O Baile de Inverno



– CAPÍTULO 8 – O Baile de Inverno –



Depois da explicação que Rony dera, Harry continuou sem entender.
Olhava seus pais no espelho, mas sabia que não podia tocá-los. Voltou lá mais
vezes. Agora sabendo que o lado negro de Rosentour não "dizia"
a verdade, toda vez que Harry ia lá examinava o lado negro, o cemitério em que
estavam, e o sangue dos amigos. Ia para o lado bom. Seus pais, seus avós, sua
família. Tentava tocá-los, sempre. Não conseguia.


- Olá, Harry - disse uma voz grave atrás do garoto, o que o assustou -,
vindo aqui mais uma vez. Vejo que você e Rosentour se tornaram grandes
amigos.


- Porque...


- ... seus pais aparecem aí? - Harry reconhecera-o. Era Dumbledore - Tente
imaginar. O lado negro mostra o que você mais teme acontecer, acontecendo. O
lado bom.... - Dumbledore fez uma pausa, para esperar a resposta de Harry


- ... mostra o que eu mais desejo? - perguntou Harry, confuso


- Sim e não, Harry. - disse Dumbledore, brincando com a barba. - O espelho
de Rosentour mostra, em seu lado bom, o que tornaria a sua vida perfeita,
a seu julgar. A vida perfeita de Rony seria tudo aquilo descrito pelo mesmo.
Agora me diga, Harry, o que você vê? Nos dois lados?


- Eu... - começou Harry - vejo, no lado negro, meus amigos mortos, em um
cemitério com uma neblina baixa e pesada. - Harry fez uma pausa - E no lado bom
eu me vejo com meus pais, e logo atrás a minha família toda.


- Hum... interessante. O lado negro mostra que as pessoas que você mais ama
no mundo - disse Dumbledore, olhando para cima - são os seus amigos, Harry. E
quem você mais gostaria de ter ao seu lado são os seus pais, e mesmo que você
não se dê conta disso, é o que seu coração mais proclama. Mas, Harry, não
volte a essa sala. - disse, cordial - Já lhe dei as explicações que buscava.
Amanhã o espelho de Rosentour será retirado dessa sala, e não haverá
motivo para sua volta.


Dumbledore se virou, caminhou até a porta, deu uma piscadela para Harry, e
indicou a porta. O garoto pegou sua capa e foi embora, mas não sem antes um
"adeus", mais para o reflexo dos pais do que para Dumbledore. Foi até
a sala comunal, e não teve dificuldades em dormir.


A outra manhã começou como sempre. Um céu ensolarado e a neve já se
esvaindo. Harry correu com Antônio para o Salão Principal, pois mais uma vez
estavam atrasados. Quando chegaram, ofegantes, sentaram-se lado-a-lado. Comeram
suas torradas, sem muita conversa, o correio veio e Antônio recebeu uma carta.


Querido Antônio,


 


Aqui é Fátima! Como vai? Gostando de Hogwarts? Espero que sim. Fiquei
sabendo que você não me escutou sobre andar com Harry Potter, as
consequências virão. Não me ignore, Antônio. Você agora é dos Marotos
também, mais uma coisa terrível! Andar com Potter e fazer parte do grupo dele.
De qualquer forma,vou te contar uma verdade. Sabia que Rabicho é do mal? Sirius
Black tentou matá-lo porque ele estava servindo a Você-sabe-quem. Espero que
depois dessa verdade você me ouça. Poucos sabem sobre a verdadeira causa da
prisão de Sirius.


Como está indo nos estudos? Dumbledore me disse que você está se saindo
bem! Espero que você esteja realmente se esforçando, e não copiando as
anotações da Granger, ela não vai poder te ajudar nos N.O.M.s ou N.I.E.M.s!
Vou te deixando por aqui. Responda, tudo bem? E se quiser saber por que eu odeio
tanto os Potter, basta perguntar a Alvo. Com amor,


Fátima.



Antônio olhou com raiva a carta, e repassou-a. Cada dia gostava menos dessa
Fátima, e realmente queria que ela se explodisse. Mas não ligava muito para
isso. Foram até o dormitório e pegaram o material para a primeira aula, com
Quirrel. Naquele dia o cheiro de enxofre que vinha das costas de sua cabeça
estava menos suportável que nunca, mas o professor parecia não se importar,
para indignação de todos.


Passaram um almoço normal, embora Simas tenha estourado seu cálice tentando
transformar o suco de abóbora em cerveja amanteigada. Tiveram as últimas
aulas, uma delas, Poções, e Harry acabou perdendo vinte pontos por errar a
mão de galhos de Mortalis Arboris.


Cai a noite em Hogwarts. Uma lua cheia linda, estrelas cadentes, um céu sem
nuvens. Naturalmente tudo fora projetado por Dumbledore para o baile ser
perfeito. Harry se vestiu com um Smoking (só roupas trouxas no baile) preto,
gravata cinza e um sapato preto muito brilhante. Carlos fora com um paletó
marrom-acinzentado, gravata cinza e sapato preto. Rony fora com um Smoking
vinho, gravata vinho, sapato marrom. E Antônio se vestiu com um Smoking branco,
gravata preta e sapato preto. Não ficou muito comum essa cor branca, mas feio
não ficou, nem um pouco. Os quatro foram juntos e arranjaram uma mesa grande o
suficiente para todos. O céu de Hogwarts no teto do salão principal estava
mais deslumbrante que nunca. As mesas estavam espalhadas de forma equilibrada,
luzes de discoteca e faixas coloridas enfeitavam as paredes. O chão estava de
uma forma enxadrezada, e os quadrados pretos ficavam trocando com os brancos. No
centro havia um tapete vermelho com borda dourada e estampas no meio e nos
cantos, onde os casais dançavam. E onde era a mesa dos professores havia um
palco montado com os Mad Wizards tocando.


Os marotos não foram com as meninas porque elas tavam pedindo "um
minutinho", e quando elas fazem isso, pode-se desistir. Mas Stuart esperou,
pacientemente, na Sala Comunal da Grifinória, por meia hora, até que Marcella
pisou com o primeiro pé na escada. Stuart deu um suspiro de alívio, e disse:


- Oh Yeah! Finalmente! Podemos ir, meninas? Que minutinho longo hein? Poxa...


- Desculpa, Stuart, a gente teve um probleminha com o feitiço de alisamento
de cabelos, mas tá tudo resolvido. Vamos, meninas? - disse uma bela Marcella,
com um vestido branco e bordado prateado na ponta, um sapato branco com um salto
altíssimo, anéis reluzentes nas mãos, uma franja caindo sobre os olhos, e os
cabelos lisos atrás, de uma forma espalhada. Com seu já conhecido sorriso,
desceu do quadro da mulher gorda, junto a Sophia, num vestido vermelho, os
cabelos escurecidos, olhos brilhantes, um salto tão alto quanto o de Marcella,
e um sorriso não tão conhecido no rosto. Hermione estava em um vestido
amarelo-dourado, salto alto como o das amigas, também amarelo-dourado, os
cabelos alisados e crescidos que iam até a cintura.


"Meu Deus, como estão lindas. Mal posso esperar para ver Catherine. Mal
posso esperar." pensava Stuart, sonhador. Saíram pela Mulher Gorda e foram
em direção do Salão Principal. As meninas sentaram-se na mesma mesa que os
meninos, gerando olhares abobados. Stuart ficava olhando para a porta, esperando
sua Catherine chegar.


Catherine, depois de meia hora, não apareceu. Carlos e Sophia foram dar uma
volta no jardim, gerando risos histéricos entre as meninas, e Antônio puxou
Marcella para a pista de dança.


***


- Vamos dar uma volta no jardim? - perguntou Carlos, descontraído


- Uhn.... tudo bem. Meninas, vamos ali no jardim, já já voltamos. - disse
Sophia, ruborizada. - Cuidem do Stuart, ele ficou triste com a Catherine.


- Tudo bem... Podem ir.... hihihi... - ria Marcella, sorridente.


Os dois saíram pelo portão, foram até o jardim de Hogwarts, com aquele
céu esplendoroso, o lago refletindo tudo com perfeição, e sentaram-se na
grama - a neve se fora -, olhando o céu.


- Você ficou linda com esse vestido, sabia? - perguntou Carlos, olhando para
ela


- Oh, obrigada, Aluado. - disse Sophia, avermelhada.


- É um prazer falar bem de você. Seus cabelos escuros, que fantasiam meu
olhar, sua pele como seda, que dá vontade de tocar, esses seus lábios
delicados, que dão vontade de beijar. Sabe, Sophia, desde o primeiro instante
que eu te vi, eu sabia que você era tudo pra mim. Tudo. Quando você foi para
Sonserina, eu fiquei triste, mas percebi sua diferença sobre eles. No dia que
você me deu aquele fora, eu pensei que o mundo ia explodir. Mas agora aqui com
você, eu me sinto como nunca antes, e sei que pode melhorar.


- Ohhh!! - disse Sophia, emocionada, antes de se aproximarem, tocarem os
lábios, e se entregar naquele momento mágico. Os dois fecharam os olhos, e uma
chuva de cores invadiu os olhos dos dois. O coração batendo feito doido, a
respiração, anormalizada, a sensação de querer mais. Aquilo era bom. Depois
de vinte minutos, que pareceram ser um segundo, os dois se soltaram, devido a um
gritinho histérico vindo de uma garota chamada Hermione. Subiram até o
castelo, e entraram na sala comunal, enquanto Sophia foi para a sua.


***


 


- Vamos dar uma volta no jardim?


- Unh.... tudo bem. Meninas, vamos ali no jardim, já já voltamos. - disse
Sophia, ruborizada. - Cuidem do Stuart, ele ficou triste com a Catherine.


- Tudo bem.... podem ir.... hihihi... - ria Marcella


- Marcella, quer dançar um pouco? - perguntou Antônio, sorridente.


- Claro! Quero movimentar minha pernas um pouco... - disse Marcella, com o
sorriso comum.


Os dois foram até a pista de dança e começaram a dançar. Até que a
música ficou lenta, e Antônio olhou, penetrante, nos olhos castanhos daquela
garota.


- Você é tão linda! Eu gosto tanto de você! - disse ele, olhando nos
olhos da menina


- Eu também de adoro, Antônio!


- Eu não te adoro, não! Eu te amo, você não entende?!


- Ah, Antônio...


Ele não deu tempo dela responder. Colocou os lábios nos dela, ela sentiu o
coração bater como louco, a respiração alterada, as cores dançantes. Gostou
daquilo. Não queria parar, ah, não! Não queria parar. Ficaram ali por mais
alguns minutos, e foram, abraçados, até a mesa onde os amigos estavam.


- O que vocês acham da gente ir pegar os dois sonsenórios no flagra, hein?
- perguntou Marcella, já desabraçada de Antônio.


- Só se for agora! - disse Harry, com um sorriso sarcástico no rosto.
Levantaram-se e foram andando até o jardim, e se esconderam - como puderam -
atrás de uma pilastra. Mas...


- Ahhh!! - gritou Hermione, pulando de felicidade


Os dois "pombinhos" viraram-se e viram todos lá olhando,
avermelharam-se e não quiseram mais se olhar até cada um ir para sua sala
comunal, com um tchau generalizado, mas que inevitavelmente fez os dois olhares
se cruzarem.


***


 


- Vamos dar uma volta no jardim?


- Uhn.... tudo bem. Meninas, vamos ali no jardim, já já voltamos. - disse
Sophia, ruborizada. - Cuidem do Stuart, ele ficou triste com a Catherine.


- Tudo bem... Podem ir.... hihihi...


- O que vocês acham que eles foram fazer? - perguntou Rony, com uma cara
cínica e uma sobrancelha levantada


- Você ainda pergunta? - ria-se Hermione


- Só faltam vocês dois - disse Harry, sorrindo


- Eu jamais ficaria com o Rony pra sua informação, Harry! - disse Mione,
empinando o nariz pra não ver a cara de triste que Rony fez


- Só acho que cada um aqui vai acabar com alguém. Vocês dois formam um bom
casal, e Stuart e Catherine andam sempre juntos, portanto, Mione, sua única
escolha é ele. - disse Harry apontando o amigo


- Tá esquecendo de você, Pontas. Se a Mione não quer nada comigo, então
é contigo! - falou Ron, sorrindo


- HuHu... com certeza a Hermione ia ficar com alguém como eu. Vocês dois
são par praticamente formado! Quem foi que ajudou a Mione a sair dos
pedregulhos do banheiro quando a gente enfrentou o trasgo, hein, Rabicho? Ahh!
Falar nisso, eu queria te falar uma coisa, bem delicada.


- Pode falar.


- Eu li no livro das Aventuras dos Marotos. Antes de morrer meu pai
escreveu mais uma página, o fim do livro. Nela estava escrito que Rabicho se
tornou um Comensal da Morte, que é uma pessoa que segue o V...
Você-sabe-quem. Desculpa te chamar de Rabicho, ok?


- Pontas, que coisa mais idiota! Primeiro: eu não sou Pedro Pettigrew.
Segundo: Não sabia disso. Terceiro: vou melhorar a fama do apelido Rabicho! -
disse Rony, sorrindo


- Que bom que você não ficou bravo.


- O que vocês acham da gente ir pegar os dois sonsenórios no flagra, hein?
- perguntou Marcella, com um Antônio vermelho do lado.


- Só se for agora! - disse Harry, com um sorriso sarcástico no rosto.
Levantaram-se e foram andando até o jardim, e se esconderam - como puderam -
atrás de uma pilastra. Mas...


- Ahhh!! - gritou Hermione, pulando de felicidade


Os dois "pombinhos" viraram-se e viram todos lá olhando,
avermelharam-se e não quiseram mais se olhar até cada um ir para sua sala
comunal, com um tchau generalizado, mas que inevitavelmente fez os dois olhares
se cruzarem.

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