Capítulo 8



Capítulo 8

- Uau! Com certeza isso é melhor que a pulseira. – falou Scorpio.
- Hum... Eu não sabia se seria esse o melhor presente, mas preferi arriscar. – falou Rose rindo.
- Sua risada é muito linda. – elogiou Scorpio.
- Valeu, mas não vamos ficar com essa melação toda... rsrsrsrs. Olha, eu sei que a gente já conversou sobre isso, mas quero te lembrar que eu jamais me envolveria com alguém que é comprometido Scorpio, e você ainda namora a Tallie. Escuta – falou ela quando ele fez menção de interromper – esse beijo aconteceu porque eu realmente não sabia o que te dar de presente, mas aconteceu também porque eu queria muito. Mas eu sou capaz de, mesmo querendo muito alguma coisa, me controlar e não ter, se essa coisa pertence a outro alguém. – falou ela e em seguida foi até Scorpio e beijou sua bochecha e, depois seguiu a pé para casa.

Com a atitude de Rose, Scorpio seguiu para a casa dos Potter, onde foi direto falar com Alvo.
- Quer dizer e que ela te beijou e foi embora?
- É cara. Porque eu ainda namoro a Tallie.
- Pois é cara, tu é meu brother, mas a Rose é sangue do meu sangue e tenho que te dizer, ela tá certa.
- E eu não sei!? Acontece que eu não posso chegar na Tallie e simplesmente falar que não quero mais nada com ela.
- Eu sei cara que não é fácil, mas se tu gosta da Rosie, isso não vai ser problema; não se você realmente gostar dela.
- É, mas e o que eu diria pra Tallie?
- Que você gosta muito dela, mas que o relacionamento de vocês está desgastado e que você percebeu isso, quando se deu conta de que tava querendo passar momentos felizes com outra garota.
- Hum, pode ser, mas e se ela quiser saber quem é?
- Pô cara, tu é uma lesma mesmo hein!? Olha só, tu vai falar que isso não interessa a ela, mas mesmo assim fala pra ela, pois eu acho a Rosie uma menina muito séria e, como ela se entregou pra você, o que é loucura, ela gostaria de sentir que o namoro de vocês é sério mesmo.
- Valeu cara. – falou Scorpio e ao invés de seguir o exemplo de Alvo ao ir dormir, pegou seu diário para escrever.

“Cara... a Rose e eu nos beijamos. Duas vezes. E foi incrível... nunca senti tanto prazer num beijo, como nesse com a Rose. Eu senti o que acho que venho escondendo de mim mesmo há muitos anos: eu sempre gostei da Rose; desde o instante em que nos olhamos pela primeira vez, na nossa primeira ida para Hogwarts, lá na estação. Naquele momento eu soube que sentia algo mais forte por ela e que estava fadado a amá-la para sempre... Mas devido ao fato de certas inimizades entre nossas famílias, mantivemos um ódio, com um amor oculto, durante todo esse tempo. Quanta perda de algo tão precioso, o tempo. Se tivéssemos simplesmente seguido nossas vontades, poderíamos ter passado todos esses anos juntos... com amor. De repente, pela primeira vez, me arrependo de algo. Não de algo que fiz, mas de algo que não fiz. Mas estou confuso. Não queria magoar alguém que foi importante para mim, a Tallie... Mas quero a Rose mais do que não quero magoar a Tallie e sim, já sei a coisa certa a fazer. Preciso terminar com a Tallie para poder ser feliz com a Rose. Nossa, nunca pensei que um dia eu fosse admitir isso para mim mesmo: EU AMO ROSE GRANGER WEASLEY.”

Naquele mesmo instante, mas em sua casa, Rose pensava... “Caramba, eu amo o Scorpio. Nunca tinha percebido isso, mas quando meu pai disse, naquele dia em que iríamos pela primeira vez para Hogwarts, que o vovô Weasley não ia gostar muito que eu namorasse um sangue-puro, eu senti algo pelo Scorpio... Ainda mais quando ele me olhou com seus olhos acinzentados, frios e lindos, mas que passavam um calor estranho... Eu amo o Scorpio.”. E com esse pensamento, ela adormeceu.

No dia seguinte, às quatro da tarde, todos já estavam, cada um, em seu respectivo salão comunal.
Todos estavam eufóricos, pois haviam ficado uma semana em casa, devido ao Natal, mas agora, mais do que nunca, deviam se preparar para as provas que estavam quase chegando.
Rose, Alvo, Wanda e Scorpio prestariam a primeira fase das NIEMs e estavam, ambos, com certo temor, afinal aquela fase seria como uma fase eliminatória; quem não alcançasse notas suficientes para a próxima fase, teriam de prestar os exames mais uma vez, para poderem tentar mais uma vez se classificar para a próxima fase; porém não poderiam mais prestar exame para a mesma profissão de antes, a não ser que escolhessem permanecer na escola para se formarem no que desejavam, um tempo a mais.
Na primeira fase, ninguém prestava exame pensando na profissão desejada. A primeira fase era como uma fase geral, onde todos fariam a mesma prova e, quem se qualificasse, poderia seguir com a segunda fase quando ela fosse anunciada; aí sim cada um faria uma prova que estivesse de acordo com a profissão desejada.
Rose ainda não sabia o que queria fazer; Alvo queria se tornar auror como o pai; Wanda queria trabalhar na França, numa filial de Gringots e Scorpio desejava se tornar mestre de poções. Então cada um estudava, primeiramente para a prova geral, mas sempre dando umas olhadas nas matérias que cairiam na segunda fase dos exames.
Porém, parecia que quanto mais eles estudavam, mas burros eles ficavam. E realmente a situação parecia desesperadora; era até cômico.
- Socorro! Onde está minha pena? Esse negócio sumiu... Onde está? Onde está? – gritava Rose para todo o salão comunal da Corvinal ouvir.
- Amiga, para e relaxa! – falou Wanda.
- Onde está a minha pena Wanda? Você viu? Me ajuda em alguma coisa pelo menos.
- Está na sua mão Rose Weasley. – respondeu Wanda gargalhando.
- Hum...
- É, o que os corvinais têm de inteligente não estão tendo em relaxamento. Você precisa relaxar amiga. Você só tem estudado o tempo todo. Nem falou mais no Scorpio...
- Não falei porque não tenho nada para falar. Faz uma semana desde que voltamos de Natal e ele não tocou em assunto de beijo nenhum, então, tenho que me preocupar com o que realmente tem importância na minha vida. E já acabei de estudar. Então vou voltar para meu salão comunal. Tchau. – falou Rose estressada com tudo, ainda mais quando Wanda falou no nome de Scorpio. Ela realmente ficara esperando por uma semana inteira Scorpio tomar uma atitude, mas até agora nada havia acontecido.
Rose então seguiu até seu salão comunal e ao chegar lá decidiu que iria estudar mais. Ela abriu os livros na mesa da sala e começou a rabiscar um pergaminho com encantamentos. Ela avistou então num certo livro intitulado O Poder da Magia – Volume Encantamentos alguns encantamentos diferentes dos que ela havia estudado até aquele momento – que falavam apenas de encantamentos defensivos e ofensivos. Esses outros eram mais encantamentos para auxílio pessoal. Um deles era Como Encantar Alguém e esse encantamento se dividia em três partes: 1) Como fazer com quem você ama te ame; 2) Como usar seu inimigo de forma inteligente e 3) Como dominar a mente de alguém.
Ela parou, interessada, para ler o primeiro tópico deste encantamento. Ele dizia:

“A pessoa que foi encantada para amar alguém que a amava, provavelmente foi encantada com uma poção do amor, que é o caso mais comum. Mas há muitos anos, quando a magia ainda tinha que ser estudada, aprendida, para ser utilizada, existia um encantamento, inventado pela própria Morgana, anos antes de ela se tornar a poderosa feiticeira má. Mas ainda assim, esse encantamento já mostrava sua verdadeira identidade. Ele servia para fazer alguém sentir amor por alguém, mas como na poção do amor, o que se sentia não era real, era um sentimento idealizado por quem lançava o feitiço. Mas não se sabe até hoje se quem encantava outras pessoas realmente sentia amor ou se era algum tipo de obsessão. Abaixo o encantamento. Obs.: Não deve ser utilizado por ser de alta periculosidade para quem é enfeitiçado. É necessário muita sensatez ao utilizar este encantamento e consciência de tudo o que a vítima, por assim dizer, irá sofrer.
‘Gélido e pálido, esse é seu sentimento por mim.
Frio e dispensável, esse é seu sentimento por mim.
Incapaz e cruel, esse é seu sentimento por mim.
O que ganho eu amando você? Desprezo.
Mas te amo tanto que invoco teu amor a mim,
Dê-me, querendo ou não a chave do teu coração
E me pertença. ’
Deve-se lembrar que esse encantamento difere em determinadas características da poção do amor. A pessoa enfeitiçada consegue ter sentimentos por outra pessoa que não seja quem a enfeitiçou, porém não consegue desfazer os laços com a pessoa autora do encantamento.”

Totalmente certa do que estava acontecendo, Rose fechou os livros, pegou o livro de encantamentos e partiu para o salão comunal da Sonserina. Correu como se o salão comunal sonserino estivesse fugindo dela; até tropeçou ao descer umas escadas, mas não chegou a cair.
Ao chegar no salão comunal sonserino, lembrou-se que não tinha a senha para entrar, o que a fez decidir que ficaria ali até que alguém que fosse sair ou entrar, pudesse chamar Scorpio para ela. Ficou ali uns vinte minutos, até se dar conta que talvez, para o grande azar dela, ninguém iria sair. Resolveu voltar para o seu salão comunal, onde uma hora ou outra, Scorpio teria que aparecer, afinal eles dividiam o mesmo salão comunal.
Assim que chegou, subiu para seu dormitório, onde decidiu dormir um pouco – pois estava muito cansada e chateada, e não queria mais ficar pensando em Scorpio.
Passadas algumas horas, Rose acordou com batidas em sua porta. Feliz, imaginou que fosse Scorpio; mas assim que abriu a porta, constatou que era sua prima Lílian.
- Ah, oi Lílian! O que houve? – falou ela desanimada.
- Rô, eu percebi que você anda meio cabisbaixa, aí vim ver se você queria conversar. O Alvo me contou mais ou menos o que está acontecendo...
- Ah, linguarudo. Prima, o que está havendo você já sabe. É o Scorpio que não decide o que quer da vida. – falou Rose e enquanto isso em outro lugar...

- Olha só Tallie, eu realmente gosto de você, mas sabe, nosso namoro já estava desgastado... e bom, devido a muitos motivos, eu estou gostando... Não, pára. Eu não estou gostando, a verdade é que eu sempre gostei e percebi que amo a Rose Weasley. – falou Scorpio, que constatava as lágrimas caindo dos olhos de Tallie.
Não era fácil para ele, ele tinha um carinho por ela, mas descobriu que sempre foi apaixonado por alguém, que ele jamais imaginou que fosse um dia se apaixonar. E ele sabia que quanto mais enrolasse, mais Rose acharia que ele não queria nada com ela, e isso, para ele, era muito pior do que machucar os sentimentos de alguém por quem ele só sentia uma certa afinidade.
- Nós sabemos que o fomos enrolando esse namoro... – falou Scorpio.
- Não Scorpio. Nada disso. Nosso namoro sempre foi maravilhoso, mas agora que você se apaixonou por aquela mestiçazinha ridícula, está inventando desculpas para explicar porque quer terminar comigo. – berrava Tallie – Olha só...
- Não, olha você! Tallie, eu nunca te disse, até porque, para que eu te contaria uma coisa como essa... Meu namoro com você sempre foi uma bengala. Uma solução para minha solidão. – falou Scorpio, fazendo com que Tallie pegasse a varinha e lançasse um feitiço sobre ele. Tallie havia acabado de estuporar Scorpio Malfoy.
- É Scorpio, se você acha mesmo que vai sair ileso dessa história, sem nem ao menos provar minha vingança, está muito enganado. Você me usou, e não gostei disso. – falou Tallie, mais para si do que para Scorpio, afinal ele estava inconsciente e, lançando um último feitiço sobre Scorpio saiu da sala de aula onde eles estiveram conversando.

- É, você está certa Líli. Vou procurar o Scorpio agora mesmo. E você acredita mesmo que eu pensei que a Tallie pudesse ter encantado o Scorpio para ele estar com ela? – falou Rose rindo. Ela estava bem melhor depois da conversa que tivera com a prima.
- Mas esse encantamento foi proibido há um século! – falou Lílian rindo mais que Rose – Prima, sinceramente, acho que você tem que entender que para o Scorpio, mesmo ele te amando muito, deve ser complicado terminar com alguém que ele namora desde o quarto ano.
- Você tem razão.
- E se vai te animar, Alvo me contou que o Scorpio ia conversar hoje com a Tallie.
- Sério? – perguntou Rose vibrante.
- Sim, mas não conte que eu te contei. Meu irmão nunca mais me contaria nada.
- Ah prima! Obrigada por ter vindo até aqui conversar comigo. Hum, você quer ir comigo procurar o Scorpio? Ele já deve ter terminado de conversar com a Tallie, e só não o procurei nas salas de aula.
- Salas de aula? Reservado esse menino hein? Mas sim prima, vou sim com você.
- Então vamos! – falou Rose e partiu dali com a prima.
Procuraram Scorpio em todas as salas de aula e no castelo inteiro, menos na sala de poções. Resolveram então ir até a sala de poções, mas caso ele não estivesse lá, elas não mais procurariam Scorpio naquele dia.
Desceram muitas escadas até as masmorras e Rose até riu quando se lembrou da quase queda numa delas. Logo chegaram até o local que queriam e qual foi o espanto, encontraram Scorpio caído no chão, inconsciente.
- Líli, me ajuda! Vai, pega os pés que eu pego a cabeça. – gritou Rose desesperadamente fora de si.
- Olha, às vezes esqueço porque o chapéu te pôs na Corvinal. – falou Lílian jogando um Levicorpus em Scorpio para o corpo dele, flutuar.
- Ah, é... Nem pensei nisso. – falou Rose sem graça e então as duas foram correndo até a ala hospitalar.
Ao chegarem lá, gritaram desesperadas pela madame Savanovva, que deu uma chamada nelas, afinal era proibido gritar na ala hospitalar.
Depois de dada a bronca, ela colocou Scorpio numa cama e lhe deu um antídoto para acordar, mas o efeito não foi imediato; se quisessem esperar Scorpio acordar, teriam que ficar ali algumas horas a mais do que haviam imaginado que ficariam.
- Líli, você pode ir embora se quiser. Eu fico aqui com ele. Você já me ajudou bastante, obrigada. – falou Rose.
- Então eu vou, mas me mande um bilhete me dizendo se está tudo bem com ele, ok? – pediu a prima.
- Sim, eu farei isso. Obrigada. – agradeceu Rose à prima e a levou até a porta, onde se despediram com um abraço.
Depois Rose voltou até a cama onde Scorpio estava e pegou na mão dele. Com o toque, ele acordou.
- Onde estou? – perguntou ele.
- Oh! Scorpio, que bom que você acordou. – falou Rose feliz – Você está na ala hospitalar. Te encontrei inconsciente na sala de poções. O que houve? – perguntou ela curiosa.
- Olha, não quero parecer grosso, mas não lembro o que aconteceu e se lembrasse, por que eu teria que falar para você? – falou ele tranquilamente, sem aquele tom de desprezo que fazia questão de pôr na voz, quando queria insultar Rose.
- Não estou te entendendo Scorpio...
- E por que você fica me chamando de Scorpio? – perguntou ele.
- Ué, como você quer que eu te chame? De Malfoy... seu sobrenome?
- Meu nome é Scorpio Malfoy então? – perguntou ele, fazendo com que Rose finalmente entendesse o que estava acontecendo. Ele não estava sendo o Malfoy idiota de sempre, desprezando-a – até mesmo porque eles estavam vivendo um romance – ele estava com amnésia.
Morrendo de medo das conseqüências, Rose foi até madame Savanovva e contou a conversa deles.
- Sim senhorita Weasley, realmente me parece que o senhor Malfoy foi obliviado.
- Quer dizer que ele realmente foi enfeitiçado com um feitiço de esquecimento? Mas a senhora tem como ver até que ponto?
- Querida, quando alguém é obliviado, esquece de tudo. – falou madame Savanovva, com muita pena de Rose – Vocês eram namorados? – perguntou a curandeira.
- Nã... – e sem conseguir terminar a frase, entendeu o que havia acontecido, e contou toda a história para madame Savanovva.
- Quer dizer que essa tal de Tallie enfeitiçou o senhor Malfoy, por que ele estava terminando com ela para namorar a senhorita?
- Sim senhora.
- É uma acusação grave. Vou chamar a senhorita Tallie aqui e caso ela desminta, pedirei permissão à diretora para interrogá-la, na sua presença e na da diretora, com Veritaserum. – explicou a curandeira.
Dito e feito, madame Savanovva chamou Tallie para uma conversa e como era de se esperar, a menina desmentiu tudo.
Então madame Savanovva fez um pedido de permissão para a diretora e pediu que Rose fosse levar até a diretora.
Visto a grave situação que estava acontecendo, a diretora imediatamente assinou a autorização e seguiu com Rose até a ala hospitalar, onde madame Savanovva ainda estava com Tallie.
- Senhorita Fiaz – falou a diretora Minerva McGonagal – a senhorita será interrogada com Veritaserum. Tem algo a dizer? – perguntou a diretora à Tallie, que com muito medo gritou:
- Você não tem o direito de me interrogar com o soro da verdade.
- Quem não deve, não teme. – falou Rose, que foi repreendida por madame Savanovva com um olhar.
- Sinto muito senhorita Fiaz. Sua situação é grave e nesse caso o método do soro da verdade é lícito. Interrogue-a. – ordenou a diretora, fazendo Tallie beber três gotas do soro da verdade.
- A senhorita enfeitiçou o senhor Malfoy, por que ele estava terminando com você?
- SIM.
- A senhorita confessa ter estuporado o senhor Malfoy?
- JÁ DISSE QUE SIM.
- A senhorita obliviou a mente do senhor Malfoy? – perguntou madame Savanovva, mas sem obter resposta – Responda!
- FIZ TUDO ISSO! – falava Tallie contra sua vontade.
- Sinto muito senhorita Fiaz, mas estarei enviando agora mesmo uma carta aos seus pais, comunicando seus feitos e anunciando sua expulsão da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts. – falou a diretora – Sinto muito, mas sua atitude é imperdoável. Você não pensou nas conseqüências que traria ao senhor Malfoy? Pode levar anos até que ele se recupere, isso se ele se recuperar; e em caso de recuperação, e se ele se recuperar mas ficar com seqüelas? – perguntava a diretora indignada.
- EU NÃO DOU A MÍNINA! ELE NÃO PENSOU DUAS VEZES ANTES DE ME TROCAR POR ESSA SUJEITINHA MESTIÇA! AGORA TEM QUE AGUENTAR AS CONSEQUÊNCIAS.
- É mentira. – falou Rose – Ele passou essa semana inteira decidindo o que faria. Nem ao menos ele falava ou olhava para mim. – disse Rose à Tallie, que fingia não se interessar pelo que ela dizia.
Assim, passadas as horas de tensão, todos saíram e madame Savanovva permitiu que Rose fosse falar cinco minutinhos com Scorpio.
- Mas querida, não insista caso ele não queira conversar. E tenho que te avisar que ele será transportado para o Hospital Saint Mungus, afinal eu não posso fazer muita coisa por ele.
- Obrigada. – falou Rose e foi até a cama de Scorpio.
- Oi! – falou ela sem graça – Eu sei que você não sabe quem eu sou. Mas na verdade a gente se conhece desde que tínhamos onze anos. Estudamos juntos durante todo esse tempo e sempre nos odiamos. Mas esse ano, quando você passou o Natal lá em casa, a gente passou a se gostar e aí você terminou com sua namorada para ficar comigo, mas ela te enfeitiçou e por isso você não se lembra de mim. Então eu queria te pedir uma coisa.
- O que você quer pedir? – falou ele.
- Mesmo que você não se lembre de mim, eu gostaria de poder te visitar no hospital, enquanto você não recuperar a sua memória. – falou ela chorando.
- Olha, mesmo que eu não lembre quem é você, você foi a única pessoa até agora que demonstrou se importar realmente comigo. Então eu gostaria mesmo que você me visitasse sempre. – falou ele arrancando um sorriso de Rose; sorriso que por sinal ele achou lindo – Quem sabe você me ajuda e me lembrar de você, ou se não, a gente se conhece de novo. Prazer, Scorpio Malfoy.
- Prazer, Rose Weasley. – falou ela rindo – Scorpio, seus pais vão se avisados que você vai para um hospital e... bom, Scorpio... não sei se é a hora, mas você é um bruxo.
- O quê? – perguntou ele rindo.
- Por que você está rindo?
- Bom, se quem me enfeitiçou deve ter feito algo errado! Consigo me lembrar que sou um bruxo.
- Uau!
- Senhorita Weasley, seu tempo acabou. – falou madame Savanovva.
- Ah, sim! Preciso falar com a senhora. – disse e seguiu até a sala da curandeira.

- Quer dizer que ele se lembra que é bruxo?
- Sim senhora.
- Ok. Vou colocar isso na ficha dele que vai para o Saint Mungus. Por favor, despeça-se dele e vá embora.
- Sim senhora. – falou Rose e voltou até a cama de Scorpio.
- Bom tenho que ir agora. Fica bem! – falou ela dando um beijo na bochecha de Scorpio e, ao deixar as lágrimas caírem, foi embora.

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