Capítulo III



  O resumo da história foi basicamente fácil de obter. Gritei aos elfos que me contassem tudo o que se passava afinal eu era o senhor agora. Demorei um tempo para perceber isso, mas minhas ordens a partir dali deveriam ser acatadas.


 Vamos encurtar as explicações, para isso vou escrever exatamente o que se sucedeu. Um de meus antepassados paterno foi o último de sua geração a caçar espíritos agourentos e outras criaturas malignas para o Ministério. Acontece que mesmo depois de aposentado ela se via fanático por seu trabalho e desenvolveu métodos de aprisionamento para os casos em que não pudessem se livrar dessas criaturas de uma vez por todas. Seu erro foi usar a própria casa como lugar para experimentos. Anos se passaram e os aposentos estavam cada vez mais comprometidos, pois guardavam em seu interior criaturas que estavam além da morte. O jeito foi abandonar a casa, mas para efeito de vaidade construiu outra acima.


 Foi sabendo dessa história que me apaixonei pelos interesses de meu avô. Uma dose de vingança por tão covarde amizade ainda perpetuava em minha mente. Mas essa foi também a minha ruína, pois por essa mesma paixão descobri a minha culpa quando concluía meus estudos de defesa contra as artes das trevas com ênfase em espíritos malignos e maus agouros. Relatarei meu erro para que você não o cometa um dia. Bem, determinadas criaturas reconhecem a magia, sentem sua presença. Isso porque a magia é parte da alma, da essência de um ser. Espíritos malignos podem sentir a presença da manifestação da alma, ou seja, da magia. Por isso quando eu me descontrolei na antiga casa quando era criança acabei por despertar horrores que ali dormiam. E o preço foi a vida de meus pais.

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