Capítulo 9



- Eu já fui liberado, além disso, esqueceu que ontem era nosso primeiro dia para ensaiar? Mas estava muito ocupado em coma. Agora suba logo!


- Espera eu trocar de roupa.        


- Não precisa, você está linda com esse mini pijama. – Eu revirei os olhos, ele me estendeu a mão e eu peguei e ele me puxou.


– Segure firme! – Eu obedeci agarrando seu abdômen perfeito e encostando meu rosto em suas costas.


- DRACO! ANDA LOGO QUE EU NÃO GOSTO DE VOAR! – Gritei exasperada.


- Tudo bem, mas para onde nós vamos?


- Sei lá, só quero voltar para o chão.


- Ok, então vai ser Casa dos Gritos. – Ele fez um movimento e a vassoura começou a descer rapidamente e quando me dei conta já estava dentro da Casa dos Gritos. Desci da vassoura junto com Draco que colocou um rádio no chão e apertou um botão. Uma música bem melancólica começou a tocar e nos ficamos um de frente para o outro nos encarando.


- Então, você não sabe dançar música a dois? – Draco perguntou.


- Sei, mas só aquele tipo que as pessoas ficam bem longe uma da outra.


- Venha aqui que eu te ensino. – Draco pegou meus braços e colocou em seu pescoço e segurou na minha cintura.


- Ai! - Eu havia pisado no seu pé.
- Viu! Eu não sei dançar isso! Melhor você chamar outra pessoa pra ir ao baile. – Me soltei dele e fiquei de costas. Ele me abraçou e sussurrou em meu ouvido:
- É só seguir o ritmo da musica. Tá sentindo?
- Eu estou sentindo outra coisa. – Respondi fazendo o sorrir. Ele me virou de frente para ele. Olhos nos olhos, corpo no corpo. Apenas uns centímetros um da boca do outro e eu virei meu rosto, fazendo Draco beijar minha bochecha. Ele riu baixinho e me puxou para o meio da sala. Começamos a dançar. Nunca tinha percebido como seus olhos eram tão profundos e brilhantes, eles hipnotizavam, eram tão lindos, azuis iguais ao do mar, não conseguia desviar o olhar, nossos olhos estavam totalmente presos um no outro. Dançamos mais um pouco e depois Draco me levou de volta ao meu dormitório. No dia seguinte acordei muito feliz relembrando da noite de ontem. Levantei, tomei meu banho, escovei os dentes, vesti meu uniforme, penteei meu cabelo e passei meu delicioso perfume, desci as escadas e encontrei Draco sentado no sofá muito pensativo.


- Ah, oi morena. – Ele cumprimentou.


- Olá, bom dia. – Seu rosto estava estranho.


- Aconteceu algo, Draco?


- Não, por que acharia isso?


- É que você está meio estranho.


- Hum... Não é nada, não.


- Tudo bem, vamos tomar o café? – Convidei.


- Eu quero ficar um pouco sozinho, tudo bem se você for tomar café sem mim?


- Ok, sem problemas. – Falei franzindo a sobrancelha e segui direto para o Salão Principal. Era o intervalo de uma aula para a outra e eu andava pelos corredores de Hogwarts em busca de Draco, de repente passei por uma sala vazia e alguém me puxou para dentro daquela sala.


- ME SOLTA! ME SOLTA OU VOU GRITAR! – Quando consegui me acalmar vi que a pessoa que tinha me puxado era alguém que eu já conhecia, e como conhecia.


- Ah, desculpa Draco, não sabia que era você. – Eu fiquei totalmente vermelha.


- Tudo bem minha morena. – Respondeu sorrindo.  


- Então, por que me puxou pra cá? – Perguntei curiosa.


- Desde ontem à noite eu pensei muito em você Hermione, não consigo mais esconder o que sinto sobre você. Eu não planejei isso, eu nunca ia imaginar que isso ia acontecer, mas aconteceu e eu estou completamente e loucamente apaixonado por você. – Eu o olhava um pouco assustada e com os olhos arregalados.


- Você só está dificultando as coisas Draco.


- Eu dificulto as coisas? É você que sempre se preocupa com as pessoas e tenta ajudá-las, é você que tem esses cachos perfeitos, é você que levanta a mão para o professor inocentemente quando tem uma pergunta ou resposta para dar, você é quem sempre arregala levemente os olhos e entreabre a boca de uma forma sexy quando ouve uma coisa que não esperava, do mesmo jeito que está fazendo agora... Você é que ri de um jeito encantador – Ele deu uma risada curta, nervosa e meio falhada, mas eu achei linda – E depois a culpa é minha...


- Você se esqueceu de mencionar sangue ruim e arrogante... – Falei sarcasticamente.


- Isso... – Ele sorriu sem prestar muita atenção, enquanto se aproximava de mim – Sangue ruim e arrogante... – Ele se aproximou ainda mais acabando com qualquer distância entre nós, me puxou e me agarrou com as duas mãos, me beijando profundamente, sentia como se um fogo inexistente unia nossos corpos. Depois foi difícil conseguir lembrar como respirar. Eu olhei fixamente para seu rosto, ele estava totalmente descabelado, a gravata frouxa, a blusa amarrotada e com um sorriso malicioso nos lábios. Eu agarrei as abas de seu casaco, o virei bruscamente contra a parede e dessa vez eu o beijei descontroladamente.


- Pensei que você achava que não podíamos ficar juntos por que eu sou da Sonserina e você da Grifinória e que era errado... – Ele falou assustado.


- Que se dane tudo o que eu disse! – Ele me olhou, sorriu e me beijou novamente. Eu estava me lixando se era errado e se erámos tão diferentes, naquele momento eu só pensava em ter seus lábios quentes nos meus. Depois de me arrumar e arrumar Draco, eu saí primeiro e ele foi logo em seguida. Pelo resto da tarde nos intervalos de uma aula para outra nós nos encontrávamos em uma sala vazia para dar uns amassos.  No término da última aula eu fui direto para o escritório-dormitório e encontrei Draco sentado no sofá, ele me chamou e deu dois tapinhas na sua perna, eu fui até lá e sentei no seu colo, ele agarrou minha cintura e me beijou.


- Então, estamos namorando?


- O que você acha? – Perguntei sarcástica passando a mão pelo seu cabelo loiro. Ele sorriu e me beijou de novo. As semanas passavam e todos da escola já sabiam que Draco era meu namorado. Eu estava muito feliz, mas parecia que a minha felicidade nunca podia durar e foi aí que eu recebo a bomba que vai destruir minha felicidade. Era por volta das 21:00 eu fazia meus deveres de casa com Draco tentando me distrair beijando levemente meu pescoço.


- Draco! Eu preciso fazer o dever de casa! – Falei tentando parecer aborrecida, mas sem sucesso.


- Toc, toc, toc! - Alguém bate na porta. Eu me levantei e fui atender com Draco logo atrás de mim. Abri a porta e dei de cara com a Sra. McGonagall.


- Ah! Boa noite Sra. McGonagall. – Draco mantinha-se atrás de mim com braços em volta da minha cintura.


- Boa noite Sra. Granger, Sr. Malfoy. Será que você pode me acompanhar Sra. Granger?


- Claro. – Eu segui a professora McGonagall até sua sala com Draco no meu encalço.


- Entre, por favor. – Eu entrei e ela se sentou na sua cadeira.


- Bom, Sra. Granger, hoje eu recebi uma mensagem de seus pais, eles estavam viajando, não é?


- Sim Sra. McGonagall, No Canadá. E o que essa mensagem diz?


- Sei que não vai ser fácil ouvir isso, mas eu não tenho escolha. Eu recebi a notícia que seus pais foram mortos por dois comensais no Canadá. 

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