O Lado Sombrio da Magia

- Senhor Alex, por favor senhor...eu preciso falar...agora... - Harry disse ofegante de tanto que correu pra chegar até a sala do Conselho.

- Sente-se Harry. - Alex indicou uma cadeira se apoiando numa bengala e também se sentou na frente de Harry. Esperou os outros sairem e perguntou:

- O que houve?

- Sr. William Brokfield... não é ele senhor, é Lord Voldemort.

- Tem certeza do que está me dizendo Harry?

- Certeza absoluta. Ele estava conversando comigo sobre o lado sombrio da Magia...sabia de coisas que nenhum auror poderia saber.

- Se isso for verdade Harry, terá minha confiança pelo resto de seus dias.

- Eu quero ir junto.

- Não Harry...você fique aqui.

Harry achou melhor não discutir, sentou-se num sofá e ficou esperando ansiosamente.

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- Sr. "regente", está preso! - Alex disse se colocando a frente dos outros.

- Preso?

- Preso, Lord Voldemort. - ele repetiu com a voz firme tirando a varinha.

Voldemort se arrumou na cadeira e disse também tirando a varinha:

- Nenhum auror vai impedir meus planos.

Antes que Voldemort pudesse dizer alguma coisa, Alex disse com a voz firme:

- EXPELLIARMUS.

A varinha de Voldemort foi jogada a uma distância razoável e Alex com a varinha conjurou uma corda prendendo seus pulsos e a mesma corda em volta do pescoço.

Enquanto isso Harry já se cansara de esperar na sala de Alex e foi ver o que estava acontecendo. Ao chegar na sala Voldemort estava suspenso no ar como se estivesse pendurado por uma corda invisível.

- Solte ele. - Harry falou em meio ao barulho do feitiço.

- O que disse Harry? - Alex perguntou

- Não o mate.

- Mas é claro que eu vou matá-lo. Ele é a razão pra tudo isso que está acontecendo.

Voldemort poderia ter fugido de muitas maneiras, mas não a fez, pois queria ver a reação de Harry.

- S-só....eu....p-posso t-te a-ajudar... - Voldemort dizia fingindo que estava sendo estrangulado.

- Já falei pra soltar ele!!! - Gritou Harry. - Pelo menos ele acreditou em mim.

- Qual é seu problema?! - Alex perguntou olhando pra Harry.

- Você não pode matar ele. - Harry disse olhando pra Voldemort - É o único que pode me ajudar.

Alex não deu ouvidos a Harry e quando foi lançar outro feitiço em Voldemort, Harry falou pra si mesmo tirando a varinha:

- Não vai tirar a minha única chance. - dizendo isso grita apontando pra Alex - AVIS!

Neste momento, uma explosão sai da ponta da varinha de Harry, como se fosse um tiro empurrando Alex pela janela. Harry correu e se debruçou na janela e viu Alex caido no saguão principal. Muitas pessoas se aproximavam para vê-lo e antes que alguém olhasse pra cima, Harry se encostou na parede passando a mão pelo cabelo:

- Meu Deus...o que foi que eu fiz... - Harry ficava balançando a cabeça negativamente quando Voldemort foi caminhando normalmente até ele - Você fez certo Harry. Eu lhe ajudarei... e... mesmo que queira sair agora você será considerado inimigo deles.

Harry viu que não tinha chance alguma, e que agora ele tinha de ter confiança naquele que algum dia fora seu inimigo.

- Eu é que te ajudei Harry...é muito difícil isso?! E juntos, podemos salvar Hermione.

- Sim mestre. - Harry disse fazendo uma reverência e ficando na posição enquanto Voldemort caminhava da esquerda para a direita - Agora que será meu aprendiz do lado sombrio da Magia terá de ter um nome...você se chamará...

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- Onde você estava Harry? - Hermione perguntou ao ver o marido chegar em casa.

- Eu estava resolvendo uns problemas. - Harry falou indo abraçá-la. - Hermione você precisa confiar em mim.

- Estou te achando estranho, me diga o que aconteceu?!

- Apenas fui fiel ao Sr. William... - Harry disse virando-se de costas - E ignorei o conselho dos Aurores.

- Nunca gostei do Sr. William, Harry...decididamente acho que ele não é de confiança.

- Só ele pode nos ajudar Mione.

- Ajudar? Ajudar no que...Harry não estou entendendo.

- A questão Hermione é que nós não precisamos mais fugir.

- Fugir de que?

Harry não respondeu dando um passo a frente a abraçando:

- Eu já disse pra não se preocupar.

Hermione apoiou a cabeça no ombro de Harry e disse:

- Com você do meu lado, me sinto protegida... - ela deu um passo atrás e perguntou - Onde está John?

Harry desviou o olhar virando-se de costase falou olhando pela janela:

- Deve estar no ministério.

- O clima está estranho... - Hermione disse caminhando até Harry e este se virou-se de frente pra ela - Tenho que ir Mione.

- Onde você vai?

- Resolver umas coisas. - Harry disse segurando o rosto dela delicadamente com as duas mãos e beijou-lhe apaixonadamente - Eu volto a noite. Dizendo isso Harry deu um beijo na barriga dela e saiu caminhando até desaparatar.

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- John?! O que faz aqui?

- Estou procurando por Harry. - ele falou ao notar a expressão de espanto de Hermione.

- E porque ele estaria aqui?

- Uma intuição é claro, por um acaso não o viu?!

- Não, eu não o vejo faz algum tempo. - Hermione disse tentando parecer o mais natural possível - Mas pode me dizer, se for alguma coisa que eu possa falar pra ele?!

- Problemas no ministério. Alex foi atacado por Voldemort.

- Voldemort está novamente aqui?!

- Esteve aqui o tempo todo minha jovem.

- Não entendo...

- Estava se passando como o Regente, usou um disfarce original para conseguir enganar a todos.

- Então Harry corre perigo!

- Receio que sim...eu queria saber se ele estava no ministério na hora em que Alex foi atacado pra poder nos dizer quem foi.

Hermione ficou um tempo calada e depois disse:

- E como vai fazer para avisar ele?

- Não sei Hermione, novamente as coisas estão se transformando num caos. Voldemort realmente não está de brincadeira.

- E o que lhe preocupa então?

- Veja bem, se Voldemort esteve aqui esse tempo todo ganhando a confiança de Harry, não acha provável que Harry...

Hermione não o deixou terminar de falar: - Não, jamais, Harry nunca faria isso John. Ele odeia Voldemort com todas as forças.

- Que você esteja certa Hermione. Mas agora... -John olhou pro relógio da sala de Hermione e disse - Tenho que ir. Caso ver o Harry tente me comunicar o mais depressa possível.

- É claro, eu o farei.

- Obrigado Hermione. - John sorriu brevemente não conseguindo esconder a preocupação do rosto e saiu pela porta quando Hermione a abriu educadamente.

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- Estou aqui Milord.

- Preciso que faça uma coisa. - Voldemort disse quando Harry se aproximou.

- Quero que entre no comando do Ministério da Magia e pegue o "exército" de Trolls que eles montaram para nos enfrentar.

- Como vou controlá-los meu senhor?

- Use o poder de sua mente Harry. - Voldemort sorriu por debaixo do capuz que lhe cobria o rosto - O poder de...Persuasão...

- Não sei se consigo.

- Eu o ajudarei - uma pausa na qual Voldemort respirou fundo e disse - Agora é melhor ir andando. Eles já descobrirar que estou novamente presente.

Harry fez uma pequena reverência também cobrindo seu rosto com o capuz e quando estava saindo Voldemort o chamou:

- E tem mais uma coisa. - Harry parou para ouvir e Voldemort continou com a voz baixa:

- Elimine todos os aurores que conseguir.

Novamente Harry acenou afirmativamente com a cabeça e saiu andando com a enorme capa esvoaçando atrás. Em questão de minutos chegou ao ministério e caminhando silenciosamente foi até o enorme lugar onde estavam montando a criação de Trolls, muitos já estavam enormes. A maioria dos aurores estava equipando-os contra feitiços e tirando-os das jaulas. Harry procurou algum lugar alto de onde pudesse ter ampla visão do que estivesse acontecendo.

- "Concentre-se" - uma voz fria soava na cabeça de Harry e este fechou os olhos - "Use o seu poder de persuasão..."

Harry sentia uma força enorme atravessando seu corpo, desde os pés até o mais alto fio de cabelo e quando abriu os olhos todos os Trolls estavam parados todos olhando para um mesmo ponto, o lugar onde Harry estava. Os aurores que estavam ajudando tentaram ver para onde eles estavam olhando, mas antes disso Harry já tinha procurado um lugar mais seguro.

- "Executar a ordem..." - novamente a voz soou na mente de Harry e como que de repente todos os trolls começaram a atacar os aurores com seus enormes bastões. Muitos cairam no início por terem sido pegos desprevenidos, os outros que conseguiram fugir lançavam feitiços, sem sucesso, pois haviam equipado todos os trolls contra feitiços.

Neste momento Harry subiu correndo pelo elevador aproveitando que a maioria dos trabalhadores estavam tentando controlar a situação e foi até a sala do Conselho dos Aurores, olhou pela janela tentando ver alguma coisa. A sala estava escura, Harry se virou rapidamente quando viu algumas crianças entrarem correndo na sala:

- Harry.

- Sr. Potter... - um garotinho loiro foi até ele segurando uma varinha com a expressão de terror e perguntou:

- Sr. Potter, ainda bem que encontramos o senhor. Nossos pais nos trouxeram aqui para ver os trolls e eles começaram a ficar elouquecidos. O que fazemos agora?

Harry olhou para aquelas crianças sem saber o que dizer e tirou a varinha de dentro da capa.

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Hermione estava sentada no sofá de sua casa olhando fixamente pra lareira enquanto acariciava sua barriga. Simplesmente estava confusa, não sabia onde Harry estava, o que Voldemort faria com seu marido se o encontrasse.

Ela se levantou apoiando-se no braço do sofá. Apesar de estar de 7 meses, sua barriga já estava consideravelmente grande. Caminhou até a janela e olhou para as estrelas. Uma brisa leve tocou-lhe o rosto suavemente e Hermione não sabia o porquê, mas queria ver Harry o mais rápido possível. Algumas lágrimas começaram a sair de seus olhos involuntariamente e Hermione levou uma das mãos ao coração. Desejava mais do que nunca que Harry estivesse em casa.

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Harry desceu novamente aonde estavam os trolls e a única cena que invadia o local era muitos aurores caídos no chão e os Trolls ao verem Harry foram caminhando em sincronia até ele. Quando todos os trolls já estavam reunidos, mais ou menos uns cem, Harry novamente se concentrou dando ordem para que ficassem parados.

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- Estão no ministério Milord.

- Conseguiu reunir todos?

- Sim, mestre. - Harry disse curvando a cabeça para frente e depois perguntou:

- Se não precisa de meus serviços, peço-lhe permissão para ver Hermione.

- Não preciso mais de sua ajuda, por enquanto. Quando eu precisar mando lhe avisar.

- Como queira senhor. - Harry falou novamente fazendo uma reverência e saiu andando do local onde Voldemort se encontrava sentado.

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- Meu Deus. Onde você estava amor? - Hermione levantou-se mais rápido dessa vez indo abraçar Harry que entrou pela porta da sala.

- Estou bem. - Harry falou a beijando carinhosamente - E você como está?

- Estava preocupada com você.

- Porque?

- John esteve aqui...

- Aposto que disse coisas terríveis a meu respeito.

- Não diga isso Harry, John gosta de você como se fosse seu pai.

- Mas não é! - Harry disse bruscamente e depois disse com a voz mais calma vendo a cara de preocupação da esposa - Olha Hermione, presta atenção... John e o conselho não confiam em mim e nunca confiaram.

- Harry não diga isso... - Hermione tentou falar e Harry disse a abraçando carinhosamente - Não quero que se preocupe com isso.

- Tenho que me preocupar. - ela falou ainda abraçada com ele e este respondeu - Olha, vamos dormir, assim você fica mais tranquila e amanhã você vai ver que não está acontecendo nada.

Hermione concordou com a cabeça olhando pra Harry e os dois foram caminhando de mãos dadas até o quarto.- Vou ficar mais um pouco acordado. - Harry falou enquanto Hermione se vestia.

Hermione colocou sua camisola e se deitou puxando o edredom até a altura da cintura. Pegou um livro de feitiços e começou a ler enquanto Harry ainda continuava sentado numa poltrona do quarto pensativo. Hermione fechou o livro alguns minutos depois e perguntou animada querendo puxar assunto:

- Querido?! Que nome acha que devemos dar ao nosso filho...

Harry continuou com o olhar fixo pra frente como se não a estivesse ouvindo:

- Harry? HARRY??!

- "Harry... HARRY, por favor me escute! - Hermione estava deitada com os olhos semi-abertos muito pálida tentando falar - HARRY!"

- HARRY! - neste momento Harry olhou pra Hermione com os olhos arregalados e ela perguntou - Não estava me ouvindo?!

- É...É que eu só...e-estava um p-pouco d-distraído... - ele disse sorrindo e se encaminhou até a cama deitando-se do lado dela. - Eu te amo. - ele disse colocando uma mecha do cabelo dela atrás da orelha para que pudesse fixar seus olhos.

- Está romântico hoje é?! - Hermione sorriu e fechou o livro colocando-o na mesinha de cabeceira.

- Hermione, eu amo muito você...só a simples idéia de...

- Não me diga que está preocupado com aquele sonho de novo?!

Harry ficou quieto por um tempo e disse disfarçando e sorrindo - Não... não é nada disso, já passou... - ele falou se deitando nas almofadas e estendeu o braço para que Hermione deitasse e ela falou:

- Sabe Harry estou sentindo falta de trabalhar.

- Não precisa Mione, você precisa é se cuidar! - disse Harry acariciando os cabelos dela.

- Em todo o caso acho que vou ao ministério amanhã, desde que você conseguiu aquele emprego de auxiliar pra mim, acabei me acostumando com o pessoal de lá...

- Eu não podia deixá-la lá no Profeta Diário com as pereguissões que estavam fazendo a você.

- Entendo... - ela disse dando um beijo na bochecha de Harry e falou - Sinto falta de trabalhar.

- Não quero que volte ao ministério. - Harry disse se sentando.

- Mas...porque não?

- Simplesmte não quero Hermione. Pelo menos ficando em casa eu posso saber onde encontrá-la.

- Já disse que não precisa de preocupar comigo amor. - Hermione disse abraçando Harry por trás.

- Hermione! - Harry disse sério a olhando e segurando suas mãos - NÃO QUERO QUE SAIA DAQUI!

Hermione o olhou um tanto desconfiada:

- Tem alguma coisa acontecendo que você não quer me contar? Já pedi para sermos sinceros um com o outro.

- Estou sendo sincero. - Harry falou se levantando da cama e andou um pouco pelo quarto - Apenas estou preocupado com você, só isso. - ele olhou pra ela sentada na cama, os cabelos cacheados soltos caindo pelos obros a deixava mais irresistível na oponião de Harry.

- Eu confio em você. - ela disse normalmente se deitando e puxando o edredom - Se você me diz, eu acredito.

Harry sorriu indo até ela e deu-lhe um beijo na testa, depois caminhou novamente pelo quarto. Decididamente estava sem sono, tinha medo de fechar os olhos e ver a imagem de Hermione lhe pedindo ajuda. Queria desvendar o porque daquilo tudo que estava acontecendo, tinha que descobrir um jeito de impedir de que o que via em seus sonhos se tornasse realidade.

Olhou mais uma vez pra Hermione que agora estava com os olhos fechados respirando tranquilamente.

Como Harry a amava, agora ela era a única pessoa que ele realmente tinha alguma ligação, ele não podia deixar que nada a acontecesse e faria qualquer coisa para impedir. Qualquer coisa, mesmo que isso significasse a sua derrota.

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