Armada de Dumbledore



Capitulo 17.Armada de Dumbledore.


“Não é o mais forte que sobrevive, nem o mais inteligente, mas o que melhor se adapta às mudanças.” Charles Darwin.


 


“Não confunda mudanças com perdas. Por vezes, na vida será preciso mudar para ganhar.” Rosicleide David.


 


*~*~*~*~*~*~*


   Os lábios do ruivo eram exigentes e quentes, a língua se movia lentamente, e, não sabendo o porquê, Ariana correspondia. Depois de alguns minutos não se lembrava do motivo de estar chorando. Tudo foi interrompido com o som de passos se aproximando.


   Jorge e Ariana se separaram imediatamente, trocaram um olhar rápido e antes que Ariana pudesse abrir a boca Jorge a arrastou pela mão para uma porta que ela não havia notado. Jorge fechou-a silenciosamente após terem entrado, no que Ariana notou que era um armário de esfregões pequeno e apertado. Corou quando sentiu o corpo do garoto junto ao dela.


   -Olha, Ariana, eu... – Jorge começou a sussurrar, parecia tão envergonhado quanto ela – me desculpe pelo...


   -Não precisa se desculpar, Jorge – Ariana se apressou a dizer, evitando olhar para ele – não foi sua culpa.


   Um silencio constrangedor passou-se depois daquelas palavras. Ariana se arriscou a olhar para ele, arrependendo-se logo depois. Jorge a observava há muito tempo, seus olhos brilhavam na escuridão. Ele sussurrou alguma coisa inelegível, antes de colocar seus lábios nos dela.


*~*~*~*~*~*~*


 


   Harry conversava com Rony e Hermione, o mingau deixado de lado. A imagem de Ariana saindo do corredor quando o vira conversando com Cho ainda não o deixava em paz. De repente o salão ficou em silencio. As garotas das quatro mesas recomeçaram a falar, animadas.


   -Eu não acredito... – Hermione murmurou os olhos arregalados. Harry seguiu o olhar da amiga.


   Ariana, mais corada do que Harry jamais vira, estava andando até a mesa da Grifinória, de mãos dadas com Jorge. A garota deu mais alguns passos e depois soltou a mão de Jorge, olhando para a mesa dos professores, aparentemente aliviada de ver que nem Dumbledore nem a Profa. Mcgonagall estavam lá. Despediu-se de Jorge, andou mais rápido e se sentou longe de Harry. Parvati e mais algumas garotas da Grifinória correram para se juntar a ela, enquanto Jorge piscava discretamente para ela, indo se sentar ao lado de Fred.


   -Você já sabia disso, Rony?- Harry perguntou, após alguns segundos. Sentia uma raiva escaldante, com muito esforço não se levantou e bateu em Jorge.


   -Não – o garoto respondeu, se encolhendo com o tom do amigo.


   -Você não vai descontar a sua raiva em nos, Harry – Hermione se colocou no meio da conversa, irritada – você podia ter voltado com Ariana.


   -Você não entende Hermione – Harry sussurrou, após alguns minutos.


   -Não entendo mesmo – Hermione respondeu.


 


*~*~*~*~*~*~*


   Ariana olhava para Jorge, que parecia muito absorto em sua conversa com Fred. Eles sorriam o tempo todo, riam frequentemente, mesmo quando conversavam sobre coisas sérias. Sorriu, pensando em como seria bom ama-lo. Mesmo que agora namorasse Jorge Weasley, não o amava. Ela havia tentado conversar com ele, havia dito que amava outra pessoa. Jorge, apesar de tudo, ainda se encontrava fielmente ao seu lado, dizendo que Harry era um idiota por tela abandonado. Suspirou. Mais o pior de tudo, era que ela precisava dele. Ela.


   Sabia que se Jorge não houvesse a encontrado na sala de troféus, iria continuar a chorar por quem amava. Por Harry Potter. Fungou, irritada, após sentir uma pontada dolorosa no coração. “Não posso chorar, não agora!” Pensou desesperada. Odiava aquilo. Levantou-se do sofá, quase correndo para o dormitório. Fechou a porta, se sentindo pequena, insignificante. Sentou-se na cama, olhando para o nada, enquanto lagrimas caiam por seu rosto.


   Jorge a fazia se esquecer de tudo. Da dor freqüente em seu peito, de seus problemas. Suspirou, olhando para seus livros. Os Nom’s estavam se aproximando, tinha que estudar. De repente, se preocupou com suas notas, algo que nunca acontecia. E se não conseguisse boas notas?


   Pegou seus livros e anotações, ficando estática quando viu as palavras que estavam permanentemente nas costas de sua mão direita. Ariana teve que se controlar para não fazer alguma besteira. Respirou fundo, pensando em suas opções. 1. Poderia chorar até se sentir melhor, ou 2. Poderia se vingar daquele monstro que dizia ser professora.


   Decidiu ficar com a segunda opção. Pegou um lenço e o enrolou na mão, mas antes olhou para aquelas palavras, sabendo que elas nunca iriam desaparecer. Harry Potter.


*~*~*~*~*~*~*


 


   Harry olhava, nervoso para as pessoas que estavam a sua frente. Quase todos haviam chegado. Conversava com Neville, que estava tão animado que parecia que iria explodir. Harry olhou para a porta quando ouviu uma risada que conhecia e amava. Ariana estava entrando, acompanhada de Fred e Jorge. Os dois pareciam ter acabado de contar uma piada, pois ela ria como Harry nunca vira.


   Todos ficaram em silencio, enquanto Hermione falava. Quando Gina deu a idéia de que o nome do grupo deveria ser Armada de Dumbledore, Ariana deu um sorriso radiante. Alguns garotos ficaram atordoados, a observando como se fosse a primeira vez que a viam. Jorge deveria ter ficado com ciúmes, pois colocou o braço em volta da cintura da namorada, como se dissesse: “ela já tem dono.” Harry desviou o olhar, começando falar.


...


   A aula acabou, e todos saíram. Os únicos que ainda estavam na sala precisa eram Harry, Hermione, Rony, Fred, Jorge e Ariana. Os gêmeos e Ariana se aproximaram de Harry, cochichando entre si. Quando ficaram na frente do moreno, pararam de falar, Fred olhava para Jorge, Jorge olhava para Ariana, e Ariana olhava para Harry. Ariana deu alguns passos, ficando mais próxima de Harry, Hermione e Rony.


   -Hum... – a garota começou, olhando para Hermione – Harry, poderia me emprestar sua capa?- ela perguntou, por fim, olhando diretamente para Harry, que esperava, impaciente.


   -Por que?- Harry perguntou, e, inconscientemente, se aproximou mais da garota, que não recuou.


   -Vamos fazer uma brincadeira com a Umbridge – Fred disse, dando um meio sorriso, enquanto observava, preocupado, o irmão gêmeo. Jorge parecia estar a ponto de explodir, olhando com ira para Harry.


   -É claro que empresto – Harry disse, voltando a olhar para Ariana, um plano se formava em sua cabeça. Deu mais um passo para frente, estava tão próximo de Ariana que podia sentir seu hálito.


   O efeito foi imediato. Jorge se aproximou mais de Ariana e pegou a mão dela, como se quisesse tirá-la de perto de Harry. Quando Jorge olhou para Harry, este estava sorrindo inocentemente.


   -Eu tenho que ir – Ariana falou, olhando para Jorge – quero falar com meu pai.


   Jorge concordou, dando um beijo em Ariana, sem se importar com quem estava a sua volta. Ariana sorriu antes de sair. Jorge se voltou para Harry, sorrindo, como se tivesse vencido uma guerra. Fred, Rony e Hermione haviam se afastado dos dois enquanto Jorge estava se despedindo de Ariana.


   -Passo depois no seu dormitório para pegar a capa – Jorge comunicou, olhando em volta – é só um conselho, mas acho melhor que fique longe de Ariana.


   Harry o observou, um pouco divertido. Jorge era ciumento, e muito, quando o assunto era Ariana. Se perguntou se havia sido muito cruel com Jorge, mas descobriu, surpreso, que não se importava.


   -Quer dizer que não posso mais ser amigo da Ariana?- Harry perguntou, tentando não sorrir.


   -Ela é a minha namorada – Jorge murmurou, o olhando com raiva – você a trocou pela Cho, e eu espero que fique longe dela.


   -Eu só quero voltar a ser amigo da Ariana. E eu não a troquei, acho que deveria ser menos ciumento – Harry disse, sorrindo.


   -Não me provoque, Potter – Jorge disse, a raiva havia quase se dissipado.


   -Você pode ter vencido essa batalha, Jorge – Harry disse, antes de dar as costas ao ruivo – mas eu vou vencer a guerra – ele completou, saindo da sala, acompanhado de Hermione e Rony.


   -O que você estava fazendo?- Hermione guinchou, após estarem a uma distancia segura.


   -Apenas tentando ser amigo de Ariana – Harry respondeu, inocentemente.


   -Poderia ter feito isso um pouco mais longe, né?- Rony perguntou – ou você queria deixar meu irmão daquele jeito?


   -Não – Harry respondeu, alto para que os dois ouvissem – aquilo foi apenas um bônus que eu não esperava – Harry completou, num murmúrio.

PS: Acho que esse capitlo ficou muito ruim, fiz tudo que pude.

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Comentários (1)

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