A gravidez de Hermione

Na manhã seguinte Harry acordou um pouco tarde, eram por volta das 10 da manhã quando abriu os olhos assustado e se sentou na cama.

- O que foi amor?

- Estou atrasado. Hermione, se John vir aqui não acredite numa palavra do que ele disser e em hipótese alguma diga onde vou...

- Mas hoje é sábado. Atrasado pra que?

Sem responder Harry entrou correndo no banheiro e minutos depois voltou já vestido. Parou em frente ao espelho dando uma ajeitada no cabelo completamente bagunçado e caminhou até Hermione.

- Se cuide. Estarei no ministério caso queira me comunicar de algo, não saia de casa.

- Harry espere... onde você.. - antes que Hermione pudesse terminar de falar, Harry já tinha saido e fechado a porta.

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- Não posso acreditar nisso. - John disse com os olhos marejados olhando pra uma pequena tela de tv. - Aparelhos de trouxas, isso com certeza está quebrado. - repetiu olhando pra Arthur Weasley.

- Impossível senhor John. - O Sr. Weasley respondeu calmamente - Eu estava fazendo um estudo sobre trouxas e decidi testar essas "châmeras".

Na tela pequena podia-se ver Harry com uma capa que lhe cobria o rosto e as criançinhas correndo na direção dele. Harry olhou pros lados e tirou a varinha apontando para elas. Um enorme lampejo de luz ofuscou por segundos o foco da câmera e depois todas estavam caídas enquanto Harry se desviava entre elas para passar.

John novamente ao ver a cena se largou numa das poltronas totalmente decepcionado:

- Meu Deus o que Harry fez?!!!

- Se o senhor quiser, os membros da Ordem podem ajudar.

- Quantos mais ou menos?

- Uns trinta se não estou enganado. - O Sr. Weasley disse pensando rápido.

- Mesmo assim somos muito poucos. - novamente afundou a cabeça nas mãos - Harry não podia ter feito isso.

O Sr. Weasley ficou sem palavras entendendo a mão no ombro de John e depois perguntou:

- Como está o Sr. Alex?

- Está no hospital St. Mungos. - John respondeu passando a mão pelo rosto - Os medibruxos não sabem o que vai acontecer.

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- Espere, já vai! - Hermione saiu apressada do banheiro. Estava vestindo um vestido longo azul muito escuro tomara que caia e largo um pouco a baixo dos seios para disfarçar a barriga. Uma pessoa batia na porta descontroladamente.

- Graças a Deus que você está bem Hermione! - John disse a abraçando rapidamente quando ela abriu a porta.

- Estou, estou sim.... nossa, mas vocês estão estranhos esses dias.

- Vocês?!

- Você e Harry...porque essa preocupação toda? O que está acontecendo?

- Você viu o Harry.

- Vi... - ela falou rapidamente notando a expressão de John - Ele lhe fez alguma coisa.

- Não... não me fez. - Hermione disse confusa e perguntou - Por favor me diga o que aconteceu?

- Sente-se! - ele indicou o sofá e Hermione obedeceu querendo ouvir o que ele tinha a dizer - Hermione... Harry...passou para o lado sombrio da Magia.

- O QUE? - Hermione disse rapidamente como se aquilo fosse uma brincadeira - O Sr. só pode estar brincando.

- Nós vimos Hermione, agora ele é alidado de Voldemort.

- Não... não, não... - ela tinha se levantado e olhou pra John - Não, o Harry não...nunca teria feito isso. O problema é que vocês NUNCA confiaram nele, sempre desconfiaram de sua capacidade... - Hermione tentava achar um argumento.

- Não tem achado ele estranho?

- Na verdade sim, mas... - quando ela foi argumentar novamente John a olhou profundamente e falou:

- Nós temos provas.

- Impossível.... - ela falou.

- O Sr. Weasley estava realizando um trabalho sobre trouxas e colocou algumas châmeras...

- Câmeras. - corrigiu Hermione e John continuou:

- Isso, ele colocou essas máquinas usadas pelos trouxas apenas para testar e...

- Vocês viram o Harry por acaso? - Hermione perguntou em som de deboche e John falou com a voz absolutamente desapontada:

- Infelizmente sim minha jovem. Harry entrou na sala do conselho, algumas crianças...

- Que crianças?

- Filhos dos aurores, eles tinham levado seus filhos para ver o exército de Trolls. Então... essas crianças entraram pedindo ajuda a Harry.

- E ele? O que ele fez? - Hermione perguntou com o olhar apreensivo.

- Matou todas... Hermione.

Ela rapidamente levou a mão a boca não conseguindo segurar as lágrimas e se sentou soluçando rapidamente.

- Por isso quero que me diga onde ele está!

- Vai matá-lo não vai!? - ela perguntou com os olhos vermelhos olhando pra John.

- Vou cumprir o meu dever Hermione, mesmo que isso cause a minha destruição interior.

- Como tem coragem de dizer que vai matar o Harry pra mim?

- Pense... - ele falou se sentando na frente dela - Como ELE teve coragem de fazer o que fez?

Hermione ficou sem palavras, abaixou a cabeça e falou:

- N-Não sei onde ele está...

- Como não sabe?

- Harry chegava em casa e me dizia que não era pra eu sair. Quando eu perguntava onde ele ia ele falava que ia resolver alguns problemas, mas não me disse o local pra onde iria... - Hermione começou a falar desesperadamente se levantando novamente tentando controlar o ataque de choro.

- Calma. - John deu um passo a frente a abraçando e falou a encarando quando se afastaram - Esse filho... - uma pausa na qual ele colocou a mão na barriga dela - É do Harry... não é?!

Hermione olhou chocada e surpresa ao mesmo tempo pra ele, este sorria amigavelmente e Hermione disse enquanto as lágrimas lavavam seu rosto:

- Não tire o Harry de mim agora, por favor.

- Ele escolheu o caminho errado Hermione, mas preciso que me fale onde ele está para tentar ajudá-lo.

- Me prometa que não vai matá-lo. - Hermione disse o olhando fixamente - Por favor.

- Vou tentar uma conversa amigável com ele Hermione.

John a olhou mais uma vez carinhosamente, como se tivesse olhando pra uma filha e disse:

- Agora tenho que procurar aquele inconsequente.

Hermione achou melhor não dizer mais nada e esperou John sair. Ela olhou rapidamente pra um retrato de Harry em sua mesinha de cabeceira e saiu em disparada ao banheiro. Colocou uma calça justa, uma blusa mais larga, uma bota preta até o joelho amarrada e uma capa preta por cima.

- Não posso ficar aqui sem fazer nada. - ela disse a si mesma e pegou sua varinha de dentro da gaveta colocando-a dentro da capa. Ao fazer isso ela se encaminhou pra dentro da lareira da sala, pegou um punhado de pó de flú jogando no fogo, este rapidamente mudou para uma coloração esverdeada. Hermione entrou na lareira e com mais um punhado de flú disse:

- "MINISTÉRIO DA MAGIA"

Segundos depois ela apareceu numa enorme lareira no saguão do ministério. O ministério estava absolutamente escuro, não se ouvia nada, praticamente todos haviam corrido dali. Hermione começou a chamar:

- H-Harry? Harry... fale comigo por favor.

Rapidamente todas as tochas acenderam e Hermione pode ver um vulto parado a olhando. Harry ergueu o capuz do rosto e foi correndo abraçar Hermione.

- Hermione você precisa sair daqui.

- Harry vamos embora comigo. O que você fez com aquelas crianças?

- Quem lhe contou?

- Isso não importa agora. - ela falou ainda abraçada muito forte com ele - Vamos embora.

Harry segurou seu rosto com as mãos como sempre fazia e Hermione só não gritou por que lhe faltavam forças. O rosto de Harry estava absurdamente mudado, estava com olheiras, talvez porque não conseguira dormir direito por diversos dias, e seus olhos estavam de uma cor estranha, um verde amarelado.

- Entenda amor, não - precisamos - mais - fugir. Eu tenho o poder agora.

- Harry o que está acontecendo com você? O que você fez com aquelas crianças? - ela repetiu entrando em desespero ao ver a expressão de Harry.

- Foi preciso.

- Como você teve coragem?! - ela o olhou indignada.

- Não me olhe assim. Você não.

- Não estou te reconhecendo. - ela falava dando passos pequenos para trás e Harry ia caminhando ao encontro dela:

- Eu vou trazer paz novamente ao mundo dos bruxos Hermione, confie em mim.

- Você está matando pessoas Harry. EU NÃO RECONHEÇO MAIS VOCÊ! - ela gritou ainda se afastando e não pôde evitar as lágrimas. Harry fez uma cara de desapontamento e falou entendendo a mão:

- Tudo é por você. Eu fiz tudo isso por você.

- Será que só o amor não bastava?! Pelo menos eu te amo muito! - ela perguntou agora soluçando muito. - Olha no que você se transformou Harry. Você ACABOU com a sua vida.

- Hermione você é a única coisa de valor que importa na minha vida. Foi o JOHN que colocou essas coisas na sua cabeça não foi!? Eu disse pra não recebê-lo.

- John só quer nos proteger.

- Nos proteger?

- Sim, ele sabe que estou grávida. - ela falou olhando pra Harry com o olhar desapontado - Harry... - uma pausa na qual ela olhou pra baixo - Como pode trocar o nosso amor e a felicidade por isso.

- Hermione você não entende, agora eu tenho o poder pra fazer tudo o que eu quiser.

- Você preferiu o poder Harry! - ela gritou recuando alguns passos quando Harry avançou - Preferiu isso... - ela olhou pro rosto de Harry - a viver tranquilamente ao meu lado.

- Você não entende.

- Não entendo...nunca vou entender Harry. Meu Deus eu não te reconheço mais. Você não é mais aquele bravo auror com quem eu me casei...

- Não porque eu sabia que poderia ser muito mais que um simples auror.

- Mas eu amava aquele auror Harry, com todas as minhas forças.

- Não diga isso Hermione... - Harry falou com os olhos marejados.

Neste momento ouviu-se um estalo, de alguém aparatando e ao longe avistaram John caminhando com a varinha na frente. Harry puxou Hermione pelo braço e falou muito perto:

- É assim que você me ama? Trouxe ele pra me matar.

- Não... Harry eu não.. - antes que ela pudesse terminar Harry a empurrou mais um menos um metro de distância. Hermione conseguiu se equilibrar e não caiu:

- VOCÊ TAMBÉM NÃO ME AMA! - Harry gritou estendendo a mão a frente e neste momento Hermione foi erguida no ar e ela sentiu como se alguma coisa a sufocasse.

- SOLTE ELA! - John gritou correndo o mais rápido que pode. Ao chegar perto de Harry ele se jogou derrubando Harry no chão e Hermione caiu desmaiada. John saiu engatinhando rapidamente pra Hermione colocando a mão em seu pulso para conferir se estava viva e Harry já tinha se levantado.

- Que ótima visita "mestre" John... - Harry soltou uma gargalhada sombria que fez John se levantar pegando a varinha.

- Olha o que você fez a Hermione! Olha o que você fez aos nossos amigos... OLHE PRA VOCÊ HARRY! - John gritava ao ver o rapaz que considerava como filho naquele estado.

- Agora eu tenho poder John!!! Poder para fazer coisas que vocês nunca poderão fazer.

- Harry... não diga isso. - John falou caminhando a Harry com a varinha abaixada e Harry apontou a varinha pra ele. Este então olhou pra Hermione caida imóvel no chão e se encaminhou até ela novamente a erguendo no colo reunindo todas as forças:

- Pelo menos ajude-me a levá-la ao hospital St. Mungos.

- Você - não - vai - tirar - ela - de - mim... - Harry disse compassadamente.

- Não quero afastá-la Harry, foi VOCÊ que a afastou do seu lado. - ele falou colocando Hermione novamente no chão com cuidado, pois Harry estava com a varinha apontada para os dois.

- Fiz isso por que a amo.

- Isso é amor? - John apontou pra Hermione no chão - Tem certeza Harry?! Você tentou matá-la.

- Não! - Harry disse com a voz firme. - Pelo menos ela teria que ter confiado em mim.

- Harry você está ficando louco... - John disse indignado com a expressão de Harry.

- É você que está com inveja...

- Pode crer Harry, não tenho inveja de você. Não do jeito que está!

- Lord Voldemort me proporciona coisas que eu sempre quis, e que sempre me recriminaram. Todos vocês...

- E isso inclui matar crianças?! Fazer isso com a sua esposa...Ah é claro! Você escondeu de mim que se casou.

- Isso não é da sua conta. - Harry falou virando-se de costas.

- Você tinha tudo para ser um rapaz mais do que mestre Harry. Tem talento naquilo que faz e...

- Eu tinha um talento que não era reconhecido por ninguém. Você, o Conselho, a Ordem da Fênix, todos nunca confiaram em mim.

- Você não entende Harry...

- Ah é?! Não entendo o que? Que me trataram como uma criança esses anos todos me escondendo histórias.

- Voldemort invadiu a sua mente Harry, tente me ouvir.

- NINGUÉM INVADE A MINHA MENTE! - Harry gritou audacioso virando-se para John - Nem mesmo Lord Voldemort! Agora eu controlo a minha vida...E tenho poder para evitar coisas que vocês nunca foram capazes de responder pra mim.

- Ahhh e posso saber o que exatamente?

- Você já parou pra pensar como é ter sonhos com as pessoas antes que elas morram, John?! - Harry se aproximou dele e falou - Não... não imagina.

- E o que isso tem...

- Isso é o que eu tentei perguntar ao mestre Alex, e saber se tinha algum jeito de impedir que estas coisas aconteçam... e sabe o que ele me disse?!

John ficou calado olhando a expressão estranha de Harry e este continuou falando:

- Os Bruxos não podem controlar isso, são coisas que o destino escolhe. E dando ouvidos a ele EU perdi o Sirius e jurei que me tornaria o bruxo mais poderoso que já existiu a partir daquele dia. Não vou deixar que isso aconteça a essa pessoa.

- Que pessoa Harry? - John perguntou com pena da fisionomia de Harry.

- JÁ FALEI QUE NÃO É DA SUA CONTA! - Harry se virou apoiando-se numa estátua de duende e John se aproximou tentando encostar a mão no ombro de Harry e este virou-se rapidamente empunhando a varinha a frente:

- Veio aqui pra me matar não foi?!

- Não Harry... eu jamais quis fazer isso, mesmo sendo a minha obrigação.

- ENTÃO TENTE! - gritou Harry - Mas pode estar certo que eu não vou deixar tão facilmente.

- Eu não queria isso...Harry, aja pela razão por favor.

- Estou fazendo isso, é você que não me entende, nunca parou para me entender... - Harry foi caminhando dando voltas ao redor de John - Agora se não tem mais nada a declarar, peço que saia.

- Com prazer Harry, mas vou levar Hermione.

- Não, não vai.

- Olhe pra ela! - John ficou irritado com a atitude de Harry e também tirou a varinha.

Os dois ficaram se encarando, ambos com a varinha a frente e John disse com os olhos marejados:

- Eu nunca quis isso Harry. Sempre te considerei um irmão! Ou um filho que eu não tive...

- Não - me - importa. - Harry disse seriamente - Não vou deixar que me façam de idiota de novo!

Harry ouviu novamente um estalo no ar e virou-se rapidamente para olhar. John gritou reunindo todas as forças apontando pra Harry:

- ESTUPEFAÇA!

Como Harry tinha se virado, não teve chances de se defender e foi lançado a alguns metros a frente. John rapidamente se encaminhou até Hermione a erguendo nos braços.

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