Defesa Contra as Artes das Tre

Defesa Contra as Artes das Tre



Capitulo 12. Defesa Contra as Artes das Trevas.


“A bondade em palavras cria confiança; a bondade em pensamento cria profundidade; a bondade em dádiva cria amor.” Lao-Tsé.


 


“Não é o génio, nem a glória, nem o amor que medem a elevação da alma: é a bondade.” Henri Lacordeire.


 


   Harry observava Ariana minuciosamente na cabine do trem. A garota parecia muito melhor, seu cabelo estava mais longo. Ela ria e conversava novamente, e estava tendo poucos ataques de raiva. Mas ainda o chamava de Potter, ainda fingia que ele não existia. Harry não entendia o porquê de a garota o odiar tanto. Sabia que ela não o amara de verdade, mas não a tratava assim.


   Neville parecia encantado com Ariana, a olhava sem sequer piscar os olhos, a boca arregalada. Harry fazia força para não dar um soco no garoto. Ficou aliviado quando anoiteceu todos se trocaram, e logo depois o trem parou.


   No meio da confusão, Harry perdeu Ariana de vista, então acompanhou irritado, os amigos a ultima carroça. Assustou-se ao ver os terríveis cavalos alados que estavam presos a ela, mas sua cabeça estava cheia demais com Ariana.


 


*~*~*~*~*~*~*


   Ariana não podia ouvir aquilo. Estava sentada há pouco tempo na classe de Defesa Contra as Artes das Trevas, sabia que não gostaria da aula a muito tempo, tampouco da professora. Mas aquilo era demais. A professora estava falando mal de seu pai, desonrando o nome de sua família. Harry havia há poucos minutos levado uma detenção, Ariana achou que não faria mal se juntar a ele.


   -Professora Umbridge?-Ariana perguntou, timidamente, enquanto levantava a mão.


   -Sim?-a velha respondeu, com uma falsa meiguice na voz.


   -Acho que alguém a enganou – Ariana disse, firmemente, imitando a doçura na voz. Muitos alunos em volta sussurraram, apontando para ela. Harry, Rony e Hermione a observavam, atônicos. Ariana simplesmente piscou discretamente para eles, voltando-se para a professora, que continuava com sua expressão normal.


   -Sobre o que, Srta. Starwood?-Umbridge perguntou, ignorando todos em volta.


   -Sobre Dumbledore e Você-Sabe-Quem – Ariana disse, simplesmente, no que muitos arregalaram os olhos, incrédulos – Dumbledore é o maior bruxo que existe e existirá no mundo inteiro. Poderíamos procurar, mas não acharíamos ninguém igual a ele.


   Ariana fez uma pausa, todos pareciam não respirar. A professora abrira a boca para falar, quando Ariana ergueu um dedo, pedindo silencio, enquanto se levantava. A professora, espantada, não falou nada, para a surpresa da sala.


   -Dumbledore é um gênio, descobriu sobre os doze usos do sangue de dragão, que são usados até hoje. Sem falar, é claro, que foi monitor-chefe quando cursava Hogwarts, e ganhou o Premio Barnabus quando tinha 17 anos – Ariana disse, dando a volta pela carteira e se postando na frente da sala, como se fosse à professora.


   -Sta. Starwood será que... –Umbridge começou.


   -Espere um pouco, professora, estou falando agora. Tenha paciência – Ariana disse, normalmente, se virando para a professora. Todos riram até mesmo os Sonserinos.


   -Dumbledore também é Representante da juventude britânica na Suprema Corte dos Feiticeiros. Recebeu uma Medalha de ouro por contribuição pioneira à Confederação Internacional de Alquimia no Cairo – Ariana dizia, Umbridge ficava cada vez mais vermelha de raiva, mas a garota não se importava – também recebeu Ordem de Merlim, primeira classe.


   -Que foi retirada – a professora disse, sorrindo. Ariana a interrompeu.


   -Injustamente – a garota disse, se voltando para a sala – Dumbledore é uma inspiração para todos, foi um bom aluno, foi um bom professor, é um bom diretor e também é uma pessoa incrível. Todos confiavam cegamente em suas decisões, até mesmo o ministério. Cornélio Fudge mandava varias corujas por dia para pedir a opinião do nosso diretor. E o próprio Dumbledore foi indicado ao posto varias vezes, mas ele negou. Sabe por que, Profa. Umbridge?


   Todos se voltaram para a professora, como se ela fosse apenas uma aluna comum, que acabara de receber uma pergunta muito obvia. A mulher corou, se encolhendo em sua poltrona.


   -Dumbledore negou o cargo por nossa causa. Por esse lugar, por essa escola. Pelos alunos, pelas pessoas que vivem aqui, por esses professores incríveis que estudaram muito para chegarem onde estão para repassar o seu conhecimento para outras gerações – Ariana continuou seu discurso, Hermione a olhava fascinada, como se fosse a primeira vez que a via – não acho que Dumbledore seja um velho gaga, ou que esteja ficando maluco. Ele tem razão de querer ficar aqui, ele tem razão de acreditar em Harry. Eu acredito. Sim?


   Uma garota morena, da Sonserina, erguera a mão, parecia nervosa, mas ao mesmo tempo mostrava ser “superior”.


   -O que a faz acreditar no Potter?-ela perguntou, sorrindo. Parecia acreditar que fizera uma pergunta muito inteligente.


   -Acredito nele, não precisa haver razão para isso – Ariana disse, simplesmente. Seu olhar cruzou com o de Harry, os olhos verdes brilhavam como há muito tempo não via.


   -Agora chega. Srta. Starwood creio que você não tem direito de opinar sobre isso. Encontre-me no mesmo horário que o Sr. Potter, em minha sala, por essa semana – a professora disse, com um sorriso vitorioso.


   -Mas é claro, Professora – Ariana disse, com um sorriso encantador nos lábios. Todos se espantaram com a reação da garota, até mesmo Umbridge – será muito agradável ficar altas horas da noite em sua sala, quando poderia usar meu valioso tempo para fazer outra coisa.


   Ariana sentou-se e encarou a professora pelo resto da aula, que parecia ter perdido a fala.


*~*~*~*~*~*~*


 


   Harry esperou Ariana no final da aula, a garota conversava com a professora aos sussurros, parecia levemente irritada e corada. Quando esta saiu rapidamente da sala, passou por Harry sem nem ao menos percebê-lo. O garoto a seguiu, pegando seu braço e a girando para frente.


   -Por que você fez aquilo?-Harry perguntou, antes que Ariana pudesse falar algo.


   -Não podia deixar você com a Umbridge sozinho – Ariana se defendeu, soltando-se de Harry.


   -Eu não sou um bebe, sei me virar sozinho – Harry disse um pouco corado.


   -Sinto que ela é perigosa, isso basta, Potter – Ariana disse, lançando um olhar que dizia com todas as palavras: “e nem tente me contradizer”.


   -E o que isso vale?-Harry perguntou, recebendo um olhar mortal.


   -Não sei, para mim basta. E não venha choramingar no meu ouvido cada vez que eu fazer alguma coisa por você. Não te devo satisfações, e você deveria estar aliviado de não ter que ficar horas sozinho com aquela cobra de casaquinho rosa. Tenha um bom dia – Ariana despejou, saindo do corredor.


   Harry suspirou, indo para a próxima aula. Sabia que estava atrasado, mas pouco se importava.


...


   No jantar daquela noite, o discurso que Ariana havia feito na aula de Defesa Contra as Artes das Trevas já era comentado por todas as mesas. Harry ficara admirado por ver que todos sabiam cada palavra. O que ele dissera também era bastante falado. Fred chegou de repente, se apertando entre Rony e Harry.


   -Muita gente está falando que Ariana e Dumbledore são muito parecidos. Será que irão descobrir?-ele falou, preocupado.


   Harry olhou diretamente para a mesa dos professores, Dumbledore, sentado em sua cadeira, olhava fixamente para Ariana, que também o fitava. Pareciam tensos, Harry notou, e isso não o animou.

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Comentários (1)

  • rosana franco

    Desculpa mas a Ariana esta simplesmente insuportavel,trata o Harry como se ele fosse um trasgo não explica nada eté parece que o pobre é uma criança retardada.

    2011-06-14
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