O show deve continuar



Uma semana antes de terminarem as aulas em Hogwarts; Harry e Rony foram dar uma olhada em Mekkano e Seymor em Azkaban. Os dois pela primeira vez em anos estavam separados.
– Disseram meu nome no rádio? – perguntou Francis. – Meu nome mesmo ou o nome que inventei?
– Os dois. – respondeu Harry.
– Quanto tempo vou ficar aqui?
– Muito tempo.
– Fui um inimigo de peso para os senhores? Para os Aurores?
– É foi... – respondeu Rony. – Desculpe, mas tenho que perguntar: se pudesse mesmo cantar deixaria essas experiências de lado?
– Se tivesse tido a chance... Sim!
– Bem, não podemos voltar atrás, mas podemos fazer uma coisa. – disse Rony abrindo a porta e puxando Jorge; o colocaram em uma cadeira na frente da cela.
– Pode começar!
– Isso é tortura! – reclamou Jorge.
Harry foi ver Seymor; ele estava sentado no fundo da cela observando uma fileira de formigas na parede.
– Sr. Potter.
– Quero fazer algumas perguntas ao senhor.
– Por quê? Já sabe de toda nossa história.
– É uma historia interessante a de Francis, mas a sua é até mais.
– A minha? Sou só assistente dele.
– Já conheci bruxos como você.
– Patéticos?
– Não. Subestimados. Bruxos que se revelaram muito inteligentes no final.
– Está enganado.
– Pra começar o nome Mekkano é o seu nome. O nome verdadeiro! Seymor foi o nome que recebeu da família de Francis. Sua família serviu a família dele por séculos.
– A família dele era muito respeitada na Romênia. Vivíamos numa área muito isolada, sem muitas referencias.
– Quando chegaram aqui você descobriu que as coisas eram diferentes.
– Minha família passou a vida inteira obedecendo ordens... Abaixo de nós só elfos. Meu pai tinha medo; achava que a família de Francis era a mais poderosa do mundo e passou isso para mim. Até chegarmos aqui eu também acreditava nisso...
– Como encontraram a casa?
– Sorte eu acho.
– E os dragões?
– Quase trinta anos procurando no lugar errado! Francis estava mesmo zangado e eu achei que dessa vez ele faria alguma coisa. Ele começou a fazer experiências; eu roubei ovos de dragões! Dezenas! E ele finalmente conseguiu!
– Até ver o anuncio no Beco Diagonal. Ele queria largar tudo para cantar...
– Aquele estúpido anuncio! O ouviu cantar? Como ele pode pensar que poderia fazer sucesso?
– Você o encorajou assim mesmo. Sabia que ele seria humilhado.
– Quando ele ficou zangado com o Sr. Weasley o incentivei a se vingar! O plano dele era roubar a voz do cantor principal... Podia ser que até desse certo. Pensei que isso lhe daria confiança.
– Você podia tê-lo deixado.
– Não, não podia. Mas agora o ciclo foi quebrado! Ele vai ficar preso muito tempo por ter tentando matar dois Aurores. E logo eu estarei livre! Livre para ser o real Mekkano.
– Jorge ouviu Mekkano cantar e quase teve um troço. – disse Rony se reunindo a Harry na frente da cela.
– Desculpe jogar aquela estátua Sr. Weasley. Eu avisei Francis que aquilo não o assustaria. E os olhos por trás do quadro...
– Não chame Francis de Mekkano. – disse Harry.
– É esse não é o nome dele. – disse Seymor sorrindo e encarando Harry.
– Como quiser... Vamos embora, Harry?
– Adeus Seymor.
– Até breve Sr. Potter.

No Largo do Morto a casa que Seymor e Francis usaram já tinha desaparecido. Hermione e Gina andavam pelo local.
– A velha Gramps – começou Gina – a velha enforcada que você e Hugo viram. Ela amaldiçoou a casa antes de se matar; ver a casa virou sinal mau agouro.
– Já li que a casa apareceu em vários lugares até fora da Grã Bretanha; sempre quem a invade acaba morrendo. – disse Hermione olhando o chão seco.
– Os dragões morreram.
– Não foi por causa da minha comida!
Gina começou a rir e Hermione também.
– Eu vi o quadro com Hugo pintado. Vi Harry e Rony no andar que estavam. E depois um novo quadro apareceu com os dois doentes e os dragões mortos.
– Vai ver Gramps não gostava de animais e criaturas dentro de casa... – disse Gina.
– As luzes se acederam. Francis e Seymor são sensíveis a luz.
– A velha Gramps também os não queria lá.
– Gina! Kaptain disse a Harry que Francis cantava tão mal que nem os mortos o agüentavam!
– Será? Nesse caso Hermione temos que agradecer à velha Gramps por ajudar a salvar nossos maridos!
Um vento passou por Gina e Hermione; as árvores secas balançaram e deu as duas a impressão de ouvirem um sussurro horripilante muito parecido com “de nada”.

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