Capitulo Sete



Hey minha gente, infelizmente não vou poder responder os reviews por um unico motivo: Estou postando do meu local de trabalho.
Fiquei em falta com voces, eu sei disso... sei também que estou sendo uma pessima escritora... =/ Me desculpem... mas as coisas ainda estão confusas. Minha casa (hoje faz 1 semana que eu mudei) ainda está de pernas para o ar. Tudo meio louco.
Mas no meio de toda essa confusão, eu tenho uma boa noticia: Voces pediram, aconselharam... e eu e a Thys acabamos por escutar: AHG vai virar um livro. Sim sim, um livro! Obviamente que teremos que mudar o nome de quase todos os personagens... vamos acrescentar cenas, excluir outras. Queremos fazer algo que voces gostem! ;)
Assim que eu tiver mais noticias, eu falo para voces!! Não esqueçam do meu ask, hein?

Quem tiver interesse, pode me add no skype: danielle-ribeiro 


Beijos.
Angel_S

--**--


Uma agitação na casa chamou a atenção delas, interrompendo sua conversa. Enquanto Annelise se levantava para ver o que era, Hermione suspirou sentindo seu coração desacelerar lentamente. Mas as palavras de Annelise continuavam em sua cabeça.


 


- Minha mãe está aqui – anunciou Annelise com a voz tensa.


 


Hermione logo se arrependeu de ter ficado na cama até mais tarde, encontrava-se despenteada e com o rosto certamente ainda marcado das horas que passara deitada. Nem sequer havia se vestido!


 


- Me dê um minuto – pediu apressando-se em correr para o banheiro. – Só preciso vestir algo... apresentável.


 


Hermione colocou uma roupa simples, mas elegante o suficiente para aparecer na frente de Narcisa Malfoy. Fazia questão de mostrar, com orgulho, sua barriga. Ali, dentro dela, crescia o herdeiro dos Malfoy.


 


- Anne, independente do que acontecer, não se exalte. Draco sabe o que faz. – aconselhou.


 


Annelise assentiu e desceu na frente de Hermione. Ambas pararam a porta do escritório de Draco.


 


- Isso é a minha independência – anunciou Annelise mirando a mãe de forma dura, o mesmo olhar que Narcisa Malfoy dedicava a qualquer pessoa.


- Annelise está sobre a minha guarda até que se case. – anunciou Draco. – Como ainda estuda e não trabalha, ela não seria capaz de se sustentar, mas já é maior de idade e não tem obrigação de ficar vivendo sob as suas regras! – declarou. – Consegui a guarda dela com um processo bem simples, eu diria, bastou apresentar os documentos do internato, que comprovam que você é uma mãe ausente. Afinal minha irmã está nesse lugar desde que era criança e nunca conviveu com você ou com nosso pai.


- E você por acaso sabe o que isso significa? – perguntou com descaso.


- Significa que destitui você e o meu pai do poder familiar sobre Annelise, significa que ela não precisa se portar a vocês para nada, significa que a partir de agora quem assume toda e qualquer despesa por ela sou eu – anunciou com a expressão séria. – Por diversas vezes você deixou claro o quão desgostosa lhe deixava as funções de mãe. – desdenhou – Pois então, lhe fiz esse favor.


- Isso tem um dedo seu, não tem? – bradou Narcisa apontando um dedo de forma acusadora para Hermione, que permanecera na porta do escritório – Primeiro vai a minha casa dizer que minha filha não mora mais lá, dá o golpe no meu filho, me fala um monte de besteiras e agora mais essa – riu desgostosa. – Isso de destituir. – revirou os olhos – É coisa sua, não é? Você que plantou essas ideias absurdas, primeiro na cabeça do meu filho, agora até na minha filha!


- Ela não... – Draco rapidamente se apressou em defender a esposa, mas Hermione lhe ergueu uma mão. Poderia cuidar de si mesma.


- Não. – disse com os olhos brilhando de fúria, se havia uma coisa que não suportava era ser acusada injustamente, e não era a primeira vez que Narcisa fazia isso. – Mas bem que eu gostaria de ter dado essa ideia ao Draco! As coisas absurdas que eu lhe falei, só você ainda não notou que são a realidade, você procurou isso para si mesma, Narcisa. Foi você que afastou a sua própria família...


- Ora! – exclamou ultrajada, rapidamente virou-se para Draco. – E você vai permitir que essa mulher fale assim comigo?


- Essa mulher é minha esposa e mãe do meu filho, neto seu, por sinal. – apontou Draco com sarcasmo. – Neto que deveria trazer orgulho, é a continuidade da linhagem Malfoy, afinal de contas.


- Era só o que faltava! – esbravejou Narcisa. – Talvez você tenha razão – disse direcionada para Hermione. – Eu posso ter afastado meus filhos, mas entre ver o filho que criei para comandar um país, e a filha que deveria ter um casamento de sucesso assim, abobado por um sentimento que só enfraquece – riu – prefiro mantê-los distante de mim!


- Você é uma mulher interessante, Sra. Malfoy. – comentou Hermione, caminhando em direção a Draco. – Mas sua falsa superioridade lhe cega, infelizmente. Só espero que, quando você voltar a enxergar, não seja tarde demais.


- Não me acho – ela logo retrucou. – Sei do que estou falando, e um dia você também vai saber! – disse Narcisa apontando para Draco - No momento está tudo bem, tudo as mil maravilhas, mas quando a primeira complicação surgir, por favor, procure e eu vou dizer que bem que lhe avisei, as coisas não vão ser sempre esse mar de rosas que vocês se iludem achando que é, pelo contrário! E é nessa hora que tudo que eu ensinei a vocês irá por água abaixo.


 


Narcisa jogou o envelope que carregava nas mãos em cima da mesa de Draco, e saiu da mesma maneira que entrou. Draco e Hermione trocaram olhares cumplices, enquanto Annelise permanecerá no mesmo lugar.


Com as mãos firmes, Draco pegou o envelope que Narcisa havia jogado em cima da mesa e começou abri-lo. Hermione aproximou-se mais do marido, enquanto Annelise llimitou-se a sair do escritório e deixar os dois sozinhos. De dentro do envelope negro, Draco rolou os olhos pelo papel branco, timbrado com o símbolo do hospital mais famoso do Reino Unido.


                Enquanto o marido lia o documento, Hermione esperava pacientemente. Aquele era um momento particular de Draco, e independente do que estivesse escrito ali, ela iria respeitar aqueles instantes. Um suspiro pesado saiu da boca de Hermione ao ver Draco sentar-se na cadeira que havia atrás dele. Narcisa não viera para trazer uma boa noticia, constatou rapidamente.


                Draco terminou de ler o laudo do hospital sem esboçar nenhuma reação, em partes, era uma noticia um tanto esperada, mas não sabia que iria chegar tão cedo. Ao seu lado, Hermione permanecia calada, esperando que ele dissesse alguma coisa. E Draco percebeu que não havia o que ser dito naquele momento, em um movimento automático, pegou o papel que depositará em cima da mesa e o entregará para a esposa.


                Hermione aceitou o papel, deu a volta na mesa de Draco e sentou-se em uma das cadeiras. Enquanto uma das mãos segurava a folha, a outra acariciava o ventre distraidamente. Hermione suspirou algumas vezes enquanto lia o laudo. Em poucas palavras, aquele papel informava para quem lesse que Lucius Malfoy tinha muito pouco tempo de vida, apenas mais 1 ou 2 meses.


               


                - Ele não verá nosso filho nascer. – foi a única frase que Hermione conseguiu formular naquele momento.


                - Provavelmente sim. – respondeu Draco sem emoção. – Preciso dar a noticia para a Anne. Irei visitá-lo ainda hoje.


                - Que horas você vai? Irei com você.


                - Fique em casa, Herms. Hospital não é um lugar para você, nesse momento.


                - Não quero que você vá sozinho. – Hermione levantou-se, indo até o marido. Ele afastou a cadeira, oferencendo o colo para ela sentar.


                - Irei conversar com a Anne, vejo se ela quer ir comigo. – Hermione aninhou-se no colo do esposo.


                - Se ela não for, quero ir com você. Se preferir, fico no carro. Só não quero deixá-lo sozinho.


                - Herms, imagina a confusão que está lá fora. – ponderou Draco acariciando a esposa aninhada em seu colo. – Há vários fotógrafos a nossa porta, uma confusão só. Não acho que seja prudente você se expor dessa maneira. Fique em casa, querida. Por favor.


 


                Hermione respirou fundo, levantou-se do colo do marido. Ajeitou a roupa que estava levemente amassada.


 


                - Se você prefere assim, Draco, tudo bem. – Hermione sabia que sua voz estava saindo forçadamente calma. – Irei chamar a sua irmã, qualquer coisa, estarei na biblioteca do 2º andar.


                - Herms...


 


                Quando a castanha fechou a porta, Draco respirou fundo. Era cada vez mais complicado lidar com as oscilações de humor de Hermione, e agora havia outros dois agravantes: seu pai hospitalizado e a viagem que iria fazer dali alguns dias para Nova York. Fazia alguns meses que estava adiando essa viagem, mas não tinha mais como. Os problemas que precisava resolver no “Novo Continente” estavam se transformando em uma grande bola de neve.


 


                - Voce quer falar comigo? – Anne entrou no escritório de Draco, e aproximou-se rapidamente da mesa.


                - Nossa mãe não veio apenas nos fazer uma visita de cortesia. – falou Draco cuspindo sarcasmo em cada palavra pronunciada. – Ela veio aqui, pessoalmente, para nos dar outra notícia.


                - Notícia essa...?


 


                Em vez de falar, Draco achou melhor entregar o laudo diretamente nas mãos da irmã. Não se sentia a vontade para dar aquele tipo de noticia a Annelise, na realidade, não tinha noção de como dar aquele tipo de noticia. Os minutos se arrastaram e o olhar da loira permanecia grudado no papel. Quando ela depositou o laudo médico em cima da mesa de Draco, haviam lágrimas nos olhos cinzas.


 


                - Draco...


                - Eu sei, Anne... também estou... – Draco respirou fundo, e murmurou – triste. – Aquela palavra soou estranho para Draco. Jamais imaginara que chegaria a ficar triste com aquela notícia.


                - Eu queria ir visitá-lo.


                - Irei ainda hoje ao hospital. Se quiser, pode me acompanhar.


                - Sim, irei acompanhá-lo, mas e a Hermione? Ela não irá conosco?


                - Melhor não. Vai ser complicado sairmos de casa. – admitiu Draco. – Os paparazzi estão todos amontoados no portão, esperando por uma foto de Hermione. Além do mais, hospital não é um lugar apropriado para ela. Não podemos colocar em risco a saúde dele e do bebê.


                - Você não pode trancá-la dentro de casa, Draco. Entendo seus motivos, mas acredite, mantê-la dentro de casa não irá salvá-la, seja dos paparazzi ou de alguma doença contagiosa. – Annelise levantou-se da cadeira. – Sei que, especialmente hoje, está um caos para sairmos de casa. Pense no que eu lhe falei, meu irmão. Aposto que você não soube conversar direito a sua esposa. – a loira sorriu para o irmão, ao vê-lo franzir o cenho. – Estarei pronta em meia hora.


 


Draco suspirou, sabia que Annelise estava certa. Não poderia manter Hermione presa dentro de casa, e além de tudo isso, deveria respeitar a opinião da esposa. Guardou o documento da guarda de Annelise e o laudo médico dentro de sua gaveta. Iria conversar com a esposa, tentar chegar a um acordo comum.


 


O quarto do bebê estava ficando quase pronto, e Hermione sentia-se orgulhosa por estar arrumando tudo sozinha. Fazia uma semana que se dedicava inteiramente ao quarto do bebê. Mandara comprar tintas na cor azul celeste e gelo, todas sem cheiro para não prejudicar sua saúde e a do bebê. Ainda não havia contado a Draco o que estava fazendo, por isso havia dito que estaria na biblioteca. Passou as mãos sujas de tinta azul em um pano e sorriu. Naqueles poucos minutos dentro do quarto conseguira finalizar a pintura, agora iria se concentrar em fazer os enfeites que colocaria na parede.


 


- Herms?!


               


                Hermione pulou com o susto, virou-se rapidamente para encarar o marido. A feição de Draco estava séria, e a analisava de cima a baixo. Sentiu-se ridícula perto do marido, estava usando uma blusa velha e uma calça mais velha ainda. Ambas sujas de tinta.


 


                - Terminei de pintar o quarto do nosso bebê – disse contente. – Era uma surpresa para você.


                - Hermione, você está grávida. – declarou ele.


                - E o que tem isso?


                - Você não podia estar mexendo com tintas. Não podia estar fazendo esforço.


                - Eu não sou o tipo de mulher que fica parada esperando que os outros façam as coisas por mim – argumentou a castanha. – Além do mais, gravidez não é doença! E para a sua informação, essa tinta não tem cheiro, por isso, posso manuseá-la tranquilamente.


                - Você deveria ter me consultado antes.


                - Consultar você? E por que eu teria que consultar você para pintar o quarto do nosso filho? Quando nos casamos, lembro-me de escutar que a casa era minha.


               


                Draco não respondeu, limitou-se a olhar o quarto onde, dali alguns meses, seu filho iria dormir. Das 4 paredes, apenas uma era azul, as outras eram brancas. Enquanto olhava, Draco viu a castanha amassar alguns jornais que estavam no chão para impedir que manchasse o piso.


 


                - Eu gostaria de ter lhe ajudado. – admitiu Draco, pegando Hermione de surpresa.


                - Você andava muito ocupado. – Hermione juntou uma porção de jornais sujos e os colocou dentro de uma sacola de lixo, já cheia. – Não achei prudente lhe interromper o seu trabalho – disse sincera. – Além do mais, eu andava entediada. Não tinha nada para fazer... e então, eu arranjei!


 


                Uma briga naquele momento não iria adiantar nada, e Draco bem sabia disso. Olhou com cuidado para cada canto, e via o amor de Hermione em cada pincelada. Não iria se opor que ela continuasse a decorar o quarto do bebê, mas gostaria de ajudar.


 


                - Eu quero te ajudar.


                - Sério? – Hermione colocou o saco de lixo na porta do quarto. – Você realmente quer me ajudar com o quarto do bebê?


                - Claro. É nosso bebê. Ficarei feliz em ajudar! – disse Draco tentando conter a emoção. – Só não sei como posso ajudar.


                - Queria sair para comprar o berço para o bebê e começar a montar o enxoval. Gostaria que você estivesse comigo – confessou a castanha. – E ainda falta muita coisa para terminar o quarto do bebê. Há várias coisas que eu mesma quero fazer.


                - Por mim está combinado. Quero ser um pai presente para esse bebê – Draco aproximou-se e descansou sua mão no ventre da castanha. – Quero poder dizer que participei muito além de apenas fazê-lo.


                - Não seja bobo, Draco! Tenho certeza de que você me ajudará e muito com o bebê – ela sorriu doce. – Agora não chegue muito perto, não quero lhe sujar de tina.


 


                Draco colocou uma das mãos atrás da nuca da castanha e a puxou para um beijo longo. Podia sentir que ela se derretia ao seu toque, mas não tinha tempo necessário para transformar aqueles pequenos gemidos em longos.


 


                - Eu vou ao hospital com a Anne. Fique em casa, por favor, pelo menos por hoje. Amanhã será mais tranquilo.


                - Tudo bem, Draco. Eu entendo seus motivos. Ficarei em casa. Vou ver se a Gina está na cidade, quem sabe eu ligo para ela para passar o tempo. Eu me arranjo por aqui, faça o que for necessário.


               


                Draco beijou a esposa novamente, e saiu rapidamente, deixando a castanha parada no meio do quarto. Com um sorriso bobo nos lábios, Hermione voltou a ajeitar o quarto do bebê. O próximo passo era comprar o berço de ferro branco, a poltrona de balanço, uma cômoda, um guarda roupa e o principal, as roupinhas de bebê. Estava ansiosa para começar a entrar nas lojas e comprar tudo o que visse pela frente.


 


                - A senhora tem uma visita. – disse a governanta da casa para Hermione.


                - Não estou esperando ninguém. E quem seria?


                - A duquesa de Cambridge.


                - Está acompanhada pelo príncipe?


                - Não. Ela veio só, senhora.


                - Ela procurou por mim, especificamente?


                - Sim.


 


                Hermione respirou fundo, não era o momento de um embate com a futura Rainha da Inglaterra, ainda mais sem Draco por perto, mas não teria jeito. Precisava encará-la de qualquer maneira. E esperava despachá-la antes que Draco voltasse da visita no hospital.


 


                - Fale para a Duquesa esperar por mim no escritório do meu marido. Irei recebê-la dentro de alguns minutos.


 


                A empregada saiu apressada para cumprir as ordens de Hermione, dando tempo para que ela se preparasse para o embate. Hermione fechou a porta do quarto do bebê e correu para o seu. Sem se preocupar muito, escolheu um conjunto simples, que encobria sua gravidez sem escondê-la. Prendeu os cabelos em um coque frouxo. Olhou-se no espelho a procura de manchas de tinta, mas estava limpa, aparentemente.


 


                Enquanto seguia em direção ao escritório de Draco, no andar de baixo, Hermione pedia por paciência. Sabia que Catherine estava ali só para comprovar os rumores que haviam se espalhado como rastro de pólvora por toda Londres. Antes de entrar no escritório, alisou sua roupa. Abriu a porta.


 


                Catherine estava andando, de um lado para o outro, no meio do grande escritório de Draco. Seu rosto estava marcado pela irritação, e seus olhos brilhavam com a fúria reprimida. Os cabelos da duquesa de Cambridge estavam soltos o de costume, emoldurando o rosto daquela que já estava beirando os 30 anos. Apesar da idade, Catherine era bela de sua maneira. O conjunto claro, próprio para o inverso, ajudava a ressaltar sua feminilidade.


 


- Boa tarde, Catherine. – Hermione entrou no escritório de Draco imponente. Exibindo, com orgulho o ventre dilatado. – O que você faz em minha casa?


- Então é verdade? – disse a mulher olhando diretamente para a barriga de Hermione.


- Sim, é verdade. Você ainda não respondeu minha pergunta.


- Eu vim confirmar o que estão comentando. – disse venenosa. – Você foi muito esperta em dar o golpe da barriga em um Malfoy.


- Não me venha com essa, Catherine – Hermione retrucou com certo desdenho. Não podia negar que o porte alto e elegante de Catherine a intimidava, mas não deixaria que a outra percebesse isso. – Você mesma já passou por isso – disse acidamente. – E por conta própria abriu mão.


 


Catherine estreitou o olhar para sua figura, e logo o alargou com reconhecimento. Desconfiava que Hermione sabia de seu passado com Draco, que sabia inclusive de algumas intimidades, mas não pensou que Draco Malfoy discutiria esse ponto com sua doce esposa, pensou Catherine com amargura.


 


- Agora me diga, você saiu de sua casa, enfrentou os paparazzi para isso? – Hermione caminhou até a mesa de Draco, e sentou-se, casualmente na cadeira. – Você perde muito tempo da sua vida tomando conta da nossa. Por que você não se preocupa com outros assuntos... Como contar a verdade para o seu marido? Acho que seria prudente da sua parte.


- Você não tem nada haver com isso.


- Claro que eu tenho – a voz de Hermione saiu perigosamente calma. – Você será a futura Rainha da Inglaterra, não? Caso você não de um herdeiro a William, o trono passará para Harry... ou para os herdeiros de Harry.


 


Um sorriso falsamente brincalhão surgiu nos lábios de Hermione, ante a ironia da situação: ela e Catherine acabariam fazendo parte quase que da mesma família se a relação de Annelise e Harry seguisse em frente – o que ela acreditava duramente que aconteceria. E ainda por cima havia a possibilidade de uma Malfoy chegar ao reinado, ou pelo menos seus filhos, que possuiriam tanto o sangue real vindo da prole da rainha quanto o sangue Malfoy.


No final da contas a ironia dominava a situação.


E no final das contas, o reinado que Narcisa Malfoy sempre quis ver em sua família poderia chegar graças ao casamento que ela sequer queria que ocorresse.


 


- Você não sabe do que está falando – Catherine estacou no lugar, encarando Hermione, de pé. – Eu vou dar um herdeiro ao William – o olhar da tão poderosa duquesa estava estampado de medo.


- Eu não tenho nada haver com a sua vida, vossa alteza. Não é para mim que você deve fazer esse tipo de afirmação – a castanha deu ombros. - Só não se meta com a minha família, que ficará tudo certo.


- A doce Marquesa ameaçando alguém? – Catherine aproximou-se da mesa, e apoiou as duas mãos.


- Saia da minha casa, Catherine. – Hermione levantou-se, com passos firmes, foi até a porta do escritório e a abriu. – Preocupe-se em dar um filho a William e nos deixe em paz. Esqueça Draco, ele não faz mais parte da sua vida.


- Se fosse eu, não teria tanta certeza. Ele já lhe traiu uma vez... por que não trairia outra? Seu corpo está ficando disforme, marquesa, não acha mesmo que Draco vai continuar achando você a mulher mais linda do mundo, não é mesmo? – perguntou com tamanha ironia que Hermione sentiu o sangue ferver.


- Saia da minha casa. Não volte a minha casa, Catherine.


- Acredito que eu dê algumas sugestões para a Rainha relacionadas à Draco. Ela vai apreciar, tenho certeza que ele será de muita serventia durante a comemoração do Jubileu de Diamantes.


 


Com toda a dignidade que conseguiu reunir, Catherine passou reto por Hermione e seguiu para a porta da frente, onde o chofer estaria esperando. De longe, a castanha pode escutar o barulho dos repórteres aglomerados na porta de sua casa. Fechou o escritório de Draco e caminhou para a sala intima que estava situada no andar de cima.


Jogou-se no sofá e as lágrimas vieram a seus olhos. Será que Draco estava traindo-a novamente? Depois de tudo o que havia prometido? Sentiu-se ainda mais sufocada a pensar que dali a alguns meses estaria enorme, por causa da gravidez, nisso Catherine estava certa, não via seu corpo disforme como ela mencionara, mas certamente não possuía mais a mesma cintura fina e curvas delicadas de quando Draco a conhecera... E Draco estava acostumado a mulheres bonitas e estonteantes. Hermione chorou até que as lágrimas foram substituídas pelo sono.


 


---


 


                Draco se arrependeu do momento em que colocou o pé para fora de casa. Annelise ao seu lado permanecia calada, tentando achar um jeito de enfrentar seus próprios fantasmas, e o loiro sabia que a irmã ainda estava em uma situação pior que a dele, pois além de ter o pai internado, tinha o namorado em uma clínica de reabilitação em algum lugar da Suécia.


 


                Foram longos minutos até vencer todos os paparazzis que havia na porta da Malfoy’s Hall. Todos queriam uma foto para colocar na primeira página de algum tabloide sensacionalista qualquer. Os vidros escuros protegeram Draco e Annelise dos flashes incômodos das câmeras.


 


                - Isso ainda vai durar alguns bons dias. – murmurou Draco tentando acelerar o carro. – Sair vai ser bastante incômodo.


                - Nós sabíamos que isso iria acontecer. – comentou Annelise. – E quando Hermione sair vai ser ainda pior. Você não acha que seria melhor liberar algumas fotos oficiais?


                - Irei fazer um anuncio oficial durante a semana que vem, e com o consentimento da Hermione, irei liberar algumas fotos também.


                - Faça isso o quanto antes. Ela comentou comigo que quer sair para comprar o enxoval do bebê – Annelise baixou o espelho de dentro do carro, e ajeitou o charmoso chapéu que ostentava.


                - Não se preocupe, o anúncio não vai demorar  e a situação vai ficar mais tranquila. – Draco suspirou ao lembrar-se que semana que vem estaria ausente. – Precisarei da sua ajuda, semana que vem. Estarei embarcando na 3ª feira para Nova York. Ficarei ausente durante alguns dias.


                - Hermione já está sabendo que você vai viajar?


                - Ainda não comentei com ela.


                - E porque você não a leva junto?


                - Ela iria ficar muito tempo sozinha. Será uma reunião atrás da outra. Não acho prudente que ela fique sozinha, ainda mais com a gravidez.


 


                Draco entrou no estacionamento subterrâneo do hospital. Ao estacionar, uma série de seguranças e funcionários do hospital aproximaram-se.


 


- Vossa Graça, lady Malfoy. – cumprimentou um dos funcionários do hospital. – Acredito que vocês vieram para visitar o vosso pai.


                -Sim. – respondeu Draco, enquanto Annelise permaneceu atrás do irmão, sem se pronunciar.


                - Iremos levá-los até o quarto.


                - Minha mãe? – perguntou Annelise, fazendo com que todos parassem no meio do caminho. – Ela está com meu pai?


                - Receio que não, lady Annelise. Sua mãe aparece aqui apenas uma vez ao dia. – respondeu o funcionário que havia conversado com Draco há alguns instantes.


 


                Dois funcionários do hospital seguiram na frente, enquanto os seguranças faziam a retaguarda de Draco e Annelise. Atravessaram o estacionamento e pararam em frente a um elevador que os levaria aos andares de cima.


                Os seguranças estacaram quando Draco, Annelise e os outros dois funcionários entraram no elevador. Enquanto subiam os andares, Draco permanecia inquieto, não sabia ao certo o que esperar daquele encontro com Lucius. Não tinha muita certeza quanto ao estado que iria encontra-lo, só esperava que Annelise estivesse totalmente preparada para qualquer tipo de situação.


               


                - Seu pai está no quarto ao final do corredor. – informou um dos funcionários.


                - Alguma recomendação? – questionou Draco antes de seguir para o quarto.


                - Evitem que ele tenha alguma emoção forte.


 


                Draco achou aquela recomendação engraçada. Lucius Malfoy nunca tivera nenhuma emoção forte durante toda a sua vida. Sempre fora controlado o suficiente para jamais comemorar qualquer tipo de situação ou se irritar. Olhou sua irmã e ela aparecia contida como sempre, aparentemente tranquila. Mas suas mãos que estavam juntas na frente do corpo mexiam freneticamente.


                Gostaria que Annelise tivesse tido o mesmo tipo de educação de Hermione. Que fosse livre, que não estivesse presa naquele monte de convenções tolas que a alta sociedade impunha a todos. Ao ver os funcionários afastarem-se, Draco ofereceu o braço a sua irmã, que aceitou de bom grado.


 


                - Fique tranquila.


                - Estou com medo. – admitiu a loira.


                - Não há porque ter medo. Está tudo sob controle. Não iremos ficar muito tempo. – prometeu Draco.


 


                Antes que Draco e Annelise pudesse entrar no quarto 1001, um enfermeiro aproximou-se em sua roupa impecavelmente branca. 


 


                - Sr e Srta Malfoy.


                - Isso mesmo. – confirmou Draco.


                - Não deixem que ele tenha emoções muito fortes. O coração dele está frágil devido ao lúpus.


                - Já fomos avisados.


                - Irei anunciá-los. Só um instante.


               


                Enquanto o enfermeiro entrava no quarto onde Lucius estava internado, Draco permitiu-se analisar o hospital por breves instantes. O longo corredor branco era uma tortura para os olhos. Era estranho pensar que Lucius passaria o resto dos seus dias em um lugar simples como aquele, sem todos os luxos que ele estava acostumado a ter. Não havia tapetes persas, não havia poltronas forradas de veludo... só o branco predominava. Talvez dentro do quarto fosse diferente. 


 

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Comentários (13)

  • Diênifer Santos Granger

    Chocante! E aaaaaah! Kate sua vaca! Argh! Hermione devia dar uns bons tapas nela isso sim! E o Draco! Aff! Diz logo que a ama! 

    2013-06-26
  • Jamie Darrow

    essa catherine gosta de encher a paciência hein credo

    2013-05-03
  • Carool Black

    Essa Kate fiadilmacoisa! ¬¬ Tomara que o trono fique pra Anne!  Pobre Lucius! Ele era do mal, mas pai é pai, tenho pena pelo Draco e a Anne! Espero que ele se vá logo pra não prolongar sofrimento! u-u E espero que essa Narcisa engasgue com a lingua! Ô mulher ruim! Aeaeae, fico muuuuuuuito feliz com a notícia de quem AHG vai virar livro! *-* Serei a primeira a comprar! E super quero autógrafos! Não esqueça das suas fiéias leitoras aqui! -q Espero que a adaptação não tire a graça da história! O mais legal, pra mim, é imaginar a família real de verdade inclusa nesse universo alternativo de HP! -q Ansiosa pelo próximo! Quero que o baby Malfoy nasça logo! *-* Beijos e até a próxima!

    2013-04-03
  • SweetAngel33

    o.O... O que será que vai acontecer? Será mesmo que Lucius e os filhos não se... Emocionarão? Hum...E a visita da Kate bitch, hein? Ainda bem que Mione consegue dar a volta por cima......Mas a que preço? Colocando sua felicidade e seu bem estar(e o do bebê) por causa do estresse que a futura Rainha da Inglaterra lhe proporcionava? Acho que não.Bem, só espero que tudo dê certo no final.Beijos, girls, arrasaram nos caps! <3 

    2013-04-01
  • Jac Malfoy

    vou querer o meu autografado viu... parabéns meninas vcs merecem... vou ser uma das primeiras a comprar também... 

    2013-03-28
  • Barbara Rosier Malfoy

    Será mesmo que o Lucius não iria ter alguma emocao ao ver os filhos ??Bj. 

    2013-03-28
  • M. Weasley

    NOSSA! eu fico mt feliz pelo livro, com certeza estarei esperando ansiosa pra comprá-lo c: e quanto ao capítulo, af... essa Narcisa me dá náuseas, nn mt diferente da Kate kk-Acho que o próximo vai ser mt emocionante por causa da visita do Draco e da Anne ao pai. Enfim, estou no aguardo k- ansiosa demais! 

    2013-03-28
  • the

    Eiiiiiiiiiiiiiita nós1!!adorando como sempre bjks 

    2013-03-28
  • the

    Eiiiiiiiiiiiiiita nós1!!adorando como sempre bjks 

    2013-03-28
  • annalimaa_

    Serei uma das primeiras a ler e com prazer o livro de vocês. Narcisa não aguenta a verdade assim com Kate. Entendo tanto Draco quanto Mione, é ruim ficar parada mas dai a pintar um quarto é diferente, ele querendo ajudar é a coisa mais linda desse mundo. Ultimamente Anne está sendo um para raio ali. Saudades de Harry. Seria um castigo e tanto Kate não conseguir engravidar de novo, mas também não seria justo com Willian. Eu fico com dó dos dois pela situação do pai, ele se colocou naquela maca. Mione deveria mesmo ir pra NY e Anne com ela, seria bom dar uma arejada. Beijos, Ana.

    2013-03-26
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