Borgin & Burkes



Eles voltaram ao Beco, foram a loja de Jorge deixar Osvald e descansar.


A loja estava cheia, todas as prateleiras estavam cheias de gente, todos espremidos uns nos outros, Jorge e as funcionárias tentavam por ordem no local, mas havia muitos Sonserinos zoando os outros, fazendo com que Jorge os expulsasse.


A loja continuava como sempre, Thiago e Osvald iam procurar algo para irritar os Sonserinos, Filch e o Barão Sangrento. Rosa sempre ficava perto da mãe e olhava as vitrines menos interessantes. Alvo sempre colocava um chapéu faminto na cabeça, o que fazia o chapéu o engolir e o cuspir sem ele estar babado.


Rosa Peter e Alvo se encontraram no canto da loja, olhando o Beco, a sua frente tinha uma pequena travessa com uma placa apontando para ela: Travessa do Tranco.


-Que lugar estranho – disse Luna atrás deles.


Rosa não entendeu muito bem, mas depois notou que ela se referia a Travessa.


-É, muito.


Luna se afastou, procurando falar com alguém.


-Vi Alvo conversando com um Curse – disse Peter.


Alvo demorou um pouco a responder, olhava o beco com pouco entusiasmo, mas quando viu Alberth...


-É, aquele ali! – e apontava para o Sonserino que se dirigia a travessa do tranco.


-O que ele vai fazer na travessa? – perguntou Rosa.


-Vamos descobrir – disse rapidamente Alvo.


-Como? Vão nos ver saindo da loja! – disse Peter.


-Calma aí – acalmou Alvo e correu pela loja a procura de algo.


Peter e Rosa ficaram parados ali, esperando Alvo voltar, encaravam a travessa como uma inimiga.


-E aí, Rosa, que matérias vai, sabe... praticar? – Peter estava corado.


-As mesmas que a sua, é claro, o vovô não vai dar aula para o segundo ano, tem muito trabalho no sexto, agora que os livros de trouxa aumentaram.


-Ah, sim – disse Peter – Você voa muito bem, sabia?


-Obrigado, você também voa muito...Ai!


De repente, sentiu um empurrão vindo do nada.


-Oi, gente – disse uma voz vindo de trás deles, mas eles não conseguiram ver quem era.


-Quem é? – arriscou Peter.


-Sou eu, Alvo,-agora mostrava apenas a cabeça que flutuava atrás deles – Entrem aqui!


Eles entraram dentro de uma capa invisível.


-Uma capa de invisibilidade! – exclamou Rosa.


-Calada – disse Alvo, que abria a porta bem devagar.


-Não abra! – disse Peter – Jorge já pensou nisto, esqueceu, olhe – e sacou a varinha –Confundus.


A porta se abriu num solavanco e um patinho começou a voar para fora da loja, os três curiosos passaram juntos pelo portal e entraram na travessa sem ninguém ver.


Era muito estranho o local, muitas lojas estavam fechadas, haviam poucas pessoas, mas assustadoras. Alvo viu um comensal da morte passar ao lado deles e aparatar.


Mais a frente estavam os três Curse.


Gritos foram ouvidos atrás de Alvo e os outros, até os Curse olharam para trás e saíram correndo. Estavam, no início do beco negro, quatro comensais da morte com varinhas apontando para todos os lados.


-Alvo, vamos embora... – sussurrou Rosa no ouvido do primo.


Alvo gelou um momento, estaria prestes a morrer?


-Não, vamos ver o que eles estão fazendo – disse Alvo rispidamente.


E seguiu os comensais da morte, que entraram numa estranha e pequena loja chamada Borgin & Burkes.


Eles entraram na loja o mais silenciosos que puderam, ficaram atrás de um armário e ouviram os berros dos comensais da morte.


A loja era estranha, havia muitos materiais negros usados e sujos, caídos e virados para o lado, só uma mesa estava no lugar correto, um homem gordinho estava caído no chão, parecia bêbado, os comensais da morte começaram a se acomodar na mesa que estava de pé, todos bebiam um cálice de vinho tinto muito forte e amargo, a garrafa estava toda empoeirada e velha, porém todos adoraram o vinho, o que deixou os três amigos confusos


-Aquele otário do Alvo acha que derrotou Frank! – ouviram risadas maléficas.


-Calados! – berrou uma voz muito conhecida por Alvo.


Estava ali, sentado numa cadeira velha, Joker, o pai de Phelipe. Parecia mais acabado do que na visão de Alvo ano passado, usava um óculos quebrado e estava mais baixo e mais gordo, de modo que estava menor que Alvo, chegando a ter o mesmo tamanho que Hugo.Estava côncavo, as bochechas gordas armaguradas caíam pelo rosto, os olhinhos de castor severo estavam rodopiando a sala para verem quem estava ali.


-Meu filho foi convertido pro outro lado – começou ele – o próximo passo do Lorde das Trevas é assumir a travessa do tranco inteira. Ele precisa de bases, destruímos a casa de Severo Snape, agora não temos muitas, já que Draco Malfoy contratou vários aurores para protege-la.


“O lorde me deu ordens de destruir Alvo, eu farei isso com toda a minha vontade, aquele desgraçado!”


Um arrepio de medo correu da cabeça aos pés de Alvo, que gelou e quase soltou um grito de fúria, o coração parece parar e ser apunhalado, Rosa, vendo que o primo estava sofrendo, sugeriu:


-Alvo, vamos logo – sussurrou Rosa.


-Certo – sussurrou Alvo em resposta.


E antes que eles deixassem a loja, Phelipe entrou nela. Estava usando o velho traje da Sonserina, o brasão verde e prateado com uma cobra de prata brilhava em seu peito forte, os cabelos louros que desciam sedosos pela nuca estavam bagunçados, os olhos verdes mais sinistros do que nunca, agora ele tinha quinze anos provavelmente, e estava mais assustador.


-Olá pessoal! – disse ele em um tom agradável.


-Phelipe, pensei que estivesse com eles! – disse um comensal da morte.


-Não, não.


-Que ótimo! – exclamou Joker.


Um arrepio de raiva tomou conta de Alvo, mas sua prima o puxou com eles para fora da loja.


-Já vou indo, preciso comprar meu material para Hogwarts, sabem? – disse Phelipe saindo pela travessa do tranco, os três alunos e Phelipe caminhavam lado a lado, de repente:


-O que vocês pensaram que estavam fazendo lá embaixo? – perguntou Phelipe os jogando na parede e tirando a capa de invisibilidade.


-Seu traidor! – gritou Peter.


-Eu menti para eles Peter, eu vi vocês colocando a capa de invisibilidade na loja de Jorge e indo para a travessa do tranco, resumi que para vocês saírem eu teria de abrir a porta da loja, mas para isso...


-... precisava mentir para os comensais da morte – concluiu Rosa.


Alvo deu um suspiro de alívio, subiu as escadas apressado e tomou cuidado para ninguém o ver por ali, voltou a loja de Jorge e ficou lá até seus pais decidirem ir embora.


Os quatro estavam indo em direção ao Caldeirão Furado, para usarem a Rede de Flu. Phelipe se afastou dos amigos, pois ainda ia comprar o material escolar, as quatro famílias foram ao bar e usaram a rede de flu para irem para A Toca, mas Alvo só pensava numa coisa, na Travessa do Tranco

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