Dor e destruição



Ao contrário do que Jorge pensava apresentar seus talentos ao grande publico não foi fácil nem barato. A Gemialidades Weasley teve que comprar um horário no programa chamado “O Fim da Serenidade” comandado por um jovem bruxo chamado Boyce Hart. No intervalo das musicas o apresentador conversava com os artistas. Hugo e o pai ouviam o programa jogando quadribol no jardim.


–        Vocês ouviram a Célia uma excelente cantora clássica. Alguma chance de vermos seu marido na forma humana durante alguma apresentação?


–        Provavelmente não.


–        Como será o marido de Célia? O que acham ouvintes?


–        Ele é bonitão posso garantir! – disse “Mama” Cass ao fundo.


–        Muito simpático também. – confirmou Hermione saindo para o quintal. – Eu o conheci quando foi assinar o contrato com a gravadora e Jorge.


–        Ela vai querer mantê-lo como coelho então. Longe das fãs. – disse Rony rindo.


–        Mama Cass! A fantasma de voz viva e vibrante. Soube que conseguiu que Sra. Weasley formulasse especialmente um contrato para você e seus amigos.


–        É você mamãe!


–        Não, é a sua avó!


–        Papai...


–        A Sra. Weasley se empenhou para que nós fantasmas pudéssemos fazer alguma coisa boa nesse mundo... o mundo de vocês!


–        Fantasmas andavam mal falados nos últimos tempos, mas deixemos esse assunto de lado. Os Kroft estão aqui! Vocês ficam com o som de Jack Kaptain e companhia. Voltamos depois para conhecer Wanda e Bayne que promete embalar muitos casais com suas baladas.


–        Parece que está tudo dando certo. – disse Rony atirando a goles para Hugo. O garoto agarrou com firmeza.


–        Vamos jantar. Fiz almôndegas hoje e eu sei que você adora. – disse Hermione animada.


–        Ótimo... – disse Rony recolhendo o equipamento de quadribol do jardim.


Do outro lado da cidade Francis ouvia o programa pelo radio e andava de um lado para o outro.


–        A Gemialidades Weasley vai patrocinar o Show do Cosmos! Apenas o maior evento musical do ano!


–        Seymor!


–        Sim mestre.


–        Eu deveria estar nesse programa! Eu deveria estar nesse show!


–        Com certeza mestre.


–        Eu estou vivo e não sou um vampiro ou coisa parecida!


–        Sim mestre... mestre está na hora do jantar...


–        Não estou disposto hoje... vá você!


–        Mestre sabe como é quando o senhor não está presente...


–        Está bem...


A casa que Francis e Seymor ocupavam ficava no meio de um terreno estéril afastado de tudo e de qualquer coisa. A casa enorme cheia de quartos vazios era ocupada apenas pelos dois. Seymor era assistente de Francis desde criança assim como seu pai fora do pai de Francis. Na sala de estar Francis afastou o tapete e abriu um alçapão.


–        Meus queridos. Eles estão cada dia mais lindos!


Dois dragões sem asas andavam de um lado para o outro. Seymor passou a Francis pedaços de carne que eram abocanhadas com violência.


–        O que foi mestre?


–        Eu daria cada um deles por uma chance de mostrar meu talento...


–        Talvez se conversasse com o Sr. Weasley de novo... ele provavelmente não sabe quem o senhor é. Acho que talvez devesse se apresentar... mostrar suas credenciais.


–        Não! Ele podia ter me ouvido se quisesse! Dois minutos bastariam!


–        Sim mestre.


–        Vou me deitar!


–        Quer que eu leve alguma coisa lá para cima?


–        Não, mas quero que tire esses quadros horríveis da parede!


Seymor tirou dois quadros e os jogou para os dragões brincar.


–        Imagine desfazer de um de vocês! Ele está muito mal mesmo... preciso fazer alguma coisa...


Com a proximidade da viagem que fariam com os pais Hugo e Lilian fizeram um estoque de comida para os gnomos.


–        Essa é uma bandeira caso meus tios apareçam para desgnomizar o jardim; coloquem na frente da toca para poderem voltar.


–        Eles gostaram das almôndegas. – disse Lily atirando mais uma aos gnomos.


–        Papai as escondeu no bolso do casaco e pela casa toda ontem à noite.


–        Não era mais fácil ele dizer que não gosta da comida da sua mãe.


–        Ele não quer ferir os sentimentos dela, mas eu gosto da comida que ela faz. Ela disse que vai fazer mais hoje a noite.


Na tarde ensolarada as crianças visitaram a loja do tio e ficaram sentados no balcão rodeados de saquinhos de Feijõezinhos de Todos os Sabores. Mordiam a ponta de cada um e separavam os de melhores sabores para comerem depois.


–        A graça está em comer qualquer um! – disse Jorge comendo um – Viu? Tinta de parede! Delicioso...


As crianças riram; Lily cutucou Hugo. Seymor acabara de entrar na loja.


–        Olá crianças. Seu tio está?


–        Acabou de ir para o escritório. – respondeu Hugo


–        Podem chamá-lo?


–        Eu chamo. – disse Lily pulando do balcão.


–        Desculpe pelo outro dia; eu achei que tio Jorge poderia ter ouvido seu mestre. – disse Hugo.


–        Ele ficou deprimido. Aí está seu tio!


Seymor entregou um cartão a Jorge.


–        Francis é um bruxo poderoso então! – disse Jorge.


–        Tudo que ele faz está escrito no cartão.


–        Diga a ele que estou impressionado, mas já fechei o grupo. Ele pode ouvir a transmissão do Show do Cosmos pelo rádio.


–        Sr. Weasley...


–        Posso tentar arrumar entradas, mas não prometo nada.


–        Meu mestre é um poderoso bruxo...


–        Eu li o cartão. Sem ofensas, mas um bruxo das Trevas chamado Francis é demais. Passe por aqui pra saber dos ingressos.


Jorge colocou o cartão de volta no bolso do casaco de Seymor.


–        Se aprontem crianças! Tio Harry vem pegar vocês. Boa tarde.


–        Isso foi grosseiro... – comentou Seymor.


–        Eu gosto do nome Francis. – disse Lily.


–        Feijõezinhos Sr. Seymor? Pegue um saquinho! – ofereceu Hugo. – Ficamos com o cartão quem sabe tio Jorge mude de idéia.


–        Obrigado crianças.


   


–        Você fez o que Seymor?


–        Mestre, achei que se o Sr. Weasley soubesse com quem estava lidando mudaria de idéia.


–        Deu meu cartão a ele e ele caçoou do meu nome! Francis foi o nome que minha mãe escolheu. É um belo nome!


–        Com certeza mestre.


–        Não vou dizer que isso nunca tenha me prejudicado antes. Talvez se fizesse como o Lorde das Trevas e inventasse um nome, um título...


–        Ótima idéia mestre! Que tal Lorde das Trevas?


–        Quero um original!


–        Já sei! Que tal Lorde dos Dragões.


–        Não! O que está comendo?


–        Feijõezinhos de todos os sabores... eu ia oferecer mestre.


Francis tirou o saquinho das mãos de Seymor.


–        Mestre pretende se vingar?


–        Vou pensar. Vou pensar num nome bem horrível também!


–        Que espalhe dor e destruição!


–        Isso mesmo Seymor!


–        Que tal Mekkano?


–        O que significa Seymor?


–        Dor e destruição...


–        Muito bem! De agora em diante serei conhecido no mundo da magia como Mekkano! Corrija os cartões!


–        Sim mestre. Sim mestre Mekkano! – disse Seymor sorrindo.


Harry ouvia uma das musicas de Wanda e Bayne e observava a filha brincar na casinha mágica de bonecas. A menina colocava as bonecas nos vários aposentos e elas se mexiam; Lily criava historia pra elas.


–        Agora você é uma princesa! – disse para a favorita de cabelos ruivos como os dela e da mãe.


–        Qual o nome da princesa?


–        Gina.


–        É um lindo nome.


Gina sentou ao lado dele no sofá.


–        Não devia dar presentes a ela sem ser natal ou aniversário.


–        Não ia comprar, mas Rony comentou sobre Rose e uma coisa levou a outra. Logo Lily irá para Hogwarts...


–        Comprar presentes não a fará ficar Harry.


–        Não, mas posso vê-la sorrir mais uma vez. Ela colocou seu nome numa princesa.


–        Ela é uma princesa. Nossa princesa...


–        Compre seus ingressos para o Show do Cosmos na Gemialidades Weasley.


–        Nós vamos mamãe?


–        Claro. Temos lugares reservados na primeira fila. Exceto para ver as vampiras; elas farão uma apresentação mais tarde. – disse Gina.


–        Entretenimento adulto. – disse Lily.


–        Onde ouviu isso? – perguntou Gina.


–        Tio Jorge.


–       Dá próxima vez vou pedir a mãe de Hermione para tomar conta de você e Hugo novamente! – exclamou Gina.


–        Eu gosto da Sra. Granger! Ela é muito legal e é bem rápida.


Jorge saiu da lareira e começou a falar muito rápido.


–        Estávamos no ensaio e os Kroft... o vocalista desapareceu!


–        Um seqüestro? – perguntou Harry se levantando.


–        Ninguém entrou em contato até agora! Vocês precisam achar o cara! Ele é o vocalista da banda principal do show! – disse Jorge passando a mão pelos cabelos ruivos e os deixando em pé. – Rony foi até o Caldeirão Furado falar com a banda. Harry, apostei todo meu dinheiro nesses caras e nesse show! Não ligo de ficar pobre de novo, mas se Angelina me deixar e levar as crianças...


–        Calma Jorge! Daremos um jeito está bem! Vamos lá...


–        Rony pediu para avisar Hermione.


–        Eu avisarei. – disse Gina acalmando o irmão.


Com exceção das vampiras todos do grupo de artistas estavam reunidos no quarto da namorada do vocalista. Todos preocupados com a situação.


–        Tenho certeza que Kaptain não nos deixaria; ele adora a banda Sr. Weasley. E essa é a nossa chance! Aconteceu alguma coisa a ele!


–        Será que pode acontecer a mais alguém? – perguntou Bayne.


–        Vamos investigar. – respondeu Rony.


–        Vocês conversaram com alguém fora a equipe que Jorge contratou para acompanhá-los? – perguntou Harry ao grupo.


–        Não.


–        Eu vi Kaptain conversando com um cara baixinho. – disse o garoto loiro que acompanhava as tias vampiras.


–        É mesmo! Tinha um cara baixinho esquisito por aqui. – disse Wanda.


–        Esquisito como? – perguntou Harry.


–        O cara parecia ter sido amassado dentro das roupas? Ele se apresentou para gente... Como era mesmo o nome dele? Sam...


–        Seymor? – perguntou Jorge.


–        Isso!


A expressão de Jorge melhorou um pouco.


–        Esse cara e o mestre estiveram no dia da audição; o tal mestre queria cantar, mas eu não deixei. O cara era um bizarro!


–        Bizarro como? – perguntou Harry.


–        De todas as formas possíveis!


–        É verdade Sr. Potter ele era bem estranho – confirmou Wanda – dizia ser um bruxo poderoso. Estava tentando nós impressionar.


–        É isso! Esse cara seqüestrou o vocalista! Fez isso para me prejudicar! Vão prendê-lo!


–        O que sabe sobre ele? – perguntou Rony.


–        Tenho a ficha de inscrição bem aqui... – disse Jorge mexendo em sua pasta. – Aqui!


–        Nunca ouvi falar desse lugar. – disse Rony tentando entender a letra. – Alguém de vocês?


A ficha passou de mão em mão e ninguém reconheceu o endereço.


–        Pode ser falso. Francis e Seymor? Também nunca ouvi falar. – disse Harry.


–        Francis é o mestre. Os caras são os uns perdedores! Perguntem a Hugo e Lily eles os viram!


–        Vamos tentar achar o lugar; fique aqui Jorge caso esse tal mestre mande alguma mensagem. – disse Harry.


–        Certo. Vou dar uma lição nesse cara!


Os dois Aurores aparataram num ponto desconhecido.


–        Esse é o ponto mais próximo do endereço que o cara colocou na ficha. – disse Rony verificando um mapa.


–        Então vamos começar a andar.


–        O que acha que o cara quer fazer? Só provocar Jorge?


–        Não mandou nenhuma mensagem – respondeu Harry – então acho que ele ainda não se decidiu.


–        Segundo Jorge o cara é um idiota metido a bruxo poderoso. Tem até um cartão escrito isso.


–        Se Francis realmente é especialista em todos os tipos de feitiços que descreve em seu cartão de visitas estamos com sorte dele escolher outra carreira.


Chegaram até o portão de uma casa.


–        Olhe em volta Harry; as árvores em volta da casa estão mortas, mas as que estão do lado de dentro do portão...


–        Do portão em diante há um belo gramado. – disse Harry


O portão enferrujado se abriu e Rony e Harry foram até a porta.


–        Pra trás! – disse Harry empurrando Rony. A estátua de um duende caiu do telhado.


–        Sempre admirei seus reflexos. – disse Rony olhando para cima.


–        Não foi só mérito meu... olhe o chão. O desenho de um par de sapatos; era pra você ficar bem aí. Acho que até é o seu numero.


Rony deu um passo à frente e em seguida um para trás; outra estátua caiu em sua frente.


–        Será que eles têm um estoque de estátuas de duendes? Posso fazer isso a noite toda! Cuidado com a campainha. – Rony disse rindo.


A porta se abriu sozinha com um rangido. Os dois entraram.


–        Uma típica casa mal assombrada. – disse Harry. – Escura, fria e com quadros que os olhos se mexem!


Quem estivesse os observando colocou os olhos originais da pintura quando percebeu que fora descoberto.


–        Aposto que dever ter um monte de passagens secretas.


–        É parece realmente engraçado. – disse Rony. – Hey! Tem alguém aqui?


–        Olá senhores!


Harry e Rony pularam nos lugares. Atrás deles carregando uma vela Seymor sorria.


–        Não acredito essa cara realmente nos assustou! – disse Rony colocando a mão sobre o peito.


–        O senhor deve ser Seymor. – disse Harry.


–        Exato.


–        Eu sou Harry Potter e esse é Rony Weasley.


Do alto da escada ouviram a uma voz e tornaram a se assustar.


–        Sr. Potter! Sr. Weasley! Eu sou Fran... Eu sou Mekkano! Bem vindo a minha casa! Suponho que estejam aqui por causa do jovem cantor!


–        Isso mesmo o senhor o seqüestrou. – disse Rony admirado com a figura de Fran... Mekkano.


–        Eu o soltarei em breve! Estou tão feliz de recebê-los em minha casa! Dois Aurores! Antes de levá-los até ele me deem a honra de lhes mostrar minha obra.


–        Certamente. Só precisamos da garantia que ele esteja bem. – disse Harry.


–        Seymor leve os Aurores até o quarto que o Sr. Kaptain está temporariamente instalado.


–        Sigam-me, por favor.


–        Está muito escuro; será que não pode acender nenhuma luz? – perguntou Rony.


–        Somos sensíveis a luz. Trabalhadores noturnos. – respondeu Seymor. – Esse é o quarto.


Seymor tocou a maçaneta com a varinha a porta se abriu e alguém o atingiu na cabeça com uma cadeira.


–        Sai de perto de mim seu anormal!


Rony ajudou Seymor a se levantar e Harry acalmou Kaptain que estava em pânico.


–        Tudo bem! Vamos tirá-lo daqui!


–        Por favor!


–        Ele está mais do que bem como podem ver! Agora me sigam até a sala onde o mestre Mekkano trabalha.


–        Esse cara é maluco! Todo mundo aqui é maluco! Tirem-me daqui!


–        Em breve iremos embora fique calmo! – disse Harry.


–        Não me deixem aqui!


–        Por aqui. Cuidado com o primeiro degrau. – avisou Seymor.


Harry e Rony deram um passo e caíram no alçapão.


–        Você está bem? – perguntou Rony.


–        Sim! O que é isso? Lumus!


–        Palha.


A figura enorme e pálida de Mekkano surgiu acima deles na escuridão.


–        Desculpem o mau jeito, mas imaginei que não entrariam aqui de livre espontânea vontade!


–        É você está certo! – disse Rony apontando a varinha.


–        Não se precipite Sr. Weasley; seu irmão fez a mesma coisa!


–        Soubemos do incidente e tenho certeza que Jorge Weasley sente muito tê-lo impedido de cantar...


–        Vocês dois são Aurores! Estudiosos das Artes das Trevas já devem ter ouvido falar de mim.


–        Não. – responderam Rony e Harry juntos.


–        Não somos tão estudiosos assim... – disse Harry sentindo que não era a resposta que Mekkano esperava.


–        Leve o Sr. Kaptain até a sala de estar Seymor.


–        Não! Não!


–        Poupe sua voz. – disse Seymor arrastando Kaptain.


–        Acabei de chegar neste país. Estive pesquisando o Dragão de Tobura que, apesar do nome, nunca pisou na ilha de Tobura... Um dos dragões mais poderosos do mundo da magia que foi extinto há milhares de anos. Eu não sabia disso também e o procurei por muito tempo...


–        Esse cara existe? – perguntou Rony a Harry.


–        Lemos no seu cartão que é especialista em muitas áreas da magia! Sabemos que pretende largar o mundo das Artes das Trevas.


–        Ah sim. Eu gosto muito de musica e pensei que depois tanto tempo poderia investir meu tempo em outra coisa que me desse prazer.


–        Certo! – disse Rony. – Depois de anos procurando por uma coisa que não existe e servindo as Artes das Trevas; musica sem duvida é a próxima opção pra quem quer mudar de carreira.


–        Para com isso. – disse Harry.


–        Desculpe... não pude evitar.


–        Então... – continuou Harry – o senhor resolveu se inscrever para as audições e...


–        O Sr. Weasley me tratou como lixo! Eu resolvi dar uma lição nele seqüestrando a principal atração do show que ele está promovendo.


–        Muito esperto.


–        Pensei em pedir algumas dicas de canto para o Sr. Kaptain e ele também me tratou como lixo! Disse que nem os mortos gostariam de me ouvir cantar!


–        Esses astros da musica são sempre arrogantes. Tenho certeza se conversar melhor com ele do jeito que ele está agora... com certeza irá ajudá-lo. – disse Harry.


–        Resolvi que não quero mais que ele me ensine a cantar... Resolvi que quero... a voz dele!


–        Sabe que não podemos permitir que faça isso. – disse Harry apontando a varinha para Mekkano.


–        Imagine a cara do Sr. Jorge Weasley quando tiver que se ajoelhar aos meus pés pedindo que eu cante no Show do Cosmos! Imagine a vida miserável e torturante que ele terá quando todas as noites se lembrar que poderia ter evitado a morte de Harry Potter e do próprio irmão? Será lindo... Seymor!


–        Com certeza mestre! – disse Seymor surgindo ao lado de Mekkano.


–        Já me cansei! Hermione está me esperando para jantar e se Hugo for dormir não terei como distraí-la para me livrar das almôndegas. – disse Rony.


–        Acho que não será tão fácil como imagina Sr. Weasley. – disse Mekkano batendo palmas.


Das sombras dois dragões surgiram. Um verde e o outro púrpura.


–        Quando soube que os dragões estavam extintos eu resolvi recriá-los com base em outros dragões. Peguei um ovo de cada dragão conhecido e comecei a enfeitiçá-los ainda dentro das cascas!


–        Você pode fazer isso? – perguntou Rony surpreso.


–        Leia o cartão! – respondeu Mekkano – Esses sãos os únicos que vingaram até agora. Como não voam e são menores que a média dos dragões; os dragões de Tobura desenvolveram uma técnica muito interessante para caçar e se protegerem de seus inimigos naturais! Eles vomitam uma substância tóxica; um mistura de suas refeições anteriores com veneno de suas presas. A vitima leva minutos para ficar doente.


Os dragões cercaram Rony e Harry.


–        Não costumo dar carne humana para eles, pois é difícil de arranjar, mas hoje é um dia especial.


Os dragões vomitaram uma poça mal cheirosa. Os Aurores se curvaram e taparam o nariz e a boca.


–        Obrigado por terem vindo. Boa noite. – disse Mekkano desaparecendo.

Tudo ficou escuro e Harry e Rony começaram a sentir enjoos e dor de cabeça.


–        Esse cheiro é o pior cheiro do mundo. Pior até que a colônia da tia Muriel! – disse Rony curvado. – Vou matar Jorge!


Não fosse o fato que pretendiam matá-los; Harry achou os dois dragões muito interessantes se movendo sincronizadamente até chegaram bem perto.


–        Estão nos avaliando – disse Rony – para saber se oferecemos perigo.


–        Não consigo pensar num feitiço então acho que não oferecemos! Está quente aqui...


–        É o hálito deles; além do vomito, está deixando o ar podre. Estou me sentindo muito mal.

–        Nem se preocuparam em tirar nossas varinhas... sabem que não podemos... que não conseguiríamos...

Rony iluminou rosto de Harry; começaram a surgir feridas infeccionadas no rosto e pescoço do amigo. Ele próprio sentia a pele arder e se romper.

–        Desculpe Rony... – disse Harry depois de vomitar no braço do amigo.


–        Tudo bem... esse casaco já é um pouco velho mesmo... Espere.


Rony tirou as almôndegas que tinha escondido do bolso.

–        Estamos numa espécie de porão. Podemos sair por cima. Suba nas minhas costas! Vou jogar para os dragões se afastarem de nós.

–        Certo! Lu... – Harry tentou dizer, mas cambaleou sentindo a garganta fechar.

–        Vai pegar Dragão! – disse Rony arremessando as almôndegas – Vai! Sobe logo Harry!

Com muito esforço Harry passou a perna no pescoço de Rony.

–        Continue jogando!

–        Rápido! Estão acabando! Pegue sua almôndega bonitão.

O dragão quase abocanhou a mão de Rony.

–        Lumus! – disse Harry e a ponta da varinha iluminou a abertura do alçapão. Harry mal podia manter a varinha na mão.

–        Você está ficando muito pesado Harry!

Harry abriu o alçapão e subiu com muita dificuldade; puxou Rony que jogou o casaco para os dragões destroçarem.

–        Acha que Hermione vai ficar orgulhosa ou com raiva de saber como saímos daqui?

–        Eles não... ainda têm um refém... Rony estamos doentes... – disse Harry vendo as feridas no rosto do amigo.

–        Pior... estamos morrendo...

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