O fim de um inicio



Capítulo 3 – O fim de um inicio 


Sirius atravessou a sala para onde a tapeçaria que Kreacher estava tentando proteger estava pendurada na extensão de toda a parede. Harry e os outros o seguiram.


A tapeçaria parecia imensamente velha; estava molhada e parecia que as Fadas Mordentes tinha mastigado em vários lugares. Apesar disso, os fios dourados com a qual foi bordada ainda cintilavam o suficiente para mostrá-los uma extensa árvore da família datada (até onde Harry podia dizer) até a Idade Média. Grandes palavras bem no alto da tapeçaria diziam:


A Nobre e Mais Antiga Casa dos Black


Toujours pur


“Você não está nela!” disse Harry, após verificar a parte baixa da árvore bem de perto.


“Eu costumava estar ali” disse Sirius, apontando para um pequeno detalhe arredondado, como um remendo que mais parecia uma queimadura de cigarro. “Minha doce mãe me expulsou após eu ter saído de casa. Kreacher é quem gosta de murmurar essas história por aí.”


“Você saiu de casa?”


“Quando eu tinha uns dezesseis anos” disse Sirius. “Eu não agüentava mais.”


“E para onde você foi?” perguntou Harry, encarando-o.


“Para a casa do seu pai” disse Sirius. “Seus avós ficaram realmente satisfeitos com isso; eles praticamente me adotaram como um segundo filho. Sim, eu ia com o seu pai nos feriados da escola e quando eu tinha dezessete consegui um lugar só para mim. Meu tio Alphard me deixou uma boa quantidade de ouro. Ele também foi retirado da árvore, e provavelmente foi por ter feito isso. Em todo caso, depois disso eu fiquei por minha conta. Mas eu era sempre bem vindo na casa do Sr. e Sra. Potter para o almoço de domingo.”


“Mas... Por que você...?”


“Saí?” Sirius sorriu e correu seus dedos por seus longos cabelos despenteados. “Por que eu odiava todos eles: meus pais, com sua mania por puro-sangue, convencidos que ser um Black fazia de você praticamente da realeza... Meu irmão idiota, gentil o suficiente para acreditar neles... Aqui está ele.”


Sirius apontou o dedo para a parte mais baixa da árvore, no nome "Regulus Black". Uma data de morte (por volta de quinze anos atrás) estava escrita ao lado da data de nascimento.


“Ele era mais novo que eu” disse Sirius “e um filho bem melhor, motivo pelo qual sempre me chamavam a atenção.”


“Mas ele morreu” disse Harry.


“Sim” disse Sirius. “Estúpido e idiota... Ele se uniu aos Comensais da Morte.”


“Eram... Seus pais também eram Comensais da Morte?”


“Não, não, mas acredite em mim, eles achavam que Voldemort tinha a idéia certa, eles eram a favor da purificação da raça dos bruxos, livrando-se dos nascidos trouxas e tendo apenas puros-sangues no lugar. Eles não estavam sozinhos, além deles havia algumas pessoas, antes de Voldemort mostrar sua verdadeira forma, que pensavam que ele tinha a idéia certa sobre as coisas... E vacilaram quando viram o que ele estava disposto a fazer para chegar ao poder. Mas eu aposto que meus pais achavam que Regulus era um herói por se unir a ele.”


“Ele foi morto por um Auror?” perguntou Harry.


“Não, não” disse Sirius. “Não, ele foi assassinado por Voldemort. Ou por ordem dele, provavelmente; eu sempre duvidei que Regulus fosse importante o suficiente para ser morto por Voldemort em pessoa. Pelo que eu soube, depois que ele morreu, ele havia ido tão longe que entrou em pânico sobre o que estavam pedindo para ele fazer e então tentou sair. Bem, você não pode simplesmente pedir demissão a Voldemort. É um serviço para a vida inteira ou então a morte.”


Harry sentia que havia aprendido algo novo sobre Sirius, e quando ele percebeu isso, o tempo parou outra vez.


Tu és eu, e eu sou tu.


Tu estabeleceste um novo laço.


Tu deveras ser abençoado quando criares Personas do Arcano do Hierofante.


“Almoço” disse a voz da Sra. Weasley, assim que o tempo voltou a correr.


***


“Consegui pegá-la!” disse feliz. “Ela disse que vai pegar a Cleansweep se puder.”


“Legal” disse Harry, e ele estava feliz que sua a voz tinha parado de soar triste. “Escute... Rony... Muito bem, cara.”


O sorriso sumiu do rosto de Rony.


“Nunca pensei que seria eu!” disse, balançando a cabeça. “Eu pensei que seria você!”


“Não, eu causei muitos problemas” disse Harry, parecendo Fred.


“É” disse Rony. “É, eu suponho... Bem, devemos preparar nossos malões, não?”


Assim que ele terminou de falar, o tempo congelou novamente, e uma voz soou na mente de Harry.


Tu és eu, e eu sou tu.


Tu estabeleceste um novo laço


Tu deveras ser abençoado quando criares Personas do Arcano do Mago.


 


Era incrível como seus pertences haviam se espalhado desde que chegaram. Eles precisaram de toda à tarde para pegar livros e pertences por toda a casa e colocá-los de volta nos malões. Harry percebeu que Rony sempre levava sua insígnia para onde iam. Primeiro colocou na mesa de cabeceira. Depois a colocava no bolso do jeans, depois colocava no malão por cima das vestes, para ver o contraste entre elas e o dourado e vermelho da insígnia. Somente quando Fred e Jorge apareceram e se ofereceram para pregar a insígnia na sua testa com um feitiço de Cola Permanente ele a colocou num par de meias marrons e fechou seu malão.


A Sra. Weasley retornou do Beco Diagonal perto das seis horas, carregando pilhas de livros e um longo pacote embrulhado que Rony recebeu de sua mãe com um longo lamento.


“Nem pense em abrir agora. Teremos algumas pessoas para o jantar e eu quero que todos desçam” disse, mas no momento que ela esta longe da vista Rony rasgou o papel como um louco e examinou cada centímetro de sua nova vassoura, uma expressão de êxtase no rosto.


No porão, a Sra. Weasley tinha pendurado uma faixa que dizia:


"PARABÉNS RONY E HERMIONE NOVOS MONITORES"


Ela parecia que estava com um humor melhor do quer estivera durante todo o feriado.


“Eu pensei que teríamos uma pequena festa, não um jantar” disse ela a Harry, Rony, Hermione, Fred, Jorge e Gina enquanto entravam na sala. “Seu pai e Gui estão a caminho, Rony. Mandei corujas aos dois e eles estão tremendo de felicidade!” completou ela.


Fred girou os olhos. Sirius, Lupin, Tonks e Kingsley Shacklebolt já estavam lá e Olho-Tonto Moody entrou assim que Harry foi pegar uma cerveja amanteigada.


“Oh, Alastor, estou feliz que esteja aqui” disse a Sra. Weasley, enquanto Olho-Tonto retirava sua capa. “Esperamos você há eras... Poderia dar uma olhada na escrivaninha e nos dizer o que está lá dentro? Não quisemos abrir no caso de ser algo realmente asqueroso.”


“Sem problema, Molly...


O olho azul elétrico de Moody virou para frente, parou fixo no teto da cozinha.


“Sala de visitas... “murmurou, enquanto sua pupila se contraía. “Mesa do canto? É, eu vejo... É... É um Bicho-Papão... Quer que eu vá lá e o retire, Molly?”


“Não, não, eu farei isso mais tarde” sorriu a Sra. Weasley. “Tome uma bebida. Estamos comemorando algo... “ela apontou para a faixa vermelha. “O quarto monitor na família!” disse, acariciando o cabelo de Rony.


“Monitor, hein?” murmurou Moody, seu olho normal em Rony e seu olho mágico girando para o lado de sua cabeça.


Harry teve um sentimento muito desconfortável de que estava olhando para ele e se movendo para Sirius e Lupin.


“Bem, parabéns” disse Moody, ainda olhando Rony com seu olho normal. “Figuras de autoridade sempre atraem problemas, mas suponho que Dumbledore acha que você pode cuidar da maioria dos feitiços ou não indicaria você.”


Rony pareceu bem assustado com esse ponto de vista, mas foi salvo de responder pela chegada de seu pai e de seu irmão mais velho. A Sra. Weasley estava em tão bom humor que nem se preocupou que eles tinham trazido Mundungo; ele estava usando um longo sobretudo que parecia muito molhado em vários lugares, recusou ajuda para tirá-lo e o colocou junto ao casaco de Moody.


“Bem, eu penso que devemos fazer um brinde” disse o Sr. Weasley, quando todos tinham suas bebidas. Ele levantou seu cálice: “A Rony e Hermione, os novos monitores da Grifinória!”


Rony e Hermione viram todos beberem à sua saúde e então aplaudirem.


“Eu nunca fui monitora” disse Tonks por trás de Harry enquanto todos se dirigiam à mesa para pegarem alguma comida. Seu cabelo estava vermelho-tomate e hoje tocava a cintura; ela parecia uma irmã mais velha de Gina. “A minha diretora dizia que me faltavam certas qualidades.”


“Como o quê?” disse Gina, que pegava um tomate defumado.


“Como a habilidade de me controlar.”


Gina riu; Hermione parecia que não sabia se sorria ou não e apenas tomou um gole de cerveja amanteigada e quase se engasgou.


“E você, Sirius?” Gina perguntou, batendo nas costas de Hermione.


Sirius, que estava ao lado de Harry, deu sua risada parecida com um latido.


“Ninguém me faria monitor. Eu gastei muito tempo em detenções com Tiago. Lupin era o bonzinho, ele conseguiu a insígnia.”


“Eu acho que Dumbledore pensou que eu poderia exercer algum controle sobre meus melhores amigos” disse Lupin. “Eu devo dizer que eu falhei completamente.”


O humor de Harry melhorou muito. Seu pai não tinha sido monitor também. Todos na festa pareciam muito mais agradáveis; ele encheu seu prato, sentindo-se duplamente satisfeito com todos na sala.


Rony estava falando sobre sua vassoura com todz os que ouvissem.


“...Zero a setenta em 10 segundos, nada mal hein? Quando você pensa na Comet 2-90 que ia apenas de zero a sessenta com uma queda na cauda de acordo com o "Qual Vassoura".”


Hermione estava falando muito ardentemente com Lupin sobre a visão dela sobre o direito dos elfos.


“Digo, é a mesma coisa sem sentido como a segregação dos lobisomens, não? É tudo por causa dessa horrível coisa que os bruxos têm de acharem que são superiores às outras criaturas...”


A Sra. Weasley e Gui estavam novamente conversando sobre o cabelo de Gui.


“...Realmente demais, e você está com tão boa aparência, ele pareceria melhor se fosse um pouco mais curto, não é, Harry?”


“Oh... Não sei... “disse Harry, levemente alarmado por perguntarem sua opinião; ele se afastou em direção ao Fred e Jorge, que estavam conversando num canto com Mundungo.


Mundungo parou de falar quando viu Harry mas Fred piscou e o chamou mais para perto.


“Tudo bem” disse para Mundungo. “Nós podemos confiar em Harry, ele é nosso financiador.”


“Veja o que Dungo nos arranjou” disse Jorge, mostrando sua mão a Harry. Ela estava cheia do que pareciam sacolas pretas e murchas. Um barulho de pancadas leves vinha delas, mesmo que aparentemente estivessem totalmente paradas.


“Sementes de Tentácula Venenosa” disse Jorge. “Nós precisamos delas para os Petiscos de Cócegas, mas eles são uma Substância Não-comerciável classe C, então nós tivemos algum problema em conseguí-las.”


“Dez Galeões o lote, então Dungo?” disse Fred.


“C`todo problema que tive em conseguí-las?” disse Mundungo, seus olhos vermelhos se alargando. “Me desculpem rapazes, mas eu não quero um nuque menos que vinte.”


“Dungo gosta dessa piada” Fred disse a Harry.


“É, sua melhor piada foi seis sicles por uma sacola de Penas Knarl” disse Jorge.


“Tenham cuidado” Harry os avisou baixinho.


“O quê?” disse Fred. “Mamãe está ocupada adulando o monitor Rony, estamos OK.”


“Mas Moody pode ficar com seu olho em você.”


Mundungo olhou nervoso por cima do seu ombro.


“Bem lembrado” murmurou ele. “Certo, rapazes, dez então, se pegarem rápido.”


***


“Algo de bom?” perguntou Rony enquanto Harry fechava a revista.


“Claro que não” disse Hermione ofensiva, antes de Harry puder responder. “O The Quibbler é lixo, todos sabem disso.”


“Eu achei interessante.” Harry discordou rapidamente.


- Pode me devolver por favor... - disse Luna um ouço surpresa e, adiantando-se, ela tomou a revista das mãos. Folheando-a até a página cinqüenta e sete, virou a revista de cabeça para baixo novamente e desapareceu atrás dela. Nisso o tempo congelou mais uma vez.


Tu és eu, e eu sou tu.


Tu estabeleceste um novo laço.


Tu deveras ser abençoado quando criares Personas do Arcano da Lua.


Assim que o tempo voltou a correr, a porta do compartimento se abriu pela terceira vez.


***


“Fora de questão?” gritou Simas, que em contraste a Rony estava pálido. “Você acredita nas besteiras que ele fala sobre Você-Sabe-Quem, não é? Você acha que ele está falando a verdade?”


“Sim, eu acho” disse Rony, nervoso.


“Então você é louco também” disse Simas com desgosto.


“É? Bem, infelizmente para você, amigo, eu também sou monitor!” disse Rony, mirando a si mesmo no peito com o dedo. “Então a não ser que você queira uma detenção olhe o palavreado comigo!”


Simas olhou por uns segundos como se detenção fosse um preço razoável a pagar para dizer o que estava passando pela sua mente; mas com um som de contentamento virou seus calcanhares, caiu na cama e puxou as cobertas com tanta violência que foram arrancadas da cama e caíram numa empoeirada pilha no chão. Rony encarou Simas, então olhou Dino e Neville.


“Os pais de mais alguém têm algo contra Harry?” disse agressivamente.


“Meus pais são trouxas, cara” disse Dino, encolhendo os ombros. “Eles não sabem nada sobre mortes em Hogwarts, porque eu não sou idiota de falar para eles.”


“Você não conhece minha mãe. Ela descobre qualquer coisa de qualquer pessoa!” Simas revidou. “De qualquer forma, seus pais não lêem o Profeta Diário, não sabem que nosso diretor foi expulso de Wizengamot e da Confederação Internacional de Bruxos porque ele está perdendo sua sanidade...”


“Minha avó diz que isso é mentira” interrompeu Neville. “Ela disse que é o Profeta Diário que está decaindo, não Dumbledore. Ela cancelou nossa assinatura. Nós acreditamos em Harry” disse Neville simplesmente. Subiu em sua cama e puxou a coberta até seu queixo, olhando como uma coruja até Simas. “Meus avós sempre disseram que Você-Sabe-Quem voltaria um dia. Ela disse que se Dumbledore diz que ele voltou, ele voltou.”


Harry sentiu um ímpeto de gratidão em relação a Neville. Neste momento, o tempo congelou.


Tu és eu, e eu sou tu.


Tu estabeleceste um novo laço.


Tu deveras ser abençoado quando criares Personas do Arcano da Moderação.


Ninguém mais falou nada. Simas pegou sua varinha, consertou a coberta da cama e sumiu atrás delas. Dino foi para cama, rolou sobre ela e caiu em silêncio. Neville, que parecia não ter mais nada a dizer também, estava contemplando fixamente seu enluarado cacto.


Harry caiu sobre seu travesseiro enquanto Rony caminhou para a próxima cama, colocando suas coisas. Ele levantou, tremendo pela briga com Simas, de quem sempre tinha gostado muito. Quantas pessoas sugeririam que ele estava mentindo, ou inventando?


Tinha Dumbledore sofrido tudo isso o verão, primeiro com o Wizengamot, depois com a Confederação Internacional de Bruxos, expulsando-o de seu lugar? Estavam ele furiosos com Harry, talvez, que fez Dumbledore parar de mantê-lo informado por meses? Os dois estavam nisso juntos, no final das contas. Dumbledore tinha acreditado em Harry, anunciando sua versão da história por toda a escola e então para toda comunidade de bruxos. Qualquer um que achasse que Harry era um mentiroso tinha que achar que Dumbledore também era ou então que o diretor ficou maluco...


"Eles verão que nós estamos certos no final", pensou Harry miseravelmente, ele estava indo para a cama, quando algo chamou sua atenção.


No canto do dormitório, havia uma porta roxa. Curioso, Harry abriu a porta.
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 vinicius saldanha bastos: Na verdade é um pouco dos dois, mas no jogo, os Personas só aparecem para lançar as Skils, no anime só eles lutam, e aqui eles vão lutar junto com os personagens. 

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Comentários (1)

  • vinicius saldanha bastos

    intereçante me diz um coisa qual o nome do anime porque me intereçei e vo procurar informações sobre adorei as fics cross que faz ficam muito boas ^^

    2012-11-09
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