Conversas



- Por que eu? – pergunta Harry sério. – Quero dizer... Porque você veio atrás de mim, quando eu tinha pouco mais de um ano?


- Houve uma profecia feita a Dumbledore. – fala Voldemort calmo. – Parte dela foi ouvida por um dos meus e me entregue na mesma noite. A profecia não foi dita a mim em sua totalidade, mas pelo que foi ouvido, ela identificava alguém com o poder de me destruir definitivamente. Duas pessoas foram identificadas por mim, como sendo alvos potenciais. Você e Neville LongBottom.


- E você pegou uma moeda e tirou cara e coroa para decidir quem seria o alvo? – pergunta Harry calmo.


- Na verdade levei quase seis meses para decidir quem seria o “escolhido”. – fala Voldemort sério. – Houve muitos cálculos. Muitas variáveis. Muita pesquisa de linhagens familiares. Por fim, eu tinha toda a vida dos Potters e dos LongBottoms compilada. Com base nisso, eu rastreei a maior ameaça a mim. Eu selecionei os Potters. Eu o “escolhi”.


- E fez a profecia se ativar. – fala Harry seco. – Você nunca pensou em... sei lá... não fazer nada?Talvez tirar férias e ignorar tudo?


- Sim, pensei sim. Mas sem conhecer a profecia completa, eu optei por... livrar-me do perigo imediato. Oh, eu busquei o entendimento a respeito da profecia. Mas ela estava no Departamento de Mistérios no Ministério e, portanto fora do meu alcance imediato. – fala Voldemort sério. – Por fim, depois de meses de pesquisa... eu escolhi ir atrás de seus pais e de você.


- Por que você veio pessoalmente? – pergunta Harry sério. – Por que não mandar... sei lá... uns 30 Comensais para matar todos na minha casa? Por que um General ataca sozinho um alvo inimigo no meio da noite? Sem backup?


- Por que eu queria realmente ver o que você era. – fala Voldemort sério. – Eu queria saber do que você era capaz. Eu tinha Petigrew comigo, embora pensar nele como um... backup... seja um exagero.


- E você tinha o endereço, uma vez que Peter Petigrew era o Fiel do Segredo. – fala Harry calmo.


- Sim. – fala Voldemort sério. – Isso é verdade. Eu ataquei seu pai logo ao chegar. Devo admitir que ele estava... inspirado. Ele poderia ser um Mestre em Transfiguração, mas a verdade é que ele foi fraco em Defesa. Ele caiu. Sua mãe estava desarmada. Eu dei a ela a chance de sair para o lado, para que ela sobrevivesse, mas ela se recusou. Então eu a matei.


- Eu sei. Eu lembro. – fala Harry sério.


- Lembra-se? – pergunta Voldemort surpreso.


- Você gosta de Dementadores? Não? – pergunta Harry mudando de assunto. – Eu aprendi a gostar deles. Por que sempre que um deles está perto de mim, eu consigo ouvir a voz dos meus pais.


- Entendo. – fala Voldemort sério. – Eles trazem essa memória a tona. Compreendo.


- Por que permitir que minha mãe sobrevivesse? – pergunta Harry sério.


- Pediram-me que ela sobrevivesse. Pediram-me a vida dela.  – fala Voldemort sério. – Um agrado a um servo.


- Qual servo seu pediu por minha mãe? – pergunta Harry estreitando os olhos.


- Severus Snape. – fala Voldemort sorrindo. – Ele a amava.


- Como eu imagino que você não anunciou a todos que iria matar os Potters e estava aceitando pedidos de salvamento para uns e outros... – fala Harry sério. - ... devo presumir que foi Snape quem lhe contou sobre a profecia.


- Você é mais inteligente do que parece. Sim, foi Snape quem me contou a Profecia. – fala Voldemort sério. – Mas ele ainda amava sua mãe.


- Oh, Merlin. – fala Harry enojado. – Acho que vou vomitar.


- Sinta-se à vontade. – fala Voldemort vendo Harry ficar pálido. – Ele não se importou nem um pouco com seu pai ou com você. Mas ele a desejava. Eu não vi mal nenhum em dar a ele seu pedido. Mas quando ela se recusou a sair da frente... as coisas mudaram de figura. Então eu a matei.


- É por isso que Snape me odeia? – pergunta Harry seco. – Por que eu sobrevivi e minha mãe não?


- Talvez. – fala Voldemort divertido ao ver o sofrimento mental de Potter. – Embora eu ache que ele odiava seu pai e Black acima de tudo. Eles foram Bullyngs quando em Hogwarts. E depois... seu pai casou-se com a mulher que ele amava. Logo...


- O ódio veio para mim. – fala Harry deduzindo. – Que maravilha.


- Os filhos pagam pelos pecados dos pais. – fala Voldemort calmo. – Creio que Snape sempre desejou sua mãe e com seu pai e você morto...


- Merda. – fala Harry irritado. – Eu realmente preciso vomitar.


- O que aconteceu depois daquela noite? – pergunta Voldemort curioso. – Onde você foi levado, Potter? Para uma das mansões de sua família?


- Fui levado para a casa da minha tia trouxa. – fala Harry em voz baixa. – Vivi com ela, meu tio e meu primo, até que fui levado para Hogwarts.


- Imagino que foi uma infância feliz e cheia de mimos. – fala Voldemort divertido.


- Em seus sonhos. – fala Harry com amargura. – Sabe do que me chamam, Voldemort?


- O Menino que Sobreviveu. – fala Voldemort sorrindo.


- E sabe por que me deram esse nome? – pergunta Harry,


- Por ter sobrevivido ao Avada Kedavra? – pergunta Voldemort sorrindo.


- Não. – fala Harry sorrindo com desprezo. – Sobreviver a você nem sequer foi um desafio. Eles me deram o nome, mas pelo motivo errado. Eu sobrevivi, Voldemort, A 10 anos de maus tratos, abusos físicos e mentais. Sobrevivi a 10 anos de fome e solidão. Sobrevivi a 10 anos de espancamentos e ferimentos sem tratar. Sobrevivi morando dentro de um armário de vassouras, por 10 malditos anos. Sobrevivi ao frio, a fome, ao calor, ao sofrimento. Sobrevivi a dor. Sobrevivi a 10 anos de pesadelos com coisas que eu não conseguia entender. Sobrevivi a cada surra que levei, mesmo quando eu não tinha culpa. Sobrevivi aos espancamentos a cada vez que tirei uma nota mais alta que meu primo na escola. Sobrevivi a tudo, Voldemort. Esse é o meu poder. Sobreviver.


- Presumo então que sua vida não foi tão glamourosa como contam por ai? – pergunta Voldemort sério.


- Lembra-se do que me ofereceu quando estávamos lutando pela Pedra Filosofal, no primeiro ano? – pergunta Harry com raiva.


- Teus pais de volta, poder sem limites, dinheiro à vontade. – fala Voldemort sério. – E você desprezou tudo isso.


- É claro! – fala Harry seco. – Eu sabia que você não poderia trazer meus pais de volta. Eu não queria poder ou dinheiro sem limites. Isso não faria nada por mim. Eu queria uma coisa muito mais simples. Eu percebi, naquele momento, que você nunca me entenderia.


- E o que você queria que eu te oferecesse? – pergunta Voldemort curioso sentando-se mais a frente na cadeira, olhando nos olhos de Harry.


- Uma casa. Onde eu não fosse agredido. Uma casa, onde me deixassem ser quem eu sou. Uma casa onde tivesse comida. Onde eu poderia estudar para ser o melhor que eu pudesse. Uma casa... onde eu tivesse uma cama para dormir. Ou roupas que me servissem. Ou mesmo... que não fosse trancado num armário sem comida por semanas. Onde eu pudesse talvez ter um amigo. – fala Harry sério.


- Só isso? – pergunta Voldemort espantado. – Só isso?


- Só. – responde Harry cansado. – Somente isso e nada mais.


- Bem... perdi uma oportunidade única então. – fala Voldemort irritado. – Erro meu.


- É. – fala Harry sério. – Mas águas passadas não movem moinhos.


- Como você foi parar num lar abusivo? – pergunta Voldemort sério.


- Dumbledore e sua infinita sabedoria. – fala Harry irritado. – Ele é o responsável por todo o meu sofrimento.


- Entendo. – fala Voldemort sério. – Estranho que ele nunca tenha verificado você, não é mesmo?


- Oh... ele  verificou, sim. – fala Harry sorrindo irritado. – Ele teve 8 encontros comigo, dos meus 2 aos 10 anos de idade.


- Então você já o conhecia antes de iniciar Hogwarts? – pergunta Voldemort curioso.


- Todos os meus encontros com ele terminaram da mesma forma. Com a mesma Palavra. – fala Harry sério.


- Que palavra? – pergunta Voldemort curioso.


- Obliviate! – responde Harry seco.


- Ele apagou sua memória 8 vezes? – pergunta Voldemort espantado. – Por que?


- Cada vez que minha magia me defendia dos abusos, ele aparecia. Consertava os danos na casa. Raparava ferimentos dos meus “adoráveis parentes” e aplicava mais um bloco em minha magia. Em seguida, orientava meus parentes que o abuso deveria ser intensificado ainda mais, mas de forma a não chamar a atenção dos trouxas. – fala Harry sorrindo cansado. – Daí ele olhava para mim e... Obliviate!


- Ele sabia o que te acontecia na casa de seus parentes e mesmo assim... – fala Voldemort pensativo. - ... mas por que... a menos que... Ele te queria fraco!!!


- Dez pontos para a Sonserina. – fala Harry divertido.


- Quando descobriu? – pergunta Voldemort sério. – Sobre os Obliviate?


- Quando Moody usou a império em nós durante as aulas desse ano. – fala Harry seco. – Eu procurei material adicional na biblioteca e encontrei sem querer um livro que identificava sinais do uso do Obliviate. Fiz o feitiço em mim mesmo e encontrei minhas memórias reprimidas.Procurei o Gringotes e eles me contaram tudo. Desbloquearam minhas memórias e tudo mais. Sabia que eu grudei “meus parentes trouxas amáveis” no teto uma vez quando eu tinha 5 anos? Dumbledore levou quatro horas para conseguir retirá-los de lá. Ele teve que “drenar” minha magia, antes de conseguir fazer isso. Sabe... tem vezes...


- Sim? – pergunta Voldemort surpreso em ver o quanto Potter era poderoso.


- Tem vezes que eu desejei que você tivesse me matado naquela noite. – fala Harry calmo. – Com certeza o sofrimento não seria tão grande.


- Oh, bem. – fala Voldemort sorrindo. – Em minha defesa, digamos que eu desejei fortemente que você morresse. Eu gostaria de fazer um feitiço em você agora. Não lhe causará qualquer dor. Posso?


- Vá em frente. – fala Harry dando de ombros enquanto olhava para Cedrico.


- Impressionante. – fala Voldemort com respeito ao ver os resultados de seu feitiço escrito num pergaminho. – Você tem 18 limitadores em sua magia. Dezoito!!!! Oclumens e Legimens natural, Capacidade de magia sem varinha, Multi-Animago, Parseltongue e Metamorfomago, Memória Muscular Adaptativa, Memória Fotográfica e uma capacidade intelectual invejável, praticamente em nível de gênio.  Mago das Sombras, isso é muito raro. Um passo acima de Necromancer. -  fala Voldemort impressionado. – Dezoito Limitadores!!! Droga, Potter!! Do jeito que você está bloqueado, eu me pergunto por que você não é um vegetal. Acredito que se você tirasse esses bloqueios sobre sua magia você já seria no nível de Dumbledore. Seu potencial mágico, nessa idade, o coloca numa categoria à parte dos demais alunos. Isso é realmente impressionante, Potter. Se você tivesse sido criado em uma família bruxa... livre de seus limitadores... você já seria mais poderoso do que eu e Dumbledore juntos. Em cinco anos, com o devido treinamento... você tem o potencial para superar Merlin!


- Eu sei. – fala Harry calmo. – Eu até me preparei para remover todos os bloqueios durante essas férias. Preciso de tempo para remover tudo. Eu iria fazer isso, logo após o ano letivo acabasse.


- E depois de remover tudo? – pergunta Voldemort olhando para Harry com atenção.


- Eu ia embora. – fala Harry dando de ombros. – Para longe da Inglaterra. Para longe de todos eles.


- Compreendo. – fala Voldemort sério. – Fico impressionado que não tenha sido um Sonserino.


- “Você será grande. Está tudo aqui. Você será muito poderoso. Será o mais forte de todos. Você sabe! A Sonserina irá te guiar a sua grandeza!” – fala Harry sorrindo. – Foi isso que o Chapeu Seletor me falou quando da classificação. Mas eu já sabia que não poderia ir para lá. Eles me matariam antes que eu ficasse poderoso o suficiente. Então convenci o Chapéu Seletor para que me mandasse para a Grifinória. A cada noite, depois que os outros iam dormir, eu estudava. Deliberadamente eu sabotei meus testes em sala de aula, enquanto à noite eu treinava em segredo. Fiz-me de idiota e reagi como o mundo esperava, enquanto eu me preparava para agir. Eu tentei fazer amigos, e para isso tive que sacrificar meus testes. Isso não me importava, uma vez que os testes dos Noms eram só no quinto ano. Eles são os únicos que contam. Eu iria fugir logo após o final desse ano letivo. Pedir aos Goblins para removerem meus limitadores e buscar outra escola, em algum lugar onde meu nome não era conhecido. Começar uma vida lá. Infelizmente, com este torneio... meus planos tiveram que ser alterados, de forma drástica.


- Fale-me sobre seu ano letivo. – pede Voldemort sério.


- Foi a mesma porcaria dos outros anos. – fala Harry dando de ombros. – História é uma merda. Poções com um imbecil que não ensina nada. Transfiguração tão chata como comer papelão sem água. Feitiços é levemente interessante. Herbologia é um tédio completo, e, Defesa Contra Artes das Trevas é ensinada por um louco insano. Esse pelo menos não tentou me matar, esse ano. Enfim... Normal. Até o sorteio não foi tão horrível. Mas depois... as verdadeiras faces de todos vieram à tona. Cedrico mesmo viu.


- Como? – pergunta Voldemort.


- Mesmo após eu afirmar, continuamente, que eu não tinha me inscrito, minha vida se tornou um inferno. – fala Harry sério. – Na volta para a Grifinória, eu não pude entrar, até que terminasse uma reunião de casa. Quando me permitiram a entrada, eu descobri que tinha sido expulso da Grifinória.


- Por que? – pergunta Voldemort sério.


- Por que eu “obviamente enganado” para entrar no torneio. – fala Harry com desgosto. – Todo o meu material foi jogado para o corredor. Minha vassoura, ganhada de meu “padrinho”, Sirius Black, foi quebrada. Minhas roupas, com excessão da que eu vestia naquele momento, foram rasgadas. Itens pessoais, como meu álbum de fotos e minha capa de invisibilidade só não foram destruídos, por que um elfo doméstico os escondeu. Tudo o mais foi destruído. Eu era um Ex-Grifinório.


- E seu chefe de casa não fez nada? – pergunta Cedrico surpreso.


- Minerva é uma vaca frígida que ama Dumbledore que é um boiola que ama Severus Snape. Os três me odeiam profundamente e tem seu prazer vendo meu sofrimento. O que você acha que ela faria? – pergunta Harry para Cedrico com veneno na voz.


- Obviamente ela o defenderia e... – fala Cedrico espantado com o risos de Harry.


- Ela se recusou a me deixar viver na mesma torre que seus leões. Expulsou-me da torre. A cada dia desse ano, eu fui humilhado por todos os meus colegas. – fala Harry divertido. – Infelizmente para eles, um dos Elfos Domésticos do castelo me procurou e me mostrou o quarto particular de Godric Grifyndor. Eu vivi lá, todo esse ano. E vou te contar, o Quadro de Godric está lá. E ele me apoiou, desde o princípio. Vocês sabiam que Godric e Salazar eram irmãos de criação e realmente eram os melhores amigos?? Tinha um quadro de Salazar lá, também, e ele me mostrou os seus aposentos particulares e seu depósito oculto.


- Onde eles ficam? – pergunta Salazar curioso.


- Na Câmara do Basilisco. – fala Harry sorrindo.


- Eu explorei o local. Nunca os encontrei. – fala Voldemort desconfiado.


- Atrás da estátua. – fala Harry sorrindo. – Uma porta escondida, disfarçada por uma grande pedra verde. A pedra fica na frente da porta de entrada do depósito. O quadro de Salazar me contou onde estava.


- O que você encontrou lá? – pergunta Voldemort interessado e lembrando-se da referida pedra.


- Jóias e ouro. Montes deles. Uma fortuna... impressionante. – fala Harry divertido. – Milhões e milhões. Mas isso não é nada, comparado ao que mais havia lá. Algo que vale 1.000 vezes o valor em ouro e jóias que havia lá. Consegue adivinhar?


- Uma biblioteca. – fala Voldemort praticamente salivando de interesse.


- Sim. Uma imensa biblioteca. Com conhecimento esquecido por mais de 1.000 anos. E muitos livros de antes de Hogwarts. Coleções inteiras sobre magia da Atlântida. Centenas de livros sobre Atlântida, suas runas e magias perdidas. Sua cultura. Seu conhecimento. Eu apenas dei uma olhada rápida, mas posso te garantir que eles são... muito superiores a nós. E, claro... um diário de Salazar. Sabia que ele foi casada com uma trouxa?? Sim. Por 35 anos. Foi dela a idéia de criar Hogwarts. Mas ela morreu, antes de Hogwarts ser concluída. Ele a amava tanto, que nunca mais se casou. – fala Harry divertido. – Havia também, inúmeros casais de animais ditos “extintos” devidamente preservados.  Todos em “êxtase”. Prontos para serem reanimados. Basiliscos, Quimeras, Dragões... enfim... centenas de espécies ditas extintas. Parece uma “arca de noé”.


- Uma... o que?  - pergunta Cedrico.


- A Arca de Noé era, segundo a religião abraâmica, um grande navio construído por Noé, a mando de Deus, para salvar a si mesmo, sua família e um casal de cada espécie de animais do mundo, antes que viesse o Grande Dilúvio da Bíblia. A história é contada em Gênesis 6-12[1][2], assim como no Alcorão e em outras fontes. – fala Voldemort rapidamente. - O que você fez com tudo isso? – pergunta Voldemort muito interessado.


- A biblioteca e os animais foram enviados, pelos Goblins, para fora do país. Os Animais estão numa reserva particular, onde irão se desenvolver e “reviver” antigas raças. A Biblioteca foi entregue a uma pessoa que pode a utilizar, algum dia. As jóias e o ouro foram enviadas para o Gringotes, com instruções específicas, junto com o basilisco que eu havia matado. – fala Harry sorrindo.


- E seu padrinho?Sirius Black? – pergunta Cedrico. – Ele não te ajudou??


- Eu enviei uma carta a ele explicando o que tinha acontecido e pedindo ajuda. – fala Harry com amargura. – Ele me respondeu dizendo que eu tinha me metido nessa sozinho e que deveria me virar sozinho. Remus Lupin foi outro que me respondeu. Ambos diziam basicamente a mesma coisa. Que eu era uma vergonha para meus pais. Foi muito... traumatizante. Eles preferiram acreditar em Dumbledore, ao invés de acreditar em mim. Apenas uma única pessoa acreditou em mim, e ele pagou por isso.


- Quem? – pergunta Voldemort curioso.


- Neville Longbottom. – fala Harry cansado. – Ele se recusou a apoiar minha expulsão da casa. Recusou-se a ser intimidado. Neville, a quem quase todos chamavam de um Aborto, foi o único com lealdade suficiente para ficar ao meu lado. Ele foi atacado, à traição e ferido gravemente, na mesma noite em que fui “escolhido” para o Tribruxo. Sua avó o retirou da escola e depois eles saíram da Inglaterra. Eles estão em outro país, agora. Longe de tudo isso. O que não deixa de ser engraçado...


- O que é engraçado? – pergunta Cedrico tentando entender.


- Eu e Neville somos os “Garotos da Profecia!”. – fala Harry divertido. – Ou seja, eu ou Neville seríamos os ditos... “salvadores”. Só que agora, nenhum de nós dá a mínima para salvar o resto do mundo bruxo inglês. Não é o máximo?? Quero só ver Dumbledore tentar convencer Neville a voltar a Hogwarts ou mesmo a Inglaterra para “salvar” o mundo bruxo. Supondo que a Avó dele não mate Dumbledore... Neville mesmo mata!!


- E os demais alunos da escola? – pergunta Voldemort divertido.


- Oh, o mesmo de cada ano anterior. A cada momento, eu tive que me proteger de feitiços variados. Os gêmeos Weasleys tomaram como ponto de honra, me acertar diariamente com palhaçadas. Mesmo sabendo que eu salvei a vida da sua irmã dois anos antes. – explica Harry dando de ombros. – Sem contar os feitiços pelas costas.


- Eles te devem uma dívida de vida e ainda assim te atacaram? – pergunta Voldemort divertido.


- Sim. – responde Harry seco. – A família toda, basicamente. Molly Weasley me enviou um berrador no café da manhã, me acusando de ser um trapaceiro e ter me tornado escuro. Vou te contar, Você é assustador, Voldemort, mas Molly e seus berradores são lendários.


- E você deixou isso sem retaliação? – pergunta Voldemort divertido.


- O que você acha? – pergunta Harry com um sorriso predatório. – Eu enviei o elfo para um show de rock pesado, para gravar uma música. Depois, criei, usando a música, duas dúzias de berradores que o elfo entregava na casa dos Weasley. Toda noite, um dos berradores era colocado no quarto do casal. Eles saíram da casa no sexto dia e se hospedaram no Beco Diagonal. Claro que os Berradores os seguiram, sem se importar onde eles estavam. Eles foram expulsos do Beco Diagonal no terceiro dia. Sem contar que o elfo tomou para si como uma ofensa pessoal o que ela tinha feito. Ele passou vários dias bagunçando a casa dos Weasleys. Se ela arrumava sua casa, o elfo bagunçava tudo de novo.


- E eles não perceberam nada? – pergunta Voldemort rindo abertamente.


- Bom senso e lógica realmente não são muito utilizados pelos bruxos em geral. – fala Harry. – Os gêmeos Weasleys, por outro lado, intensificaram seus ataques contra mim. Isso durou até que eu revidei. Eu posso não demonstrar, mas a vida trouxa me ensinou como devolver os golpes.


- O que você fez? – pergunta Voldemort sorrindo.


Conjurei uma centena de serpentes que não tinham veneno e as enviei ao encontro deles enquanto eles dormiam. – fala Harry sorrindo. – Depois de levarem umas cinqüenta mordidas cada um, eles acordaram aos berros e foram levados a enfermaria. Eu os fiz entenderem que se me atacassem mais uma vez, as coisas iriam ladeira abaixo. Eu sou um cara calmo, Voldemort, até que estourem meu limite. Daí em diante... eu não tenho limites.


- Um sobrevivente. – fala Voldemort sorrindo.


- Exatamente. – fala Harry calmo. – Sabendo que eu estava ferrado de qualquer jeito, eu tive que me adaptar de acordo. Logo eu exigi um acesso a Seção Privada da Biblioteca. Afinal, os outros 3 campeões tinham esse direito, então eu queria. Adivinha o que aconteceu?


- Dumbledore não permitiu. – fala Voldemort divertido. – Com medo que você fosse se tornar... “escuro”.


- Dez pontos para a Sonserina. – fala Harry sorrindo. – Mesmo com meus argumentos lógicos, deu em nada. Então eu tive que trapacear.


- Como? – pergunta Cedrico curioso.


- Os livros só dão o alarme se você os tira das prateleiras. Eu comprei duas centenas de livros em branco e fiz cópias da seção restrita nos livros em branco. – fala Harry divertido. – Eu li todos eles.


- Mas eles estão protegidos pelas defesas de Hogwarts. – fala Voldemort sério. – Como você conseguiu?


- Quem criou as defesas de Hogwarts? – pergunta Harry.


- Os fundadores. – responde Cedrico.


- E um dos fundadores criou a Seção Restrita. – fala Harry divertido. – Ele tinha um dom único. O que o tornou o escolhido para bloquear livros naquela seção. Cuidados para adivinhar quem foi o fundador escolhido e qual o dom único que ele tinha?


 


*-*-


Fim do Capítulo


Quer mais???


Comenta que eu posto!!


Kakakakaka!

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Comentários (5)

  • Hynnata

    Amei o cap., vou para o próximo agora!

    2012-12-22
  • allissandra

    adorei o cap.,adorando a história.

    2012-07-31
  • Iasmim Costa

    AMAAAAAAAAAAAANDO! Adoro essa personalidade do Harry, mesmo que seja suicida. Dumbledore vai ser o grande vilão da história rs

    2012-05-01
  • Déia Santos

    "Minerva é uma vaca frígida que ama Dumbledore que é um boiola que ama Severus Snape" rirei para sempre disso kkkkkkkkkkkkkkkkk nossa, esse diálogo entre Harry e Voldy está sendo incrivel. 18 restrições de magia para o pobre garoto (tsc tsc tsc). Destruiria tudo, no mínimo, se fosse comigo. Indo pro próximo capítulo pq eu já me viciei na fic *-*

    2012-04-17
  • rosana franco

    Simplesmente fantastico!O Harri esta realmente uma fera e parece que não vei poupar ninguem,estou super curiosa pra saber como ele vai sair vivo desta(pois eu tenho certeza que vai)e com que cara o tio Dumbi vai ficar.

    2012-03-26
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