Capitulo Treze



Hey gente, acho que eu nem vou pedir desculpas pelo atraso. Mas vou contar o motivo... minha festa de noivado está chegando e eu estou começando a ficar louca! rss. Ainda estou com alguns problemas no trabalho... enfim, minha cabeça anda no mundo da lua. 
Mas espero que tudo isso passe em breve! ;)

Agredeço a todos os reviews!!! *--* Voces são umas lindas =]

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As festas envolvendo o jubileu da rainha deixaram todos exaustos, principalmente Hermione que começava a se encaminhar para o oitavo mês de gestação. Os jantares, a corrida de cavalo e o evento náutico no rio Tâmisa haviam acabado com seu estoque de energia. Foram dias de comemorações e de sorrisos forçados.


                Para a decepção da Rainha e de Annelise, Harry, o terceiro na linha de sucessão não comparecera a nenhuma das festividades, e aos poucos, essa ausência começara a ser notada pelos tabloides sensacionalistas.


 


O príncipe Harry, terceiro na linha de sucessão, não aparecera em nenhuma das festividades em homenagem aos 60 anos de reinado de sua avó, a Rainha Elizabeth II. O fato não fora comentado pela família Real e nem pela suposta namorada do príncipe, Lady Annelise Malfoy. O paradeiro do príncipe é um segredo guardado a sete chaves. Apesar de toda a discrição da família Real e da própria Lady Annelise, muitas especulações são feitas.


                Algumas fontes afirmam que o príncipe encontra-se no Oriente Médio, cumprindo seus deveres para com o Exercito, outros ainda dizem que o príncipe foi enviado para algum país da Europa para tratar um suposto vício em substâncias ilícitas. Depois da morta de Lady Di, Harry tornara-se um jovem problemático, por diversas vezes fora flagrado bêbado ou consumindo substâncias ilícitas em festas regadas a álcool e drogas. Um dos maiores escândalos foi quando o jovem príncipe fora fotografado usando uma farda com o símbolo do nazismo em um dos braços.


                Lady Annelise fora vista viajando alguns meses atrás para um país próximo, mas não foi possível obter maiores informações, pois seu irmão, Draco Malfoy fizera questão de manter seu paradeiro no mais absoluto sigilo.


                Até o fechamento dessa matéria, o paradeiro do príncipe continua sendo desconhecido.  Palácio de Buckingham e a família Malfoy negam-se a fornecer qualquer informação referente ao príncipe Harry.


 


                O impropério que Annelise soltou, ecoou pela pequena sala íntima da Mansão Malfoy, de forma exasperada a loira andava de um lado para o outro, seus sapatos de salto ecoando por todo o ambiente. Hermione encarou a cunhada com certo divertimento e só pôde manear a cabeça, desde que a conhecera jamais ouvira Annelise falar qualquer palavrão ou perder a compostura, sempre fora o exemplo perfeito de como se comportar e era, de certa forma, divertido vê-la exasperada. Isso a fazia parecer mais real, porque, com toda sua beleza e bons modos, até para Hermione era difícil acreditar que existisse pessoa tão perfeita no mundo, isso que já convivia com a loira há mais de ano.


Isso a fez entender, mais uma vez, que todas aquelas pessoas que um dia disseram que Annelise era completamente diferente de Draco estavam redondamente enganadas, a única diferença é que Annelise fora obrigada, desde sempre a conter seus impulsos, fosse à frente de quem fosse.


 


- Espero que eles não descubram onde ele está – comentou Annelise recompondo-se.


- Acredito que isso não vá acontecer. Quando Harry voltará? – Hermione ajeitou-se melhor no sofá, tentando achar uma posição mais confortável.


- Semana que vem. Ele foi liberado para vir na abertura das Olimpíadas – Annelise colocou o jornal na mesa ao lado do sofá. – A Rainha agendou uma visita oficial de Harry a Las Vegas – Annelise passou as mãos pelo rosto, negando com a cabeça. – Las Vegas.


- Não pense no pior.


- Conheço Harry. Sei que ele está se esforçando, mas todos nós sabemos o quão tentador Las Vegas pode ser.


 


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Em um dos quartos mais afastados do Palácio de Kensington, Catherine ajeitava os pequenos bibelôs pela terceira vez. Seus pés, descalços, batiam contra o chão ritmadamente, uma maneira louca de tentar desviar o pensamento da conversa que havia tido com Hermione Malfoy algumas semanas antes. Eu acho que o seu problema não é comigo, nem com Draco, é com você mesma.”.  Aquelas palavras ecoavam em sua mente constantemente, ainda mais quando via-se sozinha com William ou quando estavam fazendo amor. Ouviu a porta do quarto abrir e William entrou, parecia mais cansado do que normalmente.


 


- Oi querida – William beijou Catherine docemente.


- Precisamos conversar, Will.


- Agora? – William arrancou a gravata, jogando-a em cima da cama. – Hoje o dia foi muito atribulado.


- Agora, William.


 


                O quarto do casal real era composto por dois enormes ambientes. O ambiente mais exterior era uma sala íntima composta por uma enorme televisão e um sofá aconchegante e grande o suficiente para abrigar várias pessoas sentadas. O ambiente onde o casal dormia, era suntuoso em todos os detalhes. A enorme cama dossel feita em madeira escuta, os tapetes, a lareira adornada com detalhes em ouro, a chalise feita em madeira escuta com almofadas revestidas por veludo era capaz de deixar qualquer ser humano abobalhado.


                Descalça, Catherine seguiu para a sala íntima e sentou-se no sofá, com as penas cruzadas, uma sobre a outra. Não era a melhor posição, mas era a que mais lhe dava segurança.  William apareceu com a camisa aberta, as mangas dobradas até a altura do cotovelo. Sua feição sempre tranquila estava pesada e algumas rugas em sua testa apareciam.


 


- O que aconteceu, Kate?


- Antes de tudo eu lhe peço uma coisa, Will: Não me interrompa enquanto eu estiver falando... – a voz de Catherine saiu tremida.


- Tudo bem, não irei interrompê-la.


- Jura?


- Claro.


- Eu não sei ao certo quando foi que eu resolvi contar tudo isso para você, mas acredito que Hermione Malfoy tenha uma parcela de culpa em tudo isso. Por mais que eu tenha tentado relutar, e tenha tentando convencer a mim mesma de que eu estava certa... eu não consegui. – Catherine passou as mãos pelos cabelos presos em um rabo de cavalo frouxo. – Você consegue se lembrar de quando começamos a namorar?


 


“Na época em que nós havíamos começado a sair, eu ainda estava com Draco. Eu amei você desde o primeiro encontro... as coisas com Draco era surreais. Nunca houve amor, não de minha parte. Era algo que beirava o animal.” Catherine analisou o rosto do marido, se parasse ali, naquele ponto, jamais teria coragem de continuar. “Me perdoe estar lhe contando tudo isso, mas eu preciso... É provável que você não vá se lembrar, mas na festa a fantasia do 4º ano, nós três ficamos absurdamente bêbados. Lembro-me que Draco estava um pouco melhor que você... e eu? Bem, eu estava um pouco menos alcoolizada.” Catherine respirou profundamente, tentando achar o ar que parecia lhe escapar a cada palavra dita. Por pior que fossem as próximas palavras, tinha certeza que se sentira mais leve. William tinha o direito de saber de tudo, não podia mais viver com aquele segredo.


“Eu me lembro de poucas coisas depois que chegamos na casa de Draco... me lembro o suficiente para saber o que aconteceu. Você... você começou a tirar a minha roupa ali, na sala do apartamento de Draco, e eu... bem, não consegui resistir e me deixar levar...”


 


- Kate... – os olhos de William estavam pregados na esposa.


- Você prometeu que iria me deixar continuar.


 


                William calou-se novamente, seus olhos claros miravam os de Catherine cheios de sentimentos indecifráveis.


 


- Nós estávamos ali, na sala do apartamento de Draco completamente nus. O que aconteceu a seguir é um borrão...


 


                “Lembro-me de escutar você pedir uma camisinha para Draco... ah sim, ele estava ali, assistindo a tudo. Não sei ao certo em que momento ele apareceu com um preservativo... eu não me lembro, Will. E bem, no meio do nosso momento, você o chamou.” Catherine escondeu o rosto entre as mãos, as lágrimas descendo por seu rosto já vermelho. “Você o chamou dizendo que já havia percebido como ele me olhava. Bêbados como estávamos, não nos importamos. E bem, você pode imaginar o que aconteceu, Will.”


 


- Kate.


- Ainda tem mais... – a voz embargada pela choro fez o marido calar-se novamente. – Deixe-me terminar, por favor!


 


“Eu acordei antes de você e de Draco, e só notei o que havia percebido quando eu vi vocês dois na cama... oh meu Deus!” O choro irrompeu pela garganta da morena, os soluços vinham um seguido do outro, mas ela não tinha mais escolha, agora iria até o fim. “Draco acordou logo em seguida tão assustado quanto eu. Lembro-me que ele levantou-se rapidamente e caçou algumas roupas do quarto e saiu desnorteado. Eu fiquei ali, ao seu lado... esperando você acordar. Alguns minutos depois, você acordou sem se lembrar de nada. E eu fiz Draco jurar que jamais contaria isso para você, independente da circunstancia. Eu me sentia suja, uma vadia.” Catherine limpou o rosto, removendo as lágrimas que teimavam em cair. “O grande problema é que depois disso tudo eu... eu engravidei... fiz um aborto. Abortei um filho do Draco.” O choro rasgou a garganta de Catherine novamente. “Eu... eu não podia carregar um filho de outro homem quando eu amava você, e somente você! Apesar de tudo, eu não queria ter feito Draco sofrer daquele jeito... e por isso ele afastou-se de nós. De mim e de você, mas principalmente de você. Achei que ele fosse contar a você sobre o que eu tinha feito, mas ele sequer olhou na minha cara ou na sua depois de tudo aquilo. Ele sumiu... sumiu por muitos meses.”


 


William olhava para a esposa como se fosse a primeira vez que estivesse vendo-a realmente. Ficaram ali, por longos instantes, o silêncio esmagador pressionando a ambos.


 


- Então você não sabe o motivo do Draco ter sumido durante meses? – a voz de William era fria. – Ele foi internado em uma clinica de reabilitação para dependentes químicos... ficou incomunicável por mais de um ano.


- Eu não...


- Você não sabia? – William levantou-se, deixando seu ombro cair. – Na realidade, você não queria saber. Pelo que eu estou vendo, você só queria ele longe o suficiente para que o que você fez não viesse a tona.  


- Eu fiquei desesperada. Nós jamais poderíamos nos casar...


- Eu daria um jeito, Catherine! Mas uma criança... você tirou a vida de um inocente! E prejudicou a vida do único amigo que eu tive durante toda a minha vida.


- Eu já disse que não sabia disso! Eu jamais pude imaginar que ele ficaria tão abalado com isso! - Catherine viu o marido pegar o paletó e a gravata. – Onde você vai?


- Eu preciso de um tempo. – Ele jogou o paletó nas costas, segurando-o com uma única mão. – Por favor, não me procure. Não tente me encontrar, eu preciso de um tempo sozinho – William caminhou rapidamente até a porta. Antes de sair, ele parou e virou-se para a esposa, encarando-a com um misto de pena e desgosto. – Irei agradecer Hermione, ela me fez um grande favor.


 


                A porta fechou com um estrondo, e Catherine viu-se sozinha mais uma vez. O quarto enorme, o sofá que já não parecia mais tão aconchegante. Tudo, repentinamente, havia se tornado frio e impessoal. Com os pés descansos, a futura rainha da Inglaterra, se é que podia pensar que havia um futuro, caminhou pelo enorme quarto. Sentiu-se indigna de estar ali, de deitar-se na mesma cama que um dia, Lady Di havia deitado.


                Em um ato desesperado, pegou o celular, que repousava ao lado do criado mudo e discou o número de Draco. Perdeu as contas de quantas vezes o telefone tocou antes de cair na caixa postal. Tentou novamente, e novamente caiu na caixa postal. Com os olhos embaçados pelas lágrimas que teimavam em cair, Catherine escreveu uma mensagem curta, mas que serviria de aviso para o bom entendedor. E Draco sempre fora um excelente entendedor, talvez ele soubesse o que fazer, e com alguma sorte, William a perdoaria.


                Ao deitar-se na cama, sentiu-se pequena e indefesa. Tentara, por várias e várias vezes evitar aquele momento, e em um ato de desespero havia traído William com Draco na primeira oportunidade. Que espécie de pessoa era ela? Catherine encolheu-se, até ficar em posição fetal. Talvez tudo aquilo não passasse de um sonho ruim. Ainda com as lágrimas escorrendo pelo delicado rosto, deixou-se entrar em um mundo só seu.  


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                O celular, no bolso de Draco vibrou, insistentemente, por vários e vários minutos. Olhou ao redor, todos pareciam estar prestando atenção no discurso sobre a criação de novos postos de trabalho no ramo da construção civil. O parlamento parecia particularmente cheio naquele dia, e sair seria total falta de decoro sair do enorme salão naquele instante. O celular vibrou mais uma vez. Olhou para os lados, ninguém parecia prestar atenção em seus movimentos, levantou-se e saiu sem dar explicações, se fosse necessário pediria desculpas em uma próxima oportunidade.


                Os olhos grises de Draco arregalaram-se ao ler a curta mensagem: “Eu acabei de contar a ele. Agora ele sabe de tudo.” Olhou ao redor do hall que antecedia o grande salão, com passos vacilantes, Draco deixou-se cair no primeiro assento disponível, abriu a gravata que parecia pressionar seu pescoço mais do que o normal. Releu a curta mensagem mais alguma vezes, tinha que admitir que jamais esperara que Catherine fosse realmente contar tudo ao marido, ela sempre fora egoísta demais, fria demais para se importar com os sentimentos dos outros, talvez estivesse enganado, talvez ela se importasse a tal ponto de contar a verdade ao marido.


                Com os dedos ágeis, Draco discou o número de celular privativo de William, após ler aquela mensagem sabia que a chance dele querer conversar eram quase nulas, afinal era a segunda vez que ele havia escondido algo de seu “melhor” amigo. Perdeu as contas de quantas vezes o telefone tocara e nada, nem um sinal, apenas a mensagem da caixa postal.


 


- Traga o meu carro. – pediu Draco ao voucher.


 


                A poucas quadras dali, o carro da família Real estacionava frente a residência Malfoy, e dele desceu um príncipe muito abalado, desnorteado defini-lo-ia melhor. William fez um gesto para o motorista, que indicava para estacionar e esperá-lo, com alguma sorte conseguiria fazer tudo que precisava em poucos minutos e sem chamar muita atenção.


                A verdade é que tudo que queria naquele momento era sentar e chorar. Poderia parecer fraco, ainda mais vindo de um homem que fora criado para ser o exemplo para toda uma nação, mas era a realidade. O peso que sentia sobre seu peito parecia sufocá-lo, impedia-o de respirar. Não conseguia acreditar que Catherine havia realmente sido capaz de fazer um aborto. Cada vez que fechava os olhos podia vê-la com lágrimas nos olhos lhe contando tudo, mas essa não era a Catherine que conhecera, não era a mulher que amara desde o primeiro momento e com quem havia subido ao altar. Não podia ser.


                Entrou sem sequer bater, encaminhando-se diretamente a biblioteca que Draco usava como escritório, e só parou de se movimentar ao deparar-se com Hermione Malfoy parada no meio da biblioteca, surpresa por sua presença.


 


- William – ela disse um minuto depois, ainda surpresa com a presença do príncipe. – Acredito que queira falar com Draco, mas ele não se encontra. Está no parlamento.


- Na verdade – William suspirou profundamente, em um gesto mecânico arrumou a gravata. – Eu gostaria de falar com você.


 


                Hermione conteve a surpresa e apenas assentiu, apontou uma poltrona para que William se sentasse e pediu a uma das empregadas que trouxesse o chá, ainda era cedo demais para lhe oferecer uma bebida e William parecia transtorno o suficiente, um chá ajudaria a acalmá-lo.


 


- A credito que você saiba de tudo... – William analisou Hermione, tentando escolher as melhores palavras – Sobre o relacionamento entre... Catherine e Draco... – as palavras pareciam rasgar sua garganta ao serem proferidas. – Do... – não conseguia pronunciar o que Catherine havia feito, ainda lhe parecia impossível que ela fosse capaz disso.


- Da decisão que Catherine tomou. – Hermione completou polidamente e William contentou-se em assentir. – Sei. – suspirou. – E pelo visto agora você também sabe.


- Catherine acabou de me contar. Ela, inclusive, me disse que foi uma sugestão sua. – comentou William observando atentamente a expressão de Hermione. – E acredito que devo agradecê-la por isso, por mais que nesse momento pareça que estão arrancando meu coração... Nem sequer reconheço a mulher com quem me casei... – confessou William em um murmúrio - E pensar que ela foi capaz de me esconder isso por todos esses anos. – suspirou e quando a empregada lhe entregou uma xícara com chá, William sorveu-o de uma só vez sem se importar com os bons modos.


- No velório de Lucius ouvi a conversa de vocês, não foi intencional, mas quando vocês entraram no quartinho eu estava no banheiro... bem, com o avanço da gravidez fica difícil de conter minha bexiga – disse com um pequeno sorriso. – Custou muito, mas com o tempo Draco aprendeu a confiar em mim e me contar o que acontece diariamente. Ele já havia me dito o quanto você lamentava a ausência de um filho e eu só posso imaginar o tamanho do seu sofrimento – fez uma breve pausa. – Nós pensávamos que Catherine havia ficado estéril após o aborto. Desde o momento em que eu soube do que havia acontecido, eu pensava que você deveria saber toda a verdade, mas não cabia a eu contar, nem ao Draco, por mais envolvido que ele estivesse nessa história. Perdoe-me a sinceridade, mas Catherine está longe de ser uma pessoa agradável para mim, mas ela realmente ama você e naquela noite, quando ela disse a você que não era estéril, mais do que nunca senti pena dela. – acariciou o ventre com delicadeza. – Ser mãe agora não estava nos meus planos, mas pensar no tanto que vocês vêm tentando sem sucesso, só me fez lamentar.


- Eu gostaria de ter sabido dessa história antes. – confessou ele. – Não, eu gostaria de ter sabido no momento em que ela soube que estava grávida. Eu assumiria o filho, sabe? Seria um escândalo um futuro rei engravidando a namorada plebeia – Hermione sentiu as bochechas corarem, porque era basicamente o que havia ocorrido entre ela e Draco, e William percebeu isso, deixando-o desconcertado. – Não quero ofendê-la, só estou dizendo a verdade, e eu faria como Draco fez com você, assumiria o filho e me casaria com ela na primeira oportunidade, com a diferença de que não seria o meu filho, filho do meu sangue... Mas eu não me importaria! – ergueu-se sentindo que a pressão sobre seu peito só aumentava. A dor era cada vez mais intensa. Afrouxou a gravata institivamente.


- Não entendo o que Catherine fez nem à apoio, muito menos estou buscando alguma justificativa por ela. – Hermione ergueu-se sem muita graça, o ventre avantajado dificultava seus movimentos. – Mas, de certa forma, acho que posso entendê-la... Draco a amava, mas ela se apaixonou de verdade por você.  Hoje eu sei que, para Catherine, meu marido apenas uma obsessão, mas com você era verdadeiro. – William apoiou os cotovelos nas pernas, e a cabeça nas mãos. – Se eu tivesse que dizer a Draco que esse filho que eu carrego não é dele, e sim do melhor amigo, eu não sei se eu conseguiria. – Hermione suspirou observando William, ainda de cabeça baixa. – Eu só posso imaginar a situação... mas independente, eu jamais seria capaz de abortar. Existe algo que eu tenho certeza de que Catherine pensou no momento em que optou por abortar: Ela jamais seria capaz de encarar o olhar reprovador no rosto do amor de sua vida, assim como eu também jamais seria capaz.


- Como você faz isso? – perguntou ele com simplicidade. – Como você pode ser tão boa com pessoas que nunca a aprovaram? Que, de uma maneira ou de outra, te prejudicaram?


- Como eu disse, Catherine está longe de sequer ser considerada por mim, mas Draco esteve tão envolvido nessa história quanto vocês dois e eu tenho tido longas madrugadas em claro. – soltou um sorrisinho acariciando o ventre. – Isso me deu bastante tempo para pensar, e depois que ouvi a conversa de vocês, lamento dizer isso, mas eu senti pena por você, William. Draco já me disse o quanto você sonha em se tornar pai, e o motivo que o impede me pareceu bem claro... O que disse a Catherine não foi em consideração a ela, foi a você.


 


                Mais do que nunca William sentiu-se grato pela mulher maravilhosa que seu melhor amigo havia escolhido como esposa. Ela era realmente digna de um Malfoy.


 


- Meu amigo tirou mesmo a sorte grande ao escolher você – comentou William um instante mais tarde.


- Fico feliz que alguém pense assim. – comentou ela de forma ácida, incapaz de conter sua língua.


- Vejo que não sou só eu que tenho problemas no paraíso. – comentou ele numa fraca tentativa de animar-se.


- Você certamente não veio até aqui para ouvir minhas lamúrias, William – disse Hermione com um fraco sorriso. – Você precisa é esfriar a cabeça...


- Eu vim lhe agradecer, e acredito que lhe deva uma por tudo que você fez – disse ele se aproximando. – Quem sabe eu possa retribuir o favor. – deu de ombros.


- Se você insiste – disse ela com um dar de ombros e William soltou um fraco sorriso, sentia-se incapaz de esboçar qualquer expressão mais empolgada que essa no momento. – Draco está viajando constantemente, são dias e dias longe, e quando volta está tão exausto que mal tem tempo de se recuperar e já tem de viajar de novo – suspirou. – Mas não é só esse o problema... O bebê pode nascer a qualquer momento – interrompeu-se por um instante sentindo seus olhos aguarem. Piscou para afastar as lágrimas e só então continuou.


- Entendo – William pôs uma mão sobre o ombro de Hermione. – Sei que minha avó o convidou para representar a Inglaterra em alguns países.


- Ele está honrado com o convite, e eu estou orgulhosa dele por isso, mas esse não é o momento, entende? Em poucos meses o bebê vai estar crescido o suficiente e nós poderemos acompanhá-lo, mas nesse momento o lugar dele é ao meu lado. Sei que perto da rainha sou insignificante, mas ele é meu marido e acredito ter o direito de lhe exigir isso... Mas ele seria incapaz de recusar um pedido da rainha – sentou-se ao terminar de falar.


- Estou me sentindo culpado. – Hermione franziu o cenho ao ouvi-lo. – Essas pendências eram de minha responsabilidade, eu deveria representar a Inglaterra, mas minha avó encontra-se empenhada em ter netos e não queria que eu me afastasse de Catherine, mas agora essa parece ser a opção ideal. Preciso me afastar por uns tempos, tenho muito em que pensar...


- Vocês vão se...


- Separar? – completou ele a frase que Hermione fora incapaz. – Por mais que essa pareça à solução no momento, justamente por isso preciso me afastar, se continuar em Londres esse vai ser o caminho a ser tomado e me sinto um imbecil por relutar, mas...


- Você a ama – completou Hermione novamente de pé. – É um gesto nobre de sua parte, afastar-se para poder perdoá-la.


- Eventualmente sei que a falta que ela vai me fazer será maior que o desprezo que sinto agora. – concluiu ele. – Não se preocupe, Hermione, você terá o seu marido de volta em casa.


 


                Com certa vergonha, William puxou-a para um abraço e sorriu ao sentir o bebê se mover no ventre de Hermione.


 


- Só não demore muito – a voz de Draco Malfoy retumbou pelo cômodo. – Seu afilhado não quer esperar muito para conhecê-lo – completou ao ter a atenção de William direcionada a si.


- Não parece o momento certo para lhe convidarmos – Hermione interveio – mas não pudemos pensar em ninguém melhor.


- Jamais negaria tal pedido – William disse ao se afastar de Hermione e abraçar seu melhor amigo. – Em nome de nossa amizade. Obrigado por isso.


- Eu que lhe agradeço – respondeu Draco. – E saiba que eu realmente lamento por tudo.


- Não foi sua culpa – reconheceu William.


- Mas eu deveria ter lhe contado – retrucou Draco.


- Não seria certo. – replicou e os dois soltaram fracos sorrisos. – Só preciso de algumas semanas para me recompor. Agora preciso ir, tenho de conversar com minha avó...


 


                As despedidas foram breves e Hermione logo se viu sozinha com Draco.


 


- O quanto você ouviu? – questionou ela.


- Ouvi que você vai ter seu marido de volta – ele respondeu ao se aproximar o suficiente para colar seus corpos. – E isso me fez pensar que você é muito mais corajosa que eu, que seria incapaz de dizer frente a rainha que não vou cumprir com o que ela quer...


- Não sou corajosa, pelo contrário – confessou ela segurando a mão de Draco. – Sou tão medrosa que não poderia passar pelas últimas semanas de gravidez sem você aqui...


 


                Horas mais tarde encontravam-se abraçados na cama, nus e saciados como há dias não ocorria. Hermione reconhecia que o sexo não era mais o mesmo, com um ventre avantajado entre eles e muito desconforto ficava complicada a situação, além do mais Draco temia machucá-la ao movimentar-se rápido ou forte demais, e com o corpo pesado ela se cansava cada vez mais rápido. Mas aquela noite fora o suficiente para mostrar-lhe que seu marido ainda a desejava e que estavam bem, era disso que precisava.


                Mas agora, sentindo os movimentos constantes do bebê, Hermione arrependia-se das estripulias que fizeram – não era de agora que sabia que suas agitações com Draco deixavam o bebê acordado e bem alerta.


 


- Auch – murmurou ao sentir um chute atingir algum órgão e por um minuto sequer conseguiu respirar. Revirou-se na cama, mas com medo de acordar Draco acabou se levantando.


 


                Sentou-se na poltrona e acariciou o ventre com todo carinho, cantarolou uma canção de ninar e conversou com o bebê, mas Alexander parecia desperto e enérgico, movimentando-se sem parar. Movimentos esses tão fortes que causavam ondulações em sua barriga. Outra noite mesmo Draco insistia que fora capaz de ver a forma do pezinho do filho sob a pele de Hermione, tão forte fora o chute. E nesse momento, sentindo a força da criança dentro de si, Hermione não duvidava que fosse verdade.


 


- Ele não quer te deixar dormir? – perguntou Draco ainda deitado na cama, com a voz sonolenta.


- Parece que não – suspirou ela e Draco se levantou.


 


                Aproximou-se rapidamente da esposa e se ajoelhou a sua frente, espalmando as mãos sobre sua barriga. Sentia as ondulações provocadas pelo bebê e isso lhe arrancou um sorriso, mas ao ver a expressão cansada de Hermione sentiu pena por ela. Nos últimos dias Alexander parecia lhe sugar toda a energia.


 


- Ele andava mais tranquilo. – comentou Draco com o cenho franzido.


- Essa semana não fui a piscina, a água o acalma – comentou ela dedilhando sobre o ventre distendido.


- E por que você não foi? Achei que gostasse de relaxar na água morna.


- Estava calor demais durante o dia para entrar em uma piscina aquecida, Draco. E não me arrisco a usar a piscina externa...


- Por quê? – questionou ele com o cenho franzido e ao ver as bochechas de Hermione ficarem rosadas, logo soube a resposta.


- Não vou desfilar pela propriedade em trajes de banho, Draco! Você tem noção de como me fazem sentir? Optei pela piscina aquecida porque água morna que o acalma, e lá como é tudo fechado, não preciso usar traje algum... – ela respirou fundo ao sentir outro chute. – Além do mais, só dentro de casa me sinto realmente a salvo dos paparazzi.


- Herms...


- Você já reparou na minha lingerie nova? – perguntou ela com amargor. – São calcinhas enormes e nada sexy, na verdade só falta ter estampado “Mantenha Distância”. Os biquínis não são diferentes, querido! O sutiã então? Com reforço duplo por causa do peso dos seios – choramingou. – São, no mínimo, broxantes.


 


                Draco não evitou a gargalhada. Não que as lingeries próprias para maternidade tivessem mudado algo em seu desejo por ela, o que acreditava ter deixado bem claro naquela tarde, mas de certa forma a entendia. Hermione com o tempo mostrara que adorava desfilar com lingeries modernas e provocantes, ela adorava atiçá-lo e com as peças que tinha de usar pela gravidez, não conseguia se soltar da mesma forma.


 


- As noites são frescas, podemos transferir as suas sessões na piscina para noite – ele disse ao ficar de pé e lhe estendeu uma mão. – Quem sabe assim você consiga dormir uma noite inteira...


- Seria um sonho. – comentou ela arrancando um risinho de Draco.


- Vamos então!


 


                Desceram juntos e caminharam abraçados até a piscina coberta. Toy vendo a movimentação no quintal se aproximou e trotou junto dos donos, abanando a cauda e latindo contente cada vez que recebia um afago. Draco sorriu para o cachorro que havia abandonado os traços de filhote, mesmo ainda sendo novinho, já havia crescido o suficiente para ser mantido do lado de fora de casa e longe do colo da dona.


 


- Ele sempre me acompanha – comentou Hermione com divertimento. – Quando você não está em casa, eu deixo ele dormir no quarto.


- Hermione. – a voz de Draco saiu em tom de repreendimento, arrancando um sorriso da castanha.


- Ele é comportado. Dorme no chão, ao meu lado... em nenhum momento tenta subir na cama, ou pular em cima de mim. Acredito que ele entenda o que está acontecendo. – Hermione afagou a cabeça do cachorro. – Não é Toy? – o cachorro abanou o rabo e continuou seguindo os donos.


 


                O ambiente estava iluminado pela luz da lua que entrava pelo alto e extenso teto de vidro, Hermione observou Draco se despir e sorriu quando ele se aproximou. Com o tempo descobrira que seu marido adorava desnudá-la, e lhe deu mais uma vez esse prazer.


                Entrou na água morna e franziu o cenho ao ver Draco sentar-se sobre uma das espreguiçadeiras, com Toy ao seu lado, deitado sobre as próprias patas brancas como a neve.


 


- Pensei que você me acompanharia – comentou ela andando na piscina.


- Primeiro quero olhar você. – ele respondeu. – E sei que você se exercita na piscina, não quero atrapalhá-la.


 


                Com um dar de ombros, Hermione pôs-se a andar pela piscina e logo sentiu com os movimentos de Alexander ficavam mais brandos, a água morna realmente o relaxava. Minutos depois sentiu a movimentação na água antes de conseguir vê-lo e sorriu ao se virar, Draco estava ali, com os olhos brilhosos e vidrados sobre ela, o que fez seu coração bater mais forte.


 


- Tenho algo para lhe contar. – começou ele tomado de coragem.


- Sobre? – ela questionou com o cenho franzido.


- Lembra-se do dia em que lhe contei do jubileu da rainha? De como eu teria que me ausentar e como você ficou frustrada com isso? – Hermione apenas assentiu, não queria interrompê-lo. – Naquele dia em que discutimos e voce me disse que a culpada do meu afastamento era de Catherine, além dela ser a única mulher a qual eu amei um dia... – Draco acariciou o rosto de Hermione - Bem, depois disso me tranquei por horas no escritório e era só nessa frase que eu conseguia pensar. Quando finalmente tomei coragem e voltei ao quarto, você estava dormindo e minha coragem se esvaiu. Meu primeiro impulso foi de acordá-la, mas acho que aquela foi a primeira noite em semanas que você dormiu tranquilamente e não quis atrapalhá-la... Na manhã seguinte minha coragem havia ido embora.


- Não entendo onde você quer chegar...


- Eu tive medo – confessou ele segurando firmemente as mãos dela. Agora que havia se munido de coragem e certeza, nada iria fazê-lo parar de falar. – Hoje eu menti quando disse que só havia ouvido o final da conversa, cheguei aqui logo após o William. Catherine me ligou, e como eu não atendi, ela mandou uma mensagem dizendo que William sabia de tudo. Meu primeiro impulso foi ir até ele no Palácio, mas o segurança me informou que ele havia saído. Não sabia que ele estava aqui, mas não quis voltar ao Parlamento... Eu ouvi a conversa de vocês e demorei a entrar justamente pelo que ouvi.


- O que você ouviu? – questionou com o cenho franzido e o coração disparado.


- Ouvi você dizer a William que eu sou o amor da sua vida – respondeu ele com um sorriso orgulhoso e a puxou para mais perto, colando seus corpos, mas sem quebrar o contato de seus olhos fixos nos de Hermione. – Isso fez eu me dar conta de que não há mais como enganar, mentir ou disfarçar... Naquela noite eu vim pronto para dizer que Catherine foi sim uma mulher que eu amei, mas no dia que ela se desfez do meu filho, meu amor morreu junto daquele bebê. Pensei que eu seria incapaz de amar novamente, mas hoje eu sei que não... Hoje o que eu sinto por você me faz pensar que eu nunca amei Catherine, porque o que eu sentia por ela não chega nem as margens do que eu sinto por você, Hermione. Tentei tantas vezes lhe dizer, de tantas formas, mas nunca parecia certo, primeiro parecia que seria só por causa do bebê, quando na verdade ele foi a minha forma de fazer você ficar comigo – confessou. – Me odeie o quanto quiser por isso, mas a verdade é que eu sempre soube que você não estava tomando as pílulas, algumas vezes realmente aconteceram sem camisinha por descuido, mas quando parei para pensar, pareceu que a única forma de garantir você comigo seria com um filho, porque, por mais que eu amasse você, se você não sentisse o mesmo, ainda assim eu a teria em minha vida...


- Como você pôde? – questionou ela dando um passo para trás. – Um filho deve ser uma decisão conjunta, deve ser planejado, deve...


- Eu errei, eu vi isso antes mesmo de saber que você estava grávida, percebi que estaria destruindo os seus sonhos por um capricho meu para tê-la. Quando voltei de Londres, naquele dia que confirmamos a gravidez, era tudo que eu conseguia pensar. Que eu havia, mais uma vez, imposto as minhas vontades sobre outra pessoa por meu bel capricho, mas então a gravidez se confirmou e desde aquele momento eu amei esse bebê, e amei você ainda mais. Pela sua força e pela sua confiança, principalmente pelo seu bom coração. Desde então eu venho buscando um jeito de dizer tudo que eu sinto, eu precisava falar tudo antes que me sufocasse... Então, Hermione Granger Malfoy, eu amo você.


- O que eu posso dizer? – ela respondeu com um dar de ombros. – Eu poderia ofendê-lo por isso, por me usar, por fazer tudo sempre para o seu bel prazer. – Os olhos de Hermione fitaram a parede mais atrás. -  Antes mesmo de engravidar eu já amava você, e hoje eu o amo ainda mais e amo esse bebê. Eu gostaria muito de me formar em Cambridge, de fazer direito e ter sucesso, mas nesse momento não imagino um rumo diferente para a minha vida, me dei conta de que eu gostaria muito mais de fazer o nosso casamento dar certo. Eu também tentei lhe dizer mil vezes o que eu sentia, mas Catherine parecia ser sempre uma sombra entre nós, sempre uma incerteza... Mas agora sei que ela é passado para você. Então, Draco Malfoy, eu amo você.


 

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Comentários (20)

  • SweetAngel33

    Sem palavras, estou regurgitando arco-íris! (kkkk')Amei meninas, arrasaram!Beijos! 

    2013-07-25
  • Nikki W. Malfoy

    Adorei!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

    2013-07-14
  • Landa MS

    Se a fic terminasse nesse cap, ele terminaria lindo demais. Finalmente as verdades estão saindo detrás das cortinas. 

    2013-07-13
  • Jamie Darrow

    Adorei posta logo ta bjus.

    2013-07-13
  • Nica-Thusoso

    AMEI !!! capítulo perfeito,com declarações,verdades ditas,amor. Já ansiosa pelo proximo post. Parabéns.  

    2013-07-11
  • Lisa Granger

    Ai finalmente eles se declararam!! Aleluia!! acho que esperei mas por esse pra escutar esse eu te amo do que pra escutar um sendo falado pra mim kkkkkkkkkkkkk  a cena ficou linda e eles são perfeitos!!!Como a Kate é falsa até pra contar a verdade ela omite pedaços ficou parecendo q depois daquilo ela nunca mais correu atras do Draco ¬¬ pena do pobre william! 

    2013-07-10
  • Isabella Suanne

    Porque nós, leitores, noa ligamos tanto numa história como se ela fosse algo real? Será que esperamos que algo tão mágica nos aconteça? Não sei, só sei que, nossa sorte é ter bons escritores que nos permitem sonhar e ser feliz e nossos queridos personagens... Esse capítulo foi perfeito.... Ah, e os anteriores tbm, claro..... Parabéns!!!

    2013-07-10
  • sonimai

    que noj dessa Kate,dando a entender que foi só uma vez com o Draco,affff........quanto ao casal mara,lindoooooooooooooo a declaração

    2013-07-09
  • sonimai

    cara,detesto essa Kate,que nojenta,dando a entender que só ficou com o Draco uma única vez,que nojo.......quanto ao casal mara,lindoooooooooo a declaração

    2013-07-09
  • Pah F Potter

    lindoooo demais , parabens

    2013-07-09
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