Fawkes, a fênix especial



O jantar foi ótimo, todos os jogadores do time sentaram perto um do outro, Alvo sentou-se no final para Rosa e Peter se sentarem ao seu lado, eles estavam sentados virados para todas as outras mesas, e viam a última mês, Sonserina, festejar com os novos participantes do time, mas essa felicidade cessou quando Alvo lembrou que teria de cumprir uma detenção mais a tarde.


O discurso da professor foi longo e cansativo, ela falara que as N.O.M.S estavam chegando, que precisavam estudar e tudo mais, mas Alvo não prestou atenção, nem olhava para aquela...


-Velha coroca – disse Alvo quando o discurso acabou – Ela me botou de detenção para limpar todo o corujal, é uma...


Willians, o louco da Corvinal acabara de entrar correndo no Grande Salão, com uma vassoura antiga na mão.


-É melhor calar a boca – disse Thiago – O Willians vai te pegar – e soltou algumas gargalhadas seguidas de uma garfada violenta em um bife bem passado.


O zelador Fich estava encarando Alvo, os olhos negros e os cabelos sebosos, era um completo monstro de estimação da tal “velha coroca”.


-Alvo, é melhor fazer a pazes com ela, afinal, é a diretora – disse Rosa desgrudando um minuto do livro:Livro padrão de feitiços.


-Ela tem razão – disse Nick Quase-Sem-Cabeça aparecendo atrás de Alvo – Nunca é bom brigar com a diretora.


Alvo sentiu a mão gelada tentar consolá-lo, mas ela atravessou seu ombro, fazendo um frio total em Alvo, que gelou por uns minutos até Nick tirrar o braço transparente.


-Obrigado Nick – disse Alvo, mas Nick já estava se afastando da mesa da Grifinória – Rosa, me ouça, o que aconteceu depois que eu saí?


Peter tapou a boca da amiga antes que falasse alguma coisa, quase ficou em cima dela para poder enxergar Alvo e começou a falar desesperadamente com risos:


-Até que foi engraçado, alguns Grifinórios brigaram com os Sonserinos e vice-versa, enfim, Susana Webb foi enfeitiçada mais duas vezes por Rupert McLaggen e Ronaldo Blurberton.


Alvo deu umas risadas quando Peter soltou a boca de Rosa e ela deu uns tapas no braço dele.


Depois do jantar eles se encontraram na sala comunal, Alvo estava cansado e não queria de jeito nenhum cumprir a detenção.


-Ai, para com isso, Alvo! – disse Rosa.


-O que houve? – perguntou Amanda entrando na sala comunal.


Rosa tomou um pequeno susto, mas depois que viu que era a amiga melhorou:


-O Alvo não quer cumprir a detenção.


Amanda franziu a testa:


-E essa detenção seria limpar o corujal?


Alvo, que não prestava atenção em nada nem olhava para ninguém, arregalou os olhos e perguntou:


-Sim, Por que?


Amanda suspirou.


-Porque eu também levei detenção, sabe? Enfeiticei Susana Webb no corredor da torre de astronomia.


-Que bom, vamos para a detenção juntos – disse Alvo tornando a olhar a janela.


Mais tarde, Alvo e Amanda foram para o corujal.


-Estou ansiosa para as N.O.M.s, meu pai disse que quando ele estudava aqui sempre tirava mais de E.


-Quem é seu pai, Amanda?


-Olívio Wood, Goleiro do Hapyas de Holyhead.


-Conheço – disse Alvo virando um corredor.


O professor do quarto ano, Augusto Yank estava sentado em um banco, olhando os dois alunos caminhando a luz do luar.


-Ei, não acham que estão muito novos para namorarem escondidos? – perguntou o professor severamente.


Amanda corou, pareceu envergonhada.


-Ah... Estamos indo cumprir a detenção – disse Alvo, que estava apenas nervoso.


-Que besteira fizeram? – perguntou o professor.


-Enfeitiçamos uma garota inrritante – respondeu Alvo.


-Casa?


-Não interessa – e os dois desapareceram da vista do professor.


Alvo percebeu que a garota ainda estava corada, mas ele não entendeu porque.


-Que professor estranho – disse Alvo.


-Ele deve ser legal – disse a garota sonhadora.


-Ouviu o que ele disse? Disse que não nós estávamos namorando...


A garota baixou a cabeça, mas levantou a cabeça quando o garoto terminou a frase.


-...escondidos.


Eles atravessaram a ponte torta e se depararam com Hagrid, o guarda-caças da escola.


-Ah, oi Alvo, e quem é essa aí? – perguntou o meio-gigante.


Alvo demorou um pouco a responder, bateu tão forte na Pansa de Hagrid que sua cabeça doía.


-Essa é Amanda Wood.


-Prazer – disse a garota estendendo a mão para o gigante, mas logo viu que a mão dele era um quíntuplo de sua cabeça então... – Ah, está suja.


-Que bom vê-los, que tal tomarem um chá comigo?


-Tudo bem, podemos começar a detenção um pouco mais tarde – disse Alvo seguindo Hagrid e sendo seguido por Amanda Wood.


Hagrid abriu a porta violentamente, vários vermes de pelo menos trinta centímetros estavam se apertando em um saco plástico, a mesinha pequena estava no canto da enorme sala e o bule de chá quente estava em cima dela.


-Sentem-se – disse Hagrid.


Os dois alunos se sentaram, esperando Hagrid aparecer com  três xícaras de chá.


Ele serviu o chá bem quentinho, parecia delicioso e quando eles provaram...Só parecia.


Alvo teve vontade de vomitar, mas conseguiu engolir o grude, estava muito aguado ou muito sem gosto, difícil de saber, Alvo vira que Amanda também fizera esforço para engolir.


-O que você botou aqui, Hagrid? Está muito bom!


-Ah, um pouco daqueles vermes sugadores de tempero, se gostou tome mais,-e derramou mais chá na xícara de chá de Alvo, que olhava pedindo apoio para Amanda, ela apenas encolheu os ombros e tampou o nariz para beber o chá de verme gigante.


Alvo teve que ter muito esforço para beber aquela porcaria, mas não disse nada a Hagrid.


-Ahn, Hagrid, na próxima que tal sem vermes, seus temperos são bons – disse Alvo se levantando.


-Ah, tudo bem, Alvo – Hagrid abrira a porta com delicadeza e deixara os dois alunos irem cumprir a detenção.


Alvo e Amanda estavam em frente ao corujal, tentando abrir a porta de carvalho com a chave prateada que McGonagall lhes dera.


Quando conseguiram abrir a porta, as corujas se assustaram e começaram a voar para todos os lados.


-Que chato – disse Amanda – As corujas não gostam de nós.


-Nós é que tínhamos de não gostar delas, vamos limpar as suas titicas.


Amanda deu risadas, depois começou a limpar o corujal com Alvo, estava cheia de cocô de coruja, principalmente em baixo, onde havia mais corujas que voavam sem parar.


-Ai, elas estão atrapalhando – disse Amanda observando todas as aves voarem feito loucas.


-Eu dou um jeito nisso – disse Alvo e sacou a varinha, apontou para as corujas e disse:Immobilus!


As corujas pararam , não de voar e ficar quietinhas em seu lugar, mas sim, pararam em pleno vôo, como se tivesse dado o botão ‘STOP”.


-Uau, brilhante – disse Amanda tirando uma coruja de seu devido lugar, como se ela fosse de isopor.


-É, vamos acabar logo, estou com sono e amanhã tem treino de quadribol.


-Você entrou pro time?– perguntou Amanda tirando fezes do chão.


-Apanhador da Grifinória, time titular – disse Alvo às gargalhadas limpando a titica.


Ele parou para descansar depois de limpar dez ninhos que pareciam que as corujas tinham diarréia constante.


Olhou para cima, no final do corujal voava uma ave vermelha e da metade do tamanho de Alvo, ele ficou curioso.


-Amanda, vamos subir.


-Mas ainda falta o segundo andar!


-Depois nós limpamos.


Eles foram até o quarto e último andar e observaram a ave, tinha um bilhete no bico dela.


-Olha, Alvo, pegue o bilhete – disse Amanda apontando para o pedaço de pergaminho amarelado no bico da ave.


Alvo esticou a mão e pegou o bilhete,  abriu-o e leu, reconheceu a caligrafia inclinada das hstórias de seu pai:


Olá, Alvo.


Mandei essa Fawkes para lhe ajudar a limpar, é claro que tive um pequeno empecilho, tive de dizer a diretora McGonagall que estava chovendo bombinhas nas estufas sete, depois dê uma olhadinha lá, deve estar engraçado. Por fim, dê uma volta com a Fawkes, se não souber o que é uma Fawkes é simples, uma Fênix com vários poderes.


Atenciosamente,  prof.: Dumbledore


 


Alvo olhou ao redor, a fênix estava voand livremente e todo o corujal estava limpo.


-O que está escrito...Uau! – disse Amanda observando que o corujal estava limpo – Essa ave é mesmo poderosa.


-É a Fawkes, vamos dar um passeio-e pulou em cima da Fawkes, era bem fácil de manusear, era só pensar onde queria ir, Amanda pulou também e juntos saíram voando do corujal, o céu estava todo estrelado, a lua estava brilhando e bruxuleando no rosto dos dois alunos.


-Que lindo... – disse Amanda abraçada com Alvo.


-É, muito lindo... – Alvo olhou pros olhos de Amanda, eram castanhos claros, muito lindos – Seus olhos também, sabia?


Ela corou, ficou bem nervosa, pelo que Alvo percebeu.


Os rostos deles estavam se aproximando um do outro, estavam nariz com nariz, estavam quase colados quando se ouviu um grito dentro do castelo, a Fawkes desceu rapidamente.

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