Ofidioglotas



Fawkes estava chegando perto do pátio de entrada, deixou os dois alunos ali e esses foram correndo ver o que acontecera.


Nas escadarias, Lysandra Lestrange gemia de dor, sua mão estava parecendo morta, estava escura, negra, não era fácil encarar aquela “coisa”.


Escórpio e Phelipe estavam ajoelhados em seu lado, com feições preocupadas dominando-lhes o rosto, Escórpio vira que Alvo estava assistindo a cena, olhou preocupado para o amigo. Atrás dele chegou a diretora McGonagall, com feições preocupadas. Provavelmente vinha de seu escritório, os olhos arregalados para a garota que se contorcia no chão, os olhos dela estavam entreabertos, a testa muito franzida. Phelipe segurava calmamente a mão boa de Lysandra, como sinal de apoio e de que ele ainda estava ali. Avistou Alvo, que agora também exibia preocupação no rosto.


-Alvo! – gritou ele.


Alvo olhou para Amanda tipo “ Depois nos falamos ” e foi falar com os amigos sobre a garota caída no chão.


Alvo percebeu, quando chegou na escadaria, que vários alunos das casas Lufa-Lufa, Grifinória e Corvinal assistiam lá de cima a cena ocorrer, os Sonserinos olhavam de baixo, espreitando os olhos para conseguirem ver por que a diretora fora ali. Entre os Sonserinos, estava Alberth Curse e, entre os Grifinórios, Peter, Rosa e Carla Curse.


Os professores vinham quase tropeçando pela escadaria até a aluna caída, Arthur Weasley carregava sua mala que carregava algo que ninguém sabia.


O professor Slughorn ia bem devagar, sua enorme barriga estava o impedindo de ver os degraus debaixo, ele se segurava o corrimão como se ele fosse salvar sua vida.


Ted estava quase alcançando a professora, havia se transformado numa ave azulada bem escura, logo se transformara novamente em um professor atrapalhado correndo pelas escadas.


Alvo voltou a olhar sua amiga, Phelipe segurava sua mão pacientemente e dizia freqüentemente para tranqüilizá-la:


-Calma, tudo vai ficar bem!


Alvo tinha se desligado por um momento como se aquilo fosse apenas um sonho em sua cabeça, como se fosse uma oclumência, mas então se tocou que era vida real e começou a se intrometer.


-O que aconteceu com ela? – perguntou ele se ajoelhando ao lado da garota.


Alguns gritos e vaios foram ouvidos da Sonserina, o que mais gritou foi Alberth:


-Isso é assunto da Sonserina seu Grifinório idiota!


Alvo não prestou atenção nas reclamações tolas, sua mente estava toda voltada para as palavras de Phelipe:


-Não sei, a mão dela ficou assim do nada, começou a comentar algo sobre segredo.


Alvo olhou os olhos da amiga, agora estavam abertos e chorando, quando os professores chegaram e as carregaram para a ala hospitalar.


Alvo os seguiu, juntamente com Escórpio e Phelipe.


A ala hospitalar estava toda iluminada com velas, a maioria tinha cheiro de flores.


A diretora McGonagall estava colocando a mão na testa da garota a todo o momento, o professor Denis Creevey examinava a garota e por fim disse:


-O veneno se espalhou pelo braço.


A professora assentiu, confirmando que entendeu e depois que notou que havia alunos ali disse:


-Alunos, vão dormir, por favor.


Os três alunos se retiraram do hospital, de cabeça baixa.


-O veneno se espalhou pelo braço? – perguntou Escórpio para os amigos quando já estavam uns dois corredores de distância do hospital.


-Não sei direito, mas  acho que tem alguma coisa com a víbora – respondeu Alvo.


-Víbora? – perguntaram Phelipe e Escórpio.


-Algo assim – disse Alvo olhando a lua – Não entendi muito bem...


-Explica isso melhor – pediu Escórpio.


Alvo explicou a conversa que teve com Lysandra antes dela ir para a aula de Estudo dos Trouxas.


Eles estavam na escadaria, Alvo subiria e os dois desceriam, era a hora das explicações detalhadas.


-Quer dizer que Lysa é uma víbora? – perguntou Phelipe – Isso é muito ruim.


-O que significa? – perguntou Alvo.


-Explique – pediu Escórpio.


-Significa que ela é ofidioglota, ou seja, fala com as cobras – respondeu Phelipe.


Escórpio franziu a testa e se despediu de Alvo, juntamente com Phelipe, os dois desceram as escadas e foram descansar nas masmorras.


Alvo entrou na torre da Grifinória, Peter e Rosa dormiam no sofá, provavelmente estavam esperando seu retorno.


Alvo não quis os acordar e foi dormir.


 


Sonhou que estava no expresso de Hogwarts, seu pai lhe esperava a alguns metros, Lysandra apareceu em sua frente e mordera seu braço como uma cobra, então a imagem se distorceu e ele estava caído em um tipo de arena.


Se levantou, haviam muitas pessoas ao redor, gritavam o nome: Hunk.


Ele apontou a varinha que reconhecera ser a de Frank e de repente. O seu oponente estava morto.


 


Acordou suando, Peter estava ao lado de sua cama, olhando o garoto.


-Alvo, o que houve ontem?


-Nada demais – disse Alvo se levantando e abrindo o baú debaixo de sua cama – Descobri que Lysandra é ofidioglota.


-Sério?!


Alvo assentiu pegando seu traje da Grifinória e o jogando pelo corpo, depois desceram as escadas, aquele era um grande dia, iriam passar o natal em casa de novo.


Rosa conversava com Carla no Grande Salão,  ela parecia muito contente em fazer uma amiga.


Alvo e Peter se sentaram em frente a Rosa, que logo veio pedir explicações.


-O que aconteceu?!


-Descobri que Lysa é uma ofidioglota – respondeu Alvo.


Peter não prestava muita atenção, bebia um café bem quente, pois nevava muito.


Thiago e Osvald entraram no Grande Salão, as malas feitas, Thiago carregava seu Vassoura – Skate debaixo do braço, Osvald lia um pergaminho amarelado e sujo, parecia ser o da loja de seu pai.


Thiago e ele se sentaram ao lado de Alvo, e este pôde ver do que o pergaminho se tratava. Era um de seus planos:


 


O Plano Natalino:


 


Filch estará no portão de entrada, Barão Sangrento vai estar se despedindo dos Sonserinos, então eu vou implicar com o Filch e Thiago com Barão Sangrento.


Ele levará o fantasma moribundo até a entrada, onde ele encontrará Filch e nós aparataremos para cima dele.


Temos que ter outro participante para pegar o Vassoura – Skate de Thiago, depois que vazarmos do lugar poderemos engressar no Expresso e voltar para casa.


 


Alvo percebeu que precisavam de mais um integrante e quis se ofertar.


-Eu posso pegar o Vassoura – Skate de Thiago – disse Alvo olhando o primo e mordendo uma torrada amanteigada bem quentinha.


-Tudo bem, esteja no pátio de entrada às onze, o.k?


-O.k.


Alvo estava lá, no pátio de entrada exatamente onze horas, os dois familiares dele saíram correndo olhando para o céu, onde ele sobrevoava uma torre. Ele desceu rapidamente e pegou os dois, e juntos, embarcaram no Expresso de Hogwarts.


A Viagem foi bem chata e cansativa, não teve muito o que falar, Alvo só pensava nos Lestrange, o que eles poderiam fazer?]


Ele saiu do Expresso e deparou-se com seu tio Rony, que estava todo encasacado. Parecia bem gordo, mas não precisava de casaco para ser um.


-Alvo, como foi na escola?


-Bem, tio. Onde está Rosa?


-Ali, esperando perto da pilastra.


- E o que estamos esperando?


-Está louco? Ted vai conosco!


A viagem para A Toca foi até divertida, os quatro aparataram para uma pequena estrada que levava para A Toca.


Harry, Gina e Lílian estavam sentados a beira de um pequeno laguinho transparente.


-Pai! – disse Alvo e se tocou rapidamente que Thiago não estava ali – Tio Rony, onde está Thiago?


De repente, o professor Ted foi se encolhendo e se transformou em um Thiago firme e forte.


Todos foram para A Toca, o jantar da tia Hermione estava ótimo, mas o que interessou mais a Alvo não foram os presentes, nem o jantar, tampouco Thiago se derramando sem querer suco em seu prato, foi o que seu pai disse a Rony depois do jantar, quando eles estavam sentados no sofá.


-Eu soube que o ministério está caçando ofidioglotas – disse Harry.


-Que droga, e o que você vai fazer?


-Não sei, mas não podem saber que eu sou um.


Alvo paralisou, seu pai era um ofidiglota?


-Você é um ofidioglota? – perguntou ele.


-Sou.


-Como você sabe?


Rony e Harry se entreolharam, depois Harry respondeu o filho.


-Eu entrei na Câmara Secreta.


Alvo paralisou novamente, sabia que a Câmara Secreta era um lugar onde apenas os Sonserinos tinham a capacidade de ir.


-Mas, você é um Grifinório.


-Lembra do que lhe disse ano passado? Eu escolhi a Grifinória, ao contrário iria para a Sonserina.


-Aconteceu comigo também. E... – Alvo se lembrou do que houve em sua mente no ano passado – Pai. Quando Frank entrou em minha mente, nossos feitiços se chocaram.


Harry olhava pensando para Alvo.


-Tudo bem, só achi estranho que...


-O que?


-...que Frank nunca perdeu um priori incantatem antes. Ninguém nunca conseguiu colidir a varinha com ele.


Alvo estava cansado, amanhã voltaria a Hogwarts, fora um péssimo Natal, e bem rápido.             


Logo Alvo já estava no Expresso de Hogwarts, e logo voltaria para a escola.


Alvo se despediu dos pais e embarcou no trem, juntamente com Peter e Rosa. Eles deixaram as malas no bagageiro e se acomodaram.


-Descobri que meu pai é ofidioglota – disse Alvo aos amigos.


-Sério mesmo?


Alvo assentiu, olhando as grandes montanhas que se erguiam ali longe.


O professor Ted passou pelo corredor, lendo uma lista amarelada, ele estava usando uma jaqueta preta e calça jeans, o que era proibido na escola.


Osvald e Thiago planejavam planos para aborrecer o zelador e o Barão Sangrento.


Willians corria de um lado para o outro como um louco, juntamente com o professor Longbottom, que segurava ele pelo braço e o puxava para trás.


Quando chegaram em Hogwarts, foram jantar, e adivinhe...


-Olhe só a Lysa – Alvo indicava a garota que jantava calmamente e com timidez.


-Depois do jantar precisamos pedir explicações – disse Thiago sentando-se do lado de Alvo – Você ia falar isso, né mano?


Alvo riu e continuou jantando, até Carla Curse sentar ao lado de Rosa.


-Meu irmão disse que a Lysandra andou por um banheiro nas masmorras, disse que é muito estranha – disse ela olhando a comida – Disse também que um dia ela enfeitiçou um aluno sem querer.


Alvo olhou para a comida,  depois a diretora fez seu discurso.


-Alunos, estamos correndo um grande perigo!


Muitos cochichos foram ouvidos.


-Adivinha só porque – disse Thiago no ouvido de Alvo.


A diretora continuou falando:


-Um homem chamado... Frank Lestrange está tentando destruir essa escola! Peço que tomem cuidado com tudo que verem de suspeito. Esse homem não vai poupar sua vida só porque... Você na é quem ele procura.


Mias cochichos foram ouvidos e Alvo começou a ficar nervoso.


Lysandra parecia preocupada e curiosa ao mesmo tempo, as feições mostravam a morte em pessoa.


Osvald lia o seu plano e nem prestava atenção na diretora, como se fosse só mais uma professora ensinando a plantar mandrágoras.


Ela continuou:


-E agora falo diretamente a Alvo Severo – todos os alunos olharam para o garoto – Por favor, resista.


Alvo não entendeu muito bem, como assim resistir? Ele apenas entendeu que todos agora olhavam para ele como se fosse o culpado.


-E... Me dirigo agora para Lysandra Lestrange – os olhares mudaram radicalmente para a garota que estava encolhida no banquinho – Não se arrisque tanto!


Todos foram para suas salas comunal, de cabeça toda confusa, ninguém queria andar perto da Alvo, somente seus familiares e Peter. O mesmo aconteceu com Lysandra, porém Escórpio e Phelipe estavam ao seu lado.


Quando Alvo desmoronou no sofá, só pensava em falar com Lysandra, então essa era a hora.


Ele se levantou do sofá no mesmo minuto que se sentou, desceu as escadas seguido por Rosa e Peter.


Todos os olhares seguiam Alvo, ele não se importava, mas de repente estourou:


-Vocês não tem o que fazer?! Vão morrer então!


Todos olharam para o lado oposto, Rosa e Peter estavam estupefatos, nunca viram seu amigo fazer uma coisa dessas.


Ele estava nas masmorras quando caiu no chão, estava perdendo o controle de si mesmo, não conseguia se mexer, até que se viu em um tipo de portal, do outro lado várias cobras de mármore esperavam e protegiam  um homem barbudo de mármore, havia muita água ali dentro.


-Agora é só esperar – dizia Frank em uma voz estranha parecida com uma cobra.


A visão de Alvo voltou, agora olhava Lysandra o encarando, mas não prestando muita atenção, seus olhos estavam verde ácido, ela passou por ele e entrou no banheiro feminino.


Ele percebeu que Rosa, Peter, Escórpio e Phelipe estavam caídos no chão, como se fossem atingidos.


-O que aconteceu? – perguntou Alvo.


-Não sei, ela começou a ficar assim do nada. E você?


-Temos que impedi-la, Frank está esperando por ela... Na Câmara Secreta!


Todos correram em direção a Lysandra, mas quando Alvo ia tocá-la, foi jogado a dez metros de distância, juntamente com, Escórpio, Phelipe, Peter e Rosa.


Alvo correu até o banheiro, mas Lysandra não estava lá, o único rastro dela era que havia pegadas molhadas no chão, que levavam a uma enorme pia no meio do banheiro.


Alvo inspecionou a pia, não havia nada de errado, logo Phelipe e os outros estavam atrás dele.


-Esteve aqui, mas pra onde foi?


-Abra ordenou Phelipe com uma voz estranha e de repente, a pia desceu de nível, mostrando um túnel vertical e um abismo faminto pronto para o engolir.


-O que você disse? – perguntou Escórpio abismado.


-Abra – responderam Alvo e Phelipe ao mesmo tempo.


-Calma, você entendeu o que eu disse? – perguntou Phelipe apontando o longo dedo para o brasão da Grifinória no peito de Alvo.


-E daí?


-Alvo, e daí que eu falei em língua de cobra, se você entendeu é porque você é ofidioglota, pode entrar na Câmara Secreta.

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