brincadeiras bobas, beijinho i

brincadeiras bobas, beijinho i



Ele estava totalmente desconfortável naquele sofá... A última coisa que lembrou foi que tinha que telefonar para o Sr. e Sra. Granger, tinha que tranqüilizá-los. Mas seus olhos pesavam, ele já oscilava cochilando.

Contudo, nem se importava, estava exausto, Harry jurou que não iria dormir até que Mione acordasse, mas pelo jeito o sono lhe venceu. Em verdade que nem estava agüentando mais deixar os olhos um pouco abertos. Ao menos esperou e conseguiu observar que a febre da amiga havia sumido.



Hermione tentou chamá-lo, mas deu pena acordá-lo (além dele nem se mover), mesmo ele estando numa posição esquisita ali. Decidiu, primeiro, medir a temperatura.



Ótimo, não estava mais com febre. O corpo ainda tentava se acostumar, estava cansada, com fome e meio enjoada ainda, era uma maresia chata...



Eram quatro e quinze da tarde e Hermione o acordava. – Harry – chamou com cautela ajoelhando-se a sua frente. – Harry... – suspirou sentindo-se responsável pelo estado, cansado e abatido, em que o amigo encontrava-se. – Harry, ei mocinho teimoso – ele estava piscando. – boa tarde... – deu um leve sorriso para ele, acariciando os cabelos dele, bagunçando-os ainda mais. – Vá para cama, se estiver com sono, esse lugar não é pra você... Vai ficar todo dolorido, isto é, se já não estiver.



Harry teve um sobressalto. – Eu dormi! Eu dormi! – sentou-se levando uma mão ao rosto. Anelou e a olhou. – Como você está? Está melhor? – perguntou colocando a mão na testa da mulher. – Graças a Deus sem febre! Está enjoada? Já comeu? Está há muito tempo acordada? Você...?



-Calma Harry, calma – falou sorrindo. – Sim, eu estou bem. Só um pouco enjoada. Ainda não comi. E não, acordei quase agora.



-Vou ligar para seus pais. Eles devem estar preocupados e-



-Nada disso. Nós vamos tomar um banho para acordar. E depois você vai me acompanhar a comer – ela falou olhando seriamente. – E sem discussão.



-Não iria falar nada – ele respondeu.



-Acho bom mesmo.



-Vejo que a Srta. Já está melhor - ele ergueu uma das sobrancelhas.



-Sim, estou melhor – ela o olhou de lado, não estava gostando muito do jeito dele.



-Que bom, - ele se aproximou ela, sorrindo marotamente. – isso é muito bom.



-Verdade – foi andando para trás, ela não estava gostando mesmo daquele jeito. – Harry... – certo, tentar desviar sua atenção...



-Oi? – ele não parava de se aproximar e sorria mais a cada passo que ela dava para trás.



-Você quer tomar banho aqui ou lá no quarto de hóspedes? Quer ir primeiro?



-Hmm. Eu não sei. Estou numa dúvida cruel. Se tomo banho primeiro ou... – Ele ergueu a sobrancelha.



Ela tinha certeza que não iria querer saber desse ‘ou’... Mas ela era tão curiosa quando se tratava de Harry. Ele tinha um ar misterioso, fazendo com que ela quisesse saber mais. Como se fosse a coisa mais surpreendente que ele guardava. – Ou...?



Era só essa pergunta que ela precisava fazer para que Harry fosse em cima dela. Ela caiu na cama assustada, Harry prendendo seus braços com uma das mãos. – o que...? Harry!



Ele tinha ainda aquele sorriso cínico, o olhar enviesado.

Harry fazia cócegas nela, Hermione não tinha condições nem de pensar. – Harry... Por, por fa... vor! Não! Aí não!! – ele estava em seus pescoços.



-‘Aí’ onde?



-Vo... Você me... pa, pa, paga!



-Acho que não estou devendo nada a você – ele parou um pouco, com a mão que a fazia rir, pôs no queixo. – ou devo? – perguntou em tom de pura dúvida.



-Engraçadinho... – ela revirou os olhou, respirando ofegante e tentou se livrar dele, mas no outro minuto Harry já estava novamente em cima da moça. – Não! Ha...rry. Pára, é sério. Eu... vou fi, fi, ficar... com... dor – gaguejou. - Não! Eu... já, já, já es...tou com dor...



-Eu paro, mas você tem que dizer algumas coisas...



-Nem pensar! – o olhou feio. - Eu não vou ceder as suas chantagens, Potter! – respirou fundo.



-Não mesmo?! – ele agora estava na sua barriga e havia soltado os braços dela.



-Har...ry! Pára! Não. Pá... ra!!



-Quer que eu pare ou não? – perguntou sorrindo do desespero dela.



-Seu cachorro! – ela batia nele agora. – Se você não parar, eu juro Harry James... Não!!! Não... Faz... isso!





Ele a pegou de um modo que a mulher ficava de costas para ele, e suas pernas estavam na frente dele, o resto do corpo (a barriga) dela nos seus ombros. Ele segurava na parte de trás de seus joelhos. Hermione batia nas costas dele incansavelmente, mais este apenas sorriu.



-Me solta!!! Harry, eu estou ficando tonta – então começou a beliscar a parte um pouco mais acima do bumbum dele (o.O). – Me largue Harry James Potter. Ou não me responsabilizo por meus atos – Ela gritou revoltada. Não dando resultado ela beliscou com força lá.



-Ai! Mione, sua tarada! – Ele reclamou tentando olhar para trás. – Pára com isso.



Ela sorriu maldosa – Me solte então!



-Eu já vou soltar – ela beliscou mais uma vez – Droga Hermione!



-Se você não me soltar... Eu vou te beliscar de novo! – ela agora sorria, tinha encontrado um brinquedinho bem divertido...



-Pronto, prontinho! – ele exclamou quando estavam no banheiro.



-Você me machucou!



-Porque você me provocou! – contrapôs brejeira. - O que você tem na cabeça Harry!? – reclamou ajeitando como dava seus cabelos.



-Eu só lhe trouxe para o banho, você deveria me agradecer – ele abriu o box e ligou o chuveiro, desde agora saiu jatos fortes de água. – Entra! – ele saiu e estava a empurrando de roupa e tudo.



-Não! Tá gelada, água tá muito gelada! – disse encostando do lado de fora as mãos.



-É? Eu nem percebi... – continuava a empurrada para o box e Hermione tentando se segurar.



-Se eu for... – ela começou ameaçadora. – Você também estará junto comigo, Potter – ela segurou os braços dele.



-Mione... Eu só estou tentado poupá-la do trabalho...



-Harry James! Nem pense! Nem pense, ouviu bem?!



Ele a empurrou com força, na mesma hora em que ela lhe puxou. Resultado: estavam debaixo d’água geladíssima.



-Isso não estava em meus planos... – ele murmurou jogando o cabelo pra trás.



-Merda! – Hermione exclamou tremente. – Você não toma jeito Harry! Grr...



Ela iria bater nele e este lhe puxou para um abraço ‘molhado’ – Fico feliz que esteja melhor. Você me deixou preocupado, mocinha! – lhe deu um beijinho acima da cabeça. Ela se deixou abraçar, a raiva derretendo e escorrendo do seu corpo como a água que os banhava. – Hmm. Tá frio mesmo né?! – ele sorriu pra ela. – Acho melhor irmos trocar de roupa. Me culparia se minha amiga gripasse... – fingiu preocupação balançando a cabeça. – você quer uma carona? – perguntou com um sorriso falsamente inocente.



-E Você, quer um outro beliscão? – perguntou se aproximando.



-Não! Muito obrigada – ele pôs as mãos um pouco a frente do corpo. – Já tive uma quantidade suficiente por hoje – eles sorriram. Hermione o olhou com a cabeça de lado, se aproximou mais um pouco, ficou na ponta dos pés e lhe deu um beijinho.



-Você é um amor Harry... – lhe deu outro beijo no rosto. – Obrigado por cuidar de mim... – e lhe deu um rápido selinho, antes de se afastar e sair do lugar.



***

A mesa estava pronta quando ela chegou, não era de almoço, mas sim de lanche. Tudo aparentava estar muito saboroso.



-Você é rápido hein!



Ele apenas a olhou. – Já telefonei para seus pais.



-Imagino que mamãe quis saber de tudo e mais um pouco do que aconteceu.



-Certamente – sorriu.



-Desculpe por mais esse Harry...



-As cócegas e o banho compensaram – respondeu fazendo café.



Ela estreitou os olhos. Aquele Homem... Achando que tinha levado a melhor. Ela tinha que dar um jeito nisso. Contraindo os lábios para não rir e andando sorrateiramente, Hermione logo se aproximou das costas de Harry e...



-Ai! – ele pulou. – Estou começando a achar que a Srta. está tentando me assediar... – falou seriamente. Hermione caiu na gargalhada.



-Isso é para você não se achar superior – falou erguendo a cabeça em sinal de orgulhoso e dignidade.



-Hermi-ô-nini Hermi-ô-nini - ela fechou os olhos cobrindo o rosto vermelho. Ele estava imitando Victor Krum perfeitamente. – ‘Non fique assim querrida...’



-Harry! – ela o olhou feio. E ele deu seu, já por ela conhecido, sorriso maroto. – Você fica ridículo assim.



-Não foi o que me disseram, sabe... Maristela disse que eu ficava até charmoso – Hermione deu um muxoxo rebelde.



-E em quem você confia mais? Na sua amiga – ela apontou exagerada para si – de anos ou no gosto peculiarmente escabroso de Maristela? – perguntou com uma ponta de desgosto por ter lembrado da loira.



-Eu não sou algo escabroso – falou nojentamente, imitando o brio elevado de Draco Malfoy impressionantemente bem...

“A única coisa que soube escolher, que teve bom gosto, direito. Foi você”, Hermione pesou amuada.

É claro que ele estava se referindo a queda que Maristela tinha por ele.



-Está me saindo um tanto metido, não acha Sr. Potter?



-Só sou realista – ele fez uma careta depois de ter falado do mesmo modo de antes.



-Sim, claro... – ela o deixou de lado e foi se sentar à mesa.



-Não gostei do seu tom... – ele discorreu a acompanhando.



-Não? – perguntou irônica.



-Não mesmo. O que é? Vai dizer que não me acha lindo? – ele fez uma cara que Hermione não conseguiu deixar de rir.



-Você... Você é lindo Harry, principalmente quando está dançando tango – ele corou violentamente. Ela sabia que ele ficaria assim... Ai como era bom o gostinho da vingança... – Lembra daquela vez em que uma mulher...



-Hermione! – lhe alertou.



-O que foi? – inocentemente ela indagou. – Harry, você está vermelho... – falou como se só agora o observasse. – O que houve? Está bem?



-Haha, não achei graça – murmurou abaixando a vista para o pedaço de bolo que estava em seu prato.



Mas ela não conseguia esquecer aquela cena...



Uma mulher que poderia ser a mãe de Harry.

Céus! Ela podia ser a minha mãe!

Continuando... Começou a se ‘insinuar’ para Harry, em uma das vezes em que trabalhávamos juntos (missão de campo), depois de termos dançado um tango (estávamos numa festa de trouxas da alta sociedade).

Ela não só se insinuava para ele, como ficava lançando indiretas bem diretas (que me faziam corar...) para ele. Harry já não sabia o que fazer, aquela mulher era casada! Então ele fingia não ouvir, mas depois que ela começou a tocá-lo... Bem, ele ficou totalmente contrariado, e me puxou daquele lugar...

A mulher parecia que não iria desistir, eu estava achando aquilo totalmente engraçado e constrangedor... Harry não estava muito feliz vendo o riso que pendia.



-Se você não percebeu, isso pode acabar com a nossa missão – falou tão sério que o meu sorriso ficou travado na garganta...



Esta fora a primeira, se não me engano, que usamos a tática: Finge, beijo, finge...

Aquele beijo tinha relembrado a ela a época de Hogwarts, sendo precisa, o sexto ano...



Ela não parava de lembrar daquilo, era muito, mas muito engraçado ver Harry sem graça e corado, uma das raras vezes depois do seu exílio... Certo talvez, talvez tivesse ido um pouco longe demais...

Ela prendeu o riso mais uma vez.



-Ah! Harry... Só tava brincando. Vai, olha pra mim...



Ela não sabia porquê fazia, ele era tão teimoso...

Suspirou e levantou-se, ela teria que ceder desta vez. Levantou o rosto dele com uma das mãos, segurando seu queixo, e sentou-se em seu colo.



-Deixa de ser bobo, vai? Você sabe que eu estava brincando... – falou o olhando. – não se esqueça que estava gozando da minha cara até poucos minutos.



-Mais não lembrei uma passagem na sua vida bizarra! Aquela mulher quase me jogou na mesa e me fez o que queria – Hermione desviou um pouco o olhar, para não rir.



-Certo, certo. Aquilo foi mesmo bizarro. Mas passou... – ela deu uma risada. – Desculpe... Então, como estava dizendo, já passou e você – ela começou incerta. – não precisa ficar se culpando, você era a vítima ali... – ela contraiu os lábios e franziu precariamente o cenho, tentando a todo custo não rir.



-Pode rir... Eu seu que você está se segurando.



-Não entenda mal Harry... É que... Sabe... Foi muito... Mais muito estranho... Ela, parecia... Uma louca, ou um animal na ‘seca’...



-Pronto?! Já acabou?



-Já – respirou fundo. - Eu juro que vou tentar não passar isso mais na sua cara.



-Isso me consola – disse sarcástico.



-Sabia que você fica uma gracinha quando está rosado? – ela perguntou, para mudar de assunto, segurando o rosto dele. Então depois ela passou a comer o bolo dele, ainda em seu colo. Harry ficou a observando, incrédulo e maroto.



-Você pretende ficar muito tempo por aqui? – perguntou se referindo a ele.



-Não, não. Só até eu comer esse bolo... – respondeu distraidamente.



-Eu tinha planos pra esse pedaço de bolo.



-Mesmo? – ela nem deu atenção. – desculpe Harry. Tem outros pedaços ali, na forma.



-Mas eu quero esse.



-Claro que quer... – revirou os olhos, e depois o olhou mordaz.



Ele pegou o prato e o garfo. – Abra a boca...



-Harry!



-Vamos Mione! – ela sorriu. – Abra a boquinha... Olha o aviãozinho.



-Eu não vou fazer isso – cruzou os braços, virando o rosto.



-Não seja desobediente... O tio Harry esta lhe oferecendo o bolo. Depois tem surpresa, se você se comportar...



Hermione realmente queria aquele pedaço de bolo, estava tão gostoso... Ela queria mesmo.



-Vamos Mione!



-Certo... – ela estava sentindo-se tão infantil... Só mesmo Harry para convencê-la. Quando abriu a boca, ficou imaginando se alguém a visse assim, o que pensaria?

Veio a sua cabeça que com certeza não seria ‘criança’ que os outros pensariam... Ela afinal, estava sentada no colo de um homem, seu amigo, mas não deixava de ser um homem... Comendo na boca e Harry dava aquela risada gostosa, que contagiava qualquer um. É, ela certamente não estava sendo criança...



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