ter que fazer.


Harry tentou correr silenciosamente para impedir, mas tarde demais. O pudim se espatifou bem na cabeça da Sra. Mason. O garoto ainda se virou para trás, procurando Dobby para estrangulá-lo até a morte, mas o elfo desaparecera.


Apenas o olhar de Válter para Harry foi o bastante para o garoto saber que estava em problemas sérios.


Talvez Válter ainda tivesse conseguido fechar seu negócio, se não fosse pela coruja.


O pássaro invadiu a sala piando loucamente e roubando gritinhos da Sra. Mason disse que sua mulher tinha uma enorme aversão por pássaros de qualquer espécie. Terminou dizendo que naquela casa só tinham loucos tentando traumatizar sua mulher.


Quando o casal deixou a casa, Válter estava mais vermelho que pimenta malagueta, e parecia prestes a explodir. Então a carta que a coruja carregava se desvencilhou da mesma e se pôs na frente de Harry. Começou, então, a recitar seu conteúdo:




“Prezado Senhor Potter, Fomos informados que um feitiço de levitação foi usado esta noite em seu local de residência às 09h12min. Como o senhor sabe bruxos de menor idade não tem permissão para fazer feitiços fora da escola e, a continuar esta prática, o senhor poderá ser expulso da referida escola (Decreto para restrição racional da prática de bruxaria por menores, 1875, parágrafo C).


Gostaríamos também de lembrar-lhe que qualquer atividade mágica que possa chamar a atenção da comunidade não mágica (trouxa) é uma infração grave, conforme seção 13 do Estatuto de Sigilo da Confederação Internacional de Bruxos.


Boas férias!


Mafalda Hopkirk


Escritório de Controle do Uso Indevido de Mágica


Ministério da Magia”




E a carta caiu ao chão. Os olhos de Válter brilharam em êxtase. Harry engoliu em seco.


- Você não me disse que não podiam usar mágica fora da escola... Deve ter se esquecido de mencionar...


“Estamos perdidos.” Harry pensou.


E não deu outra. Na manhã seguinte, Válter instalou diversas trancas na porta do quarto, grades na janela e uma portinhola por onde passaria comida para dentro.


Os gêmeos foram trancados lá com a singela promessa de serem soltos duas vezes ao dia para usar o banheiro. Três vezes ao dia, duas latinhas de sopa fria eram empurradas pela portinhola, e os gêmeos se sacrificavam para dividi-las com as corujas. O efeito, no entanto, era visível. Ash e Harry estavam ficando sem forças.


- Harry, estou começando a rezar para aquele elfo. Se ele voltasse...


- Iria dizer que é melhor assim. Ele não quer que saiamos daqui.


Ash se assentou subitamente, como se tivesse tido uma ideia.


- Elfo! Isso me lembra... As cartas, Harry!


Contente por ter algo com o que se alegrar, ela pegou o maço de cartas. Repararam que a maioria estava endereçada a ambos, com a exceção de cinco cartas de Olívio, todas endereçadas a ela.


Ash entregou as outras cartas a Harry e começou a abrir as de Olívio.


A primeira delas era bem casual, onde ele sugeria uma data para o passeio de vassoura dos três. A segunda era triste e desapontada, onde ele parecia profundamente chateado por ela, supostamente, não querer mais sair a ponto de sequer responder a carta. A terceira era raivosa, ele realmente usara xingos na carta, amaldiçoando-a por ignorá-lo. Na quarta ele parecia intrigado. Esperava que a provocação da carta anterior fosse realmente fazê-la responder.


A quinta era breve. Um bilhete. Poucas palavras:


“Agora eu estou realmente preocupado, Ash. Aconteceu alguma coisa? Se não me responder esse bilhete em três dias, eu vou descobrir onde você mora e vou aí falar com você pessoalmente.”


- Oh meu Deus, não! - ela sussurrou.


Se ele viesse, só ia piorar as coisas.


- O quê? O que foi? - Harry perguntou.


- Hm... Nada de mais. - ela respondeu. Pela data já faziam cinco dias do bilhete, o que significava que ele já devia estar a procurando.


“E se ele encontrar?”, ela se perguntou, “Me levaria daqui?”.


Logo a noite baixou. Ash leu as outras cartas e fez um esforço enorme para esconder as de Olívio do Harry. Por algum motivo, não queria que o irmão as lesse.


Quando a noite caiu, e Harry adormeceu, ele se viu perdido em um sonho onde estava trancafiado atrás de uma grade de zoológico, com uma placa com os dizeres “Bruxo menor de idade” abaixo do portão. Ele viu Dobby no meio da multidão que o olhava e implorou por ajuda, mas o elfo apenas disse “Está seguro aí, meu senhor”. E então os Dursley apareceram e começaram a chacoalhar as grades, fazendo um barulho ensurdecedor.


- Pare... - Harry sussurrava. - Parem...


O barulho ficou tão intenso que Harry acordou. E então ele percebeu que não era no sonho que o barulho estava, mas na vida real: um rosto sardento de cabelos ruivos estava bem na frente da janela, e chacoalhava as grades com vigor.


Era Ronald Weasley.




 Ufaaaaaaa!


Esse cap num saia de jeito nenhum! Ok, admito. Eu estava com preguiça dele. e.e


Mas consegui cumprir meu prazo e liberá-lo quinta! Viva eu! \o/


Então, compensem meu esforço, porfa, com um comentário beeem bacana, sim?


Obrigada por lerem!


Beijos,


Gaby Amorinha




 NB/Devo dar os parabéns a Gaby por cumprir o prazo. To gostando de ver. Bom sobre o capitulo, finalmente o Ron vai aparecer *---* Dobby sempre muito fofo ^^ amo ele!  Olívio e Ash hein?! O que será que vai rolar? E o Draco nessa história toda? Essa e outras perguntas serão ou não respondidas quinta no próximo capitulo de Gêmeos Potter... Bom deixem seus comentários para nossa queridíssima autora que esta de parabéns pelo capitulo e até mais. Beijos Dri

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Comentários (2)

  • Clenery Aingremont

    A propósito, no comentário anterior esqueci de colocar a nota. Ficou como "1" mas eu acho esse capítulo "5".

    2013-01-26
  • Clenery Aingremont

    Olivio Wood e Ashley Potter? Hum... Tomara que Olivio esteja no carro com os Weasley, ia ficar mais emocionante, mais original. Coitado do Olivio, Rony e Hermione achando que eles se esqueceram deles. Atualize! Está realmente demais a fanfic.

    2013-01-26
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