A ponte frágil
















5 motivos pelo qual eu não posso mais confiar em Marlene McKinnon:


 


1- Ela sempre me fala que estou bonita, mesmo uma vez ela me deixando sair com um risco enorme de delineador na bochecha, porque não queria se atrasar para a festa de natal do Clube do Slugue. Só percebi quando Amos Diggory ficou encarando meu rosto por mais ou menos 15min, enquanto eu divagava sobre a poção zumbi, e percebi que algo estava errado, porque um homem daquele não me encararia tão centrado.


 


2- Por ela ser popular e extrovertida eu não, ela às vezes desaparece entre as aulas (e depois delas), me deixando completamente sozinha vagando pelo castelo, como um fantasma ruivo esquecido. Quando estou perto de Emmeline Vance, da Lufa-Lufa, posso matar meu tempo com ela, mas isso é raro, já que ela também é extrovertida e popular.


 


3- Ela não quer me dar as botas pretas de jeito nenhum. Ela ganhou de natal há dois anos atrás, e a mãe dela comprou numa loja trouxa, ou seja: é a minha cara. Tudo bem, são coturnos pretos, mas eles estranhamente femininos, e é o meu tamanho. Lene sempre reclama que aperta os pés dela. 


 


4- Ela não concorda com a minha decisão de me tornar morena. Ela acha que eu sou linda (a mesma bobagem de sempre) com os meus cabelos ruivos e não deveria tentar mudá-los. Para ela é fácil falar, ela nasceu com cabelos castanhos e ondulados. Ou seja: perfeitos.


 


5- Já são 10:30 am e ela ainda não chegou na estação!


  


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Segunda-Feira, 1º de Setembro, Estação King Cross.


 


 


 


Eu fico me perguntando o que as pessoas acham de mim.


 


Quero dizer, claro, no momento, devem estar pensando que eu fui abandonada, porque estou sentada nesse banco a uma hora e Babooth está começando a ficar agitada. Estou dizendo, se Marlene não aparecer em 10 minutos, eu vou entrar e abandonar ela.


 


Isso é tão típico dela.


 


Ano passado, quando ganhamos a taça de quadribol, eu pedi para ela me esperar enquanto eu passava rímel (Sério. Eu tenho cílios muito claros. Esse ano implorei para minha mãe para irmos comprar um rímel forte. Deu certo, acabei comprando um chamado “Carbono Negro” – se isso não é forte, não sei o que vai ser), mas ela reclamou que tinha que descer logo, já que ela era uma das batedoras e as pessoas estavam esperando a sua presença. Acabou que eu fiquei sozinha sentada nas poltronas perto da janela com Petta Gretews e Stephen Afloe, dois esquisitões do quarto ano. Nem Potter me deu atenção (não que eu estava querendo, mas geralmente é o que ele faz) porque ele é capitão do time e as pessoas definitivamente querem a presença dele por perto.


 


Mas pensando bem, se eu fosse como Marlene, todo mundo ia querer minha presença por perto. Isso só prova que eu deveria me tornar morena logo. Claro que se eu não fosse tão...hm, desprovida de atributos femininos, eu nem ia precisar me preocupar com a cor do meu cabelo. Talvez eu devesse entrar para o time de quadribol. Sabe, para ver se assim eu fico mais popular.


 


Arg, quem eu estou querendo enganar, eu não consigo nem pegar um pergaminho caindo da mesa, quanto mais uma bola em movimento à 200m do chão.


 


Acho que vou começar a me maquiar mais. Quero dizer, não só usar mais o meu “Carbono Negro”, mas base, blush e batom. Eu tenho que me esforçar a manter essa meta, porque na realidade eu sempre tenho preguiça de passar maquiagem de manhã. Geralmente eu estou com muito sono, então eu passo o rímel mal e meus olhos ficam meio grudados o dia todo.


 


Mas isso são detalhes.


 


Acho que também tenho que trabalhar meu lado psicológico. Marlene diz que eu sou muito sensível, e fico chateada com qualquer coisinha. Eu acho que não sou. Eu simplesmente não gosto de ser ofendida, oras. Na verdade não conheço ninguém que goste. Talvez aquele esquisitão do Lovegood, mas eu acho que é porque ele não entende direito quando é uma ofensa. Uma vez ele agradeceu quando Black disse que ele estava parecendo uma fada mordente com as vestes azuis que ele usou na festa de natal. Sério. O negócio era metálico.


 


Mas estou fugindo do assunto. A questão aqui é a minha personalidade. Eu nem tenho culpa, se você parar para pensar. É conhecimento geral que ruivos são esquentadinhos. Meu pai é, e eu sou. Eu tento não parecer muito, mas eu sei que sou. Lembro que uma vez discuti com Marlene por uma bobeira (que eu nem lembro no momento) e a sala comunal inteira ficou em silêncio para ouvir nossos berros. Foi a pior briga que tivemos. Mas fizemos as pazes no dia seguinte, porque ela me ofereceu uma grande tigela de sorvete de creme, que é a minha fraqueza.


 


Caramba. Já são quase onze horas. Onde é que ela está? Juro que não vou ficar para trás esperando ela e acenando para os meus companheiros indo embora no trem.


 


Snape acabou de passar por mim, mas eu me encolhi atrás da pilastra e acho que ele não me viu. Em todo caso, Babooth resolveu esse momento para piar alto, então isso definitivamente chamou a atenção dele. Mas seja lá o que passou por sua mente, ele já passou pela passagem da plataforma, então estou relativamente segura.


 


Onde está Marlene? Vou contar até cinco, e se ela não aparecer, vou me levantar e entrar na plataforma. Estou falando seríssimo. Eu deveria pelo menos entrar e deixar minhas coisas lá dentro. Quase todo mundo já entrou. Remus e Peter acabaram de passar por aqui, mas acho que também não me viram. É isso. Estou levantando. Estou indo e...


 


Ah, ela chegou.


 


 


 


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Mais tarde, Expresso de Hogwarts.


 


 


 


Contei para Lene sobre o meu plano de me tornar uma Nova Lily: começar a me maquiar mais e ser menos emotiva. Ela achou bom, mas acha que eu desistirei de passar maquiagem na primeira semana. Diz ela que eu não preciso de maquiagem para atrair olhares masculinos. Eu falei que Tommy Sullivan (um garoto do quarto ano que me segue o tempo todo) não conta, já que ele só gosta de mim porque uma vez eu fiz o dever de herbologia para ele.


 


- Em quem vamos nos focar esse ano? Já que não temos mais Diggory entre nós? – Marlene profere as palavras que eu queria esquecer.


 


Amos Diggory se formou ano passado. Tenho certeza que a população feminina de Hogwarts está um pouco mais perto de um colapso cerebral por isso. Confesso que eu só ia aos jogos de quadribol para vê-lo jogar (mas não posso revelar isso para Marlene, porque sempre digo que é por ela). E uma vez eu briguei com uma menina do terceiro ano porque ambas queríamos sentar atrás dele no salão principal. Nem preciso dizer quem ganhou. Nós sabemos quem é a ruiva esquentada aqui.


 


- Eu não sei – respondi, olhando para a janela tristemente, sendo a dramalhona que sou – Talvez devêssemos esquecer os homens. E, sabe como é, nos tornar freiras.


 


Marlene olhou para mim, esperando eu completar a minha frase. Mas quando ela viu que eu estava falando sério, jogou a cabeça para trás e riu. Na verdade, ela jogou o corpo inteiro para trás e riu.


 


Então ela parou, olhou para mim e para esse diário que estou escrevendo no momento, e agora está fazendo movimentos como se quisesse... Ei..!


 


 


 


Os 5 homens mais bonitos de Hogwarts – Por Marlene McKinnon e Lily Evans.


 


5- Greg Davies – Capitão e artilheiro do time da Corvinal. Fala sério, Os olhos dele são lindos e o cabelo dele é super brilhante. Sem comentar o fato que ele tem aquele físico de jogador de quadribol. L.E.: Que pena que ele namorou todas as setimantistas ano passado. E provavelmente fará o mesmo esse ano.


 


4- Remus Lupin – O maroto quietinho. Ele tem aquele charme misterioso que ninguém sabe sobre o que ele está pensando. E ele também tem olhos bem bonitos. Sem contar que é sempre sensual pensar em bagunçar a vida de um monitor. L.E.: Tudo bem, ele é alguém que eu gostaria de conversar mais um pouco. Se ele parasse de andar com os amigos problemáticos que ele tem. Mas ainda assim, não faz o meu tipo.


 


3- Severus Snape Tiberius McLaggen – O Lufa-Lufa sem talentos. Tudo bem que ele não tem nada de especial – tirando aquele corpo maravilhoso que Deus sabe-se lá como ele arranjou. E o rosto dele é meio carrancudo. Mas não seria maravilhoso conversar com ele às sós num armário de vassouras? L.E.: Bom, você o definiu certo mesmo: ele não tem nada de especial. Mas ele é bem bonitinho e sim, ia ser ótimo conversar com ele num lugar bem apertado.


 


2- James Potter – O delicioso artilheiro da Grifinória. Eu sei que irei ser xingada até a 9ª geração por colocar essa opção na lista, mas você não pode negar que ele é bonito. Ele tem um sorriso maravilhoso, e como nosso companheiro Davies, um corpo lindo – eu sei porque ele é meu companheiro de time, e eu já o vi sem camisa vááárias vezes. L.E.: Você pirou. Não vou nem comentar.


 


 1- Sirius Black – O travesso gostosinho. – Ah sim. Ele sim é um pedacinho de doce que eu gostaria de provar. Ele também tem um corpo lindo, olhos lindos, um sorriso lindo E um cabelo lindo. Ah, e você tem que admitir que ele tem um ótimo senso de humor. L.E.: Sério, qual é o seu problema? Colocar esse babaca em primeiro lugar? Você não está no seu juízo perfeito.


 


 


L.E. prefere não associar seu nome à essa lista sem sentido que possui o nome de não um, mas três marotos.


 


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Bem mais tarde, Expresso Hogwarts.


 


Ok, talvez Marlene esteja certa. Não sobre a lista, ainda não concordo com a posição que ela colocou algumas pessoas. Mas sobre eles estarem diferentes.


 


Estava eu aqui, saboreando uma deliciosa varinha de alcaçuz que comprei da moça do carrinho dos doces e observando Marlene babar no casaco que ela estava usando como travesseiro, quando a porta do compartimento se abriu e Alice e Emmeline entraram sorrindo.


 


Fiquei feliz em vê-las, porque estava com saudades e me senti momentaneamente mal por não ter me correspondido com elas no verão. Mas elas aparentemente não ligaram porque me contaram animadas como foi a viagem ao Egito (de Alice) e à França (de Emmeline). Alice cortou o cabelo bem curtinho no verão, e eu anotei mentalmente que é um penteado que eu poderia fazer assim que me tornar morena. Emme diz que na França as mulheres só usam cabelo chanel.


 


Mas enfim, estávamos conversando sobre um passeio mágico dentro das pirâmides que Alice fez, quando a porta se abriu de novo.  Eu imediatamente fechei a cara e olhei para a janela. Porque estavam lá parados Frank Longbottom, Sirius Black e James Potter.


 


Evitei contato visual enquanto eles se cumprimentavam e conversavam (Alice sentou-se reta no banco e ficou mais sorridente, reparei). Marlene acordou com o barulho e secou a baba no canto da boca. Logo ela entrou na conversa deles. Quer dizer, ela está no direito dela. E ela não consegue odiá-los de verdade. Eles nunca foram maus de verdade para ela. Além do que, ela e Potter fazem parte do mesmo time. Tenho certeza que eles se dão muito bem nos treinos.


 


Nota mental: assistir a um treino de quadribol para saber se eles se dão bem.


 


Então estava eu lá, alheia a qualquer conversa, lendo meu diário e fingindo que era um livro importante, quando ouço a seguinte frase:


 


- E você Evans, passou bem o verão?


 


Bem. Não tinha certeza se ele queria realmente saber ou só queria ser formal e educado. Mas depois eu percebi que Potter nunca era formal e educado, só um arrogante metido à besta.


 


Mas ele também nunca estava disposto a conversar, acho que ele só realmente falou comigo para: a) me provocar sobre eu ser amiga de Severus e b) quando me importunava para eu sair com ele. Mesmo assim, eu respondi:


 


- Eu..hm, passei sim, obrigada.


 


Porque ao contrário de alguém, EU sabia ser educada. Não educada o suficiente para perguntar como tinha sido o verão dele – o que Potter obviamente estava esperando, já que ele abriu e fechou a boca como se estivesse com uma resposta preparada. Ao invés disso, ele sorriu sem mostrar os dentes (o que foi estranho, porque ele sempre sorri o máximo que consegue para fazer as meninas suspirarem) e falou “Que bom”.


 


Olhei para frente, para ver se Marlene tinha notado essa estranheza, mas ela estava toda sorrisos para o Black. Fiquei um pouco brava, porque eu realmente esperava que isso não significasse que ela estava realmente FLERTANDO com ele, já que, sabe como é, ela tinha posto ele em primeiro lugar na lista e tudo mais.


 


Fiquei encarando a paisagem (que já estava ficando escura) até eles se tocarem que eu não estava a fim de conversa. Mas como as meninas respondiam animadas, eles ficaram um bom tempo na nossa cabine. Pelo menos Potter não tentou me incluir de novo. O que eu, bem, fiquei grata.


 


Mas assim que eles saíram para “colocar as vestes” (como disse Frank), eu fuzilei Lene com o olhar. Ela fingiu que não entendeu e disse que era melhor nós colocarmos nossas vestes também.


 


Tsc, ai dela se ela começar a flertar com marotos nos corredores desse jeito.


 


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Muito mais tarde, sala comunal da Grifinória


  


Ah! Como eu senti saudades desse lugar!


 


Da comida gostosa de Hogwarts, da sala quentinha da Grifinória!


 


A cerimônia do chapéu não foi muito diferente das outras. Só que agora eu comecei a me sentir mais saudosista. Queria eu estar entrando em Hogwarts, assim eu ia poder viver tudo isso de novo. O Prof. Dumbleodore não disse nada demais, só nos avisou que a floresta proibida era isso – proibida, e os aluninhos novos foram sorteados.


 


Bem, no final da ceia eu estava completamente cheia de tanto me empanturrar (sério Dumbleodore, precisava mesmo colocar esse sorvete de creme maravilhoso para me mimar?) e extremamente cansada, porque eu não dormi nada no trem.


 


Então quando nos mandaram de volta para nossas casas, eu larguei Marlene lá no Salão e voltei correndo. Alice levantou rápido porque ela é monitora e esqueceu de ir coordenar os novatos. Ela acenou para Remus (que também é monitor) e ele também foi correndo ajudar.


 


Eu, pelo contrário, fui empurrando os primeranistas e os segundanistas para fora do meu caminho até chegar na frente do quadro da mulher gorda.


 


Foi aí que eu percebi que eu não sabia a senha.


 


Confesso que eu fiquei um pouco frustrada comigo mesma por não ter perguntado para ninguém. Graças à minha cabeça dura, eu tive que apoiar na parede e esperar alguém chegar para me resgatar e me deixar entrar na minha própria sala comunal.


 


E graças ao meu terrível carma, esse alguém foi James Potter. Sozinho.


 


Eu o encarei, cogitando a possibilidade de esperar a próxima pessoa aparecer, mas ele me olhou e falou:


 


- Precisa da senha? – no qual eu fui obrigada a concordar envergonhada. – Não tem problema – ele completou, olhando para a mulher gorda – Lagarto d’ouro.


 


- Hm, obrigada – agradeci, esperando ele entrar. Mas ele sorriu (de novo, sem mostrar os dentes quase...bem, quase modesto) e apontou para dentro da sala, gesticulando para eu entrar antes. Agradeci de novo e entrei.


 


Isso foi bem estranho. Essa troca de gentilezas, quero dizer. Nós nunca somos gentis um com o outro. Por isso eu me virei para perguntar qual era a dele, mas Potter já estava se largando nas poltronas em frente à lareira.


 


O que é uma droga, já que eu planejava sentar ali.


 


Olhei cobiçadoramente para aquele lugar quentinho e fui sentar no sofá perto da janela. O que também era legal, mas eu realmente queria sentar perto do fogo. Por isso, quando Alice entrou com os novatos, eu ainda estava encarando James Potter com um olhar nada amigável.


 


- O que aconteceu? – ela perguntou, sentando-se perto de mim e colocando os pés na mesinha em frente – brigaram de novo?


 


- Não – eu falei, acenando para Marlene que estava entrando com uns sextanistas – Ele só roubou meu lugar na cara dura.


 


- Ah, Lily. Pensei que fosse sério.


 


- Mas é sério! – falei, um pouco indignada com sua indiferença. Lene perguntou o que estava acontecendo, mas Alice acenou com a mão, fazendo descaso.


 


- Ah, Potter? – ela disse, sentando-se. Viu? Tai um ser humano que me conhece melhor do que eu mesma.


 


Eu revirei os olhos e olhei para onde ele estava sentado (o meu lugar, diga-se de passagem). Os outros marotos haviam se juntado a ele e agora eles estavam rindo algo de alguma piada que Black contava.


 


- Escuta, vocês acham que ele está diferente? – Marlene perguntou.


 


- Não – falei alto, sobrepondo o “sim” de Alice. Elas me olharam. – Ué. Eu não vi nada de diferente nele. Esperem começar as aulas. Ele vai começar a sair com as sextanistas e azarar Snape nos corredores. Aí vocês vão morder a língua.


 


- Ai Lily. Você nunca percebe as coisas, né? – Lene perguntou, rindo com Alice. – Ele está diferente sim. Acho que está mais ...maduro.


 


Revirei os olhos. Ah, qual é.


 


- Aham. Isso até ele roubar as cuecas de Snape e pendurá-las na estátua da bruxa de um olho só.


 


Elas riram, mas não concordaram.


 


O que me faz pensar que quem não percebe as coisas são elas.


 


- Vocês viram como Bernard Fenwick está bonitinho? – Marlene mudou de assunto. Eu afundei no sofá, descrente.


 


- Lene, ele está no quinto ano – falei, tentando fazê-la chegar à razão.


 


- O que é que tem? Ele cresceu 10 cm no verão. Vê? – ela disse, apontando indiscretamente para onde ele e uns amigos conversavam numa mesa. – E ele passou as férias na Austrália, por isso tá super bronzeado. Está gostosíssimo. Acho que deveríamos incluir ele na lista, Lils.


 


Alice teve um acesso de riso que atraiu a atenção da sala inteira. Eu fingi que não as conhecia e comecei a analisar a tapeçaria em frente atentamente.


 


- Vocês fizeram uma lista? – ela perguntou, assim que se acalmou um pouco. Eu fiquei incrivelmente vermelha, mas Lene concordou com a cabeça.


 


- Aham. Minhas próximas vítimas. – Ela piscou para Bernard, descaradamente. Eu me afundei ainda mais no estofado. – e a Lily aqui vai me ajudar, não é, Lils?


 


Marlene sempre me usa como uma “ponte” para chegar em suas conquistas. Eu sempre tenho que ir falar com os caras para apresentar Marlene, mesmo ela não precisando nada daquilo já que todo mundo conhecia ela. Mas ela diz que uma garota ir falar sobre ela mesma é o fim.


 


Ou pior: às vezes ela me leva em um “encontro-duplo”. É horrível. Eu simplesmente não tenho nada a ver com nenhum dos amigos que seus companheiros levam, e acaba que eu sempre fico encarando o copo de cerveja amanteigada enquanto Lene e seu pretendente se agarram.


 


- Se você incluir James Potter, Remus Lupin e Sirius Black em suas “próximas vítimas” eu juro que paro de falar com você.  – anunciei.


 


- Ai Lily, pare de ser tão Drama Queen – ela falou, olhando para o grupo perto da lareira. – Vai que você quebra a sua própria regra?


 


Eu nem perdi meu tempo respondendo esse absurdo. Apenas acariciei minha barriga cheia de peru e sorvete de creme e bocejei.


 


Nota Mental: manter Marlene por perto para ela não cair na lábia de nenhum dos marotos.





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n/a: minhas queridas (e queridos, se houver)...peço encarecidamente que vocês comentem dizendo o que acharam! Porque estou com aquela sensação na boca do estômago que não está agradando... (Com exceção da linda da Chrys que me deixou bem animada para escrever esse capítulo). Gente, sério. Pode falar mal, tudo bem. Demora só 1min e não faz cair o dedo!
Beijão! 

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Comentários (2)

  • Marauder Blood

    Oh meu Merlim!! Que super legal sua fic!!! u.uIsso me lembra muito Diário da princesa² Tipo MUITO, sério mesmo. Traduzindo, você consegue escrever como alguém como Meg Cabbot UAHSUHAUSUAHSUAH'  Ta muito legal mesmo, vou continuar comentando então posta, ok?? Sério, normalmente os "Diários de Lily Evans" que eu leio não são tão engraçados e legais quanto esse :D Então posta logo se puder. Até mais :) 

    2012-04-12
  • Chrys

    Tah lindo o capítulooo!!! isso me lembra muito O Diário da Princesa, já leu? Muito bom mesmooo! Super bjooo Continua postando e não demora! To adorandoooooooooo³!

    2012-02-22
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