Revelations: Persona



Capítulo 4 – Revelations: Persona


“Escute, Rony e eu estivemos sondando as pessoas que achamos que talvez queiram aprender mais sobre Defesa Contra as Artes das Trevas e há várias pessoas que parecem estar interessadas. Eu falei para nos encontrarem em Hogsmeade.”


“Certo” disse Harry distraído.


“Eu ainda acho que você não deveria ter concordado com isso” Hermione repreendeu.


No inicio de setembro, Sirius havia aparecido na lareira do salão comunal, e eles haviam combinado de se encontrar em Hogsmeade a tarde.


A manhã da visita em Hogsmeade estava escura e arejada. Depois do café da manhã estavam em frente à Filch, que estava marcando seus nomes na lista de alunos que podiam ir para Hogsmeade.


Quando alcançou Filch, este guinchou, tentando detectar algo diferente no garoto. Depois deu uma olhada em seu arquivo de novo e Harry seguiu em frente com passos firmes, para a luz do dia.


“Por que Filch estava olhando você?” perguntou Rony enquanto os três se dirigiam aos portões.


“Eu acho que ele estava averiguando se sentia cheiro de Bomba de Bosta” disse Harry com uma pequena risada. “Eu me esqueci de dizer a vocês...”


Ele contou a história da carta para Sirius e Filch aparecendo segundos depois, exigindo ver a correspondência. Para sua surpresa, Hermione pareceu muito interessada, mais do que ele mesmo.


“Ele disse que você estava pedindo Bombas de Bosta? Mas quem o fez pensar isso?”


“Eu não sei” disse Harry. “Talvez Malfoy.”


“Malfoy?” disse Hermione, séria. “Bem... Sim... Talvez...”


E ela seguiu para as ruas de Hogsmeade.


“Aonde nós vamos?” Harry perguntou. “Três Vassouras?”


“Não” disse Hermione “não, está sempre cheio e muito barulhento. Eu falei para os outros nos encontrarem no Hog's Head, outro pub, você conhece o outro, não é na estrada principal. Eu acho que é um pouco... Você sabe... É longe... Mas os alunos normalmente não vão lá, então eu não acho que eles estarão ali.”


Eles passaram pela Avenida da Zonko's, Loja de Logros e Brincadeiras, onde não estavam surpresos em ver Fred, Jorge e Lino Jordan, passaram o correio, com corujas esperando para serem usadas, viraram a rua e pararam próximo a uma bruxa em pé numa pequena entrada. Viram uma porta velha de madeira, com um retrato nela e hesitaram em entrar.


“Vamos” disse Hermione, um pouco nervosa.


Harry entrou. Não parecia com o Três Vassouras, que era um grande bar limpo e quente. O Hog's Head era pequeno, sujo e sombrio, cheirava forte algo que provavelmente podia ser cabras. As janelas eram tão pequenas que podia se ver muito pouco à luz do dia com velas na mesa de madeira. O chão parecia ser de terra, mas quando Harry pisou percebeu que era pedra e parecia ter séculos.


***


“Está certo bem, nós tentaremos achar algum lugar” disse Hermione. “Mandaremos uma mensagem para todos quando encontrarmos um lugar para o primeiro encontro. Eu acho que todos devem escrever seus nomes, só para sabermos quem está aqui. Eu também acho” ela respirou fundo “que nós não devemos falar o que estamos fazendo. Principalmente a Umbridge.”


Fred pegou um pergaminho e escreveu seu nome, mas Harry notou que muitos não pareciam felizes pondo seus nomes na lista.


“Er...” disse Zacharias Smith devagar, não pegando o pergaminho que Jorge estava tentando passar para ele. “Bem... Eu tenho certeza que Ernie me dirá quando será nosso próximo encontro.”


Mas Ernie pareceu hesitante também. Hermione levantou suas sobrancelhas.


“Eu... Bem... Nós somos monitores” Ernie falou. “E se essa lista for encontrada... Bem, eu digo... Você disse se Umbridge descobrir...”


“Você disse para essas pessoas que era a mais importante coisa que você faria esse ano” Harry lembrou.


“Eu... Sim, sim eu ainda acredito nisso...”


“Ernie, você acha que deixaremos essa lista por aí?” disse Hermione.


“Não, é claro que não” respondeu, ficando menos ansioso. “Sim, é claro, eu assinarei.”


Ninguém foi contra depois de Ernie, Harry viu a amiga de Cho com um olhar de reprovação antes de assinar. Quando a última pessoa, Zacharias, assinou Hermione pôs o papel dentro da sacola. Tinha um sentimento estranho no grupo agora. Era como se tivessem feito um tipo de contrato.


Tu és eu, e eu sou tu.


Tu estabeleceste um novo laço.


Tu deveras ser abençoado quando criares Personas do Arcano do Tolo.


***


“É seguro agora, pode voltar à forma humana.” Harry disse após entrar na casa, tomando cuidado para garantir que ele não havia sido seguido.


Assim que ele disse isso, o grande cão negro que estava com eles, começou a se transformar de volta em Sirius Black.


“Como é bom poder esticar um pouco as pernas.” Comentou Sirius alegre.


“Isso é muito arriscado, eu não sei o que vocês dois tem na cabeça.” Ralhou Hermione.


“Não seja assim, ele passou treze anos preso, dá um desconto.” Argumentou Rony, apenas para ser ignorado.


“Deixando isso de lado, o que vocês tem feito?” Perguntou Sirius. E Harry contou em detalhes, tudo o que lhes havia acontecido até aquele dia. Sirius riu alto quando soube do “ataque” que ele havia feito a Umbridge.


“Você realmente se parece tanto com o seu pai, ele também não teria deixado isso assim.”


“Está quase na hora de voltarmos.” Comentou Rony.


“Ah sim, que tal se nos encontrarmos aqui na próxima visita?” Sugeriu Sirius, Hermione ia dizer algo, mas Harry foi mais rápido.


“Melhor não, Não tem problema se for de vez em quando, mas seria burrice nossa se fizéssemos isso sempre, afinal, seria só uma questão de tempo até alguém perceber.”


“Você está certo, então faremos assim, eu virei aqui me encontrar com vocês uma vez a cada duas visitas, e na terceira vez, eu venho na próxima, só para não criar um padrão.”


“Boa idéia, então, vamos indo.” Harry disse enquanto saia da casa dos gritos, seguido por Rony, Hermione, e um já transformado Sirius.


***


“Bem vindo ao Velvet Room” Saudou Margaret assim que Harry passou pela porta.


Theodore estava sentado ao lado dela, e Igor não estava em lugar algum.


“Infelizmente, nosso mestre não está presente no momento.” Explicou Theodore. “Mas, como nada aqui acontece sem uma razão, permita-nos aproveitar a chance para explicar nossas funções.”


“Este livro em minhas mãos.” Começou Margaret enquanto erguia um livro grosso com a palavra ‘Compendium’ escrita em dourado na capa. “É o Persona Compendium, nele ficarão registrados todos os Personas que você obtiver. Caso você perca qualquer Persona que já esteja registrado aqui, basta me pedir, e eu o invocarei para você.” Assim que ela terminou a explicação, Theodore começou a falar.


“Quanto a mim, eu gostaria que você aceitasse os meus pedidos. Serão coisas simples na verdade. Você aceitara?”


“Se for assim, então eu aceito.”


“Ótimo. Então, como meu primeiro pedido, eu gostaria que você trouxesse uma coisa para mim.”


“E o que seria.”


“Um livro de poções.”


***


“Aqui está!” Foi a primeira coisa que Harry disse alguns dias depois, assim que ele entrou no Velvet Room, enquanto entregava um livro velho para Theodore. O mesmo abriu o livro, e leu algumas paginas antes de fecha-lo.


“É esse mesmo, muito obrigado.” Ele agradeceu enquanto colocava o livro sob a mesa na frente de Igor. “Como agradecimento, eu lhe darei uma informação útil.”


“O que quer dizer?”


“Se você for ao sexto andar, e pensar fortemente no que você precisa, você encontrara.” Foi tudo o que o loiro disse. Sabendo que não iria conseguir mais nada dele, Harry apenas deixou o recinto.


“Espero que seja útil, foi difícil conseguir roubar esse livro.” Foi o que ele pensou enquanto seguia para o sexto andar.


***


“Esse lugar é perfeito!” Comentou Harry para si mesmo enquanto olhava a sala.


Era uma espaçosa sala iluminada com inúmeras tochas iguais a aquelas que iluminavam o oitavo andar.


As paredes estavam enfileiras com estantes cheias de livros e no chão havia almofadas de seda bem grandes, ao invés de cadeiras. Um conjunto de prateleiras perto do fim da sala estava carregado de instrumentos tais como bisbilhoscópios, sensores de segredos e uma grande espelho-de-inimigos quebrado que Harry tinha certeza ter visto no ano anterior no escritório do impostor de Moody.


“Realmente valeu a pena!” Ele exclamou feliz, porem, quando estava prestes a voltar, ele viu uma coisa que não havia visto antes.


Havia mais uma pessoa ali.


Ele era da altura de Harry, tinha cabelos negros despenteados, olhos dourados escondidos atrás dos óculos de fundo de garrafa, alem de uma cicatriz em forma de raio na testa.


“Você é...”


“Todos esses idiotas... O que eles sabem? Foi por eu ter perdido toda a minha família que eles puderam viver bem até hoje.” Disse o “Harry” com uma expressão irritada no rosto. “Mas, quando eu preciso deles, todos me viram as costas, sempre foi assim.”


“Você está errado!”


“É mesmo? Então me diga, não foi exatamente assim quando todos pensavam que você era o herdeiro de Slytherin? Não foi assim quando pensaram que você havia colocado seu nome no cálice de fogo? No fundo você sabe, sabe que odeia a todos esses vermes, que só estão com você nos momentos bons.”


“Não... Isso não é verdade.” Ele negou enquanto tentava chamar seu Persona, apenas para descobrir que não conseguia. “Por que eu não...”


“Você ainda não percebeu? Eu sou você, eu sou o seu Persona, a sua sombra.”


“Não... Isso não pode ser verdade.”


“Você sabe que é, não há por que negar. Você só quer matar a tudo e a todos.”


“Você está mentindo!” Exclamou Harry caindo de joelhos no chão, ambas as mãos segurando a cabeça.


“Eu já disse que não estou. Você sou eu, e eu sou você, eu não tenho por que mentir.”


“Errado... Isso só pode estar errado.” Ouvindo isso, o outro Harry apenas suspirou cansado.


“Então você não vai me aceitar, mas também não vai me negar...” Ele disse enquanto andava na direção de Harry. Ao chegar próximo o suficiente, ele se abaixou, e o abraçou. “Está tudo bem, está tudo bem se você se sentir assim. Mesmo que estes sentimentos ruins sejam reais, os seus... Não... Os nossos sentimentos bons também são.” Após ouvir essas palavras, Harry finalmente entendeu o que sua sombra queria dizer, e ele finalmente entendeu o que deveria fazer.


“Você está certo, eu realmente me sinto assim, não há por que negar.” Após dizer isso, ele retribuiu o abraço. “Você sou eu, e eu sou você.” Assim que ele disse isso, a sombra apenas acenou com a cabeça, antes de desaparecer em luz azul.


Harry podia sentir, ele havia ganhado de volta o Persona Hitoshura.


***


“Desculpe-nos por chamá-lo tão repentinamente, mas é uma emergência.” Disse Theodore assim que Harry adentrou ao Velvet Room. “Parece que, assim como você, alguém está prestes a enfrentar sua sombra, e eu temo que esta pessoa possa não ter força o suficiente para aceita-la como você fez.”


“O que exatamente aconteceu?”


“Sobre isso, essa pessoa está presa em um lugar onde só você pode entrar. No entanto, nós não sabemos como a sombra dela conseguiu entrar.”


“Você saberia me dizer quem é essa pessoa?”


“É alguém que você conhece, ela atende pelo nome de, Luna Lovegood.”



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rosana franco: Já estava com saudade dos seus comentarios. Eu só estou seguindo a história até certo ponto, aos poucos a fic vai se separando do livro, até ficar completamente diferente, mas enfim, quanto a quem estava nas sombras, é uma surpresa, e eu creio que, ninguem nunca teve uma ideia parecida. Só posso garantir uma coisa, essa pessoa é um personagem de HP.

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Comentários (1)

  • rosana franco

    A Luna!Espero que o Harry consiga realmente ajudala e os dois passem a trabalhar juntos.

    2012-11-13
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