Pesadelos & Planos



-Tens a certeza Wormtail? - perguntou uma voz fria e cruel num sussuro. 

-Sim mestre. Tenho a certeza. - respondeu outra voz.

-Sabes o que te acontece se essa informação for falsa certo? - perguntou outra vez a voz sussurada.

-Sim mestre mas desta vez eu tenho a certeza. - disse Wormtail após ter engolido em seco.

-Quando é que eles vão? - perguntou Lord Voldemort.

-Amanhã, meu senhor. - respondeu Wormtail.

-Prepara os Devoradores mais fortes. Faremos um ataque a Hogwarts depois de amanhã. Vai ser um ataque suspresa ao entardecer. Mataremos Dumbledore e capturaremos Harry Potter. Agora deixa-me preciso de fazer uns planos.

-Sim, mestre. - Wormtail fez uma profunda vénia e saiu.

Voldemort estava distraído em planos maléficos para matar os amigos do Potter. Faltava cerca de um dia para matar um inimigo e capturar outro. Tinha que se preparar convenientemente.


**********************************************************

Enquanto isso num local muito distante um rapaz de cabelos pretos e espetados e com uma cicatriz em forma de raio na testa tinha acabado de acordar e estava a suar muito.
Levantou-se, foi tomar um banho vestiu umas calças de ganga brancas e um pouco rasgadas, uma T-shirt preta e um casaco por cima e saiu do quarto.
Harry estranhou não haver ainda ninguém acordado e então olhou para um relógio que estava na cozinha e viu. Ainda eram 05:37 da manhã.
Foi até à sala e ia preparar-se para se sentar no sofá quando percebeu que já havia lá alguém sentado. Não precisou de muito tempo para perceber quem era. O cabelo branco prateado denunciava que era Albus Dumbledore.
"Excelente" pensou Harry pois era com ele que precisava de falar.
Precisava de lhe contar sobre o pesadelo pois Voldemort e seus Devoradores queriam matá-lo. Além disso o diretor sempre fora muito compreensivo quando se falava dos seus pesadelos. 
-Professor Dumbledore? - Harry chamou baixinho.

-Harry? Estou a ver que não sou o único sem sono. - disse Dumbledore com o seu habitual sorriso apaziguador - Então estás preparado para voltar a Hogwarts?

-Sim. Acho que sim. - Harry estava feliz por voltar mas estava muito preocupado e ansioso e talvez a sua expressão demonstrasse isso pois Dumbledore olhou-o preocupado e perguntou-lhe:

-Harry estás bem?

Harry foi até ao professor e sentou-se ao lado dele. Passou a mão pelo cabelo, virou-se para olhá-lo nos olhos e começou:

-Professor, eu tive um pesadelo esta noite. Daqueles pesadelos que eu costumava ter com o Voldemort e com Peter Pettigrew, ou seja, o Wormtail.

-Podes-me contar esse pesadelo por favor? - pediu Dumbledore olhando-o nos olhos.

-Sim senhor, claro. Então era numa casa escura e eles os dois estavam numa sala. Eu acho que eles estavam a falar de nós. De todos . Wormtail informou Voldemort que nós iríamos hoje para Hogwarts e Voldemort perguntou-lhe se tinha a certeza disso pois se não tivesse saberia o que lhe acontecia. Wormtail disse-lhe que tinha a certeza e Voldemort mandou-o reunir os melhores Devoradores da Morte para atacarem Hogwarts amanhã.

-O que é que ele queria Harry? - perguntou Dumbledore agora já muito preocupado.

-Ele queria capturar-me e... - Harry fez uma pausa nesse momento.

-E o quê? Diz-me Harry eu preciso de saber. - pediu Dumbledore.

-Ele queria matá-lo professor. - Harry olhou para o chão. Não queria que ninguém morresse. Dumbledore esteve perto de morrer no ano passado e Harry não queria que isso acontecesse de novo.

-Harry olha para mim. Por favor. - Dumbledore pediu quase numa súplica e como se lhe tivesse lido a mente declarou - Nada me vai acontecer. 

-Como é que sabe? - Harry perguntou com um toque de desespero na voz. Dumbledore sorriu ao perceber que na realidade era mesmo com ele, Albus, que Harry estava preocupado.

-Porque eu não vou deixar. Não vai acontecer nada nem comigo, nem contigo nem com ninguém. Eu prometo-te.

-Obrigado. O que vamos fazer?

-Eu convoco a Ordem da Fênix e tu convoscas o ED. Eles precisam de saber que o primeiro ataque está mais próximo do que esperávamos. Às 15:00 quero toda a gente aqui está bem?

-Sim, senhor.

Dito isso Dumbledore foi buscar pergaminho e acordar Reamus e o casal Weasley para o ajudarem e Harry foi ao quarto de Ron acordá-lo e buscar a moeda para marcar a data e a hora da reunião dizendo que era URGENTE que todos comparecessem à reunião.

Às 15:00 da tarde todos os membros do ED e da OF estavam sentados à volta da mesa da cozinha com Harry e Dumbledore sentados lado a lado no centro da mesa.
 
-Bom vocês estão todos aqui para saberem que amanhã Hogwarts vai ser atacada. - começou Dumbledore a explicar.

Quando ele disse isso todos começaram a falar ao mesmo tempo. Dumbledore tentou continuar mas não conseguiu. Todos estavam muito ocupados a expressar os seus medos e a dar opiniões mas, como todos falavam ao mesmo tempo não se percebia uma única palavra.
Harry irritou-se pois enquanto todos estavam ocupados a discutir uns com os outros estavam a perder um tempo precioso em que podiam estar a fazer planos.
O moreno levantou-se, meteu dois dedos na boca e assobiou. Alguns já prestavam atenção mas outros continuaram a falar.
Quando já tinha perdido toda a paciência que lhe restava gritou:

-CALADOS!!!!!

Todos se calaram e pareciam nem respirar. Harry estava com um brilho vermelho no olhar que pareceu assustar todos.
Ele prosseguiu agora mais calmo e com os olhos a voltar à normalidade:

-Enquanto vocês estão aí a descutir que nem loucos Voldemort e os seus seguidores estão a traçar planos para nos destruír. Ele vai usar os Devoradores mais perigosos e mais poderosos para atacar e eu não me espantava se ele próprio atacasse portanto deixem o professor Dumbledore explicar o que vai acontecer. Depois quem quiser discutir pode sair e quem quiser fugir e que se quiser armar em cobarde poderá sair. Entendidos?

-Sim. - todos murmuraram espantados com as suas palavras.

-Obrigado, Harry! - exclamou o velho feiticeiro. - Então o que o Harry disse é tudo verdade incluindo a  parte de que talvez Voldemort ataque. Mas nós temos um trunfo. Eles não sabem que nós sabemos que eles vão atacar então quando eles atacarem nós estaremos preparados para revidar. O que é que eles esperam conseguir com isto? Pergutam vocês. É bem simples por acaso. Simples de dizer mas não simples de fazer acontecer. Eles esperam conseguir matar-me e capturar o Harry. Tens alguma coisa a acrescentar Harry?

-Sim senhor, tenho! - afirmou Harry - quem não quiser lutar pode sair. Quem pensar que são meia dúzia de Devoradores está enganado pois eles esperam matar o professor Dumbledore e capturar-me e se para isso eles tiverem de matar qualquer pessoa que se meta no caminho eles não hesitarão e não pansarão 2 vezes.
Isto não é como nos treinos! Eles não vão ficar à espera que vocês se posicionem. Eles não vão lançar feitiços básicos de primeiro ano. Eles vão atirar a matar. Eles vão usar Maldições Imperdoáveis: vão lançar a Maldição Cruciatus para ter o prazer de vos ver a contorcerem-se de dor e a gritar; vão lançar-vos a Maldição Imperio para que ataquem os ppróprios amigos e para eles não terem de mexer uma palha a fazer o trabalho sujo; vão lançar-vos a Maldição da Morte para vos despachar pois para eles não passamos de meros bichinhos. Eles vão fazer tudo isso a rir, vão fazer isso por prazer e com um sorriso nos lábios. Não esperem que eu diga que vai ser fácil derrotá-los. Isto não é um conto de fadas, isto é uma guerra e numa guerra nem sempre os bons ganham. Numa guerra nem sempre há finais felizes  pois há sempre pessoas de quem gostamos que morrem. Então quem acha que basta uns feitiços simples para eles caírem é melhor esperar sentado. E quem se envolver nisto é para se envolver por vontade própria e não por obrigação. Ninguém é obrigado a nada e todos têm de estar cientes dos riscos. Então quem achar que não está preparado que saia agora porque eu não me vou responsabilizar por ninguém.
Harry terminou o seu discurso e a esta altura todas as raparigas e mulheres da sala estavam a chorar ou com lágrimas nos olhos. Toda a sala o olhava com admiração e respeito e todos os adultos também com muito orgulho principalmente os professores, Lupin e Tonks e Alastor Moody. 
Mas para satisfação de Harry ninguém saiu. Este deu um sorriso sincero que mais uma vez fez todas as raparigas e mulheres derreterem-se por dentro. Harry virou-se para Dumbledore e disse:

-Era só isto que queria que soubessem.

Dumbledore deu-lhe um grande sorriso e disse: vão arrumar as vossas coisas e encontramo-nos todos aqui em meia hora. Os alunos saíram mas os membros da Ordem e Harry ainda ficaram. Todos se aglomeraram à volta de Harry e começaram a cumprimentá-lo. Tonks pulou para ele com os braços à volta do seu pescoço. Harry abraçou-a pela cintura e girou-a no ar. Ele agora já estava um pouco mais alto que Tonks. Ela ainda tinha lágrimas a escorrer assim como Molly Weasley e Minerva McGonagall. Harry limpou-as e deu-lhe um beijo no rosto.

-Estou muito orgulhosa de ti Harry! - informou Harry.

-Eu também. e tenho a certeza que os teus pais e Sirius também estariam. - declarou Lupin dando um aperto de mão a Harry abraçando-o com força.

-Estamos todos orgulhosos. Foi lindo Harry! - disse Minerva.

-Sim Harry foi muito bonito. Eu também estou muito orgulhoso de ti. -disse Dumbledore. 

-Obrigado! - agradeceu Harry.

-Sabes Harry continuas assim e chegas a chefe de auror pouco tempo depois de entrares oficialmente.

-Obrigado Kingsley mas eu não te quero roubar o cargo. - disse Harry rindo.

-A verdade é que tu assim vais loge Potter. Aposto que nem precisas de três anos de estudo para te juntares aos aurors. - disse Moody incapaz de esconder o orgulho o que era raro para ele.

-Sim Harry em menos de um ano estás lá! - concordou Kingsley Shaklebolt.

-Não tens de ir fazer as malas Harry perguntou Arthur lembrando-se de subito.

-Ish! Pois é! Esqueci-me completamente. Tonks fazes-me um favor? - pediu com uma cara que ninguém resiste. As mulheres soltaram "Oh" e os homens riam-se por ver como Harry conseguia persuadir Tonks com apenas uma cara de santo.

-Estás no quarto com o Reamus certo? - disse ela percebendo que o favor era fazer-lhe a mala.

-Sim! Obrigado Tonks és um anjo. - disse-lhe Harry enquanto ela começava a andar.

Todos puderam ouvir a resposta de Tonks:

-Sim, sou um anjo que vai trabalhar para o inferno a fazer malas!

Todos riram.

Harry olhou para Reamus e notou que ele não estava a gostar da proximidade de Harry e Tonks. Tinha-o visto cerrar os punhos quando Tonks o abraçou e o beijou.
Aproveitou para provocá-lo e chateá-lo um pouco:

-Não precisas ficar com ciúmes Moony, eu já tenho namorada sabes?

-Que queres dizer? - perguntou fazendo-se de desentendido.

Todos olhavam para eles.

-Quero dizer que a Tonks é toda tua. - disse com um sorriso maroto.

-Eu não gosto da Tonks dessa maneira Potter. - disse corando violentamente de vergonha e de raiva.

-Pois claro eu vou fingir que acredito. 

Nesse momento Tonks chegou com o malão de Harry a flutuar sobre a sua cabeça.
 Harry foi ao pé dela e abraçou-a.

-Obrigado Tonks. - agradeceu olhando para Lupin pelo canto do olho. Este estava a olhar para a mesa com cara de poucos amigos e os punhos fechados.

-Sempre às ordens Harry. - respondeu Tonks - ficas a dever-me uma.

-Claro.

Os irmãos Weasley e Hermione desceram. Ron, Ginny e Hermione traziam um malão e os gêmeos um pequeno saco. Ginny foi para perto de Harry que estava encostado numa parede e ela encostou-se também deitando a sua cabeça no ombro dele. Os mais velhos sorriram e os irmãos dela olharam-nos com raiva. 

-Bill eu sei que sou muito giro mas não precisas ficar a olhar-me fixamente.

Todos riram incluindo os outros irmãos.

-Tu não sabes com quem te estás a meter. - disse-lhe Bill.

-Claro. Eu agora não posso estar com a minha namorada senão o exército dos cabeças-de-fogo atacam não é?

Mais uma vez todos riram principalmente Reamus, Ninphadora e Hermione.

Quando passava 25 minutos do tempo estipulado para todos se arranjarem o ED começou a chegar. Às 16:30 em ponto todos Desapareceram e os mais novos acompanhados.
Chegaram a Hogwarts 15 minutos depois e todos começaram a treinar na sala das necessidades. Deitaram-se cedo para estarem bem acordados no dia seguinte, que seria o dia da batalha.
Acordaram todos bem cedo, tomaram o pequeno-almoço sem falar e foram para a sala das necessidades. Treinaram até ao almoço e depois pararam para não gastarem energia. Os planos já estavam feitos e já estavam quase no entardecer. Quando o Sol se começou a por ouviu-se um estrondo.
A BATALHA COMEÇARA.


********************
Espero que tenham gostado. Estou a trabalhar na cena da batalha. mas como diz o título amanhã já sairá esse capítulo. Estou a pensar em como é a primeira batalha nao morrer ninguem.
Bom abraços até ao proximo capitulo.


COMENTEM POR FAVOR!!!!!

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.