Feijõezinhos de todos os sabor

Feijõezinhos de todos os sabor



Logo que Giulia Rosier se retirou da minha sala com aquele estranho ultimo pedido de aprender oclumência aos 11 anos e dizendo que eu daria aulas para o Potter comecei a pensar no que fazer...E o que eram todas aquelas coisas que ela, por falta de melhor palavra, via?!


Por mais que tenha falado para ela que não comunicaria nada ao diretor eu tinha que fazê-lo. Ele havia me mandado ficar de olho em Quirrel, e a menina sabia que não podia confiar nele por causa destas visões estranhas que tinha...


– Feijõezinhos de Todos os Sabores


A gárgula girou e a escada para o escritório de Dumbledore apareceu... Sequer precisei bater na porta, o diretor - como se soubesse que eu viria - já estava com a porta aberta e duas xícaras de chá fumegantes na sua frente.


– O que o traz aqui a essa hora Severo? Pensei que tivesse aulas para preparar...


– Desculpe o horário diretor, mas achei que era importante.É sobre a Giulia Rosier...


– Ah, sim. Parece que a poção curativa que ela aprimorou funciona...você não está mais mancando, e sua ferida está completamente cicatrizada...


– Giulia é realmente uma excelente aluna, será uma grande preparadora de poções um dia se desejar. Me ofereci para ajudá-la a patentear a nova formula da poção curativa, amanhã enviarei uma coruja para os pais dela.Mas não é sobre isso que desejo falar...


–Não, certamente não é sobre isso...Leite no seu chá Severo?


Assenti. Ele obviamente sabia que não era sobre isso que eu queria falar.


– Ela não confia em Quirrel. Quando fui mordido por Fofo encontrei Quirrel petrificado do lado de fora da sala. Lhe falei que não sabia quem tinha feito isso com ele, mas menti. Menti para encobertar uma aluna da minha casa que pode ter me salvo de algum feitiço que Quirrel quisesse jogar em mim...


– Interessante...Por que ela foi atrás de você?


– Ela não foi atrás de mim, mas de Quirrel. Ela me contou que logo que todos os professores haviam saído ele levantou como se não tivesse passado mal e saiu correndo em direção oposta a que os demais professores tinham ido. Resolveu o seguir, pois não confiava nele...


– E ela decidiu enfeitiçá-lo, pois?


– Segundo o relato que me fez, ela teria ouvido minha capa e sabia que eu estava dentro da porta que Quirrel tentava entrar logo depois. Quando ele abriu parte da porta ele não entrou, mas buscou a varinha e apontava a mesma para dentro da onde eu estava. Ela resolveu lançar um petrificus totalus, pois tinha certeza de que ele me atacaria e ficou preocupada já que aquele era o tal corredor do terceiro andar que o senhor tinha mencionado no discurso do início do ano...


– Bom saber que alguns alunos ainda prestam atenção nos meus avisos...


– Eu achei que ela estava me escondendo alguma coisa naquele momento, mas não insisti no assunto...


– Mas ela se comportou novamente de forma estranha... no jogo de quadribol.


– Como você sabe?


Dumbledore simplesmente ergueu as sobrancelhas como se perguntasse se eu tinha me esquecido quem ele era.


– Enfim, a chamei para conversar hoje depois do jantar com a desculpa de debater a poção dela, que conforme você já mencionou foi extremamente bem sucedida. Mas o que eu queria era saber o por quê dela ter derrubado Quirrel da arquibancada...


– Ela lhe falou?


– Falou e é algo verdadeiramente estranho.


– O que não é estranho no nosso mundo?


– Eu nunca ouvi falar de algo assim Dumbledore. Ela vê coisas...


– Adivinhação? Creio que cursou essa matéria quando estudou aqui Severo..e que conhece Sibila, sua colega...


– Foi o que eu pensei na hora que ela começou a me contar, mas é diferente. Segundo ela é como se ela tivesse visto várias coisas acontecendo na escola, mas não somente no presente, mas no futuro... Pelo o que ela conseguiu descrever e o que eu entendi é que é como se ela tivesse lido ou visto as coisas em algum livro ou filme e só se lembrasse de algumas partes.


– Como assim?


– Eu pedi pra ela um exemplo, ela me falou que Amélia Bones, que é tia da amiga dela Suzana Bones, iria estar presente em um julgamento de Potter, mas quando ele fosse mais velho, e que ouviu Fudge falando que tinham perdido Amélia Bones para o Primeiro Ministro trouxa, mas que não era o atual, mas um homem que hoje faz parte da Câmara dos Lordes.


– Um julgamento? Harry?


– Sim. Ela não sabia sobre o que se tratava o julgamento, só soube dizer que Bones estava presente e votava em favor de Potter.


Os olhos de Dumbledore brilhavam com uma curiosidade que há muito eu não via em seu rosto.


– E quanto à ter derrubado Quirrel? Foi algo assim?


– Sim. Ela disse que precisava derrubar ele, pois Granger achava que eu estava azarando a vassoura de Potter, mas que ela sabia que era Quirrel e que eu fazia a contra-azaração. Por isso deve que derrubá-lo, para quebrar o contato visual de Quirrel.


– Era realmente Quirrel? Conseguiu conferir?


– Não sei, mas acredito que ela estava certa. Logo que ela o derrubou Potter voltou a voar normalmente.


– Se estas informações da senhorita Rosier se mostrarem corretas ela poderá ser de grande ajuda no futuro... Enviarei um pergaminho à ela marcando um encontro.


– Eu falei para ela procurar o senhor, mas ela me pediu um tempo pra tentar compreender melhor o que está acontecendo com ela...Pediu que eu inclusive não comentasse sobre isso com você.


– Claro, claro... Ela é jovem e inteligente, quer conseguir entender melhor a si mesma. Fico feliz que ela tenha confiança em você Severo. Há alguma coisa que você deseja me perguntar?


– Sim. Ela me pediu para que lhe ensinasse oclumência.


Finalmente consegui surpreender Dumbledore. Seus olhos se arregalaram por de trás do óculos meia-lua, sua boca ficou entreaberta como se não tivesse palavras, mas logo estas vieram...


– Ela tem apenas 11 anos... Onde ela leu sobre oclumência? Ou ela....ela viu algo sobre oclumência nestas coisas dela?


– Exatamente. Ela me viu tentando ensinar Potter a usar oclumência, novamente um Potter mais velho pelo o que ela me contou. E foi ler sobre o assunto, logicamente leu que é mais fácil aprender se tiver um legitimens para ensinar e me pediu as aulas.


– E você?


– Falei que veria com o diretor, pois ela é muito nova para aprender este tipo de magia...


Ele fechou os olhos e suspirou.


– Severo, quantos anos você tinha quando começou a aprender oclumência e legitimencia?


– Doze anos diretor.


– Ensine-a. Mas não seja tão duro, ela é apenas uma criança... é possível que ela precise proteger a mente no futuro, considerando tudo o que me foi contado hoje.


 

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