Conhecendo os Sogros



- Tiago! – falei, me ajoelhando ao lado dele, meu rosto já cheio de lágrimas.


- Licença! Licença! – falava Martim, tentando passar pela multidão que nos rodeava.


Ele se juntou a mim e avaliou Tiago.


- Levem-no até a ala hospitalar. – ele disse, e então sumiu novamente.


As pessoas olhavam com a cara aterrorizada; alguns cochichavam mesmo cientes que todos podiam ouvir. Maria agora estava do meu lado.


Houve um rebuliço. Várias pessoas correram pra ver alguma coisa.


- O que está havendo? – perguntei, pasma.


Maria correu pra ver. Eu não queria deixar Tiago ali, mas talvez estivesse acontecendo outro problema.


- SEU DESGRAÇADO! – berrava Sirius, avançando para Mulciber. Aluado, Rabicho e Dougie estavam o detendo. – VOCÊ TÁ PENSANDO O QUE PRA LANÇAR UMA MALDIÇÃO, SEU... ME LARGA!


Mulciber também estava querendo avançar, mas Sev e Avery o puxavam.


- Mulciber, onde você estava com a cabeça para fazer aquilo? – exclamava Martim, enfurecido. – Uma maldição dessas é proibida na escola! Diretoria agora!


- DIRETORIA? – berrou Sirius. – ELE MERECE MORRER!


- Calma, Almofadinhas! - falou Dougie, cansado do esforço de puxar Sirius.


- CALMA? ELE O TORTUROU!


- Black, meu rapaz, acalma-se. – disse Slughorn com a voz abalada. – Levem-no daqui logo. – ele completou, se dirigindo a Sev e Avery.


Mulciber e Avery sorriram antes de se virarem e ir embora; Sev lançou um olhar ininteligível a mim.


- Tá, tá, me soltem! – falou Sirius.


Eu voltei correndo até Tiago. Ele continuava desmaiado.


- Levem ele logo! – pedi.


Aluado e Sirius se adiantaram e ergueram Tiago do chão.


Eu e Maria corremos atrás, seguidas por Dougie e Rabicho; a medida que passávamos os olhares curiosos nos acompanhavam.


- Voltem para seus dormitórios. – ouvi Martim falar longe.


Andávamos apressados e silenciosos pelo corredor, talvez com muito terror para falar alguma coisa.


Chegamos à enfermaria, onde Madame Pomfrey saiu correndo até nós e já arrumou uma cama para ele.


- Ele vai ficar bom? – perguntei, atordoada.


- Sim. – ela respondeu. – Mas só se ele tiver uma boa recuperação. O que não vai ser possível se vocês todos estiverem aqui.


- Eu fico aqui. – disse Sirius e eu ao mesmo tempo.


- Negativo. – Madame Pomfrey disse severamente. – Vão todos embora, não quero ninguém aqui.


- Mas...


- Nada de mas Evans, pode ir para o dormitório.


- É que eu...


- Fim de papo, senhor Black. – ela disse, ignorando nossos olhares indignados.


Nenhum de nós demonstrou vontade de sair.


- Fora! FORA!


Sem dizer mais nenhuma palavra caminhamos desolados até a porta e a fechamos com um estalo.


- Tomara que ele fique bem logo. – comentou Dougie entre o silêncio que se seguiu.


- O Mulciber vai me pagar! – reclamou Sirius. – Maldição Cruciatus! É claro que ele anda aprendendo tudo isso para servir Você-Sabe-Quem!


- Isto já está óbvio há anos. – respondeu Aluado.


- Séculos. – completou Rabicho.


- Desde quando eles fizeram aquilo comigo. – disse Maria, relembrando o incidente do quinto ano com um leve tremor.


- Você está bem, Lílian? – perguntou Almofadinhas, preocupado.


- Precisa da resposta? – falei com sarcasmo. – Pomo de ouro. – falei para a Mulher Gorda.


- Posso saber o que tanto os alunos estavam cochichando? – ela perguntou.


- Um aluno da Sonserina lançou uma Maldição Cruciatus em um da Grifinória. – respondi sem dar maiores detalhes, enquanto ela fazia uma expressão chocada. – Pomo de ouro.


O retrato se abriu e a Sala Comunal inteira se calou, nos encarando.


Sem dizer outra palavra eu e Maria subimos para o dormitório, onde Alice, Laura e Joanne já estavam esperando por nós.


- Meninas! O Tiago está bem? – perguntou Alice.


- Madame Pomfrey disse que ele ia se recuperar. – Maria falou baixinho.


- Coitado. – murmurou Laura.


- Você está bem, Lílian? – Joanne me fitava.


- Vou ficar.


Na verdade eu não estava com vontade de falar nada. Eu nem consegui dormir direito naquela noite; eu virava de um lado a outro na cama, pensando no Tiago e odiando Mulciber. O pior também foi ver Severo do lado dele! Que tipo de amizade é essa? Que tipo de gente tem um amigo desses?


O dia seguinte amanheceu nublado, combinando totalmente com meu humor.


As aulas inteiras foram um tédio; não consegui prestar atenção em uma única palavra que os professores diziam e eu estava aborrecida por Madame Pomfrey não ter me deixado visitar Tiago no começo da manhã.


- Por favor! Eu quero saber como ele está! – eu havia pedido, tentando espiar pela pequena fresta da porta entreaberta.


- Mais tarde, Evans. Ele está dormindo agora. – ela respondera e depois fechou a porta.


Para meu desânimo a última aula era de Poções. Eu não agüentaria olhar na cara de Mulciber. E pelo jeito nem Sirius.


- Vou acabar com a raça daquele infeliz se ele vier de gracinhas! – ele ameaçou enquanto íamos até as masmorras. – Me disseram que ele ganhou detenções até o final do ano letivo e cem pontos a menos para Sonserina! Como se isso fosse acabar com algum dano que ele causou!


Chegamos à porta das masmorras, que estavam ainda fechadas. Muitos alunos da Sonserina estavam ali inclusive o canalha do Mulciber. Ele ria com os outros colegas, e seu sorriso se estendeu quando nós chegamos. Todos pararam de conversar para observar.


- Olha se não é a sangue-ruim. – ele falou. Vi Sev enrijecer ao seu lado e Sirius novamente avançar. Aluado e Rabicho o seguraram.


- Como vai seu amiguinho, Black? – Avery provocou.


- Cale a boca! – gritou Sirius.


A turminha nojenta de alunos da Sonserina riu.


- Quer ir para ala hospitalar junto de seu amigo? – Mulciber perguntou, agitando a varinha. – Se eu fosse você não ficava muito perto.


- Experimente pra você ver!


- Vamos Almofadinhas, acalme-se. – tentou falar Aluado. – Ele só quer te provocar.


- Você terá vingança Mulciber, seu grande imbecil. – Sirius ameaçou antes de dar as costas.


Eu e os outros fomos nos distanciar deles, mas Mulciber tornou a falar.


- Tomara que o Potter dure muito tempo na ala hospitalar, talvez assim ele aprenda a não ser o idiota que é.


Minha raiva atingiu o auge.


Com uma sonora bofetada eu virei com toda a força possível da mão na cara de Mulciber. O tapa fora tão grande que minha mão até doeu, apesar de eu não me importar.


Muitas pessoas ofegaram e riram quando Mulciber perdeu o equilíbrio e caiu no chão.


- Você permanece de boca fechada, ok? – falei pra ele, a voz irritada, e me virei para os outros.


Sirius estava radiante; Aluado e Rabicho me olhavam incrédulos.


- O que foi? – perguntei inocentemente, muito mais leve, com a raiva agora descarregada.


Eles balançaram a cabeça, rindo, quando a porta da sala finalmente se abriu, revelando Slughorn trajando vestes vermelhas meio púrpuras.


- Genial Lílian! – exclamou Sirius, que fez questão de se sentar comigo. Confesso que senti falta de Tiago ao meu lado.


- Ele merecia mais. – respondi, piscando.


- É claro que mais alguns socos não seria nada mal. – respondeu ele, pegando seu material.


- Ou chutes. – acrescentei.


Ficamos muito tempo planejando coisas cruéis para Mulciber, algumas tão loucas que eu sufocava o riso para não começar a gargalhar feito boba na sala.


A aula seguiu normal; eu fazia questão de encarar Mulciber, provocando-o. Suas narinas inflavam e ele virava a cara.


- Vamos visitar Tiago? – perguntei, ligeiramente animada.


- Vamos. – concordou Almofadinhas, feliz também. – Pontas é forte, com certeza já está melhor.


- Espero que sim.


E lá estava Madame Pomfrey barrando nossa entrada na porta da ala hospitalar.


- Duas pessoas de cada vez. – ela disse, severa.


- Eu e Sirius. – eu disse para os outros. – Vocês se importam?


- Não, Lílian. – respondeu Aluado. – Eu e Rabicho já vamos jantar, nos encontramos lá.


Eu assenti e então entramos na enfermaria.


Tiago estava ali, não tão abatido, com o braço enfaixado. Ele sorria feliz para a gente.


- Tiago! – exclamei, correndo até ele para o abraçar.


- Ai! Ai, Lílian! – ele gemeu e então percebi que havia pressionado seu braço.


- Ah, me desculpe. – eu falei, enquanto ele cumprimentava Sirius com um aperto de mão amigo. – Como você está?


- Melhor impossível. – ele disse, avaliando o braço. – Aqui está um tédio. Não vejo a hora de sair daqui e encontrar Mulciber para arrancar a cabeça dele fora.


- Ah, cara, não precisa. – disse Sirius, rindo, olhando pra mim. – Lílian já fez isso por você.


Tiago olhou para mim confuso.


- Como assim?


- Agora pouco na aula de Poções ela deu um tapa na cara dele que doeu até em mim. – Sirius falou, gargalhando. – Mulciber ficou sem palavras. Você deveria ter visto a cara do idiota!


- Sério, Lílian? – Tiago olhou para mim, surpreso. – Mas não era você que era contra a violência e tudo o mais?


- Acho que estou andando muito com você. – falei brincando.


- Foi incrível. – disse Sirius. - Foi o tapa do século.


- Não exagera, Almofadinhas. – falei modesta. – Ele merecia mais, você sabe disso. Um tapa comparado à uma Maldição não é nada.


- Isso é verdade. Mas não deixa de ser legal. – Sirius comentou. – Ele apenas ganhou detenções até o final do ano e perdeu cem pontos pra casa dele!


- Tudo bem, Almofadinhas. É bom que eu mesmo dou uma lição nele depois.


- Trouxe pra você. – eu disse, tentando mudar de assunto, estendendo uma grande pilha de sapos de chocolate.


- Obrigado, Lílian. – ele disse, sorrindo e abrindo um pacote. – Só espero ficar bom até o próximo jogo de quadribol.


- Você tem que se recuperar! Pense nisso primeiro! – falei, estressada.


- Ok. Mas eu tenho que ficar bom até lá.


- Madame Pomfrey já disse quando ia te liberar? – perguntou Sirius, comendo um sapo de chocolate também.


- Daqui alguns dias, não sei. – ele disse com a boca cheia. – Com certeza meu braço já vai estar curado daqui algumas horas, mas sabe do jeito que ela é exagerada...


- Ela tem razão! Você tem que se recuperar totalmente!


- Mas eu não quero ficar aqui, Lílian. – ele resmungou e então mudou de assunto. – O que aconteceu depois que eu apaguei?


- Martim ficou furioso e eu queria bater na cara de Mulciber, se os outros não tivessem me segurado. Lílian começou a chorar e depois do Ranhoso e do Avery levar Mulciber a gente te trouxe pra cá. – resumiu Sirius.


- Que exagero Lílian. Eu não tinha morrido para você cair em lágrimas. – disse Tiago, sorrindo satisfeito.


- Eu fiquei preocupada!


- Mas é só uma Cruciatus.


- Uma Cruciatus que poderia ter te causado muito mal.


- Mas não causou.


- Mas poderia ter causado!


- Eu estou inteiro, não estou?


- E você parece muito feliz por estar nessa situação.


- Não é exatamente por isso que eu estou feliz...


Almofadinhas pigarreou.


- Não querendo interromper a discussão, mas já interrompendo, seus pais estão preocupados com você, cara.


- É, eu já imaginava isso.


- Eles ficaram de queixo caído quando souberam. Eu mandei uma carta pra eles ontem e hoje eles me responderam. – ele completou quando a gente lhe lançou um olhar indagador.


- O que eles disseram? – perguntou Tiago.


- Que vão vim aqui na escola falar com o Dumbledore.


Comecei a rir.


- Qual a graça? – Tiago e Sirius perguntaram ao mesmo tempo.


- Tô imaginando a cena da Professora McGonagall falando o que você anda fazendo na escola.


- Ando fazendo? Eu não faço mais!


- Mas fazia. Quer dizer, mais ou menos. – eu disse, relembrando os fatos. – Por exemplo, aquele duelo que você teve com o Sev...


- Foi por um bom motivo!


- Diga isso a seus pais. – respondi rindo, agora Sirius se juntando a mim.


- Eu conheço o Sr. e a Sra. Potter bem o bastante para já prever o que está por vir.


- Como assim? – perguntei.


- Pontas não te contou? Desde o ano passado eu moro na casa dele.


- Mora na casa dele? – perguntei surpresa. – E seus pais?


- Danem-se. – Sirius resmungou, comendo mais um sapo de chocolate.


- Danem-se?


- É, danem-se. Meus pais são totalmente a favor dos sangues puros e ficaram com muito ódio por eu não ter ido para a Sonserina. Sem falar que meu irmão Régulo é um Comensal.


Eu ouvia tudo aquilo abobada.


- Seu irmão... um Comensal da Morte?


Sirius assentiu, rindo da minha expressão.


- Porque não me disse isso, Tiago? – falei, fitando-o.


- Você não me perguntou.


- Mas como eu ia saber?


- Isso não tem nada a ver comigo, Lílian. – ele disse, suspirando. – Você está muito aturdida ultimamente.


- Mas é claro que estou aturdida ultimamente! – explodi, histérica. – Você vive brigando com o Sev, com Mulciber, Sirius conta que tem um membro de Você-Sabe-Quem na família dele, você leva uma Maldição Cruciatus dentro de uma escola, como você quer que eu fique?


- Se acalme, ok? Eu vou ficar bem.


- Então fique aqui se recuperando!


- Eu...


Tiago foi interrompido por três pessoas que entravam na ala hospitalar agora.


McGonagall vinha à frente com um homem e uma mulher. A mulher tinha um ar bondoso, apesar da expressão preocupada. Ela usava roupas típicas de bruxos, e parecia ser bem charmosa; suas vestes azuis claras combinavam com o tom castanho de seus cabelos e dos olhos. O homem era alto e magro e também vestia vestes bruxas; seus cabelos eram totalmente bagunçados; o filho praticamente se espelhava no pai.


- Tiago! – exclamou a Sra. Potter indo até o filho para dar um abraço apertado, seguida pelo marido. Ela distribuiu milhares de beijos pelo seu rosto. – Você está bem, filho? O que fizeram com você? Quem foi?


- Ai... ai mãe! Tudo bem, eu estou bem... – Tiago tentava dizer, corado, em meio a tantos beijos. Sirius ria ao meu lado.


- Quem te fez isso, filho? – a mulher perguntou.


- Um otário da Sonserina. – Tiago respondeu, acariciando o braço. – Mas pode deixar que eu...


- QUEM FOI? EU VOU TER UMA CONVERSINHA COM ESSE FILHO DA...


- Mafalda, acalma-se. – disse o Sr. Potter, calmamente, colocando a mão em seu ombro. – Dumbledore vai cuidar disto...


- Eu quero cuidar! – ela respondeu, tão histérica quanto eu.


- Mafalda, fique tranqüila. – respondeu a Professora McGonagall. – O aluno já foi devidamente punido e seus pais avisados.


- Mas, eu...


- Mafalda, por favor, está tudo resolvido. – Sr. Potter disse. – Nosso filho está se recuperando.


A Sra. Potter olhou para Tiago como se o tivesse visto agora.


- Ah, filho, me desculpe. – ela disse, acariciando gentilmente os cabelos de Tiago, mas sinceramente eu achei que ela estava tentando o arrumar. Tiago revirava os olhos.


- Bom, vou deixá-los a sós. – disse McGonagall, mas então olhou para mim e Sirius em pé ali. – Vocês também deveriam ir, não?


- Sirius! – exclamou o Sr. Potter, visivelmente notando agora nossa presença. Ele o cumprimentou e então me avaliou.


- E você é...?


- Ah, é, Lílian Evans, senhor. – falei timidamente, apertando sua mão. Seus olhos brilharam.


- Lílian? Seria a namorada de Tiago?


A Sra. Potter se sobressaltou de suas carícias que fazia ao filho para me encarar. Eu corei.


- É ela mesma. – falou Sirius, se divertindo.


- Ora, mas é bom finalmente te conhecer! – falou Sra. Potter se adiantando. Eu estendi a mão para ela, mas fui surpreendida por um abraço.


- É... bom conhecer a senhora também... – falei, sem graça.


- Tiago nos falou muito de você.


- Bem ou mal? – brincou Almofadinhas.


- Com certeza bem, Sirius. – disse a Sra. Potter. – E você pode me chamar de Mafalda, Lílian.


- Mafalda. – repeti, surpresa pela a relação tão amigável que a senhora exalava.


Ela sorriu para mim e eu retribui.


- Como eu ia dizendo, – recomeçou a Professora. – eu estou de saída e acho que vocês dois deveriam vir também.


Eu e Sirius assentimos.


- Espero te ver novamente, Lílian. – falou a Sra. Potter, ou melhor, Mafalda. – Até mais, Sirius.


Ela abraçou Sirius e voltou à beirada da cama, junto a Tiago.


- Até mais Sirius, Lílian. – cumprimentou-nos o Sr. Potter com um aperto de mão.


Eu acenei para Tiago, que estavam um pouco constrangido e eu e Sirius seguimos McGonagall até a saída da enfermaria.


- Bem, voltem para os dormitórios. – ela disse, depois de fecharmos cautelosamente a porta. Ela deus as costas e virou o corredor.


- Foi estranho para você? – perguntou Sirius, rindo, enquanto andávamos pelo terceiro andar.


- O quê?


- Conhecer a sogrinha e o sogrinho?


- Bom, eles são... – comecei, buscando as palavras.


- Carinhosos? É, são mesmo. Eu os considero da minha família.


Eu fitei Sirius, e ele tinha a testa franzida, olhando para o chão.


- Não se preocupe Almofadinhas. Não vou ficar brava com você por causa do seu irmão.


- Obrigado. – ele disse sorrindo, mas então sua expressão congelou, olhando pra frente.


Sev estava parado ali, na entrada do retrato, com certeza esperando por mim. É claro que ele não esperava me encontrar ao lado de Sirius.


- O que você está fazendo aqui Ranhoso? – rosnou Sirius, fechando os punhos.


- Vim falar com a Lílian. – ele respondeu, sua voz ríspida.


- Você não tem nada pra falar com ela! Se você acha que só porque o Pontas está na ala hospitalar você pode ter a audácia de chegar perto da Lílian fique sabendo que eu não vou deixar.


- Me avisam quando vocês pararam de discutir. – falei cansada.


- Eu só quero falar com voce, Lílian.


- Pois pode falar. Não tem problema Almofadinhas estar aqui.


- Isso aí. – Sirius concordou.


- Bom, só quero saber como o seu... namoradinho está.


- Porque é que você está interessado nisso? Pra sair por aí com aquele seu amigo desgraçado e fazer piadinhas? – Sirius disse.


- Eu não posso negar que fiquei satisfeito. – Sev respondeu, crispando os lábios.


- O quê? Como pode pensar nisso Severo? Você ficou feliz por Tiago estar daquele jeito?


- Ele provocou o Paul!


- Mas ele usou uma Maldição Imperdoável em Tiago! Nada é motivo para fazer isso, nada! Eu continuo sem entender porque insiste em manter uma amizade com aquele cafajeste!


- E você continua namorando aquele infeliz!


- Tiago nunca usou e nunca vai usar Artes das Trevas como você Avery e Mulciber! – gritei, perdendo a paciência. - E quer saber o que mais? Eu cansei! Cansei de sempre achar um motivo pra continuar a falar com você! Você não é o mesmo a partir que você colocou o pé nesse castelo. Eu não te reconheço mais. O Sev que eu conhecia está morto agora.


Sua expressão ficou chocada e Sirius sorria alegre.


- Vamos. – falei para ele e sem hesitar dei a senha para a Mulher Gorda; o retrato girou e antes de voltar a posição normal, não pude deixar de ver um rosto amargurado.

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