Rede de Flu



 


Alvo estava jogando Bruxo – Game com Escórpio e Peter, enquanto Thiago fazia seu último dever de casa e Lílian brincava com Hugo que estudavam em Hogwarts. Rosa estava conversando com Hermione e Gina, que preparavam o jantar, Harry ajudava Thiago no dever, estava ali sentado a dez minutos e o filho já tinha feito metade do dever correto.


Faltavam quatro dias para as férias acabarem e eles regressarem a Hogwarts, todos tinham feito doze anos ao passar das férias, exceto Thiago que fez quatorze e Lílian e Hugo, que tinham feito dez.


Lá fora, as crianças estavam assistindo o circo dos irmãos KravKruzKrav, que faziam comédia pura.


-Ah, Alvo, vou ganhar de você, Emília Blueterk vai fazer o último ponto! – brincava Escórpio.


-Nada a ver, Gina Weasley vai pegar o pomo antes que Emília faça o ponto – arriscou Alvo.


-É muito legal ser o pomo, vocês nem sabem onde eu estou – dizia Peter.


Estavam jogando o mais moderno jogo de quadribol que existia, com os times de todas as ligas, internacionais e nacionais, o nome era Pomo Cem.


-Achei – disse Alvo e fez uma manobra com Gina Weasley para pegar o pomo, o brasão do time Harpyas apareceu com a frase: Vencedor!


-Ah, droga – disse Escórpio.


-Vamos assistir o circo – sugeriu Peter.


Os dois garotos assentiram e deixaram a casa juntamente com Peter e Rosa, que ouviu a conversa e resolveu seguir os garotos. As crianças riam muito, todas veneravam os irmãos KravKruzKrav.


-Estou com muita fome Jake! – berrou Vitor.


-Tome isso então! – e jogou chocolates voadores na boca de Vitor que voou até abrir a maldita boca.


Risadas foram ouvidas a distância, mas Escórpio não riu, pois lembrou de quando brigou com Thiago no trem e este jogou chocolates voadores em sua boca.


Os irmãos KravKruzKrav continuaram fazendo palhaçadas até o fim de tarde, mas aí Thiago já estava com o grupo de Alvo.


-Nunca gostei deles – comentou um garoto que se aproximava de Thiago, no qual ninguém nunca viu – Aposto que vocês são os Potter, Malfoy, Weasley e Longbottom. Ah, de qualquer forma vou estar por aqui, se precisarem de mim, basta... Gritar bem alto? – e desapareceu na multidão.


-Que estranho... – disse Peter observando a multidão.


Os garotos ficaram olhando a multidão aturdidos, quem seria aquele garoto louco?


Gina e Hermione chamaram os garotos para jantar, estava escuro e eles famintos.


Eles passaram por Lílian e Hugo que brincavam de Hogwarts.


-Aí eu subi na casa do Hagrid! – disse Hugo sorrindo para Lílian.


-Sim, daí eu tiro você de lá de cima e nós voltamos para o castelo! – dizia Lílian feliz e abraçou Hugo.


Todos soltaram pequenas risadas que mais pareciam espirros e entraram na cozinha, a mesa de jantar estava toda servida, eles sentaram nas cadeiras almofoadas e começaram a comer o farto jantar.


-E aí Thiago, como foi no jogo da vila? Estava no trabalho... – perguntou Rony, que se sentava ao lado de Thiago e Harry.


-Ah, foi ótimo – disse ele dando uma garfada em um bife cortado – O time estava bem preparado, eu era goleiro, os irmãos Babberton eram batedores, e uns garotos que eu esqueci o nome eram artilheiros, o apanhador... Sabe Alvo? Teve de ir ao médico para tratar de um probleminha com os gnomos da Sra.Vane.


-Eu juro que ela estava tentando envenenar a mãe de novo!


Thiago deu de ombro e continuou comendo, Rony fazia perguntas de como estava o ministério para Harry, que respondia cada pergunta com um tom doce e agradável.


-Eu distribui uma quantidade absurda de poções para o Slughorn, realmente, trabalhar como entregador é um feito muito difícil, ainda mais de poções, ainda bem que eu ganho um bom salário, se não viraria professor de Hogwarts... – dizia Rony.


-Ele é o melhor entregador do país – disse Hermione sorrindo para o marido – Um dia tive de fazer uma diplomacia com o rei da Noruega, agora Rony pode entrar e sair de lá sem problemas...


-Harry tem tido muito trabalho também – disse Gina sentando – se na mesa olhando o marido debruçado na mesa.


-No Beco Diagonal tem havido muitos corruptos – começou Harry puxando todos os olhares para si – O ministro da magia está exigindo demais dos aurores, Osvald tem causado muitos problemas no ministério, mas já resolvi tudo sobre ele.A companhia Nimbus foi atacada e roubaram todas as vassouras que lá haviam.


Todos arregalaram os olhos nessa última parte, exceto Lílian e Hugo que brincavam de Hogwarts na sala de estar.


-Fala sério! Quer dizer que passaram por aqueles guardas? – perguntava Rony com um pedaço de frango na mão.


-Sim, acho que foram os Coqui.


-O que? – perguntou Escórpio.


-São os vendedores ilegalizados, estão roubando várias lojas e vendendo por preços mais baratos, liderados por ninguém menos que Mundungo Flecther.


Alvo prestava pouca atenção nas palavras do pai, estava com fome e repetiu, depois disso encontrou seus amigos em seu quarto.


O quarto de Alvo era grande, havia uma cama com um estofado esverdeado, uma prateleira com livros de magia e essas coisas, um armário, uma enorme janela, uma cabeceira e uma gaiola vazia.


Escórpio e Peter estavam espremidos olhando pela janela alguma coisa que estavam impedindo Alvo de ver. Este se espremeu por entre os dois e viu o que tanto olhavam, era Luna Lovegood, a mãe de Peter.


-Oi mãe! – gritou Peter lá de cima, onde Luna olhou a abriu um sorriso atraente.


-Olá, querido – disse ela e acenou para o tão amado filho.


Ele retribuiu e desceu as escadas apressado, deixando Escórpio e Alvo sozinhos.


-Quano meu pai vem me buscar? Tenho que comprar o material!


-Vamos todos comprar amanhã Escórpio, Luna veio dormir aqui hoje, seu pai deve estar chegando... Olha ele ali.


Um homem louro com uma barba loura aparecera do nada perto do circo e ia em direção a casa dos Potter.


-Pai! – gritou Escórpio ao ver o pai sorrindo para ele.


-Olá filho, como foi aí na casa dos Potter?


-Foi muito legal, pai! – disse Escórpio e desceu as escadas com Alvo.


Luna já estava na sala de estar abraçando Peter, era encantador o modo como ela olhava o filho.


Draco entrou logo depois de Luna e foi abraçar Escórpio, que sorria intensamente para o pai.


-Estava viajando – disse Luna – O profeta Diário deu um declínio nas últimas semanas, temos vendido pouco.


Draco se acomodou em uma cadeira de veludo e conversava com Harry, que sempre o convidava para beber chá.


Rosa entrou na sala de estar com a mãe, estavam segurando uma panela, juntas, distribuíram sopa a todos, pois estava muito frio naquela noite, Escórpio se cobriu com a capa do pai, Peter  ficou bem perto da lareira e recebeu todo calor.


-Sabia que meu pai vai distribuir folhetos do novo pasquim? Ele quer parar de escrever no profeta diário, diz que as idéias são minhas e quer que eu lucre tudo.


-Ah, como está seu pai? – perguntou Hermione abraçada com Rony no sofá.


-Está bem, comprou um Etoniano semana passada para Dino fazer as viagens melhor.


-E como está Dino?– perguntou Gina abraçada com Harry, mas ela ficou envergonhada, pois ela e Dino namoraram por um tempo.


-Está ótimo, estuporou um comensal da morte mês passado, fica dizendo que os dementadores todos foram capturados, quer até escrever uma biografia de Voldemort... – disse Luna com sua voz doce e amável, vendo que ninguém tinha nada a flar, continuou – Vou ser professora em Hogwarts.


Todos ficaram boquiabertos e perguntaram por que e o que ia ensinar.


-Trato de Criaturas Mágicas, eu adoro testrálios e hipogrifos, sabem?


Malfoy ficou de cara amarrada, fora atacado por um hipogrifo nos tempos de escola.


-E Hagrid? – perguntou Alvo.


-Ele não quer mais o emprego, diz que está muito velho – respondeu Luna.


O relógio pendurado na parede com o nome de todos os membros da família estava em: Casa


-É melhor irmos dormir – disse Gina – Thiago, mostre os quartos de hóspedes para Draco e Luna, Alvo, leve os garotos para dormir no seu quarto hoje, Lílian, vem, vou contar-lhe a história da Babbity a Coelha e o Toco que Cacarejava.


-Certo, Malfoy, Luna, venham – disse Thiago subindo as escadas.


-Vamos, gente – disse Alvo se levantando – Até amanhã Rosa.


-Tchau Alvo, a gente se vê amanhã.


Harry, Hermione e Rony ficaram sozinhos na sala pois Rosa subiu com Gina e Lílian.


-Quem diria... Depois de tudo que passamos nós estamos vendo nossos filhos irem para o segundo ano em Hogwarts – disse Rony deitando a cabeça no sofá.


-É, mas você sabe que não venceríamos se não fosse o Harry, não é? – ela virou os olhos para Harry, mas este já estava dormindo na poltrona.


-Ele já teve muitos problemas, eu tenho pena, Sabe?


           -Sim, vamos pra casa, vou chamar Rosa, pegue Hugo na cozinha, está dormindo na mesa.


 


          Alvo acordou com tapinhas na cara.


          -Acorda Alvo, está na hora!


          Escórpio gritava impaciente para Alvo, que acordava lentamente.


          -Escórpio, são sete horas da manhã...


          -Tiago azarou o seu relógio, são dez horas!


          -O que?


          Alvo caiu da cama os olhos verdes entreabertos, Escórpio o puxou pelas escadas de madeira e o colocou na sala.


          -Ah, Alvo, posso dar um jeito nisso pra você – disse Luna erguendo a varinha, fazendo Alvo usar as vestes da Grifinória, estava agora de cabelo arrumado, sentia sua fome cessando e um leve aroma de pasta de dente na boca.


          -Obrigado Sra. Lovegood – agradeceu Alvo passando as mãos nas vestes para ver se eram reais.


          -Melhor irmos – disse Gina com um pote de areia na mão – Thiago, vá primeiro, fique no bar hein, use a rede de Flu.


          -Está bem, mãe – disse Thiago pegando um pouco da areia do pote, entrando na lareira e jogando o que pegou nela, de repente, uma chama verde engoliu o garoto que desapareceu na lareira.


          -Meu Deus – disse Rosa cobrindo o rosto de medo.


          -Não precisa ter medo, filha, acho melhor você ir agora – disse Hermione abraçando a filha.


          -Tudo bem, mãe – disse ela e fez o mesmo que Thiago, só que na hora que a chama a engoliu, ela gritou – Ah!


          Hermione foi logo atrás de Rosa, porque esta poderia estar chorando.


          -Alvo, sua vez, vamos – disse Gina.


          Alvo respirou fundo, também estava com vontade de gritar, afinal, era a primeira vez que usaria a rede de Flu, estava com um pouco de medo, mas não demonstrou a ninguém, pegou a areia do pote com a mão trêmula e jogou na lareira, as chamas verdes o engoliram, sentiu-se muito frio, depois muito quente, de repente, estava deslizando no chão do bar Caldeirão Furado.

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