Capítulo 8



Se aproximou ainda mais (o que era praticamente impossível) estávamos olhos nos olhos, corpo no corpo ele ficava “brincando” com o momento indo me beijar mas eu virava a cabeça e ficamos nisso um tempo, depois ele ficou olhando para a minha boca e seus olhos foram subindo até ele encontrar os meus e quando nossos olhos se encontraram ele sorriu e no momento que nossos lábios se tocaram parecia que todos os sons tinham sumido, ficamos no silêncio, mas o silêncio gritava a verdade. Gritava tudo que estava escondido, gritava o corpo dele entrelaçado ao meu, nossas bocas unidas como elos, naquele momento eu queria música, um falatório, qualquer coisa. Mas o silêncio era apenas preenchido pelo barulho do nosso beijo. Por que eu estava deixando aquilo acontecer? Por que eu estava deixando o silêncio gritar tudo aquilo que eu não queria ouvir? Era a minha consciência gritando "Eu te avisei", era o barulho do chão sumindo embaixo dos meus pés, mas porque eu estava me prendendo àquilo?  O beijo se aprofundava cada vez mais, ele passou a mão pela minha cintura e me envolveu com seus braços fortes me puxando para si, eu agarrei seus cabelos loiros e puxei seu rosto para mim. De uma coisa eu tinha certeza, aquele garoto beijava muito bem, dava de mil no Krum, e nem se compara com o Harry, agora sabia por que todas as meninas o queriam. Ele parecia saber o que fazer e quando fazer. Minha alma parecia ter ido ao paraíso, dado uma cambalhota e voltado para meu corpo. Meu coração acelerado, um calor percorreu meu corpo, o fogo corria pelas minhas veias, ele tomou a liberdade de dar uma mordidinha no meu lábio inferior e um arrepio percorreu minha coluna, 1.000 volts de eletricidade parecia passar por meu corpo. Nunca tinha me sentido tão feliz, mas algo me dizia que eu devia me afastar, eu sabia que o que eu estava fazendo era errado, mas eu não conseguia parar, não queria parar. Eu sabia que não devia beijar um Malfoy, era contra as leis, contra as regras e eu não sou contra as regras. Agora já era impossível parar. Depois de tanta agarração, o beijo acabou. Eu estava totalmente ofegante, meu coração acelerado, mal podia respirar. Mesmo depois do beijo nossas testas encostavam uma na outra.


- Draco... – Eu comecei falando, mas ele me impediu.


- Não precisa falar nada.


- Eu não deveria ter feito isso.


- E por que não? Você não gostou?


- Não disse isso.


- Então você gostou?


- Claro que sim, mas gostar não basta.


- E por que não? O que há de errado?


- Tudo Draco! É como se fosse contra as leis, você é um Malfoy, sangue-puro, Sonseriano, eu sou uma sangue-ruim, Grifinoriana, não está certo!


- E daí? Não vejo nenhum problema nisso.


- Mas eu vejo Draco, e eu não posso, sinto muito. – Eu me levantei e fui para meu dormitório pensando no nosso beijo.


Uma semana se passou e nós agíamos como se nada tivesse acontecido. O baile de Natal faltava dois meses para acontecer e eu já começava a planeja – lo.


- Mione. – Draco entrou no meu quarto.


- Oi? – Ele se sentou na minha cama enquanto eu lia um livro.


- Você sabe que o baile está se aproximando.


- Sim, daqui a dois meses.


- Bom, eu queria saber se você gostaria de ir ao baile comigo?


- Claro que sim!


- Tá bom! - E simplesmente arrumei um par, mas não somente um par e sim O Par. Nós dois combinamos de ensaiar a valsa toda quinta até o dia do baile já que falei que não sabia dançar valsa.


               Era quinta feira e eu assistia a um jogo de Quadribol de Grifinória contra Sonserina e eu não sabia para quem torcer então fiquei meio a meio e quieta no meu canto. De repente avistei Draco correndo atrás do pomo-de-ouro, no mesmo momento em que percebi o pomo-de-ouro Harry também percebeu e foi voando até ele, Draco ainda levava vantagem, mas Harry estava chegando perto tão perto que de uma hora para outra derrubou Draco de sua vassoura e apanhando o pomo-de-ouro.


- DRACOOOOO... – Gritei me levantando rapidamente e correndo até ele. Um enorme grupo de alunos se juntou envolta de Draco, mas eu consegui afastar todo mundo, me abaixei e percebi o estrago que Harry tinha feito. Draco estava com vários cortes por todo o corpo, sua perna parecia estar quebrada e, além disso, ele ainda estava desmaiado.


- Draco. – Sussurrei tocando seu rosto machucado.


- Todos se afastem! Vamos levar Sr. Malfoy à enfermaria! – McGonagall passava pelos alunos até chegar e me ver abaixada a ele.


- Sra. Granger peço-lhe que se retire para levarmos o Sr. Malfoy à enfermaria. – Eu assenti me afastando e deixando levarem Draco. Eu os acompanhei até à enfermaria onde o colocaram sobre uma maca branca e Madame Promfrey veio às pressas correndo e querendo saber o que tinha acontecido.


- Meu Merlin! O que houve aqui?- Perguntava assustada.


- O Sr. Potter derrubou o Sr. Malfoy de sua vassoura no jogo de Quadribal. – Respondeu McGonagall.


- Tsc, tsc, tsc. Ele conseguiu fazer um grande estrago! Mas vou conseguir dar um jeito. – Madame Pomfrey apalpava Draco com cara de desaprovação. Quando terminou foi correndo pegar uma poção. – Ele fraturou 3 costelas, quebrou a perna e ainda tem esses cortes e hematomas pelo corpo.


- Você vai conseguir cura-lo, não vai? – Perguntei exasperada.


- É claro que sim querida, mas vai ser um pouco doloroso para ele.


- Ele está em suas mãos Madame Pomfrey. Parece que nosso trabalho aqui já acabou. Vamos Sra. Granger? – Minerva me chamou.


- Não! Eu vou ficar com ele.


- Mas ele está desacordado, quando ele acordar eu chamo a Senhorita. – Falou Madame Pomfrey despejando uma poção na boca de Draco.


- Não, eu vou ficar.


- Bom, se insiste, eu vou comunicar ao Professor Dumbledore. – Minerva se despediu e foi para a sala de Dumbledore me deixando sozinha com Madame Pomfrey.  Ela pegou uma espécie de buchinha, pingou um pouco de uma poção e passou pelos cortes e hematomas de Draco. Eu observava tudo com atenção sentada na maca do lado de Draco, que estava totalmente adormecido.


Ela despejou mais um pouco de uma poção da boca de Draco e cobriu a perna dele com gaze e por cima gesso. – Pronto! Isso deve bastar por enquanto. Daqui a 2 horas eu volto para repor. Ele deverá acordar amanhã de manhã. – E foi para sua sala. Acariciava seu lindo rosto que agora estava coberto de cortes. Fiquei ali até anoitecer, não queria comer nem dormir, sentada numa poltrona abraçada a meus joelhos meu estomago embrulhado e uma sensação que eu nunca sentira antes. No dia seguinte acordei com alguém me chamando.


- Mione. - Uma mão se infiltrou no meu cabelo. Eu abri levemente os olhos e encontrei um loiro me encarando.


- Draco! - Eu sorri e ele também sorriu. – Você acordou!


- Não podia dormir para sempre, não é! – Eu sorri mais abertamente, até machucado ele era debochado. Estava tão aliviada! Tinha tirado um peso das costas. Levantei-me rapidamente da cadeira e o abracei fortemente.


- Ai! – Reclamou e eu me afastei.


­- Desculpa.


- Tudo bem! É uma dor boa. – Ele voltou a me abraçar.


- Você ficou aqui a noite toda? – Draco me perguntou.


- Sim, não podia deixar você sozinho!


- Obrigado! – Agradeceu.


- Mas já que você já melhorou eu acho que posso ir.


- Não! Fica aqui comigo. – Ele pediu.


- Mas você já está melhor, e eu preciso comer tomar banho e ir para a aula!


- Tudo bem. – Concordou.  


- Depois das aulas eu venho te ver, ok? – Perguntei.


- Ok. – Beijei levemente sua bochecha e fui para o meu dormitório tomar meu banho e depois segui para o Salão Principal, estava faminta! Depois das aulas fui visitar Draco. E no dia seguinte aconteceu o mesmo. Depois de jantar fui direto para meu quarto e quando lia um livro escutei uma batida na janela, abri e era Draco encima de sua vassoura.


- Você enlouqueceu? Volte para a enfermaria!

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