Expresso Feriado



Já era Natal e eu embarcaria em breve no Expresso de Hogwarts para ir pra casa passar o feriado com meus pais. Estava muito feliz, por mais que eu me sentisse verdadeiramente bem na escola estava morrendo de saudades deles. Entrei no trem e fui procurar a cabine onde Draco e Blás já estariam me esperando, segundo eles eu estava demorando muito pra arrumar minha mala pra um feriado de 10 dias então saíram antes de mim. Até foi bom, pois fui caminhando até o trem junto de Suzana e conversando com ela... tínhamos nos afastado um pouco por que nossos tempos livres raramente coincidiam, eram poucas as aulas duplas e eu vinha treinando quadribol de uma forma meio exaustiva que não me deixava muito tempo livre, mas eu continuava gostando muito dela. Os meninos estavam deitados ocupando os dois bancos inteiros, garanto que era pra ninguém sentar naquela cabine...só eles mesmo.


– Então, vou poder sentar ou vou ter que me deitar no chão?


– Rosier, acho que o chão talvez seja uma boa idéia.


– Engraçadinho... Chega pra lá Malfoy.


– EI! Por que eu?! O Blás também tá deitado! Manda ele levantar!


– Claro que não...Ele não foi grosso comigo. Levanta você Malfoy – ele me encarou com aqueles olhos frios – levanta loooogooo! Deixa de ser chato Draco!


– Agora que você me chamou de Draco eu me levanto.


Eu grunhi, não queria chamar ele de Draco, ultimamente vinha só usando o sobrenome dele, só tinha usado o primeiro nome dele quando queria alguma coisa de verdade, tipo o último sapo de chocolate que ele tinha pego da MINHA caixa que meus pais tinham enviado junto com a carta me parabenizando pelo meu desenvolvimento em poções (obviamente resultado da tal carta que o Professor Snape falou que enviaria à eles).


– É engraçado né? – ele disse olhando para a porta.


– O que Blás? – Draco perguntou.


– Como não tem tanto movimento no trem no feriado.


– Tem alunos que passam o Natal na escola, não tem por que ficar surpreso com isso. Talvez na época dos meus NOMs ou NIEMs eu fique na escola pra estudar durante os feriados, deve ser maravilhoso ter a biblioteca praticamente só pra você.


– Comentário nerd... Tem vezes que eu acho que você deveria estar na Corvinal Giu...


– Concordo você gosta de estudar de uma forma que é completamente fora de padrão... – Malfoy falou em seu tom zombeteiro - O Potter ficou na escola agora. Acho que o idiota do Weasley ficou com ele pra fazer companhia ao Santo-Potter.


– Claro ué. O Potter não tem família praticamente...


– É, eu sei... Dei uma sacaneada nele mais cedo com isso.


– MALFOY! – Ele me olhou espantado com meu grito e fez uma cara de “o quê?!” levantando os ombros – Você não deveria fazer isso, nem com ele, nem com ninguém. Imagina se você não tivesse família, que seus pais tivessem morrido na primeira guerra. Como você se sentiria se alguém brincasse com isso?!


– É Draco, pra variar ela tá certa. Acho que você pegou pesado com o Potter dessa vez.


– Ah, é o Potter...


– Malfoy...


– Ok, ok! Talvez tenha sido um pouco pesado, mas agora já foi. Saiu antes que eu pudesse perceber. Vocês querem que eu faça o que? Peça desculpas ao Potter?!


HAHAHHAHAHAHAHHAHAHHAHHAHAHAHHAHAHAHAHHAHAHAHHAHAHH – Blás começou a gargalhar alto e continuamente, eu entendi na hora. Imagina? Draco Sangue-Puro Malfoy pedindo desculpas para Harry Potter. Realmente hilário, comecei a rir junto do meu amigo. Logo que Draco percebeu o que tinha falado começou a gargalhar conosco, e quando vimos já tínhamos chegado na estação de Kings Cross. Pude ver meus pais me esperando, perto deles os pais de Draco e a mãe de Blás. Ela realmente era uma mulher muito bonita, Blás tinha herdado algumas coisas dela.


Saltamos do trem juntos ainda entre risadas o que claramente espantou meus paris e meus errr...tios? Estranho chamá-los de tios. Acho que é melhor me referir à eles como Senhor e Senhora Malfoy. Corri para abraçar meu pai, e logo em seguida minha mãe, reparei que Draco tinha sido recebido pelos pais apenas com um aceno de cabeça, já Blás era abraçado pela mãe de forma super protetora.


– Senhor Malfoy, Senhora Malfoy. – falei olhando para o casal loiro – Senhora Zabini.


– Como vai querida? – a última perguntou


– Muito bem, e a senhora?


– Muitíssimo bem. Blás me falou que tinha ficado seu amigo, fico muito contente em finalmente conhecê-la.


– O prazer é meu, Blás fala bastante da senhora – era verdade, Blás sentia um orgulho imenso da mãe por tê-lo criado sozinha.


– Desculpe a interrupção senhora Zabini – meu pai falou com a voz baixa – Marcamos um horário com Professor Snape lá em casa, e se ele ainda é o mesmo, detestaria que chegássemos atrasados na nosa própria casa.


– Snape? Tem um encontro marcado com Snape? – ouvi pela primeira vez a voz do loiro.


– Sim Malfoy. Snape quer debater sobre as qualificações de minha filha no ramo das poções, aparentemente ela mostrou ter um talento natural para a matéria e desenvolveu poções que ele deseja auxiliá-la a patentear e publicar.


Eu sentia o orgulho dos meus pais no ar, minha mãe me encarava sorrindo, quase babando. Eu sabia que ela tinha ficado muito feliz, pois ela tinha um pequeno problema com poções, ela detestava a matéria na sua época de escola. Pelo o que eu tinha entendido foi a única matéria que ela não foi bem na vida dela. Enquanto isso minha tia me encarava embasbacada, Lúcio olhava pra mim e logo em seguida para Draco, como se fosse culpa dele eu ser tão boa aluna em uma matéria e a mãe de Zabini sorria.


– Certamente ele não gosta de atrasos. Com licença.


– Bom feriado! – A mãe de Zabini falou – E parabéns pela filha talentosa!


– ‘Pera aí pai... – me soltei da mão dele e corri na direção dos meninos – Ei vocês dois...


Eles se viraram pra mim na hora que eu chamei.


– Giu?


– Rosier?


Dei um abraço apertado nos dois, igual ao que eles me deram no dia do meu primeiro jogo.


– Feliz natal pra vocês dois. Posso escrever pra vocês?


– To dizendo que você deveria estar em uma casa mais sentimental Rosier... São só 10 dias!


– Claro que pode Giu!


Os abracei novamente diante dos olhares dos nossos pais e eles me abraçaram de volta.

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