Floreios e Borrões
Alvo se levantava do chão imundo do Caldeirão Furado, olhava ao redor, o bar tinha poucos fregueses, estavam no meio deles, Thiago, Rosa e Hermione. Rosa chorava um pouco, Alvo foi se juntar a eles.
-Mãe, tomei um susto enorme, quando o fogo me engoliu, eu pensei que iria morrer, aí, quando eu caí no chão, pensei que... – e começou a chorar de novo.
Alvo fitou a lareira de onde viera, saía rodopiando, Draco com Escórpio.
-Rosa fique calma, foi só um susto – Thiago tentava acalmar a prima.
-Obrigado Thiago, huc, muito obrigado...
Draco e Escórpio apareceram atrás de Alvo, que observava a cena de perto. Eles estavam meio descabelados, Escórpio parecia tonto.
-Alvo, não tinha te visto – disse Rosa se acalmando.
Todas as quatro famílias estavam ali, era hora de comprar os materiais.
Harry apontou a varinha para um dos tijolos e um portal redondo se formou e mostrou um beco torto com muitos bruxos nas filas das lojas e conversando nas cadeirinhas que ficavam ao lado das lojas.
-Onde vamos primeiro? – perguntou Thiago.
-Que tal irmos a Madame Malkin, as roupas de Osvald estão ficando pequenas – disse uma voz atrás deles que Alvo reconheceu ser a de Jorge.
-Tio, o que está fazendo fora da loja? – perguntou Thiago virando-se vendo Jorge e Osvald sorrindo diante de todos.
-Estou indo para lá, mas antes vou comprar o material de Osvald, ele virou monitor agora que está no sexto ano.
-Bem, vamos a Madame Malkin então – disse Luna.
Todos se dirigiram a uma loja não muito grande, era roxa e os letreiros amarelados, dizia: Madame Malkin.
Uma mulher gordinha e baixa estava sentada em um banquinho negro, escrevendo em um pergaminho amarelado, a pena deslizava rapidamente pelo pergaminho, anotava nomes de marcas famosas de roupas, provavelmente.
Jorge pigarreou, fazendo Thiago soltar uma risada mais parecida com um espirro, a moça baixinha deixou a pena cair no chão e virou os olhos atentamente para as cinco famílias ali postadas.
Alvo sentiu um arrepio ao ver o rosto da mulher, sempre usara as roupas velhas de Thiago, nunca fora a Madame Malkin.
-Posso ajudá-los? – perguntou a senhora guardando o pergaminho em baixo do balcão.
-Ah, sim, bem precisamos de cinco trajes da Grifinória tamanho quatorze e quatro tamanho doze – disse Gina.
-Preciso de três tamanho doze – disse Hermione.
-E eu oito de tamanho dezesseis.
Madame Malkin entregou tudo que foi pedido, inclusive aos pedidos de Draco e Luna, que vieram depois.
Todos saíram da pequena loja, voltaram ao Beco.
-Ahn... Osvald, pode fazer suas compras sozinho, não? Preciso ir vendendo as mercadorias – disse Jorge olhando para a loja chamada: Gemialidades Weasley.
-Claro pai, pode ir – disse Osvald.
Jorge desapareceu na confusão do Beco, deixando seu filho com as quatro famílias.
-Alvo, leia a lista de materiais, tome – disse Gina lhe entregando um pedaço de pergaminho amarelado.
Lista de Materiais necessários em Hogwarts ( Segundo ano )
Livros:
Isso é transfiguração! – Escrito por: Wanda Cattermole – Matéria: Transfiguração – Professor:Ted John Tonks
Feitiços normais – Escrito por:Simas Finnegan – Matéria: Defesa Contra as Artes das Trevas – Professor : Denis Creevey
A vida curta das Mandrágoras e Plantas curandeiras – Escrito por: Sprount Hudson – Matéria: Herbologia – Professor: Neville Longbottom
Etonianos, a arte de voar com alguém – Escrito por: John Penker – Matéria: Trato de Criaturas Mágicas – Professora: Luna Lovegood
Livro padrão de poções ( 2ª série ) – Escrito por: Kyara Vanky – Matéria:Poções – Professor: Horácio Slughorn
Os cinco reis mouros – Escrito por: Vitor Abasto – Matéria: História da Magia – Professora: Estamos decidindo
Livro padrão de feitiços – Escrito por:Yarley Spharkin – Matéria: Feitiços – Professor:Flitwich
Livro padrão de feitiços (2ª série ) – Escrito por: Susana Bones -
Outros:
Vassoura
Chapéu de bruxo ( setenta centímetros )
Caldeirão ( formato: redondo – tamanho:médio )
Traje da casa na qual pertence
O aluno pode levar um desses animais para a escola:
Coruja
Gato
Sapo
Rato
Escorpião ( Sem veneno)
Fuinha
Águia
Alvo parou de ler, abriu um sorriso para os outros e sua mãe ordenou que Thiago lesse, depois seria Osvald.
-Agora que já sabem, vamos a Floreios e Borrões, estes livros vão sair caro sem dúvida – disse Gina se aproximando da colorida e alegre loja: Floreios e Borrões.
Alvo entrou na loja, sentiu um abafado vento tocar-lhe a cabeça, seus olhos estavam inclinados para o chão quando entrou, mas depois...Os olhos subiram tão rapidamente para ver as estantes cobertas de livros velhos, percebeu que a loja estava toda coberta de livro, viu que alguns livros formavam portais para guiar a pessoa achar a saída, pois a loja estava bem maior do que Alvo já vira. Os bruxos que estavam ali tomavam uma xícara de café pois havia uma pequena cafeteria no canto da loja, onde o cliente poderia beber café e ler seus livros favoritos. As famílias e Osvald foram logo se dirigindo as pratelerias procurarem os livros escolares.
Alvo procurava o primeiro livro da lista, Isto é Transfiguração, estava quase subindo pelas prateleiras de tão grandes que eram, chegavam até o teto.
Ele sacou a varinha a pontou para a enorme prateleira onde tinha um pedaço de pergaminho ao lado escrito:Livros Escolares
-Accio Isto é Transfiguração! – ordenou Alvo e lá em cima da prateleira um livro começou a voar ao encontro do pequeno bruxo que o esperava ansioso.
O livro era muito estranho, tinha um letreito esverdeado, a capa era branca e só havia um homem com pernas de cavalo, resumindo, um centauro.
Alvo guardou o livro na bolsa de contas da sua mãe, onde ela fizera um feitiço indetectável de extensão.
Começou a procurar o segundo livro, Feitiços Normais, mas quando o encontrou um garoto um ano mais velho que ele pegou primeiro.
Alvo correu os olhos no garoto, os cabelos sedosos e negros, a pele bem pálida, os olhos azuis mais profundos que o oceano pacífico, era um Sonserino, pois usava um traje de Hogwarts com o brasão verde e prateado com uma cobra de prata.
-Ei, você é do terceiro ano, não é? – perguntou Alvo segurando o garoto pelo braço, o que fez a prima olhar.
-Sou, por que Grifinório?
-Não precisa deste livro, não é?
-Claro que não, mas você precisa então eu peguei – e soltou gargalhadas para os colegas que estavam ao lado dele – Eu sou Curse, Alberth Curse, estes são Rumurio Carter e Vicente Forkyn.
-Me chamo Alvo, Alvo Severo Potter, e me dê esse livro agora.
-Não – disse Alberth guardando o livro no bolso do traje.
Alvo sacou a varinha, não aceitava insulto de um Sonserino mesquinho, sabia que era um sangue – puro mimado, ele pelo menos não era mimado, e era, como todos os sangue – puros mimados dizem: Traidor do sangue.
-Opugno! – ordenou Alvo e um livro velho voou no rosto de Alberth.
-Alvo, vamos ver o Osvald, vem! – chamava Rosa preocupada.
-Grifinório idiota – murmurava o garoto se levantando e sacando a varinha – Surrindo!
Alvo congelou um sorriso intenso no rosto, não conseguia parar de sorrir nem de mexer os braços, somente as pernas.
-Alvo, ai você é teimoso! – exclamou Rosa sacando a varinha – Finite Incantatem!
Alvo começou a se mexer, o sorriso em seu rosto desapareceu, mas já era tarde, Alberth e os comparsas já tinham ido embora.
Alvo continuou procurando os livros com Rosa, chegaram a conclusões impossíveis mas as fizeram, até verem o professor Slughorn entrando pela porta da Floreios e Borrões.
-Rosa me esconde! – disse Alvo se escondendo atrás de prima.
No exato momento que Slughorn foi em direção a aluna.
-Como vai Srta.Weasley, tem tido boas notas em poções, sabia?
-Ahn... Ai! – Alvo deu uns passos para o lado pois Slughorn procurou um livro na prateleira e ele podia vê-lo – Não sabia, não senhor, bem, o que procura?
-Nada, estava procurando um professor, vamos juntos para Hogwarts, sabe? A propósito, quem está aí atrás?
Alvo não pôde mais se esconder, saiu de trás da prima, envergonhado.
-Alvo, o que está fazendo aí embaixo?
Alvo não pôde deixar de perceber que estava do tamanho do professor.
-Estava... Ahn...Ah...Amarrando...Amarrando os sapatos de Rosa – disse ele com um tom de orguho.
-Atrás dela?
-Gosto de desafios – agora estava meio preocupado.
-Ah, como seu pai, e onde ele está?
-Morreu.
-O que?
-Digo – estava suando, Rosa fazia esforço para não rir – Morreu de rir na loja de Jorge.
-Ah ele está lá?
-Não... Ai eu to todo enrolado! – e saiu correndo.
Slughorn e Rosa ficaram olhando o garoto se afastar. Antes que Slughorn perguntasse Rosa já havia respondido.
-Terceira prateleira a esquerda.
Slughorn já estava andando em direção a Harry, que procurava um livro para Osvald. Ele viu Alvo tomando água com a mãe.
-Meu caro rapaz! – disse Slughorn tão alto que fez Harry quase cair para trás.
-Oi, professor, como vai na escola? – Harry demonstrava o mesmo nervosismo com Slughorn.
-Ótimo, e Alvo?
Harry voltou a procurar os livros, mostrando apenas um pingo de interesse em Slughorn.
-Por que quer saber dele?
-Bem, ele saiu correndo pela loja, por quê?
Uma voz atrás dos dois falou com tom áspero:
-Vai ver foi porque você encheu o saco dele.
Até Harry, que estava concentrado nos livros ouviu e se virou.
-Tom Curse, o que faz na Floreios e Borrões?
-Tenho filhos, se esqueceu, Potter? Estou comprando o material de Carla, ela anda muito ocupada – respondeu o homem.
-Oi pai – disse Alberth chegando junto do pai – Roubei um livro de um traidor do sangue!
-Quem? – perguntou Harry já sabendo de quem se tratava.
-Um tal chamado Alvo Severo...Potter? Aposto que nunca vai achar o livro.
Uma voz que descarregou todo o peso nas costas de Harry foi ouvida atrás de Alberth:
-Com certeza estou além de suas expectativas – estava lá, Alvo com o livro:Feitiços normais na mão.
Harry sorriu, Slughorn bateu palmas, mas os Curse ficaram irritados e saíram contrariados da loja.
-Vamos procurar o resto das coisas – disse Harry.
E eles foram procurar os livros na Floreios e Borrões
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