A Séria e O Sábio




Uma noite horrível; uma das piores que Remus já tinha passado. Não só por ter sido seu aniversário, mas pela poção ter sido fraca e quase não ter completo sua função. O rosto do menino sangrava em dois profundos cortes enquanto ele desmaiado no porão ainda acorrentado tinha pesadelos.


O pai do garoto entrou correndo pelas escadas do porão e foi libertando o filho, dentro do paletó num bolso escondido a correspondência especial escapava.


–Meu filho!- O pai conjurou mais do que rapidamente um feitiço que criou pontos nos cortes. - Meu filho! Tenho uma surpresa para você.


Remo não podia estar menos confuso, o rosto ardia quando ele passou os dedos pelos cortes agora fechados. O pai estendeu a carta e abriu um enorme sorriso. O menino não conseguia acreditar no que seus olhos viam:


 


Temos o prazer de informar que o Sr. Remus John Lupin foi aceito para a Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts. Atenciosamente, Minerva McGonagall.


Havia um segundo pergaminho que era escrito em outra caligrafia.


Caro R. J. Lupin é com grande prazer que convido você e sua família para um chá, no qual poderemos discutir suas dúvidas sobre seu ano letivo em nossa escola. Aguardo ansioso ás cinco horas da tarde da próxima quarta.


Alvo. P. W. B. Dumbledore


 


Os olhos do menino se iluminaram no porão empoeirado, o pai lhe deu um abraço e completou:


–Eu sabia! Sabia que você não seria esquecido! Eu te disse, você é tão especial quanto qualquer um!


 


 


Aquela quarta feira chegou tão rápido como uma viagem com pó de flu. A mãe do rapazinho estava com a cara amarrada, não queria falar com ninguém e mantinha sua posição, o pai irradiava alegria por todos os poros.


Ao chegarem ao enorme castelo de Hogwarts os cabelos da nuca de Remus se eriçaram com a hipótese de estar freqüentando aquele lugar daqui uns meses. Ele não queria perder nenhum detalhe. Os olhos dele estavam arregalados a todos os pontos, as pinturas e armaduras, alguns alunos passavam rindo e andavam com as capas decoradas com as cores de suas casas.


–Feijõezinhos de todos os sabores!- A conhecida professora McGonagall falou com uma gárgula e ela se mexeu dando passagem para o pequeno grupo.


O escritório do diretor era tão fantástico quanto o resto do castelo. Objetos mágicos e aqueles quadros que só era possível encontrar na casa dos avós paternos, quadros que avaliavam a família e encaravam o menino.


–Bem vindos!- O diretor estava no andar superior da enorme sala e sorriu ao cumprimentar a todos. - Sintam se á vontade. Aceitam chá.


Os pais aceitaram, mas John simplesmente declinou a proposta e abaixou a cabeça. A vergonha tomou conta do menino quando depois de uma breve conversa sobre os anos de estudo do pai o assunto focou-se na sua “saúde”.


–Tenho certeza que você tinha perdido as esperanças não é?- O diretor dirigiu-se a Remus com suavidade. O menino que continuava com a cabeça baixa disse um quase inaudível- sim. -Não direi que também não me surpreendi quando a pena escreveu seu nome no livro.


Apontando para um enorme livro antigo onde uma pena trabalhava sozinha.


–Não há esperança!- A mãe enrubesceu, mas não deixou de encarar o diretor- A saúde de meu filho é muito delicada, ele não pode ficar brincando de ser normal!


Remus se assustou com as palavras da mãe. Ele olhou suplicante á ela, a mulher que o tratava com tanto carinho e preocupação o chamara de anormal.


–Não sou anormal!- Remus se dirigiu a todos e se levantou. –Nunca machuquei ninguém a não ser eu mesmo. –Ele passou a mãe nos cortes que agora estavam menos inchados.


–Certamente não. Creio que a senhora saiba que não lugar mais seguro nesta terra que não seja a minha escola. Meus alunos sejam eles quem sejam se ajustam sempre. Ninguém será abandonado.


–Meu filho não saíra de casa! Não sei nem porque viemos aqui! Eu sei o que é melhor para ele não você!


Dumbledore estudou a mulher. Cuidadosamente ele pediu que fossem deixados á sós. Nunca se soube o que foi discutido, as palavras ofensivas da mulher eram gritos que ecoavam pelos corredores, mas depois de alguns minutos a conversa se tornou calma e quando ela saiu do escritório ainda explodindo de raiva cuspiu nos dói que estavam sentados na escada:


–Espero que estejam satisfeitos! Não irei me responsabilizar, e não faça com que eu me arrependa.


O menino foi capaz de acender a fogueira na sala de jantar naquela noite sem ajuda de varinha os palavras bonitas, sua simples mas potente felicidade era visível, audível e podia ser sentida a quilômetros de distância.


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Comentários (1)

  • Lory Tonks Lupin

    esses capitulos estavam incriveis,parabéns,se continuar assim me vicio!!! ja estou ansiosa esperando pelo proximo

    2012-05-04
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