Gold Fang



– CAPÍTULO 9 – Gold Fang –

     
Novo dia. Uma pequena ressaca pela dose comemorativa - não, não havia o
que comemorar - de Whisky de Fogo, mas nada demais, ignorável. Os Marotos foram
com Marcella até a sala de McGonagall, e brincavam, com outros grifinórios de turn-on
turn-out
, um jogo bruxo. Hermione veio em seguida, e Catherine logo atrás -
a aula era dupla com Lufa-Lufa -, junto a Minerva. A garota parecia não estar
muito bem, estava vermelha e parecia estar tonta, e quando chegou no seu
assento, não chegou a senta, mas sim desabar na cadeira.


     
A aula foi uma simples repetição da matéria principal para o teste
final, como transformar qualquer objeto com no máximo 10cm² em uma barra de
chocolate. As férias de páscoa estavam chegando, portanto a professora disse
ser "útil" um feitiço de tal categoria. Depois de uma aula com um
Quirrel fedorento, era aula de poções. Foram seguindo até as masmorras, até
que a escada em que estavam movimentou-se. Correram para o novo corredor a qual
a escada fazia "escala", e entraram em uma porta. Um lugar escuro, com
uma estátua, e esculturas nas paredes e em alguns lugares espalhados pelo
corredor.


     
- Rabicho, você não tá sentindo aquela sensação de que nós não
deveríamos estar aqui? - perguntou Antônio, com a voz meio assustada.


     
- Concordo contigo, cara - disse um Rony, preocupado


     
- E vocês estão certos. - falou Carlos, examinador - Almofadinhas, você
sabe onde estamos? - Antônio negou - Estamos no corredor do terceiro andar, o
que está proibido.


     
Um miado, um vulto, um gato. "Madame Nor-r-ra! Corram!!"
Correram. Chegaram numa porta grande com trancas. "Alohomora!".
Entraram.


     
- Ufa... Ainda bem que o Filch não nos pegou! - disse Rony, olhando os
amigos


     
- Eu vou morrer! Eu não quero morrer! Poupe-me, cachorrinho! - disse Antônio,
antes de gritar. Havia, bem na frente deles, um cão enorme de duas cabeças,
com pêlos dourados, assim como Cockers Spaniel, rosnando. Devia ter uns cinco
metros de altura, mas não deu pra calcular.


     
O cachorro deu uma investida contra Carlos, mas Antônio puxou-o, e o pé
de Carlos, mesmo assim, foi ao encontro com os dentes do cão. Carlos gritou de
agonia, enquanto a outra cabeça assistia, com os dentes à mostra. Antônio
conseguiu desvencilhar o pé do coitado dos dentes do canzarrão, mas Carlos
acabou perdendo o tênis. Correram, fecharam a porta, e Carlos foi, como pôde,
junto dos amigos, mancando. Saíram do corredor escuro e foram para a
enfermaria. Madame Pomfrey cuidou do pé do garoto com um feitiço, e quando
perguntou o que houve, "Prendi raspou O o pé o pé cachorro
num numa mordeu. buraco. pedra."


     
- Quê?


     
Todos abriram a boca, mas Carlos acenou e todos fecharam-na.


     
- Eu prendi o pé em um buraco. Foi um custo para meus amigos conseguirem
tirá-lo, por isso nós perdemos o início da aula de Poções.


     
- Sugiro, então, que vocês corram até as masmorras, Severo não vai
gostar!


     
- Tudo bem, madame Pomfrey, obrigado. Vamo, gente. - disse Carlos, sério


     
Os dois caminharam pelas escadas e foram até a sala comunal da Grifinória,
sentaram-se nos sofás e começaram a conversar.


     
- Ei, Almofadas, lembra quando a gente foi no quarto do Ministério da
Magia? - Antônio assentiu com a cabeça - Pois é, não é a única sala que
Hogwarts guarda. Como eles mantém um negócio daqueles numa escola! Qualquer um
poderia ter entrado ali, por engano! Ah, e Aluado, Alohomora?


     
- Livro padrão para Feitiços, 1ª série, capítulo 7. Que sala
do Ministério da Magia é essa?! E porque ela estava aberta? Vocês não acham
estranho que uma sala que tem que ficar escondida dos alunos esteja aberta? e
vocês notaram na porta atrás do Crupe bi-craniar gigante? - perguntou
Carlos, categórico


     
- A sala que eu e o Almofadinhas fomos acidentalmente quando o Pontas
brigou com a gente, foi o que nos rendeu um mês de suspensão! - disse Rony


     
- Não sei porque ela estava aberta - disse Antônio, com voz de mistério
-, talvez alguém tenha ido lá antes! Por isso que tinha uns frascos no chão,
Rabicho!


     
- Pode ser... - falou Harry, olhando o tênis - Aluado, como a gente ia
notar na porta?! Eu tava preocupado com as cabeças! Se você notou, eram duas!
E o que é Crupe bi-craniar? Pensei que aquilo era um Cocker Spaniel radioativo!


     
- Não. Se você não prestou atenção, ele tinha dois rabos, portanto
era um Crupe. E mesmo que fosse cachorro, não seria um Cocker, pois os olhos do
Cocker costumam ser pretos, e daquele Crupe era vermelho, o que é normal. E...


     
- Aí que entra o radioativo, Aluado! Ele tinha duas cabeças, olhos
vermelhos, era gigante e tinha dois rabos, isso só podia ser tarefa de material
altamente radioativo!


     
- Pontas, quando você puder, me conta o que é radioativo. Olha, gente,
dez minutos pra D.C.A.T. Vambora. E Rabicho, Almofadinhas, a gente volta na sala
do Ministério pra investigar o que procuraram por lá.


     
- Vamo logo! A gente já deve ter deixado o Severinho bravo,
imagina se a gente deixar o Quirrel com mais tique nervoso? - disse Antônio,
gozador


     
- Severinho? hahaha!


     
Os quatro seguiram até a sala de D.C.A.T. e tiveram uma tediosa aula em
que Quirrel explicava como as Iguanas podem salvar vidas. No cair da noite,
Harry ficou jogando com Rony xadrez, em que Rony sempre ganhava, e Hermione
olhava, sonolenta, os dois. Até que Harry desistiu, dizendo "Rabicho!
Amanhã quero revanche...", e levantando-se, em direção à escadaria do
dormitório masculino, mas parou no pé da escada.


      
- Mione...


      
- Pode falar, Rony


      
- Sabe quando a gente gosta muito de uma pessoa, e sempre desejamos estar
perto, mas quando temos a chance perfeita pra falar a verdade e ficar realmente
perto, vergonha e desespero batem à porta?


      
- Rony, sei o que quer dizer...


      
- E quando a gente vai tentar dizer alguma coisa, mas o máximo que
conseguimos é falar bobagens que não levarão a nada?


      
- Eu já entendi a sua, Rony.


      
- Então prova. Prova que você sabe o que eu quero dizer com isso.


      
- Hermione levitou o tabuleiro fechado de xadrez e jogou contra a escada.
beijou Rony ardentemente, até meia noite, quando caiu no colo de Rony, já
dormindo. "Meus beijos são tão bons que ela relaxa a ponto de
dormir.", pensou Rony. Ele chamou por Marcella, que a levou no ombro até
sua cama, sem ao menos balbuciar. Rony subiu até seu dormitório, e deu um soco
amigável no ombro do amigo, que assistira tudo até cansar-se de ver os dois
amigos se atracando. Deitou-se, e em três minutos começou a roncar, para
desagrado de Harry, que tacou, sem misericórdia, pasta de dentes na cara do
amigo.


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