Futuro, Presente e Ataque



Capitulo 1 – Futuro, Presente e Ataque


 


Os alunos de Hogwarts nunca se preocuparam com o que os professores faziam nas férias.  Nenhum se preocupava se eles tinham casa ou viviam no castelo. Alguns eram tão dedicados ao trabalho que realmente fizeram destas paredes de pedra sua morada, pessoas como Dumbledore e Hagrid.


Mas havia aqueles que estavam ali como refugio. Era o caso da pessoa que vivia isolada em sua torre. E nem possuía longas tranças.


Sibila Trelawney podia ser ela mesma quando ficava sozinha em sua torre. Somente uma pessoa sabia quem estava por trás daqueles enormes óculos. Justamente quem dizia que ela era uma fraude. Minerva McGonagall. Era a única que confiava para manter sua identidade.


Ela possuía os poderes de premunição e adivinhação que fizeram de sua tataravó famosa. Aliás, todos seus antepassados tinham esses poderes. Mas preferiam dizer que eram simples bruxos.


Sibila preferia fazer o jogo de esconder as vistas. Ela fingia ser uma fraude, mas que tinha lampejos, o que fez Dumbledore a abrigar no castelo. Ela não precisava de proteção, já que ela sempre podia prever o que a atacava. Ela estava ali, pois seria onde as coisas aconteceriam.


Ela não revelava suas profecias, só quando precisava. Até hoje foram duas. Uma para Dumbledore, que resultou na pausa a guerra. E depois a para Harry Potter, que dizia Voldemort retornaria.


Fato que aconteceu no fim do ano letivo.


Agora ela estava com um baralho que tinha origens no Oráculo de Delfos, claro que foi modernizado para a forma atual por volta de 1500, mas o importante era que somente ela podia ver. Todos os outros apenas enxergariam cartas em branco, ela via o que tinha que ser visto.


Nem se deu o trabalho de embaralhar, não faria diferença, não era como o baralho do tarô.


A primeira carta saiu um príncipe, a figura nobre. Harry Potter, o herói do mundo mágico, mesmo que esse esteja virando as costas para ele.


A segunda foi a princesa. O amor predestinado, o menino precisava de alguém dentro de seu coração para que esse não se corrompesse. Mas ela não conseguia ver quem poderia ser. Sempre acontecia isso.


Balançando a cabeça, ela pegou outra carta. Um guerreiro, ou seria um cavaleiro. Ela estava na dúvida. Mas com certeza uma figura com armadura reluzente. A próxima figura tira a dúvida. Com certeza um cavaleiro, já que agora ela via um cavalo. Ou pelo menos foi isso que entendeu.


Duas cartas iguais em sequência. A Sombra. O inimigo escondido. Voldemort com certeza ia ficar esse ano agindo fora das vistas. O que seria mais perigoso. Mas quem seria o segundo inimigo? Provavelmente Inimigo do Cavaleiro.


A última carta que virou a fez rir. Com certeza seria um ano interessante para estar naquele castelo.


 


Harry teve mais uma noite de pesadelos. Isso se tornou comum desde que Voldemort retornou usando seu sangue.  Ele revivia aquele dia em seus sonhos. Principalmente a morte de Cedrico.


Por algumas vezes ele havia cogitado comprar ou mesmo tentar fazer a poção para dormir sem sonhos. Mas foi alertado pela Madame Promfrey que isso poderia ser perigoso e viciante.


Mas ele estava precisando dormir. Não teve uma noite na Rua dos Alfeneiros que ele conseguiu descansar. Isso mais as tarefas que ele tinha que cumprir durante o dia, e sua apreensão para um ataque de Voldemort.


O que era mais estranho era que nada estava acontecendo. Nenhuma notícia de desaparecidos, mortes ou destruição. Sabia que o ministério, em especial o ministro, não acreditava no que ele tinha dito, mas era para ter coisas acontecendo. Como foi na primeira guerra.


Nem mesmo o noticiário trouxa dava notícias sobre acontecimentos bizarros ou sem explicação lógica. 


Ele sabia que não poderia dormir mais aquela noite. Então foi até a janela para esperar Edwiges que havia saído para caçar ou mesmo a coruja que entregaria o Profeta.


Isso estava se tornando rotina. Apesar dele ficar incomodado por Edwiges ainda não ter voltado, ela tinha saído no pôr-do-sol. E já era quase amanhecer. Com um suspiro ele percebe que tinha dormido cinco horas, o que era muito.


Harry ficou olhando para o céu esperando ver o pontinho branco da sua amiga. Mal se passaram cinco minutos e ele a encontrou. Mas foi surpreendido, pois ela não estava sozinha. Havia outras quatro corujas com ela.


Ele ficou confuso com isso, algumas vezes Edwiges voltava com Errol, mas somente porque a coruja dos Weasley estava velho e tinha uma encomenda grande de doces da Senhora Weasley.


Harry nem queria ver o que aconteceria quando ela o visse agora. Ainda mais que Tia Petúnia continuava com a dieta de Duda.


Ele se afastou da janela para permitir as corujas de entrar, e só então olhou para seu calendário. Era o dia do seu aniversário. Muitas pessoas queriam que essa data não passasse em branco.


Ele reconheceu a maioria das aves. Pichi, Errol e a Coruja que Hagrid usava normalmente. A última era a única desconhecida.


Eram presentes de Rony, Mione, Sra. Weasley, Hagrid, Sirius, Remo e surpreendentemente Gina.


O presente da ruiva tinha um bilhete.


 


Harry


Esse amuleto ajuda a ter sonhos bons.


Sei como é ter pesadelos depois de algo como o que ocorreu.


Espero que sirva pra você assim como o que eu tenho me ajudou depois do diário.


Beijos


Gina.


 


Harry nunca tinha a ouvido falar sobre o incidente do diário depois que eles voltaram da Câmara Secreta. Sabia que era algo doloroso para ela, o que tornava o presente ainda mais especial.


Colocou na hora. Era um pequeno cristal transparente, em uma correia de couro trançado. Não era algo caro, mas com certeza era único. Tinha que se lembrar de comprar algo para ela, já que o aniversário dela estava chegando.


Mas ainda faltava a coruja desconhecida, que estava empoleirada na janela com um pacote.


Assim que foi livrada da carga saiu voando. Enquanto as outras normalmente aceitavam água antes de partir.


- Será que eu devo abrir? – ele perguntou sabendo que ninguém responderia.


Edwiges piou de forma que parecia que ela concordava. Harry sabia bem que não devia duvidar de animais mágicos. Ainda mais de sua coruja.


Ele abriu e não entendeu bem o que era aquilo.


Decidiu abrir a carta que veio junta.


 


Potter


Este é um coldre para sua varinha. Impede que ela seja convocada ou retirada de você. Assim que você coloca-la no compartimento dela, e o coldre permanecer no seu braço (não o que você normalmente usa a varinha) ela automaticamente retornará quando estiver a mais de cinco metros de você. E basta você pensar em ter a varinha que ela aparecerá na sua mão.


No outro compartimento está um punhal, ele poderá te ajudar quando a magia falhar. Feito a partir de um meteorito, ele possui características interessantes. Posso dizer que ele pode cortar magias, mas outras coisas você terá que descobrir sozinho. E mais interessante assim.


E melhor o coldre ficará invisível caso você necessite, e é inteiramente indetectável. Seja por métodos trouxas ou bruxos. E depois de algumas horas, você nem se lembrará de que ele está ali.


Aproveite pra o bem, e pra nada de bom.


Alguém que se preocupa.


 


Alguém que se preocupa? Seria novamente Dumbledore. Não, a letra era mais forte e uma tanto ilegível. Sem contar que a última frase se parecia algo como a senha do Mapa dos Marotos.


Depois ele se preocuparia com isso.


Colocou o coldre no braço e viu que ele se ajustava perfeitamente a ele. Como se fora feito com as medidas certas. Isso estava cada vez mais confuso.


Ele retira o punhal, e o observa. Era uma bonita peça, afiada e tinha um brilho escuro, muito diferente das armas que ele via por ai. O Punho se encaixava perfeitamente na sua mão. E tinha um rubi. Encaixou de volta e pegou a varinha.


Hesitando, ele colocou a varinha no compartimento a ela destinada. Sorriu ao ver a varinha ficar presa no local, mas com um pensamento estava na sua mão.


Foi um bom ano para presentes. Pensou ele pegando um pedaço de bolo e oferecendo para Edwiges, Pichi e Errol. A coruja de Hogwarts já tinha partido.


 


Fazia uma semana do aniversário de Harry, e ele só recebia notícias que estavam todos bem e que iriam buscar ele. Mas até agora nenhuma notícia sobre quando ou como. E as cartas sempre davam alguma dica de que os amigos estavam juntos, provavelmente na Toca se divertindo.


E ele ali, tendo que fugir dos Dursley. Tia Petúnia estava cada vez mais irritante. Tio Valter não permitia que ele ficasse em casa a toa, nem mesmo vendo noticiário.


- Anormais não precisam ver jornais de gente descente. – disse ele da última vez que o sobrinho tentara ver alguma notícia.


E agora seu esconderijo fora descoberto por causa de uma apartação. Bem ele não tinha certeza se realmente foi alguém desaparatando, mas o som era o mesmo.


E ele ainda tinha que evitar o primo e sua gangue. Não que ele tivesse medo deles, mas do que ele poderia fazer com eles.


E ainda tinha essa maldita sensação de que alguém o vigiava.


Agora ele estava no parque, ou no que sobrou dele depois que Duda passou por lá. Depois ele que é o criminoso.


Mesmo nos seus devaneios, ele não perdeu o loiro voltando para casa. Sinal de que ele deveria voltar também.


Seguiu o grupo, mas somente porque era o caminho mais curto. Ele não queria um confronto. Na verdade, ele queria sim, mas não devia provocar. Isso só o frustrava mais.


Em dado momento, Duda se separou do grupo, seguiriam por ruas diferentes. Harry seguia sem ser notado.  


Foi quando de repente ele sentiu um frio estranho, algo que ele já havia sentido antes. Dementadores.


Duda também sentiu, mas desconhecia o motivo. Por isso se virou procurando. E encontrou o primo.


- O que você fez? Pare já com isso. – exigiu ele.


- Deixa de ser idiota. Eu não fiz nada. Isso é... – disse Harry, mas teve que parar e se esquivar do punho que veio em sua direção. – Fique quieto, ou não vai conseguir voltar pra casa hoje.


Harry ainda queria saber que teve a ideia de ensinar Duda a bater direito. Anos de prática o fez ágil para se desfiar.


- Eu vou contar pra mamãe que você fez isso.  – disse ele quando Harry sacou sua varinha.


- Se tentar me acertar novamente, você não vai ter essa chance. – era só o que Harry não precisava, ter que brigar com o primo enquanto enfrentava dementadores.


Ele esperava não ter que usar seu patrono, não queria ter problemas com o ministério. Porém seria algo que ele faria sem pensar.


Mas a sorte não estava ao seu lado hoje. Dois dementadores apareceram nas entradas do beco que eles estavam o cercando.


- Duda, se você quiser manter a sua alma, feche bem essa boca. – disse ele tentando juntar as memórias felizes, mas ouvir sua mãe gritando não ajudava nem um pouco.


Mas a imagem dos seus amigos apareceu na sua mente, principalmente Gina. O que o surpreendeu, e o alegrou.


- Expecto Patronum.  – Disse ele e logo o cervo saia em direção do primeiro dementador.


Logo o segundo também estava sendo afastado.


Algo aconteceu, em seguida. Uma língua de fogo prendeu os dementadores em uma gaiola, feita do mesmo modo.


Estranhando aquilo, Harry se virou para o primo. Ele tinha sido fortemente afetado pelos dementadores. O que será que poderia fazer isso com ele, que memória um menino mimado poderia ter que o deixasse assim.


- Melhor pensar nisso depois. – disse Harry, puxando Duda.


Com certeza ele precisava fazer mais exercícios para poder não ter problema para essa tarefa.


Assim que saiu do beco sentiu um feitiço passar por ele, transformando a entrada do beco em uma ilusão. Seria melhor mesmo ninguém ver a gaiola, já que ele não sabia se dementadores eram visíveis aos trouxas.


Um barulho fez Harry erguer sua varinha para alguém. Era a Sra. Figg.


Imediatamente ele guardou a varinha.


- Não guarde isso. – disse ela. – Podem ter mais por ai. Eu não vou poder ajudar.


- A senhora pode... Deixa pra lá. Ninguém me conta nada mesmo.


- Eu sou um aborto. Não vou poder te ajudar. Sou apensa olhos de Dumbledore.


- Ótimo, ele tinha gente de olho, mas permitia tudo isso. – disse Harry com raiva.


Sra. Figg tentou explicar, mas percebeu que ele não escutaria nada.


Harry largou o primo na porta da casa. Ele estava seguro ali, mas não queria ter que confrontar os tios com Duda daquele jeito. Sabia que a culpa seria dele de qualquer maneira.


Seguiu para a porta dos fundos. Dando graças que a tia não estava na cozinha subiu para seu quarto. Sabia que receberia pelo menos uma coruja. E queria mandar uma carta para os amigos, queria sair dali.

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Comentários (1)

  • Deusa Potter

    Fic nova e ja começou com bastante misterios, apesar de você sempre fazer algo assim, o que torna tudo muito interessante....Estou curiosissima em relação ás cartas que a Sibila viu.... Esperando ansiosamente o proximo capitulo! 

    2012-11-14
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