Capítulo 16



Capítulo 16


 


Rose estava super atrasada para o trabalho. Era dia de entrega de material na loja e ela havia acordado mais tarde. Tinha ficado até tarde na noite anterior com um bruxo muito bonito numa balada bruxa e nem tinha pensado no trabalho que viria no dia seguinte.


Acordou de ressaca de tanto dançar, embora ela achasse que na verdade era porque o bruxo bonito a tinha pedido em namoro. Eles haviam se conhecido certa noite num desfile promovido na loja de Rose. Ele era empresário de uma revendedora e estava lá para comprar dez mil peças da coleção.


Então eles começaram a sair juntos, como amigos, mas no dia anterior a este, ele tinha pedido Rose em namoro. Ela, muito sem graça, respondera que não, que apesar de gostar muito dele, era apenas amizade que sentia por ele, e que ela amava outra pessoa e que jamais deixara ou deixaria de amar essa outra pessoa. Pelo que tinha parecido, o bruxo aceitara o não de Rose, mas tinha lhe dito que ia fazer de tudo para conquistá-la. Aí foi que o circo pegou fogo. Ela disse que ele jamais conseguiria. Ele tentou beijá-la a força, mas Rose que era muito rápida estuporou o bruxo, que ficou caído no chão da boate até uma equipe do Saint Mungus chegar lá para reverter o feitiço.


Rose mais do que depressa, se aprontou, tomou um gole de suco de abóbora e saiu correndo de casa. Uma vez que estava no jardim, aparatou até a entrada da loja. Por sorte, ainda não tinha chegado o caminhão de entrega de material, mas ela já enxergava suas funcionárias tomando um cafezinho na loja.


- Vamos meninas, todas ao trabalho. Desculpem o atraso. – Rose nunca aceitou um atraso sem um bom motivo de suas funcionárias, por isso se via obrigada a se desculpar pelo seu atraso idiota. – Hoje vou precisar de todas vocês aqui em baixo. Preciso que três de vocês arrumem um espaço aqui no porão para a entrega de material e as outras vão ficar aqui embaixo atendendo as clientes. Graças aos céus as revistas estão prontas e hoje, como é estréia de revista do mês, vai encher de clientes. Uau adoro meu trabalho. - falou Rose fazendo as meninas rirem – Escutem, vou dar um pulinho ali no Bar do Chucrute para comer um salgado de fígado e rins, ok. Preparem tudo por aqui, quero ver essa loja cheia de clientes quando eu voltar.


Rose foi saiu da loja totalmente desatenta. Caminhou rápido pela Rua do Beco, quando se lembrou que tinha que ir ao Gringots para retirar o pagamento do material. Foi correndo ao Bar do chucrute, onde comprou o salgado tão desejado por ela e saiu batida para o banco.


Como subiu as escadas correndo e com os olhos no salgado, não viu um rapaz à sua frente. POW.


Estava feito. Havia salgado no chão, e sacolas com dinheiro espalhado também no chão, e um rapaz e Rose caídos no chão.


Totalmente certa de sua culpa e vergonha, Rose preferiu ficar caída no chão, enquanto o rapaz catava as moedas. De repente, quando ela resolveu abrir os olhos, viu uma mão estendida para ela. Lentamente ela ergueu os olhos para ver quem estava querendo ajudá-la. POW.


Rose caiu desmaiada na escadaria do banco dos bruxos. Quando voltou à consciência, se deu conta de que o rapaz ainda estava ali, olhando para ela. Era Scorpio Malfoy.


- Está tudo bem? – perguntou Scorpio, aqueles olhos cinza fitando-a.


- Desculpe. Eu sou uma estabanada. Eu estava com pressa e não te vi. Desculpe mesmo. Ai que mico. – falou ela com as mãos nos olhos.


Mas diferente dela, Scorpio ria.


- Por que você está rindo? – perguntou ela.


- Foi um acidente e você aí como se fosse o fim do mundo.


- Olha aqui Scorpio Malfoy... – tarde demais. Ela falara o nome dele e agora ele a encarava com uma expressão de surpresa no rosto.


- Você sabe quem eu sou? – perguntou ele.


- Ahn... Bom... Mais ou menos. Fiquei sabendo que um Scorpio Malfoy viria aqui hoje... Ahn... Mostraram-me uma foto sua. – mentiu Rose sem muita confiança em sua própria voz.


- Caramba... – falou ele surpreso. – Bom, prazer, Scorpio Malfoy. – falou ele rindo.


- Ahaha. Rose Weasley, e acredite, o prazer é todo meu.


Eles se apresentaram e ficaram conversando sobre a loja de poções que Scorpio queria abrir. Rose nem podia acreditar que estava tão perto do homem que amava. Mas mesmo assim conseguiu se conter e não tentou beijá-lo. Pelo contrário, falou que estavam vendendo uma loja com um ótimo espaço bem ao lado da sua e que eles podiam ir juntos visitar. Na mesma hora ele concordou e então foram conhecer a loja.


Era relativamente um pouco menor que a de Wanda, mas tinha realmente um bom espaço e por sorte, o dono estava lá, guardando os pertences. Parecia que alguém tinha feito uma oferta de oito mil galeões pela loja.


- Oito mil galeões? É uma ótima oferta. – falou Rose.


- Pois é, e como a loja é um tanto antiga não tantas as pessoas que querem comprar por preço tão bom. – falou Sr. Horbert.


- Eu pago dez mil. Pago dez mil galeões agora para o senhor. – falou Scorpio, fazendo os poucos fios de cabelo do senhor Horbert ficarem em pé.


- Dez mil galeões? Tem certeza? – perguntou o velho.


- Tenho absoluta certeza. Te dou o dinheiro agora e o senhor me passa a escritura da propriedade. – negociou sabiamente Scorpio.


- Feito. – falou o velho e na mesma hora foram até uma saleta onde se situava o escritório e em menos de meia hora, a loja era de Scorpio. Ele saiu dali super contente e chamou Rose para tomar um sorvete. Mas como a garota tinha muito que fazer, disse que teria de ficar para a próxima, mas que com certeza ela queria tomar um sorvete com ele.


- Obrigado. Se não fosse por você me derrubar no chão hoje eu não teria conseguido comprar a única loja a venda aqui no Beco Diagonal. – falou Scorpio, sua voz hipnotizando Rose.


- Que nada. Qualquer coisa você sabe onde me achar. – falou ela voltando da Lua.


 


Era noite, Scorpio estava na casa dos pais.


- Seu pai teve que sair, mas já, já ele volta. Negócios. Parece que ele conseguiu vender mais de cem mil papéis antigos para um senhor muito rico. – falou a Sra. Malfoy.


- Ok. Eu estava pensando se eu podia ficar aqui hoje.


- Claro meu filho, seu irmão vai adorar. – falou a mulher feliz que o filho fosse passar a noite ali com eles.


- Mãe, eu consegui comprar a loja. – começou Scorpio e contou tudo desde o momento que tirara o dinheiro até quando conheceu uma menina chamada Rose Weasley e como ela o ajudara na compra da loja. – Ela parece um anjo. Me salvou. – falou ele, mas a expressão que viu no rosto da mãe não foi bem a que ele esperara. A mãe estava pálida.


Astoria Malfoy parecia uma estátua esculpida em gesso. Desde o dia que ela havia conversado com Rose Weasley no Saint Mungus, não tinha entregado o diário que a garota fizera e que pedira que ela entregasse para Scorpio quando julgasse adequado. Percebendo a expressão da mãe, Scorpio perguntou o que estava acontecendo.


- Meu filho, venha comigo. – falou ela e subiu com o filho pela mansão, até uma grande sala. Na verdade, era uma biblioteca. Scorpio se sentou e Astoria foi até uma estante, talvez a mais antiga de todas, toda esculpida e puxou um livro.


Era um pequeno livro que poderia ser de qualquer história. Mas ali tinha uma história maior do que qualquer outra história. Tinha a história de uma garota e de um garoto que se amavam.


- Uma menina certa vez me pediu que eu entregasse isso a você quando eu julgasse adequado. – falou ela chorando – Pensei que não precisaria dá-lo nunca a você, mas chegou a hora. – Astoria entregou o livro ao filho e saiu da biblioteca.

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