Quadribol (e suas porcarias)

Quadribol (e suas porcarias)





Quinta feira, 4 de setembro, Aula de Feitiços.


 


Fala sério, a gente percebe que poderia ter tido um pouquinho mais de férias quando ainda é o terceiro dia de aula e você já está atrasada nas lições.


Tudo bem que estamos no ano dos N.I.E.M.s, mas seria de se esperar que tivéssemos pelo menos um pouco de descanso na primeira semana. Quer dizer, a Profa. McGonagall quase ocupou toda a minha agenda só com as tarefas dela, e ela sabe (bem, ela é a minha professora, ela tem que saber não é?) que eu sou péssima em transfiguração e preciso de mais de uma semana para praticar qualquer coisa que ela peça. E o Prof. Slughorn? Eu realmente achei que ele gostasse de mim. Mas se ele realmente o fizesse, não pediria uma redação de dois rolos de pergaminho sobre os usos da Pedra de Gwynteh. Quer dizer, eu acho que nem pra falar dois pergaminhos sobre a Pedra de Gwynteh. É só uma pedra idiota que cura uma febre mais idiota ainda – que você só pega se nadar com algas venenosas por mais de duas horas, mas sério, QUEM vai fazer isso?


Mas tudo bem, hoje vou para a biblioteca depois do jantar e juro que só saio de lá quando tiver terminado tudo. Mesmo porque, posso copiar a redação do Prof. Slughorn de um livro, porque tenho quase certeza que ele não as lê. E eu copio as coisas bem rápido, então eu já terei uma tarefa a menos para fazer.


E agora...Ah não, Prof. Flitwick! Por favor, não passe lição você também!


Droga.


Parece que eu vou ter que ficar mais um pouquinho na biblioteca.


O que, se você pensar bem, não é tão ruim. Marlene vai ter teste de quadribol hoje à noite, então eu ia ficar sozinha... É bom que eu tenha a companhia da minha querida Madame Pince. Mesmo que às vezes eu faça um pouco de barulho (tudo bem, foi só uma vez, e foi porque Emmeline estava contando uma história muito engraçada) e ela xingue tanto que eu não consiga entender – quer dizer, ela começou a misturar inglês e francês, era meio impossível de se compreender . Mas agora que estarei sozinha, vou ficar quietinha e vou ser o modelo perfeito de como uma estudante de Hogwarts deve ser.


- Por que você não vem assistir o teste? – Lene sussurrou enquanto Flitwick escrevia alguma coisa na lousa em cima de seu banquinho (sério, é tão engraçadinho ele usar esse banquinho pra lá e pra cá).


Falei para ela que estava atrasadíssima em todas as tarefas (o que eu não tenho certeza se ela entenderia, porque ela também não tinha começado a fazer nenhuma), e que precisava começar a escrever a redação de Poções. Além do que, Marlene já estava no time com absoluta certeza. Potter só fazia esses testes por mera formalidade.


Quando falei isso pra ela, ela balançou a cabeça.


- Não é não. Hannigan se formou ano passado, lembra-se? Precisamos encontrar outro batedor. Jam- digo, Potter me disse que talvez aquele aluno do quinto ano, o Cleant, se daria bem. Mas não sei, ele me parece muito fraco para ser um batedor. Não parece, Lils? – ela perguntou, me olhando com as sobrancelhas arqueadas. Eu concordei com a cabeça, mesmo não fazendo idéia de quem era Cleant e/ou de como o físico de um batedor deveria ser.


Marlene era magrinha e (aparentemente) mirradinha, mas ela tinha uma força tremenda e um soco extremamente dolorido. Sei disso porque uma vez me recusei a levantar da cama e ela apelou à força bruta para me tirar de lá. Nunca mais faço isso.


- Vamos lá, o que é que custa? Eu te ajudo a fazer as tarefas no salão comunal, depois – ela continuou. Confesso que me fez considerar, Lene era muito boa em Transfiguração, e ela poderia me ensinar. Mas não concordei de imediato, não queria que ela pensasse que eu era assim tão fácil. – Aposto que todos os melhores amigos dos outros jogadores estarão lá.


Balancei a cabeça, pensativa. Tsc, menina tola, utilizando chantagem emocional.


- Ah, Lils...você ia assistir todos os treinos quando estávamos no quarto ano...


Tenho certeza que se ela soubesse que eu ia para ver o irmão dela jogando, ela não falaria isso. Mas me senti um pouco mal por isso, então concordei em ir. Marlene deu um gritinho animada, e eu me vi na obrigação de lhe dar um soco por baixo da mesa para calá-la.


É uma completa mentira – eu não assistir mais os treinos dela, quero dizer. Tudo bem, eu parei de ir ver quando Miguel, o irmão mais velho de Lene, se formou, deixando o cargo de goleiro livre. Mas confesso que quadribol meio que perdeu a graça depois disso. Isso, claro, até eu descobrir a maravilha que Amos Diggory era em campo. Mas, como tudo que é bom, logo foi tirado de mim.


Agora, acho bom Potter escolher alguém bem bonitinho para ser o outro batedor, porque, francamente, eu preciso de mais motivação para ir assistir os jogos.


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Mais tarde, Aula de História da Magia.


 


Alguém deveria dar um toque ao Prof. Binns.


Tipo, nada demais, só um “Ei parceiro, não está na hora de se aposentar e curtir o restinho dos anos dourados?”. Não é por nada, eu só me preocupo com a saúde e a idade avançada dele. Quer dizer, hoje ele começou a tossir tanto que achei que iríamos presenciar uma cena trágica ali.


Não que a sua quase-morte tivesse algum efeito na aula, porque ele simplesmente parou de tossir e continuou a falar da rebelião dos centauros de 1422.


Sério, chocante.


Enfim. Marlene está trocando bilhetinhos com James Potter há um tempo. Acho que desde antes do ataque-da-tosse. O que eles têm para falar tanto? Eu sei que eles não se odeiam, mas eles também não são amigos.


Quer dizer, eu acho né.


Eu tento não fazer muito caso disso, mas como é que se pode ficar indiferente quando sua melhor amiga fica se correspondendo com um idiota cabeçudo a aula toda?


Talvez se eu me aproximar um pouquinho eu consiga ler o que eles estã-


Droga.


Fui descoberta.


Filipe Darkhour, o primeiro centauro a propor a unificação dos povos e a divisão das terras mágicas da Escócia, foi expulso do bando e morto por gigantes em 1431. Filipe não esperava mudanças imediat-


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Mais tarde, Almoço.


 


Marlene me interrogou o caminho inteiro do primeiro andar até aqui sobre o porquê de eu estar parcialmente inclinada em cima dela durante a aula. Eu disse que era para ver a lousa melhor. Ela disse que não fazia sentido, porque o Prof. Binns não escreve nada na lousa há anos (com ênfase nos “anos”). Mas aí eu mostrei minhas brilhantes anotações sobre o centauro Filipe (feitas de última hora) para provar que minhas intenções eram puramente acadêmicas.


Não sei se colou, mas ela não me perguntou mais nada depois disso.


Mas também, nós já estávamos na porta do salão principal , e ela nunca fala muito quando tem comida por perto.


Na verdade, ela é quem deveria estar sendo interrogada aqui. Não fui eu que fiquei de segredinhos a aula toda com o capitão de quadribol que até o início do verão nós duas odiávamos.


  Tentei introduzir o assunto casualmente, tipo “interessante a aula hoje, não é? E aquela parte que o professor falou sobre a tomada de terras mágicas? Você não achou interessante, Lene? Não? Não ouviu? O que você estava fazendo para não ter ouvido essa parte tão importante da história?”; mas ela só engasgou com o seu arroz de tanto rir e disse que já era um milagre não ter dormido.


O que, tecnicamente, era verdade.


De qualquer maneira, eu não pude continuar o assunto, porque Alice chegou toda esbaforida e sentou-se do meu lado. Depois que se serviu, ela anunciou para quem quisesse ouvir:


- Sirius Black é um imbecil!


Marlene deu os ombros e começou a fazer montinhos de feijão por todo o prato. Eu balancei a cabeça e a olhei.


- Isso já sabemos – falei, empurrando o prato do almoço e pegando uma tigela para me servir do sorvete de creme. – O que ele fez agora?


- Aquela anta – ela falou, tão irritada que nem se importou que estava voando arroz da sua boca para todo lado – falou para quase todos os alunos do primeiro ano que é muito agradável nadar no lago negro. No lago negro! Estão entendendo o que isso significa? Eu passei a última hora tentando impedir crianças de pular nos tentáculos da lula gigante!


Eu tentei não rir, para demonstrar minha solidariedade à Alice. Mas a imagem dela puxando crianças pela gola me fez engasgar com o sorvete. Se Alice percebeu, disfarçou, o que eu achei ótimo, assim não ia precisar me explicar.


- Arg, às vezes eu queria que os monitores pudessem deixar os alunos em detenção.  – ela falou, bebendo seu suco de abóbora furiosamente.


Eu estava prestes a fazer um comentário inteligente, dizendo que os monitores podiam sim deixar os alunos de detenção até 1921 (vide Hogwarts: Uma História) quando a porta do salão se abriu e por ela passaram Remus e Peter, rindo alto. Eu não sei qual era a piada, mas assim que viram que nós estávamos os encarando, eles pararam de sorrir. Tipo, na mesma hora.


- Olá meninas – Remus cumprimentou, passando por nós e sentando-se uns dois lugares para o lado.


Alice o olhou de uma maneira que eu tenho certeza que se ela tivesse algo em sua boca, teria cuspido.


- Remus – ela falou, com os olhos tão obscuros que eu encarei Lene e nós duas achamos melhor olhar para nossos próprios pratos – Onde é que você estava?


Ele pareceu um pouco desconfortável com a pergunta.


- Bem, eu... estava falando com Dumbleodore sobre...um problema – respondeu, coçando a nuca com uma das mãos. – Por quê? Algum problema de monitoria?


- Todos os problemas! – Lice falou, obviamente controlando-se para não gritar – O imprestável do seu amigo fez crianças pularem no lago negro! É sério, Remus, se ele fizer mais alguma coisa assim, vou ser obrigada a contar para a McGonagall.


- Ah – Remus fez, servindo-se de batatas – É, Peter me disse algo assim. Não se preocupe Alice, eu vou ter uma conversa com ele mais tarde.


O que, todos sabíamos, não ia adiantar nada.


Mas se Alice concordava com isso ou não, nunca saberei, porque nesse momento Frank passou pela mesa, nos cumprimentando com um aceno de cabeça e indo se sentar o lado de uns sextanistas, na ponta. Ela empertigou-se no banco e limpou os cantos da boca com o guardanapo.


Por baixo da mesa, chutei a perna de Lene, para ver se ela tinha percebido. E ela tinha, porque estava se segurando para não cair na gargalhada. Tão forte que teve que beber um pouco de suco para disfarçar. Balancei a cabeça e peguei mais uma colherada de sorvete de creme.


- Ei Lils, olha ali nosso amigo, McLaggen – Marlene falou quando tinha se recuperado, trocando seu prato por uma tigela de pudim, e apontando com a cabeça para a mesa da Lufa-Lufa. Eu me virei discretamente, mas Alice quase quebrou o pescoço virando rápido.


Caramba, aquilo era uma pessoa bonita. Ele tinha cortado o cabelo nas férias, e seus músculos pareciam ter crescido.  Não sei por que Marlene o colocou em terceiro lugar. Eu o colocaria em primeiro. Mas de novo, eu não sei por que ela colocou Sirius em primeiro, então não me questiono muito.


- Tiberius? – Alice perguntou, dando uma mordida na batata em seu garfo. – Ah, ele é legal.


- Você o conhece? – Marlene praticamente gritou (o que só não foi possível porque eu joguei uma ervilha nela), atraindo a atenção de uns terceiranistas que estavam concentrados em seus pratos do nosso lado.


- Merlin, Lene. Sim, eu o conheço. Fazíamos rondas juntas ano passado – ela respondeu, indiferente. – coisas de monitor.


- Ah, ele é tão lindo! – Marlene se derreteu. Eu revirei os olhos. Tudo bem, eu concordava com ela, mas não ia deixar o salão principal inteiro ficar sabendo. – Ai caramba, ele está olhando para cá! Rápido, finjam indiferença!


O que não foi tão difícil para mim e Alice, já que eu estava saboreando meu sorvete e ela estava lendo uma folha de pergaminho enquanto comia. Mas relevemos.


- Vai ver é por causa da Lily – ela disse, ainda distraída. Eu e Lene a encaramos curiosas. Quando percebeu nossas caras, ela nos olhou como se fosse óbvio o tempo todo e completou: – Mary McDougal ouviu ele dizer que tem uma queda por ruivas.


Tudo bem, confesso: dei um gritinho animado e bati palmas. Sim, feito uma foca.


- Tudo bem – Marlene falou, me apontando uma colher cheia de calda de caramelo – Eu estou tão feliz por você que nem estou chateada por ele te preferir em relação à mim!


Revirei os olhos. Porque, sejamos francos. Acho que foi a primeira vez que uma coisa dessas aconteceu. Eu sempre sou segunda opção quando estou perto de Lene. Mas quando falei isso em voz alta, ela começou a fazer um discurso de como eu não me valorizo o suficiente e como eu não percebo nada ao meu redor, e como Tommy Sullivan iria ficar decepcionado se um dia eu pintasse meus cabelos de preto (o que eu planejo fazer. Algum dia).


Sério, a baboseira de Tommy Sullivan tudo de novo.


Alice riu, mas eu só engoli o resto do meu sorvete rápido e me levantei, dizendo que se Marlene não engolisse a droga do pudim dela logo, iríamos nos atrasar para Runas.


Funcionou.


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Mais tarde, Aula de Runas Antigas


 


Eles estão fazendo isso de novo.


Sério, o que eles têm tanto para conversar?


Eu nem sabia que ele estava fazendo essa aula!


Quer dizer, achei que ele ia preferir Trato de Criaturas Mágicas.


Arg, Potter, pare de roubar minha amiga!


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Ainda mais tarde, ainda Aula de Runas Antigas


 


3 motivos para deixar de ser amiga de Marlene McKinnon:


1- Ela diz que eu pareço um animal feliz quando tem sorvete de creme de sobremesa. Não tenho certeza se isso é bom.


2- Ela definitivamente não concorda com a minha intenção de deixar de ser ruiva, então não posso nem pedir emprestado o livro “1001 encantamentos de beleza para o cabelo rebelde” que ela ganhou da tia. O que é uma pena, porque andei folheando e tem um feitiço ótimo de coloração.


3- ELA CONVIDOU JAMES POTTER PRO NOSSO GRUPO DE TRADUÇÃO DE RUNAS!!


(indispensável dizer que ele aceitou)


 


Essas coisas me fazem pensar. Acho que não vou mais assisti-la jogar quadribol. Não sei se ela está merecendo, com toda esse ar de falsa-amizade rolando no ar.


Pff. Desprezível.


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Bem mais tarde, Arquibancada do Campo de Quadribol.


Sim.


Ela me forçou a vir. Não consegui nem fugir mais cedo da aula de Herbologia e me esconder no banheiro feminino do quarto andar, o que era o meu plano. Ela me alcançou assim que coloquei os pés fora das estufas.


A sorte é que temos Herbologia com Lufa-Lufa, então agarrei Emmeline no mesmo segundo que ela passou por mim e a forcei a ir comigo, para pelo menos me manter entretida.


Só que isso não está adiantando muito, porque agora estou aqui sentada nessa arquibancada fria e com o meu popô congelando (porque esqueci de pegar minhas vestes antes de ser arrastada para cá), esperando Marlene fazer alguma coisa interessante – já que até agora ela só ficou voando de um lado para o outro e trocou umas palavras com o resto do time.; enquanto Emme está numa discussão animada com Remus e um quartanista sobre o último jogo das Holyhead Harpies (que eu obviamente não estou entendendo nada, já que não sei lhufas de quadribol).


Pff, que ótimas amigas eu tenho, viu.


Potter acabou de gritar alguma coisa no meio do campo que eu não ouvi, mas Emme disse que ele vai começar testando os goleiros. Ela falou que espera que ele mesmo arremesse a góleis (ou algo assim) porque é o melhor artilheiro (considerando Zabatan Finch-Fletchley, que é o artilheiro da casa dela) em duas décadas, e depois falou que espera que ele faça um monte de termos técnicos que eu não entendi.


- Emmeline...você sabe que eu não estou entendendo nada do que você está falando, não é? – falei, tentando não soar como se estivesse dizendo “pare de falar dessas chatices de quadribol”, apesar de estar mesmo.


Ela só sorriu compreensiva (como se não gostar de quadribol fosse um problema que eu não pudesse curar) e repetiu tudo para Remus. Ele riu e concordou. Na verdade, comecei a reparar. Será que está rolando alguma coisa a mais ali que eu não estou vendo?


Arg, esses adolescentes com hormônios. E eu que pensei que Remus fosse um garoto diferente.


- A Marlene voa bem, não é? – Emme perguntou, me cutucando. Eu balancei a cabeça, concordando. Acho que ela estava falando termos fáceis para eu não me sentir excluída. Então ela respirou fundo e completou: – Mas acho que James ainda é o melhor do time. Vocês têm sorte.


Eu a encarei. Porque, francamente. O que está acontecendo aqui?


- Emmeline Vance – falei, arqueando minha sobrancelha no melhor estilo “eu sabia o tempo todo” – Se eu não te conhecesse, pensaria que você está apaixonada.


Bem, ela me surpreendeu rindo bem alto. Tipo, gargalhando mesmo.


- Por James Potter? Por favor, claro que não – respondeu, fazendo um gesto indiferente no ar.


- Graças a Merlin! – exclamei, jogando meus braços em volta do seu pescoço e a abraçando completamente agradecida – Eu pensei que eu era a única sã aqui! Marlene e Alice ficam dizendo que ele está diferente, e que eu não sou educada o suficiente com ele e que...


- Não, Lily, não é isso – ela me cortou, me calando na hora e me fazendo recolher meus braços. – Ele é bem legal. E está diferente sim, hoje ele passou uma hora me ajudando a limpar os caldeirões para o Prof. Slughorn. Sem contar que, convenhamos, ele fica uma delícia de uniforme de quadribol... – (não concordei, apesar dela ter um pouco de razão. Sobre o uniforme, quero dizer) - ...Mas ele não faz o meu tipo.


- Ele não faz o tipo de ninguém – tentei de novo, cruzando as pernas. Mas depois me lembrei que não estava com as vestes e que se eu bobeasse, minha saia ia mostrar um pouco mais do que deveria, então descruzei rapidinho. No campo, alguém soprou um apito e todos os outros jogadores começaram a voar e fazer um monte de coisa que eu (obviamente) não saquei.


- Do que você está falando? – ela perguntou desentendida, e me olhou séria – James Potter é o tipo de todas as meninas – então ela se aproximou de mim e falou um pouco mais baixo: - Ouvi dizer que uma corvinal do quinto ano tentou enviar bombons recheados de poção do amor para ele o verão inteiro. Ele não comeu nenhum, mas foi muito gentil com ela no Expresso Hogwarts. Cá entre nós, se fosse comigo, eu ia gritar para a escola inteira que tinha alguém tentando me enfeitiçar.


Eu pisquei algumas vezes, não acreditando em nenhuma palavra, é claro. O James Potter que eu conheço iria reenviar todos esses bombons para outra pessoa, e se gabar desse feito. Mas pensando bem, as pessoas estavam contando tanta história que eu não sabia mais se estávamos falando do mesmo James Potter.


- Olhe, Marlene está acenando para nós – Emme falou com um tom de voz completamente diferente – acho que ela entrou para o time!


Eu sorri sem ânimo. Afinal, era tão óbvio que ela ia entrar.


- Ótimo, será que agora podemos voltar para o conforto da sala comunal? Tenho quase certeza que minha bunda congelou aqui.


Ela riu, e me empurrou com o ombro. Eu entendi que aquilo queria dizer “sim”. 



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N/A: Vocês são lindas! Juro, quando vocês comentam, eu tenho vontade de escrever mais rápido.
Anyway, não tem James nesse capítulo ): Quer dizer, pelo menos uma participação ativa dele. E sério, eu não posso ser a única que fantasia com ele de uniforme de quadribol, hehe :9 
Comentem para eu saber tu-di-nho!
Beijos 

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Comentários (3)

  • Charlotte and Helena

    adorei! to louca pra ler mais, então não deixe de postar.. E quando os meninos vão aparecer com frequencia nessa fic? HASHDASHDHASHD'bjbj ;***** 

    2012-03-08
  • Chrys

    Parabéeens!Ficou ótimo!!!Please, tenha James no próximooo!!! kkkkkbjo! 

    2012-03-01
  • Thalia Weasley

    Adorei o capítulo, sério ficou ótimo!     Já disse que voc escreve super bem?     Acho que sim....Enfim, estou aguardando o próximo.P.S: a capa da fic é muito linda!!!Bjos;*        Thata. 

    2012-02-28
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