Abra os olhos.



 


Capitulo 2


Ou


Abra os olhos.


10 de outubro 2013


Sirius Black


Eu estava examinando a prima da Lily, a Mckinnon, por ordens da minha prima , a doutora Tonks. Há dois dias que eu não a via, estava pegando muitas cirurgias e muitos pacientes. Me sentei na poltrona perto da sua cama e fiquei olhando para a paisagem da janela.


-Acho que você gostaria desse lugar aqui, Mckinnon –eu disse sem olhá-la, é claro que é um hospital, mas a vista da sua janela é linda. Acho que a Lily que escolheu – falei sorrindo, ela nem podia me responder –sabe o que é uma coisa engraçada ? Eu poderia ir embora agora, depois de ter te examinado, mas não consigo. É triste ver uma pessoa da minha idade ai, como se nunca mais fosse levantar. Eu quero que você volte a abrir seus olhos –disse sorrindo e então peguei o livro que estava no braço da poltrona e abri em uma parte que ainda não tinha lido.


-Ei o que... – Antes que eu pudesse dizer algo Lily entrou e sorriu para mim –vai ler para ela outra vez ? –perguntou.


-Sim –disse simplesmente – mas não com você aqui , Evans. Não queira se aproveitar da minha voz sedutora –falei e ele a riu alto.


-Oh claro eu não resisto a um medico que está há quase quarenta horas no hospital e já teve mais de 30 namoradas só esse ano.


-Ei – falei me fingindo de ofendido – foram só 28 –eu disse e ela riu alto.


-Vai a merda Black –e então saiu do quarto.


Olhei para o livro e minha mão e quase sorri. Era um dos meus prediletos, minha prima adolescente que havia lançado ele. E eu comprei, fui o primeiro a comprar quando chegou da editora. Dora é uma garota legal e sempre foi uma menina legal e agora, que está fazendo algo que ama eu quis ajudá-la, mas confesso que eu que estava precisando de ajuda e foi isso que o livro dela me deu. “É isso que você ganha e outros textos” o nome do livro.


A capa é uma tonalidade de laranja se perdendo em um azul. Como se estivéssemos assistindo um por do sol, a mudança das cores, o azul vivido para o laranja brilhante. O nome está escrito na cor branca e em alto-relevo. Gosto de passar as mãos pelo alto-relevo e a letra é mais fantástica ainda. Foi ela que idealizou tudo, atrás tem uma parte do primeiro texto, que eu li há algum tempo atrás para a Mckinnon. Estamos quase no fim do livro.


Para falar a verdade esse é dela. Espero que quando ela acorde o leia. Eu coloquei a data de cada leitura que fiz, a maioria fiz em novembro, gostava de lê-lo para ela quando lançou logo, mas depois não sabia mais se poderia ler o fim, era como se a minha “missão” estivesse acabando. Quando contei a Lily isso ela riu e disse “Sirius, existem tantos outros livros é só você começar a ler outro”, mas não sei se conseguiria, também não sei porque quero lê-lo hoje, mas irei ler.


-Mckinnon está na hora de ouvir mais sobre os sentimentos confusos da minha prima adolescente –falei rindo –faz quase um ano... –eu disse mais uma vez – um ano que não o leio para você. Mas prometo que logo terminarei, mas só em novembro!


Princesas


Princesas mesmo são aquelas garotas que usam All star, se enrolam na hora de usar uma maquiagem, as que dão risadas escandalosas, as que se fingem de duronas ou as que ajudam as pessoas sem elas pedirem, algumas princesas usam salto e se equilibram mesmo quando não dá mais pra aguentar, são aquelas que choram, mas que se mantêm forte. Princesas são meninas meigas ou irritantes fofinhas e às vezes até vingativas, são curiosas conseguem se apaixonar facilmente ou não, princesas não ficam só parada esperar o príncipe afinal quem vai realmente tentar te salvar vai ser o sapo , essas meninas sim são princesas que brincam, lutam e vivem , pra fazer as pessoas felizes e pra se sentirem felizes.Princesas mesmo são aquelas que não notam só os belos príncipes em cavalos branco, mas sim as que percebem que talvez o “sapo” não tem só defeitos,porque nem toda princesa precisa realmente de um príncipe pra ser feliz. Fique feliz, você é uma princesa, agora só basta saber se você vai ficar pra sempre esperando o “Príncipe em um cavalo branco” ou vai dar uma chance ao sapo.


 


-É acho que a Dorinha herdou os talentos do Six aqui –falei rindo e então ouvi uma risada conhecida.


-Não sei se o talentos, mas o temperamento, a teimosia, persistência e o ego enorme, ela herdou sim de você –Minha prima Andy falou.


-Obrigada prima querida, estou lisonjeado –falei rindo – mas a Dora tem realmente um talento ela é uma ótima escritora.


- Acho que mesmo se o lesse mil vezes , eu nunca me cansaria –ela disse sorrindo para o livro e então voltou à postura seria – e como ela está ?


-Não sei, não entendo porque ela não acordou, três anos é tempo demais Andy –eu disse meio frustrado.


-Só Deus pode dizer quando ela acorda ou não, você mais do que ninguém deveria saber disso Sirius. Só reze –ela disse e então saiu do quarto –ah, a Dora herdou os talentos da mãe mais linda do mundo, nesse caso eu –disse brincando e eu sorri.


-Depois eu que sou o convencido!


Voltei a olhar para a garota que estava na cama. Ela estava tão serena, os cabelos longos e cacheados – que Lily insistia em escovar toda vez que vinha vê-la – estavam esparramados pelo travesseiro e por um momento eu a vi como uma personagem de um conto de fadas infantil. Tão esperançosa, e linda. Acho que vou ler outro texto para ela.


-Mckinnon eu vou ler outra coisa, então o que acha? –perguntei –mas dessa vez eu espero que a senhorita abra os olhos para ver o dono da voz mais sedutora do mundo –brinquei –se fosse a Lily já teria acordado para me gritar.


Só que não li o texto, eu abri o livro na pagina, mas não o li. Apenas fiquei olhando para ela. Levantei da cadeira e fui até a cama, a olhei e então deixei que minha mão tocasse seu rosto.


-Abra os olhos Mckinnon –falei e balancei a cabeça, ela não abriria os olhos. Fiquei a olhando por mais alguns segundos, minhas mãos ainda estavam no seu rosto e eu senti um arrepio forte. Foi ai que aconteceu algo que eu não inesperado.


Um dos dedos da garota se mexeu. Confesso que fiquei sem reação, afinal o que eu poderia fazer? Olhei para o livro em minhas mãos e lembrei-me do que Dora me disse outro dia quando comecei a contar a historia da esperança


-Sabe o que eu pensei Sirius?


-O que Dora?


-Sei que vai parecer romântico e clichê demais, mas eu acho que a garota do coma só está esperando um príncipe encantado para tirá-la do coma – ela disse e eu ri alto.


-Você nunca falou algo tão besta Dorinha, vai pegar o capacete vai...Onde já se viu –falei enquanto voltava a rir...


Mas agora, isso parecia tão real. Sei que minha cabeça só pensa besteira, mas e se eu pudesse mesmo ajudá-la a beijando? Fui até a porta rápido e olhei para os lados, ninguém a vista. Se a Lily me pegar tentando fazer isso aposto que ela acaba com minha vida, o que vale é a intenção. Olhei para os lábios da garota e então me abaixei para que os meus ficassem mais perto. Apenas toquei nossos lábios, senti algo estranho, como se um vento forte houvesse passado por nós dois, senti um arrepio quente e então me afastei dos lábios dela. E mais uma vez algo inacreditável aconteceu.


 


Os olhos da garota se abriram. Não eram castanhos, nem verdes, muito menos pretos com eu achei que poderiam ser, eram azuis. Azuis tão intensos que eu senti estar olhando para o mar de tão profundo que senti. A boca da garota se entreabriu, mas ela não disse nada, apenas olhou em volta, quebrando o contato dos olhos com os meus. Respirou fundo e então fechou as pálpebras como se tentasse lembrar-se do que tinha acontecido.


Meus segundos sem ação passou e eu sai do quarto como um menino, e comecei a gritar, mesmo sabendo que levaria uma bronca enorme por isso gritei. Gritei pela Evans, pela Tonks e então depois de um tempo vi Lily sair com um olhar serio de um dos quartos e vir até mim com cara de poucos amigos.


-Cala a boca BLACK! –Ela gritou e eu sabia que deveria tê-la interrompido – porque essa gritaria? Se a Doutora Tonks te ver gritando desse jeito vai te suspender –ela disse rígida e eu ri alto passei pela Evans e a puxei para um abraço forte.


-Esperança acordou –eu gritei e então os olhos dela se arregalaram e logo depois se encheram de água, eu e ela nos olhamos e começamos a correr em direção ao quarto onde a prima dela estava, paramos na porta. Vi um pequeno sorriso se abrir nos lábios da garota morena e então sorri. Lily foi correndo abraçá-la.


-Ah meu Deus Lene, você acordou –ela disse sorrindo. – Olhe como está, está viva, está viva –ela falou e eu ri alto atraindo o olhar das duas. –Como ela acordou ?


-Acordando... Ér..Abriu os olhos e só. Evans você exagerou ai, é obvio que ela está viva, só estava dormindo –brinquei e recebi um olhar furioso de Lily e um confuso da prima dela.


-Eu... –ela disse e pela primeira vez eu ouvi aquela voz. Não era nem doce, nem forte demais. Era perfeita.


-Não fala nada Senhorita Mckinnon –falei –Lily eu vou chamar Tonks para avaliar sua prima –falei e fui em direção a porta, mas a voz de Lily me parou.


-Não ouse passar dessa porta Black –me virei para a ruiva que me encarava com um sorriso nos lábios e então ela me deu um abraço forte –obrigada, por cuidar dela esse tempo todo –ela disse e eu retribui ao abraço.


-Agora me solta Evans, está cansando minha beleza –ela riu alto –ah avisa ao seu tio –eu disse ela assentiu.


-Ah Black, -ela me chamou mais uma vez e eu fui até as duas –quero que conheça oficialmente a minha prima, Marlene Mckinnon, esse é Sirius “Convencido” Black, seu medico –ela disse e a morena abriu um pequeno sorriso.


-Prazer Senhor Black –ela disse e levantou um das mãos para apertar a minha.


-Prazer –falei e então apertei sua mão. Balancei a cabeça e fui embora rápido. Encontrei Tonks em uma sala não muito longe dali, falei a ela para examinar a prima da Lily e não mais voltei. Não precisava, ela está bem.


E senti pela primeira vez em anos que valia cada sacrifício que eu fazia para ser medico, cada noite mal dormida, cada dia corrido e não ter tempo para quase nada. Porque nós ajudávamos a salvar vidas.


 


10 de outubro 2013


Marlene Mckinnon


-Abra os olhos Mckinnon –ouvi uma voz bem longe,me chamar e logo depois senti algo quente macio sobre meus lábios. Eu não sabia o porque, nem como, mas eu quis. Abri os olhos. Não foi difícil como das outras vezes que eu tentei. E lá estava ele. Moreno com os olhos azuis, nariz arrebitado e um olhar devastador.


Abri a boca tentando falar algo e então olhei em volta. Afinal onde eu estava ? Respirei fundo e fechei os olhos tentando lembrar de algo que me fizesse estar ali, eu estava no hospital, isso era obvio, mas porque ? Então me lembrei do acidente. E quando eu abri ele não estava mais lá, só conseguir ver seu vulto correndo em direção a porta como um menininho feliz.


Depois de algum tempo, e gritos, por parte dele – era algo como “Esperança...”, não entendi direito –Lily apareceu pela porta. Esbaforida, os dois pareciam cansados e então eu sorri. Lily correu para me abraçar e eu me aconcheguei em seu abraço. Como senti saudade daquele abraço...


-Ah meu Deus Lene, você acordou –ela disse sorrindo. – Olhe como está, está viva, está viva –falou eufórica e ele riu alto atraindo nosso olhar para ele.


-Evans você exagerou ai, é obvio que ela está viva, só estava dormindo –ele brincou e recebeu um olhar furioso de Lily, eu o olhei confusamente, afinal eu tinha ficado quanto tempo aqui ? Lily parecia diferente desde a ultima vez que eu a havia visto.


-Eu... –Falei me sentindo uma boba, eu não sabia se conseguia manter minha voz firme para falar e aqueles olhos azuis me olhando me deixaram um pouco envergonhada, mesmo não sendo do meu feitio.


-Não fala nada Senhorita Mckinnon –O moreno disse formalmente –Lily, eu vou chamar Tonks para avaliar sua prima –Ele falou e foi em direção a porta, mas a voz autoritária de Lily o parou.


-Não ouse passar dessa porta Black –Olhei a cena entre os dois com curiosidade, Lily o abraço e falou algo que eu não consegui ouvir e os dois ficaram por alguns segundos assim.


-Agora me solta Evans, está cansando minha bela –o tal Black disse e Lily riu alto –ah avisa ao seu tio –ele disse e ela assentiu. Nossa, minha mãe deveria estar louca da vida comigo, afinal eu estava no hospital e ela odeia hospital. Papai nem tanto, ele é medico também, tradição da família Mckinnon.


-Ah Black, -Lily o chamou mais uma vez e ele veio até nós duas. O olhei sem hesitar e percebi um brilho diferente em seu olhar, era algo sedutor e misterioso, a voz de Lily quebrou a linha do meu raciocínio –quero que conheça oficialmente a minha prima, Marlene Mckinnon, esse é Sirius “Convencido” Black, seu medico –ela disse e eu sorri.


-Prazer Senhor Black –falei e com um pouco de dificuldade levantei uma das mãos para cumprimentá-lo.


-Prazer –Ele disse e depois apertou minha mão. Foi embora e eu fiquei olhando para a porta. Não percebi que Lily me olhava atentamente.


-Desisti –ela disse e eu a olhei interrogativa – não queira sair como o Sirius, ele é um ótimo medico, um melhor amigo fantástico, mas não para um relacionamento –ele já teve umas 30 namoradas esse ano, e ainda queria me apresentar um amigo dele, um tal de Lupin. É um administrador eu acho, mas não confio no Black para me arranjar encontros, se bem que ele não seria louco de me conseguir um encontro com algo louco, ou safado.


-Não faz nem meia hora que eu acordei e minha melhor amiga já faz o maior discurso do século –brinquei e ela riu. Nos olhamos por um tempo e Lily tocou algumas mechas do meu cabelo, depois suspirou alto. A porta se abriu mais uma vez e uma mulher de cabelos negros e olhos castanhos entrou.


-Bom dia Senhorita Mckinnon –ela disse eu sorri –sou sua medica, Doutora Tonks.


-Bom dia Doutora, pode me chamar apenas de Lene.


-Sim Lene, como se sente ?


-Bem, para falar a verdade nunca me senti tão bem...Tão viva –falei e ela me olhou como se me fitasse há anos.


-Fico feliz. Já contou a ela Lily ? Ou prefere que eu conte ?


-Eu conto. Lene, tenho que lhe contar algo minha prima –Lily chegou cautelosa –você não ficou só uns dias em coma –ela disse e eu a olhei seriamente.


-Quanto tempo Lily ? –perguntei e ela abaixou os olhos –mais de 6 meses ? –perguntei e ela assentiu.


-Muito mais.


-Seja Exata Lily –falei ainda seria.


-Iria fazer 3 anos dia primeiro –ela disse e eu arregalei os olhos.


-Você...Você está dizendo que eu passei três anos da minha vida deitada nessa cama ? –perguntei chocada demais –Meu Deus!


-É –ela só falou isso.


-Isso parece coisa de livros e filmes...Não parece algo que aconteça com alguém próximo –eu disse –e meu emprego –arregalei os olhos pensando em meus alunos –agora todos já devem estar formados –falei mesmo sabendo que elas não estavam entendendo –e minha faculdade? Minhas aulas, eu estou confusa –falei fechando os olhos.


-E é normal estar querida –Tonks falou –Você sobreviveu, chegou aqui ferida, inconsciente e voltou a viver. Abriu os olhos, não há nada melhor que voltar a viver, você pode esta assim agora, mas quando souber o quão bom foi voltar, vai agradecer bastante a Deus –ela disse e eu notei que ela era uma mulher de exemplo, porque Lily a olhou com admiração e eu aposto que o meu olhar era parecido com o seu, admirada por tal mulher estar cuidando de mim.


-Obrigada Doutora.


-Só Andy –ela disse –meu nome é Andrômeda Tonks, mas todos me chamam de Andy, pelas minhas costas é claro –ela disse e nós rimos.


E então Andy começou a me examinar. Não demorou um tempo e minha família estava lá nunca chorei como aquele momento, mas quando o horário de visitas acabou eu já estava quase pegando no sono. Dormi durante um bom tempo e acordei pela tarde. Lily estava sentada em uma poltrona ao lado da minha cama com um belo livro em suas mãos.


-Ia ler para mim ? –perguntei e ela negou com a cabeça.


-Esse livro é seu –ela disse estendendo para mim –você ganhou quando estava em coma.


-Como assim ? Não entendi Lily, seja mais clara.


-O Black, ele lia para você o tempo todo –ela disse dando de ombros.


-Ah, o misterioso Black –falei e ela riu.


-O cachorro Black...Você quis dizer –ouvi então uma voz conhecida e vi a imagem de uma bela loira de olhos azuis então eu levantei e a abracei rápido.


-Para mim ninguém levantou correndo desse jeito –Lily resmungou e nós rimos.


-Obrigada pela parte que me toca –Dorcas falou se sentando no colo de Lily –tem Dorcas pra todo mundo.


-Só piorou com o tempo –falei e a loira me olhou com uma expressão interrogativa – sua loucura –sorri –ainda bem que vocês estão aqui, me contem tudo que rolou enquanto eu estava de olhos fechados e nem adiante dizer que não tem nada, porque foram três anos, quero relatório completo. Algumas das minhas queridas amigas já desencalhou ?


-Você é uma vaca Mckinnon –Lily falou e eu ri alto –e para sua informação eu não desencalhei porque não quis –ela disse Dorcas riu.


-Isso é verdade, o vizinho gato da Lene, aquele Sebastian tem uma queda pela Lily, mas ela só quer saber do tal do “Pateta” –Dorcas riu e eu arregalei os olhos.


-Ainda Lily ? Fazem quantos anos ? 7 ? Lily você nem ao menos sabe o nome dele, vocês só brigaram e depois ficaram e brigaram de novo e você continua ai pensando no Pateta –falei e ela riu.


-É a vida, algumas se apaixonam e outras não são correspondidas ... –ela deixou a frase no ar e eu olhei para Dorcas.


-O novo administrador da empresa do Joe –Joe é o irmão mais velho da Dorcas –ele me vê como uma garota mimada e sem personalidade que não sabe fazer nada além de comprar –ela disse frustrada –e ele é perfeito.


-É nessas horas que eu agradeço por estar em coma, eu não estou apaixonada...


-Mas você estava encantada com o Sirius...


-O cachorrão ? –Dorcas perguntou rindo.


-Cachorrão ? –perguntei.


-É o Black, ela achou ele misterioso.


-Ah Lily me poupa, eu sou Marlene Mckinnon, My Dear, eu destruo o coração deles e não o contrario.


-Sim senhora Destruidora de corações... –Lily falou.


-...Devoradora de homens –Dorcas falou e nós três rimos.


-Pelo menos euzinha aqui estou com o coração bem seguro, tá ? –ri mais uma vez e então entramos em uma conversa animada sobre as ultimas noticias do mundo.


Era tudo tão novo e tão velho ao mesmo tempo. Tudo que elas me contaram sobre os tais acontecimentos. Sobre nossos amigos que casaram, separaram, tiveram filhos e outras coisas que eu não imaginava. Me contaram também sobre a mobilização que houve no hospital quando eu estava em coma. E que todos me chamavam de “Esperança”, porque eu continue lutando mesmo estando em coma, e por três anos. As meninas estavam conversando animadamente e então eu tive uma pergunta que não sabia se poderia deixar para depois.


-Lily, quando eu posso sair daqui ? –perguntei e ela me olhou rindo.


-Você acordou há algumas horas e já quer sair ? Imagina se acordasse na véspera do ano novo ? Nem ia ficar até o ano seguinte –ela disse e eu ri.


-Serio Tomate –brinquei e ela riu alto.


-Vocês amam esses apelidos não é ? Acho que só sua melhora vai poder dizer isso, quanto todos os exames estiverem prontos , você vai poder sair.


-Eu estou ótima –falei me levantando e pulando de um lado para o outro, mas então me senti um pouco tonta e fui logo amparada por Lily e Dorcas.


-Tá vendo senhorita eu sou a mais forte do mundo...


-Está bem, mas não quero ficar mais tanto tempo aqui, nossa, nunca gostei muito de hospitais, vocês sabem –voltamos a nossa conversa e um tempo depois as meninas foram embora.


Eu fiquei ali pensando em tudo que as meninas haviam me dito. E achei tudo tão novo, não sei se era o corte do cabelo da Lily ou as roupas da Dorcas, ou talvez até minha família, todos estavam diferentes, minha irmã, Alice estava uma moça crescida e mamãe estava com os cabelos ruivos curtíssimos. Tudo parecia mudado. Eu estava viva, só isso importava agora...E também a data que eu sairei desse inferno, odeio hospitais.


Acho que eu vou pegar no sono...


Fim do capitulo 2


N/a:  Espero que gostem ...


 

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