Despedidas de Hogwarts



    A semana terminara e uma começara rapidamente, e com ela veio à correria para a seleção daqueles que iriam para a Beauxbatons, ao que se sabia, iam apenas quinze alunos de cada casa, e os nomes foram sorteados pelo chapéu seletor, havia uma pré inscrição para ver os interessados nas vagas, eram poucos os estudantes que não queriam ir para a França, a seleção em geral ocorria nas salas de aula, muitas vezes interrompendo a aula dos professores.


O sétimo ano da Grifinoria a qual Tiago pertencia estava em meio a aula de Herbologia ao lado da Sonserina de Eduard para infelicidade do ruivo, eles estavam cuidando de cogumelos atordoantes, eram grandes e bem chamativos, possuíam os caules roxos vivos e o chapéu vermelho sangue com alguns pequenos buracos para a saída e entrada de ar, ela parecia respirar, como se possuísse pulmões ela estava aspirando gás carbônico e liberando oxigênio, isso era notável assim como o fato de os esporos amarelados que eram liberados junto com oxigênio, como uma poeirinha dourada que era pulverizada no ar, mas era aquilo que dava a planta seu nome, aquele pólen tinha a capacidade de fazer qualquer ser vivo que o inalasse adormecer profundamente uma semana, isso explicava porque as orientações de Neville para que todos usassem roupas especiais, muito semelhantes a de apicultores trouxas, porque aquilo segundo ele não atordoava só de uma forma, se você recebesse aquilo nos olhos, perderia a visão por cerca de algumas horas, a tarefa dos alunos era bem simples teriam que em duplas fazer uma analise de estudos sobre aquilo, e coletar amostras do pólen para isso teriam que utilizar de um frasco e colocar sobre os buracos do cogumelo e esperando a borrifada, estavam trabalhando em grupos de três, Tiago trabalhava com Fred e Roxanne, ela fazia o relatório sobre aquela planta enquanto os meninos teriam que capturar os polens, era bem fácil, mas um trabalho cansativo, um tinha que provocar a planta para que ela liberasse mais do que fazia naturalmente enquanto o outro segurava o vidro e coletava, a primeira função ficara para o moreno, que fazia cócegas no caule do cogumelo fazendo ele se contorcer e espirar, enquanto o ruivo estava ali para a coleta.


Mas para Tiago era difícil se concentrar em uma tarefa mesmo tão simples, ele encarava ao longe do outro lado da estufa Narcisa ao lado de Eduard e de Raven Sketter trabalhavam no cogumelo deles, a grifinoria fazia o relatório enquanto os sonserinos coletavam, e por mais uma vez Tiago perdia de coletar uma borrifada de pólen.

_ fala sério cara, vê se presta atenção precisamos encher esse vidro – disse Fred, ele pegara o frasco das mãos do ruivo e esfregara em seu rosto – vê se acorda, quero acabar rapidamente com isso, pode não ter notado, mas eu não gosto de fazer cócegas em uma planta – ele empurrara o frasco na direção de Tiago – o Frank é bom nisso, por que eu não fui fazer parte do grupo dele? – ele encarara Frank e Molly, juntamente com Diana Thomas um pouco adiante, o monitor acabara de encher seu frasco o exibindo as garotas que bateram pequenas palmas – eles já acabaram, não acredito...

_ quer parar de resmungar? – disse Roxanne olhando para o irmão – você e o Tiago sempre fizeram grupo comigo, e alguma vez deixei vocês na mão? – o moreno não respondera – então, parem de reclamar, que acabei de fazer o relatório e estou esperando só a parte de vocês para entregar a amostra e o pergaminho para o professor.

_ por que essa coisa é tão importante assim? – disse Tiago analisando o frasco um terço cheio.

_ isso é usado em poções e medicamentos para adormecer, são muito fortes, sendo muitas às vezes são usados como tranqüilizantes para criaturas mágicas – disse Roxanne, ela gostava muito de Herbologia e seu conhecimento sobre o assunto batia de frente com o de Frank – o preço disso no mercado é de 100 galeões por frascos como esse – todos a encararam espantados.

_ como você sabe disso? – disse Fred com um tom que não escondia sua surpresa.

_ pesquisa – disse Roxanne sorrindo marotamente – eu as vezes venho aqui de noite e coleto alguns frascos e levo para casa nas férias, revendo para aquela nossa conhecida do Beco Diagonal, sabe? – Fred parecera desapontado – foi assim que consegui comprar aqueles presentes do natal passado, e juntar dinheiro para viajar para a Bulgária – Fred retorcera a cara, ele ainda não agüentava aquela historia da irmã namorar o Krum, e não entendia como o pai pode mudar de opinião sobre ele, no inicio quando ela contou Jorge surtara, mas depois que conhecera o garoto acabou simpatizando a ponto de aceitar que a Roxy passasse parte das férias com ele e a família, mesmo ainda bancando na frente do garoto o pai ciumento, fazendo o Búlgaro ter certo medo do sogro – desculpe se deixei você fora do meu esquema para faturar uns galeões a mais, maninho – ela piscara os olhos algumas vezes e o garoto rira.

_ tudo bem, mas é a ultima vez – disse Fred fazendo uma falsa cara de chateado – apesar, que eu também te deixei fora de alguns esquemas meus – ela olhara confusa para ele – sabe a Sala Precisa né? – ela balançara a cabeça pesadamente ainda em choque e Fred sorrira maroto – sabia que uma das formas dela é como um grande deposito de velharias coisas que não se vê mais por ai, como armaduras e objetos antigos antes da reforma após a guerra? Pois bem, essas velharias valem um bom preço naquela loja de antiguidades do Beco, fiz meus melhores negócios lá – e Roxanne lhe batera com o pergaminho – ei, cuidado, esse é nosso relatório.

_ fui eu que te apresentei o dono daquela loja, e você faz negócios com ele sem mim? – disse Roxanne realmente ofendida – você é muito baixo Fred.

_ e você que faz negocio com a Hevra, eu te disse para se tornar amiga dela, pois queria sair com ela e precisava de sua ajuda para dar uma de cupido, sabe, mas você nunca fez isso, disse que a achava irritante e agora são amigas o suficiente para fazerem negócios juntas – disse Fred emburrado – que espécie de irmãos somos que escondemos coisas um do outro?

_ certo, eu devia ter-te contato, mas você também – disse Roxanne com um bico – te perdôo se você me der parte do ganho com a venda das tralhas – ela sorrira cobiçosa – o que acha? Em troca te dou parte do meu ganho com o pólen – ela estendera a mão e ele a apertara, Tiago realmente não acreditava que aquilo podia ser uma discussão passava tão rápido e eles já estavam de bem, ele não era assim com os irmãos – o que me diz maninho?

_ feito – disse Fred apertando a mão da irmã – desde que pare de me chamar de maninho – os três riram.

_ cara, vocês roubam a escola? Nem eu pensei que seriam capazes disso – disse Tiago rindo – penso as vezes que vocês dois não caíram na Sonserina por sorte – os dois lhe fuzilaram, ambos os gêmeos eram Grifinorios fervorosos – desculpe, mas vocês são muito astutos, e baixos às vezes – os três riram – bem que eu podia fazer parte desses negocio não? – ele tinha uma cara que parecia a de uma criança pidona, e os Weasleys se encararam até concordar com um aceno de cabeça e os três riram.

_ claro, mas antes de tudo não roubamos a escola – disse Fred – que fique bem claro isso.

_ apenas tiramos daqui coisas que eles não precisam ou tem de sobra, estamos ajudando eles lhes tirando coisas que são inúteis ou ocupam espaço – disse Roxanne com um olhar maroto e os dois riram.

_ exatamente, e só é roubo se formos pegos, o que não seremos, pois somos mais espertos – disse Fred – entre varias outras qualidades que possuímos – eles trocaram olhares cúmplices – só estamos ajudando a escola livrando eles de coisas que não precisam, como a Roxy disse, e se ganhamos uns galeões extras que mal tem?

_ ok – disse Roxanne respirando fundo – agora vamos terminar isso meninos? – ela disse com uma voz de incentivo, mas ao mesmo tempo inquisidora – o que acham de encher esse vidrinho para a Roxy?

_ teríamos terminado se o Tiago não estivesse no mundo da lua – disse Fred e Tiago o fuzilara com os olhos – é verdade você sabe disso.

_ vamos – disse Tiago duro e frio e logo com ele centrado na tarefa logo a cumpriram em poucos minutos tinham enchido o frasco até a boca – acho que é suficiente não? – ele pegara o relatório juntamente com o frasco etiquetado, se levantando e caminhando até a mesa quando acabara de deixá-la alguém entrava pela porta.

Fora então que aconteceu, Neville Longbottom estava devidamente vestido com sua roupa protetora e ao seu lado outra pessoa igualmente vestida, eles puderam reconhecer Minerva McGonagall por debaixo da mascara, e ela trazia em mãos o chapéu seletor, e todos então sabiam o que aconteceria. A sala ficou muda de repente e todos encararam a diretora que sorrira a todos, afinal ali estavam os alunos maiores de idade, qualquer um poderia ser selecionado como campeão de Hogwarts, o professor de Herbologia olhou para Tiago para que ele se sentasse afinal era o único que estava de pé, e quando ele se sentou McGonagall começou a falar.

_ bem, todos sabem por que estou aqui, o chapéu ira escolher entre vocês aqueles que irão para Beauxbatons para assistir o Torneio Tribruxo, como são maiores de idade vários de vocês serão escolhidos, sendo de vocês a maioria das vagas que possuímos – disse a McGonagall e ela olhara para todos – mas não pensem que simplesmente por serem alunos maiores de idade que já tem uma vaga garantida, não cometam os mesmos erros que a turma que acabei de deixar, por apenas quatro serem escolhidos, e estes pertenciam ao sétimo ano... – ela suspirara – pois bem, vamos começar com isso... – ela olhara para Neville que desenrolou um grande pergaminho e começou a chamar os alunos por ordem alfabética, enquanto isso os alunos cochichavam.

_ eu tenho que ser selecionado para ir, eu preciso ir para a Beauxbatons de qualquer jeito – disse Fred determinado sussurrando para Tiago que o olhava confuso – você sabe não é? Sabe o que tem naquela escola? – ele continuara confuso – por Merlin, você não sabe? Aquela escola simplesmente tem as garotas mais bonitas e perfeitas de toda a Europa, com meio- Veelas como a Tia Fleur – o ruivo sabia da paixão de infância do primo pela mãe de Victorie, algo inocente causado pelo charme da loira por conta de sua descendência - ou então tão belas mesmo sem serem, cara, as garotas da França não são como as daqui, elas tem algo diferente... – ele sorrira maliciosamente – nós dois vamos arranjar garotas daquela escola, vai ver...

_ você às vezes é tão pervertido que chega a ser podre sabia Fred? – disse Roxanne – você não tem ninguém desde que terminou com a Sandy Finnigan nas férias do quarto ano, ninguém fixo pelo menos, agora quer ir até a França apenas para catar garotas...

_ já que não vamos ser os campeões temos que aproveitar, não é mesmo Tiago? – disse Fred dando uma cotovelada no primo – o Louis tem se dado bem lá em Beauxbatons, já está na terceira namorada e ele tem apenas 14 anos e eu vi as fotos das namoradas dele, e fala sério, eu não vou dizer que senti inveja, mas cobicei as garotas... – ele sorrira maroto recebendo um tapa na nuca dada pela irmã – nossa, que é isso Roxy? Tem medo que eu ache alguém na França? Isso tudo é ciúme de mim?

_ não é ciúmes, apenas queria logo que você deixasse de ser galinha e encontrasse alguém, talvez tenha sido por isso que a Finnigan te deixou já pensou? – disse Roxanne e Fred fez que estava ofendido – e talvez se fosse feliz namorando alguém que ama de verdade deixaria os outros em paz? – ele fechara a cara enquanto ela sorrira marotamente – você faz essa cara, mas sei que não viveria sem mim maninho – a morena lançara um beijo no ar ao irmão.

_ você que deve estar feliz, afinal de contas vai rever aquele cara – disse Fred revirando os olhos ao se lembrar do ex-sonserino que era o namorado de sua irmã e que atualmente dava aulas de vôo em Durmstrang – parece que o tão grande e incrivel senhor Perfeição teve que pedir emprego ao papai né? – Victor Krum, pai de Wagner, havia se tornado diretor da escola Búlgara após se aposentar do Quadribol - é um idiota mesmo, deixar de jogar profissionalmente para dar aulas de vôo, podia ter encontrado alguem melhor não acha Roxy?

_ ele está trabalhando lá temporariamente até decidir o que quer, e eu não falaria nada Fred, afinal você vai trabalhar com o papai quando nos formarmos – disse Roxanne sorrindo e o garoto ficou calado.

Logo um silêncio ficou entre trio, e Tiago viu nomes conhecidos serem chamados, a verdade é que o chapéu parecia muito criterioso quanto a sua escolha, até então apenas três alunos haviam sido selecionados, Sandy Finnigan da Grifinoria, e mais dois rapazes da Sonserina. O ruivo então notara mais um rosto conhecido sendo selecionado, e Tiago acabou olhando com tristeza Frank Longbottom sendo selecionado para ficar em Hogwarts, é era verdade o que diziam, estavam escolhendo os melhores dos melhores para essa viagem, mas o ruivo não entendia porque seu amigo ficaria, afinal, ele era um dos melhores e mais habilidosos do sétimo ano em sua opinião, com talento muito grande o suficiente para fazê-lo campeão pela escola se assim desejasse, quando encarou o monitor ele dera de ombros mostrando que não ligava e isso era nítido em sua cara que não mostrava um pingo de decepção. Tiago viu Narcisa Malfoy sendo escolhida para ir à viagem e ficou levemente feliz por ela para então o sentimento se desfazer, afinal, ele não se importava mais com ela, tentaria esquecê-la, mas era difícil com ela tão perto. E as esperanças dos estudantes se apagavam com uma única palavra que definiria, eram elas os nomes das escolas Hogwarts para os que ficariam e Beauxbatons para os que iriam, e o nome da escola Britânica era algo que começara a soar cansativo se repetindo vezes consecutivas da voz do chapéu, e um nome fora soado.

_ Tiago Sirius Potter – disse Neville Longbottom e o rapaz se dirigiu até a frente se sentando em um banco alto, e ele se sentiu ridículo vestindo aquela roupa de proteção, fora então que pediram para que ele tirasse a mascara e assim fez e o chapéu foi colocado, após alguns minutos o chapéu falou o nome da escola francesa, e ele soube então que iria a França, o mesmo fora com Fred e Roxanne, e para a infelicidade do ruivo, Eduard Zabini também fora selecionado.

O quarteto Sonserino e Rose teriam a próxima aula juntos, e Scorpio e Rose como sempre estavam discutindo sobre algo banal e os outros três assistiam a tudo entediados esperando que a professora chegasse para irem logo para mais uma aula, eles teriam feitiços com a nova professora, Stella Glanvill, mas ao entrarem na sala sentiram algo estranho, não era a antiga sala de Flitwick com suas mesas sem graça em forma de degraus como geralmente se via em faculdades trouxas, janelas compridas e estreitas muito próximas uma a outra, e paredes curvas em vista que a sala do professor era uma torre nenhuma parede era reta, e claro, havia ainda um pequeno elevado na sala para que todos pudessem ver o velho Filius escrevendo no quadro e para ajuda-lo a fazê-lo também, devido sua altura, não havia mais a pilha de livros que ele sempre ficava sobre ela para fazer chamada. A sala estava totalmente diferente do antigo aspecto, para se ter uma leve idéia quando os alunos passaram por ela sentiram uma estranha sensação pela aparência dela, não se sentiam mais estarem em uma das torres do castelo pareciam estar na floresta em alguma clareira, As paredes não estavam mais ali, agora estavam cercados por arvores escuras e sombrias que pareciam ter seus galhos balançando com o vento, havia grama sobre seus pés e algumas folhas secas, era algo muito real, será que a porta teria servido de alguma espécie de portal para que eles acabassem saindo do castelo, fora então que viram pouco adiante a professora se encontrava sentada em toco de arvore parecendo distraída brincando com alguns pássaros de papel que voavam ao seu redor, e agora havia algumas almofadas espalhadas pelo chão, eles se sentaram nelas e Alvo sentou entre Rose e Scorpio que haviam parado de discutir por conta que ambos ainda estavam espantados com aquela sala.

_ entendo estarem estranhando a sala de aula, eu usei um feitiço para alterar sua aparência, é um feitiço muito avançado para vocês, comumente usados em cenários do teatro bruxo, sendo isso toda uma ilusão mágica ainda estamos no castelo, mas eu oficialmente prefiro dar aulas ao ar livre, mas como a professora McGonagall não liberou isso ainda, terei que dar minhas aulas aqui, o que é até bom, pois posso escolher o lugar que quero estar – disse Stella com uma voz simples e casual – é difícil fazer esse nível de feitiço de ilusão, nem sempre sai assim tão perfeito, mas sempre fui muito boa nisso, isso devo admitir – falou com um ar orgulhoso - olhem para isso – ela pegara uma folha seca – eu posso tocá-la, mesmo ela não existindo, posso senti-la, você não vê muitos feitiços saírem tão bons quanto esse... Sempre existe alguma interferência, em todo o caso – ela se levantou do tronco de arvore se colocando de pé - bom dia a todos, hoje iremos aprender o feitiço de Apparatus, alguém sabe o que esse feitiço faz? – Rose levantou a mão com um sorriso nos lábios – sim senhorita Weasley.

_ apparatus, é um feitiço usado para transportar um objeto de um lugar ao outro, é um modo muito pratico para bruxos não levarem muito peso quando se mudam e para transportar pessoas que não usam magia ou estão incapacitadas de usá-la, ou sem a permissão dessas pessoas, apesar de não recomendados pois isso causa nas pessoas um mal estar horrível, causando problemas como vômitos, tonturas entre outros, mas é algo passageiro e a pessoa rapidamente se recupera - disse Rose que dera uma pequena pausa para respirar – o feitiço tem seu nome pois os objetos transportados sofrem algo muito semelhante a aparatação, o bruxo para usar esse feitiço tem que imaginar o lugar onde ele quer que o objeto esteja, e completar isso na pronuncia do feitiço como apparatus salão comunal, por exemplo, é desse modo que nossas malas são transportadas para nossos dormitórios em nosso primeiro ano de escola – ela respirara fundo novamente quase sem ar de tão rápida que falara – tudo que sei sobre o feitiço professora.

_ parabéns senhorita Weasley – disse Stella – como viram, é um feitiço muito útil, e simples, a verdade é que com a resposta foi muito completa, resumiu muita coisa que falaria em minha aula – ela sorriu fazendo Rose corar – mas vamos então, vamos praticar o feitiço apparatus, todos peguem suas varinhas e vamos começar... – ela fizera um aceno e os pássaros de papel que até então voavam pararam na frente de cada aluno – pratiquem com eles, vocês terão que transportá-los até esse baú – então todos notaram que o tronco de arvore que a professora estava sentada era agora uma arca de madeira negra – façam um movimento circular em movimento anti-horário e digam “Apparatus” – ela realizou o movimento simples de varinha – agora comigo – todos fizeram o mesmo movimento simultaneamente e disseram a palavra em uníssono – muito bem... Pratiquem... É difícil conseguir na primeira – enquanto todos praticavam, após muitas tentativas, os mais próximos de conseguir transportar era uma distorção na imagem do objeto, mas ele logo voltava à normal, outro estagio era fazer o objeto desaparecer e reaparecer no mesmo lugar, ninguém até então conseguira realizar o feitiço.

_ professora consegui – disse Scorpio, Alvo e Rose olhavam incrédulos para o pássaro de papel dele que sumira na frente de ambos – algum problema Weasley? – o loiro sorria cinicamente, e a ruiva abandonara a cara de surpresa por uma fechada – se quiser eu te mostro como se faz... - ele falara, mas seu tom era de deboche e ela revirara os olhos – deixe de ser fresca ruiva, vem cá – ele pegava a mão da garota em que estava à varinha, e ela não pode deixar de se sentir sem graça frente a isso corando levemente, o loiro pode sentir pela primeira vez em muito tempo ela assim tão próxima dele, sua mão macia e de pele lisa sob a dele, e seus dedos deslizado sobre os dela tão finos e delicados, o que diabos ele estava fazendo, pensou, encarou ela e viu que ela a olhava, estava surpresa, e levemente envergonhada, ele rira, adorava vê-la corar daquela forma – vamos então... – ele respirou fundo – você tem que girar a varinha desse modo – ele lhe mostrara o movimento a se fazer com a mão sobre a dela – e agora diga a palavra...

_ Ap-p-a-ratus – disse Rose mas o pássaro apenas desaparecera e reaparecera no mesmo lugar.

_ mais firme, gaguejando nunca conseguira realizar o feitiço – disse Scorpio um pouco duro, mas fora aquela dureza em suas palavras que fizera Rose ficar seria e respirar fundo – mentalize o pássaro dentro do baú, pense nele ali dentro preso, voando contra as paredes da caixa de madeira – ele se aproximara dela e agora sussurrava em seu ouvido – imagine, vamos, você consegue é só imaginar – ela se arrepiara com ele tão próximo dela, com aquele cheiro de menta que vinha de seu hálito lhe fizera fraquejar um pouco enquanto segurava a varinha e novamente o feitiço dera errado - vai, tente de novo.

_ Apparatus – disse Rose fazendo o pássaro desaparecer e ela não pode deixar de sorrir levemente por conseguir realizar o feitiço adequadamente, mas ao olhar para Scorpio e vê-lo sorrir para ela, ela se sentiu incomodada com ele tão próximo dela e com os outros que estavam olhando para ambos, próximo a eles as Carrows viam a cena e as duas cochichavam em meio a risinhos, Alvo tentava esconder um sorriso o mesmo era com os gêmeos, a ruiva retirara a mão dele sobre a sua, seu rosto se fechou em uma cara séria – eu acho que não pedi sua ajuda... – sua voz era baixa e fria – eu ia conseguir de qualquer maneira – o sorriso de Scorpio se desfez e seu rosto ficou amargurado com as palavras que ouvira.

_ ah... É me esqueci – disse Scorpio com sarcasmo - você é muito culta que não precisa de minha ajuda, sim senhor, pois a senhorita sabe-tudo irritante não precisa de ajuda de ninguém, talvez seja por isso que seja tão sozinha... É uma egoísta Weasley - ele pronunciou cada palavra com muita frieza – o que basta aceitar ajuda de vez em quando? Você não está sozinha, só ficara sozinha se quiser – Rose lhe encarara por um tempo, para então desviar seus olhos, parecendo agora achar muito interessante o chão.

_ me desculpe – disse Rose num sussurro quase inaudível – eu agradeço a sua ajuda Malfoy – ela disse simples, e Scorpio sorrira cinicamente, por alguma estranha razão sempre gostava de vê-la assim, envergonhada – obrigada.

_ de nada Weasley, talvez agora perceba que não é a senhorita perfeição que sempre é incrível, e que às vezes precisa de ajuda, basta pedir – disse Scorpio cinicamente ao que a garota murmurara algumas palavras inaudíveis e ele rira, se gostava de vê-la envergonhada, irritá-la era tão bom quanto isso.

_ e talvez você pudesse deixar de ser assim tão exibido e egocêntrico, se achando sempre o maioral e se exibindo para todas as garotas – disse Rose, sem saber ao certo o que falar, ao que Scorpio riu – do que está rindo?

_ do seu ciúme com o que falo ou faço para me exibir para as garotas – disse Scorpio – fala sério, Weasley, você pensa que ligo de me exibir para as garotas? Estou me lixando para elas, pois nenhuma é boa o bastante para mim, e nenhuma delas me atrai, nenhuma delas tem aquilo que procuro na garota que quero – ele rira ao ver que ela prestava atenção em suas palavras – posso ter todas que quero, mas isso não me importa, pois mesmo com elas me sinto sozinho, vazio.

_ é egoísta o bastante para pensar que não existe garota perfeita que te mereça Malfoy? – disse Rose ríspida e sorrindo cinicamente, algo que fez o loiro rir – ou se acha bom o bastante para qualquer garota dessa escola?

_ eu sei que não existe uma garota perfeita, eu quero uma garota especial, que me sinta a vontade em amá-la por inteira, tanto seus defeitos quanto suas qualidades, e que fosse retribuído em meus sentimentos, uma pessoa que poderia me irritar e brigar comigo, e eu não daria a mínima por isso, pois acharia graça, pois a amaria demais para me zangar com ela – disse Scorpio um pouco serio em suas palavras – pode não parecer Weasley, mas nesse peito bate um coração de verdade não um de pedra como pensa que eu tenho, não sei se você ainda considera essa minha atitude egoísta, apesar de que é quase impossível você pensar algo diferente de mim não é Weasley? Sempre me vendo com os piores olhos que existe, como se fosse o pior cara que existiu no mundo.

Um silêncio reinou depois disso entre os dois, com ambos não se encarando o restante da aula e com Rose indo então se sentar próximo aos seus colegas da Grifinoria deixando o quarteto para trás, Alvo conseguira finalmente realizar o feitiço logo depois de Lysander que agora ajudava Lorcan com seu pássaro de papel. Então um barulho fora escutado e uma porta surgira na floresta do nada, quebrando por segundos o encanto da sala, fora então que todas as cabeças se voltaram para Minerva que sorrira aos alunos, lhes mostrando o chapéu seletor, mais pessoas seriam selecionadas, e assim foi, Alvo não acreditara na sorte que ele e os amigos tiveram, e não pode deixar de sorrir quando Zack Zabini e sua turma ficariam para trás, sendo escolhidos para ficar em Hogwarts. Daquela sala apenas quatro foram selecionados para ir, sendo esses o quarteto Sonserino e Rose. Eles estavam caminhando rumo ao salão principal para o jantar, Scorpio percebera que Alvo lhe encarava de uma forma estranha, e ele sabia por que, mas mesmo assim não pode deixar de se sentir incomodado com aquele olhar.

_ você gosta dela não é Scorpio? – disse Alvo e os gêmeos então o encararam assim como o outro loiro – você está afim da Rose, seja sincero... e não é de hoje que gosta dela, já faz muito tempo.

_ eu? Gostar da sua prima? Nem se fosse a ultima garota da terra – disse Scorpio com um tom de revolta que conseguia fazer facilmente - nem se estivesse sobre a maldição imperius ou sobre a poção do amor acho que aceitaria, eu e sua prima nos odiamos como pode achar que eu gosto dela? Acho que você não está bem Alvo para pensar uma coisa dessas.

_ você está mentindo – disse Lysander se metendo na conversa – aquilo que falou na sala foi praticamente uma declaração de amor para a Rose, só faltava dizer que estava esperando por ela – ele parara alguns segundos ao ver a expressão ameaçadora de Scorpio para então continuar – você sabe que é verdade, não tente mentir.

_ e se bobear ela te corresponde, isso explicaria como ela fica quando você está perto da Lily – disse Alvo – alias, tenho que conversa com você sobre minha irmã, não quero saber dela sofrer por causa dessa paixão platônica que tem por você, pois sei que não a corresponde como ela espera...

_ eu nunca magoaria sua irmã dessa forma Al – disse Scorpio – o que posso fazer se ela se apaixonou por mim? Eu nunca fiz nada para ela gostar de mim dessa forma, eu gosto dela como amiga, nada mais que isso – ele olhara para Alvo e depois para Lysander – não a farei sofrer eu prometo.

_ espero que não – disse Alvo – sabe que teria que enfrentar dois Potters raivosos atrás de você – ele rira batendo no ombro do amigo que ficara serio de repente – o que foi? – perguntou o moreno preocupado.

_ só quero que parem de me encher com esse negocio de eu gostar da sua prima, eu não gosto dela, já deixei isso bem claro, por Merlin, todas as vezes que nos vemos discutimos, todas as vezes estamos nos alfinetando e vocês ainda cogitam a hipótese de eu estar gostando dela? – disse Scorpio – eu não estou afim de nenhuma garota que fique isso bem claro, e se estivesse afim, não seria a Rose Weasley – ele agora olhava para os três ao todo – e deveriam começar a cuidar da vida vocês, pois diferente de mim, vocês gostam de garotas, e tem garotas que gostam de vocês, mas não tomam a devida atitude para ficarem juntos delas – certo, ele pensara, fora realmente cruel com suas palavras, pensou – agora vamos para o salão principal.

Eles seguiam mudos para o salão principal, onde o jantar foi no mesmo silêncio, quebrado apenas por Lorcan que comentava sobre as ultimas matérias d’O Pasquim, mesmo que ninguém se importasse com isso. Eles retornaram para o dormitório logo após o jantar e o mesmo clima ficara entre eles até a hora de dormir, eles não treinaram Animagia, pois não havia animo entre eles para isso. Alvo começara a pensar nas palavras de Scorpio, e entendera que aquilo era para ele, mais do que para todos, e a sua mente veio à imagem de Tiago lhe dizendo algo parecido, que ele perderia Alice se nada fizesse, e agora seu irmão estava horrível, afinal, perdera a mulher que amava, ele não acabaria como o irmão, não, ele faria algo, ele estava disposto a dizer para a garota o quanto gostava dela. Lysander estava com a cortina de seu dossel fechado como sempre, e sobre a luz da varinha admirava como todas as noites a foto de Lily, que havia roubado do álbum que Alvo possuía em seu primeiro ano, já estava amassada e envelhecida de tanto que a via, mas ele se alegrava em ver aquele sorriso, e o modo como aquela garota parecia feliz, na foto ela estava sentada de frente para um piano de cauda preto e com um vestido branco com detalhes em azul, ele se perguntava como seria ela tocando aquele instrumento, sempre imaginara, mas queria ver pessoalmente, ele então se desanimara um pouco, se lembrando de que ela não gostava dele como ele gostava dela, ambos haviam se tornado amigos, mas ainda não era a mesma coisa, ele queria algo alem disso, e conseguiria, desligara a luz de sua varinha e se deitara para dormir.

No dia seguinte as carruagens deslizavam pelas ruas do vilarejo, era um dia nublado com varias nuvens cinzentas e um vento forte soprava mostrando que uma tempestade viria em breve, eles pararam próximos a Estação de Hogsmeade e os alunos desceram seguindo para próximo ao gigantesco trem negro, todos os alunos de Hogwarts haviam vindo se despedir daqueles que partiriam em viagem, aquela cena lembrava vagamente a Alvo e aos garotos a Plataforma 9 ¾ no primeiro dia de setembro, quando os alunos embarcam para a escola. Eles viram Tiago, Fred e Roxanne, o ruivo estava levemente serio, mas não pode deixar de sorrir para o irmão ambos conversavam com Frank e Molly, o casal de monitores não iria nessa viagem.

_ tem certeza de que ficaram bem? – disse Tiago e Frank sorrira abraçando o amigo enquanto Molly se despedia de Roxanne – cara, eu sinceramente acho que você deveria ir nessa viagem, você teria grandes chances de ser o campeão de Hogwarts.

_ você acha mesmo? Olha, eu não ligo para essa viagem, tanto melhor eu ficar aqui, vocês terão aulas com os professores que vão, e as outras matérias pelo que sei terão aulas junto com os alunos de Beauxbatons e Durmstrang, o que ter que imaginar como seria já que o senhores não sabem francês – disse Frank rindo – e ainda terão que prestar os NIEMS esse ano, e será lá França pelo que soube – ele rira mais ainda – cara, o chapéu queria me mandar para lá, mas seria o inferno estudar para as provas em uma escola que não conhecemos, em um país que nem sei a língua, daí pedi para ficar.

_ você é muito Nerd, vai perder um monte de gatas Francesas – disse Tiago vendo Molly fechar a cara enciumada – mas quem precisa de uma francesinha qualquer quando se tem a Molly? – Frank abraçara a ruiva pela cintura que sorrira para o namorado – só vêem se os dois se comportam, não quero saber de gravidezes indesejadas enquanto estivermos fora – ele rira do rosto corado de ambos – vocês vão fazer muita falta na França – disse ele sincero ao que os dois sorriram simplesmente – então até mais.

_ Tiago posso te pedir uma coisa antes de irem? – disse Frank ao que o ruivo concordou com a cabeça – cuida da Alice para mim? Não vou estar lá para olhar por ela, e se algum daqueles franceses ou búlgaros se aproximarem dela? Ela ainda é muito nova, não a quero namorando nenhum rapaz, ela ainda é muito criança – Tiago rira ao que ele lhe fuzilara com o olhar – o que foi?

_ ela já não é um pouco grandinha para se cuidar sozinha? E quanto ela ser muito criança, bem, ela deixou de ser criança há muito tempo, afinal já tem treze anos, é natural que os garotos se interessem por ela – disse Tiago, mas ai notara a expressão do amigo – certo, já que insiste, eu cuido dela para você – os dois apertaram as mãos.

_ se cuide em primo – disse Molly – veja se não vai se meter em encrencas para lá – ela abraçou Tiago – vocês dois – ela se voltara para Fred que sorrira maroto – não vão sujar o nome de Hogwarts em terras estrangeiras – ela beijou a bochecha do ruivo que pode ver um certo ar enciumado de Frank por sobre o ombro da garota – vão escrever né? Contar como é lá – ela se voltara para o outro primo e o abraçou, mas quando tentou desfazer o abraço, ele a apertou mais forte e começou a girá-la no ar – ME SOLTA FRED – ela gritou para ele que rira quando a colocava no chão a inclinando em seus braços em uma pose muito romântica – o que você pensa que está fazendo?

_ ora priminha – disse Fred sorrindo malicioso se aproximando perigosamente do rosto dela – você não vai me dar um beijo de despedida? – ela rira e Frank agora fuzilava o amigo com o olhar – certo Frank, não fique com ciúmes de mim, tem Fred Weasley para todo mundo – ele deixara Molly de lado e abraçara o monitor-chefe pelo ombro – sei que sentira muito minha falta, só não espere que eu beije você – eles riram juntos e apertaram as mãos se despedindo e caminhando para o Trem Negro, já lá de dentro ele grita – HEI MOLLY, EU QUERO UM BEIJO QUANDO VOLTAR – o ruivo lhe puxara pelo braço para que continuassem a procurar uma cabine.

Frank e Molly então se despediram de Alice junto com as outras meninas que também iriam para a França, Alvo e os sonserinos também se despediram deles assim como de Neville Longbottom que mandou que eles se cuidassem e de um Slughorn muito animado, afinal dirigiria a escola na ausência de McGonagall, ele superara antipatia por Scorpio desde que descobrira que fora ele uma das pessoas que ajudara em seu resgate no primeiro ano, ele o convidara inclusive para participar do Clube do Slugue no segundo ano. O quarteto pode notar Zack se despedindo do irmão e Eduard o abraçando dizendo para se comportar antes de entrar no vagão ao lado de Narcisa que o esperava, o garoto então se voltara para o quarteto lançando um olhar ameaçador e saindo ao lado de Goyle e das Carrows. Scorpio rira com a atitude dele, dizendo que era apenas ciúmes e juntos os quatro entraram no Trem Negro, mas antes Lysander fora derrubado por Canino que viera se despedir deles ao lado de Hagrid, Lorcan tirara o cão de cima do seu irmão lhe puxando para fazer um ultimo carrinho de despedida, após o meio-gigante dar um forte abraço nos quatro ao mesmo tempo, abraço que poderia ter quebrado varias costelas de tão apertado, ele soltou a todos permitindo que eles entrassem no vagão, mas parara Alvo antes dele o fazer.

_ Al, você poderia entregar esse pacote para... – disse Hagrid meio receoso para então tirar um pacote um pouco amarrotado do bolso do casaco – para a Olímpia Máxime? – Alvo pensara que o meio-gigante corara ao dizer o nome da diretora de Beauxbatons, mas não teve certeza pela densa barba grisalha dele – comprei há algum tempo... Acho que talvez ela goste.

_ claro, eu faço isso – disse Alvo que recebera o pacote e um cafuné na cabeça de do professor, ele teve a sensação que o carinho poderia ter lhe arrancado seu crânio – até a volta Hagrid – ele entrara no Trem ainda acenando para ele.

O Trem Negro não parecia muito diferente do Expresso de Hogwarts por dentro, o corredor era mais espaçoso isso era verdade, os alunos podiam circular sem esbarrarem uns nos outros, o que já era um avanço, ele resolvera seguir pelos corredores e quando vira Scorpio que o chamava da porta de uma cabine, ele correra até ele arrastando seu malão com suas coisas. Ao entrar pela porta da cabine Alvo se sentira estranho, como se estivesse acabado de entrar em um grande dormitório, semelhante ao que tinham em Hogwarts, haviam quatro camas de dossel e de mogno negro, as paredes possuíam um feitiço que as faziam parecer feitas de pedra, e havia ainda algumas estantes de livros, uma escrivaninha com pergaminhos, penas e tinteiros sobre ela, a tinha um pequeno armário da mesma madeira que as camas todos com detalhes talhados, haviam um tapete branco felpudo que cobria a maior parte do chão e candelabros de prata nas paredes que emitiam uma luz verde, ele ainda se perguntava se estava realmente no Trem, e constatou que sim olhando novamente para fora e vendo o mesmo corredor do Expresso Negro, ele retornara para o que devia ser sua cama, e jogara seu malão ali sem abri-lo, estava fascinado com aquele lugar. Scorpio sentara sobre a cama do amigo assim como os gêmeos, eles pareciam querer dizer algo para Alvo, e ele notara isso quando despertara do transe que aquele quarto lhe fizera cair.

_ vamos explorar o trem você vem? – disse Scorpio a Alvo que concordara com a cabeça – ótimo, vamos nessa.

Os garotos notaram que as varias cabines eram dormitórios transfigurados, muitos deles em estilos diferentes, ao passar por um notara Tiago parado ao lado de Fred em um dormitório onde se encontrava outros dois garotos, ambos da Sonserina, um deles Alvo notara que era Eduard Zabini, mas os quatro apenas ficaram se encarando, sem dizer nada, assim como no dormitório do quarteto haviam os mesmos moveis e o mesmo aspecto de castelo idêntico apenas com algumas diferenças quase imperceptíveis, na porta do dormitório do irmão o Sonserino notara um 7°M1 escrito, então era isso pensou, os alunos eram separados por ano e sexo nos quartos, isso explicava muita coisa, os quatro que ainda se encaravam acabaram com o estranhamento rapidamente e cada um seguiu para sua cama.


Eles continuaram seu passeio, havia mais quatro dormitórios do sétimo ano, em um deles viram Narcisa, Roxanne e Diana Thomas ao lado de uma garota da Corvinal, eles encontraram Rose e Alice que ao lado de Lily e Chloe pareciam também explorar o trem, ambos seguiram juntos com elas, havia um vagão que ao entrarem se sentiram como se estivessem em um pequeno restaurante, havia algumas mesas junto às janelas desse vagão que pareciam como as de um pequeno café de antigos filmes trouxas, havia um balcão onde a uma velhinha que Alvo identificou como sendo a mesma do carrinho de doces estava, ela atendia alguns garotos da Lufa-lufa que faziam um pedido.


O vagão dos professores tinha algumas entradas restritas, como as cabines em que os professores ficariam, mas eles conseguiram dar uma olhada em algumas salas de aulas que eram quase perfeitas replicas das de Hogwarts, cada sala era um vagão diferente, o próximo havia algumas corujas sendo ali, uma replica do coruja talvez? Pensou Alvo, havia alguns gatos e outros animais, ali também, eles decidiram voltar e explorar a outra ponta do trem quando repararam que haviam chegado no ultimo vagão o bagageiro, eles viram um que lembrava uma cozinha onde Elfos Domésticos pareciam preparar a comida que seria servida no pequeno restaurante do comboio, eles viram algo que lembrava uma sala de jogos tanto trouxas quanto jogos bruxos, o outro os surpreendeu muito, pois era uma sala de musica, com alguns instrumentos, entre eles uma bateria, guitarras, baixos, violinos, violoncelos, alguns instrumentos de sopro, um piano e aparelhagem de som, Alvo se perguntava o porque daquilo.


O próximo vagão lembrava uma replica de um grande salão comunal, com uma lareira grande, mesas de estudos e sofás, e para surpresa geral havia uma televisão trouxa ali, o que foi de estranhamento para a maioria dos membros do grupo que não sabiam o que era; e Scorpio e Rose iniciaram uma nova discussão por causa daquele aparelho que o loiro chamou de inútil e desnecessário, nas paredes haviam alguns quadros e tinham ainda varias estantes de livros que fizeram Rose e Lysander quase babarem, e o grupo decidiu ficar por ali, por insistência da ruiva que pegara vários livros para ler, e ela e o loiro se sentaram juntos na mesa e ficaram discutindo os livros liam, o que pareceu enfurecer um pouco Scorpio que encarava a cena um pouco emburrado, Lorcan achara um tabuleiro de xadrez bruxo ali e convidara Chloe para jogar, a garota corara com o pedido, mesmo que parecesse algo tão banal, mas ela acabou aceitando, e os dois jogaram por um tempo, Alvo se sentou num dos sofás ao lado de Lily que deitara a cabeça em seu ombro, ele brincara com os cabelos da ruiva até que adormeceu, ele sorrira, Alice tirara uma foto dos dois se sentando ao lado do moreno que encarou-a por alguns minutos para então sorrir, um sorriso que ela retribuiu.


E assim o Expresso Negro deixa Hogwarts para trás rumo a Beauxbatons. Já era noite lá fora e aos poucos uma tempestade caia, o trem cruzava os campos e florestas até que se aproximara de uma ponte ao longe que estava quebrada, lá em baixo havia um rio forte que cortava o despenhadeiro, o comboio então se aproximara imponente aumentando a velocidade quando passara pela ponte quebrada no lugar de cair sobre as águas caudalosas e violentas levantara vôo, alcançando as nuvens tempestuosas rapidamente, ninguém no interior do trem sentira que ele deixara os trilhos, muito menos que agora voava, eles só iriam sentir isso mais tarde, quando a tempestade passasse e o seu já estivesse limpo de qualquer nuvem. 

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