Odem da Fênix



Capitulo 12. Ordem da fênix.


“Na vingança e no amor a mulher é mais bárbara do que o homem.” Friedrich Nietzsche.


“Os fracos acham que fazer a Justiça é fazer vingança, já os fortes acham que a própria vingança é uma Justiça.” Profanus.


“A maior fraqueza do homem é poder tão pouco por aqueles que ama.” Blaise Pascal.


 


*~*~*~*~*~*~*


   Ariana suspirou, enquanto tentava se controlar, não queria mais chorar. Não queria mais chorar por causa de Harry. Os dois haviam voltado a conversar desde que o troneio tribruxo terminara, mas não era igual. Só conversavam sobre a escola e de como as férias estavam sendo uma chatice. Ele não queria falar sobre sua vida, não queria conversar sobre sua relação com a “adorável” Cho Chang com ela. Ariana, por sua vez, não falava sobre o quanto sentia a falta dele, não falava sobre o quanto chorara por ele. Eles apenas falavam sobre o tempo e a escola. E aquilo estava irritando Ariana.


   Pegou a varinha e colocou fogo nas ultimas cinco cartas de Harry. Não se importou de estar na biblioteca, as coisas ficariam muito mais interessantes se Madame Pince a visse, pelo menos, levaria uma detenção e poderia tirar Harry da cabeça enquanto limpava as tapeçarias ou fosse a floresta Proibida. Sentiu a mão de alguém em seu ombro, suspirou, sabia quem era.


   -Está fazendo o que, Ariana?-Dumbledore perguntou.


   -Me livrando das cartas do Potter – Ariana respondeu, se virando para o diretor.


   -Hum... -ele murmurou, parecia pela primeira vez envergonhado – bem, por que não vamos tomar chá?-perguntou.


   -Mais uma noticia ruim, imagino – Ariana falou, recolhendo os livros que havia pegado.


   -Seria tão ruim passar o resto das férias na ordem?-Dumbledore perguntou, enquanto Ariana devolvia os livros as prateleiras.


   -Está falando serio? Eu vou poder ir mesmo?-a garota perguntou, animada.


   -É claro – Dumbledore falou, sorrindo. Alguns minutos depois, os dois saiam da biblioteca, indo para o escritório do diretor.


*~*~*~*~*~*~*


 


   Harry conversava animadamente com Rony e Hermione, enquanto comiam. De repente, tudo se aquietou, Sirius observava a porta da cozinha. O coração de Harry pulou do peito quando viu a linda garota que observava a todos, encostada na porta.


   Ariana estava mais pálida, seu cabelo dourado parecia iluminar tudo a sua volta, os olhos azuis faiscavam pela escuridão.


   -Boa noite, Ariana – Remo falou, parecia preocupado.


   -Espero que esteja sendo boa para você, Lupin, pois a minha acabou de piorar – Ariana disse, seus olhos faiscaram na direção de Harry. Por desconfortáveis minutos, Harry não soube quantos, todos pareciam observa-los, encolhidos, como se esperassem que algo explodisse.


   -Ariana – disse, finalmente, tenso.


   -Gostaria que me chamasse pelo sobrenome, se não for pedir demais, Potter – a garota respondeu indo se sentar ao lado de Sirius, de frente para Harry.


   -Claro Dumbledore – Harry falou, com um pequeno sorriso nos lábios.


   A garota, para o alivio de todos, só revirou os olhos, passando o resto da refeição silenciosa. Quando a Sra. Weasley mandou todas as “crianças” saírem, foi à única que ficou sentada, de cabeça baixa, enquanto todos protestavam.


   -Ariana, por favor, vá se deitar – a Sra. Weasley falou, parecia estar tentando se aproximar de um leão raivoso, e não de uma garota, Harry notou.


   -Eu não quero Sra. Weasley – a garota disse, levantando a cabeça e a fitando com interesse – não precisam ficar com medo de mim. Eu não mordo.


   Só quando a garota falou é que Harry notou que todos haviam se afastado dela com aquelas palavras.


   -Eu não estou com medo de você, querida... – a Sra. Weasley falou, enquanto Fred e Jorge balançavam a cabeça.


   -Não minta. Eu sou tão ruim assim?-Ariana perguntou, com a voz embargada.


   -É claro que não, Ariana, sua magia só está um pouco descontrolada, logo tudo voltara ao normal... – Lupin falou, tentando reconforta-la.


   -Quer dizer que eu sou anormal? Sou um monstro, é isso?-ela perguntou, se levantando. Todos estremeceram até mesmo Harry.


   -Claro que não... – Sirius disse, parecia preocupado, e com razão.


   -MENTIRA!NÃO PRESISAM FICAR COMIGO SE NÃO QUISEREM, POSSO IR EMBORA, POSSO MANDAR UMA CARTA PARA O MEU PAI. ENTENDO O PORQUÊ DE TEREM MEDO DE MIM!-ela berrou.


   -Não temos medo de você... – Hermione disse assustada.


   -EU DEVERIA TER FICADO COMO REFEM DE VOLDEMORT E MORRIDO!-ela gritou, saindo da cozinha. Harry sentiu uma rajada de vento o empurrar para trás. Notou assustado, que aquilo fora a magia de Ariana se manifestando.


   -Poderíamos mandar uma coruja a Dumbledore e convence-lo a deixar Ariana ir ao Sta. Mungus, Sirius. Ela precisa de ajuda, coitadinha, a magia dela está... – a Sra. Weasley começou, mas foi impedida por Sirius.


   -Não adianta começar com isso, Molly. Dumbledore está com medo de leva-la lá, e com razão. Eles condenariam Ariana como um monstro, a internariam permanentemente no hospital, e nós não poderíamos fazer nada. O melhor a fazer é deixar Ariana se recuperar sozinha.


   -Mas... – a Sra. Weasley tentou protestar.


   -Você quer ver Ariana trancada em uma sala apertada e escura pelo resto da vida, Molly? Sozinha, sem companhia, sem a chance de viver? Faria isso com Gina?-Sirius falou, parecia gostar muito de Ariana.


   -Não - a Sra. Weasley disse, por fim – bem, vocês, direto para a cama, e sem conversa!


 


*~*~*~*~*~*~*


   Na manhã seguinte, ninguém falou com Ariana. Não que ela se importasse com isso. Ficou aliviada de não ter que conversar sobre seu comportamento com ninguém, nem de ser tratada com carinho por sentirem pena dela. Pelo menos estava pensando assim, até que Sirius acabou com suas esperanças no café.


   -Você está bem, Ariana?-ele perguntou.


   -Quer mesmo que eu responda Sirius?-ela perguntou, com um pequeno sorriso no rosto, que logo desapareceu.


   -Sim, adoraria – o homem disse, colocando seus cotovelos na mesa, a observando com atenção.


   -Bem... – Ariana uniu as mãos, um gesto de Dumbledore e fechou os olhos – eu posso sentir a magia se movendo pelo meu corpo. Por minhas veias, por meu cabelo, por meus olhos, pelo meu coração. Ela está espalhada por todo o meu corpo. Sinto que posso fazer qualquer coisa.


   -Isso é bom, pelo menos parece que você logo voltara a ter controle dela – Sirius disse, enquanto Ariana voltava a comer.


   Depois de alguns minutos saiu rapidamente da mesa, não notando que Harry a observava.


*~*~*~*~*~*~*


PS:sei que ficou meio tosco, me desculpem. Prometo que o proximo vai ser melhor.

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