O Momento Decisivo



Disclaimer: Os personagens apresentados nesta fanfic pertencem à J.K Rowling. Não lucro nada com esta fic, só me divirto mesmo contando uma história. Boa fic a todos!




5. O Momento Decisivo


 Os garotos se atracaram em uma briga realmente feia. Harry até se conteve no começo, mas não demorou muito pra que ele revidasse os ataques de Rony. Eles duelavam de uma maneira bruta, primitiva, tão honesta quanto irracional. Soco após soco, chute após chute, era como se eles descontassem toda a raiva e o rancor que eles guardavam um do outro durante esses sete longos anos em que viveram separados.


 


Instintivamente Hermione deu um passo a frente , querendo acalmar os garotos. Gina que subiu pouco depois para ver o que estava acontecendo, logo a segurou pelo braço e a impediu de continuar.


 


- Mas, mas, precisamos impedi-los e.. – Hermione começou hesitante


 


- Enquanto eles estiverem sem varinha e não tentarem se matar está ótimo – disse a Gina séria – Eles são dois cabeça-duras, um pior que o outro. Nunca que um deles vai dar o braço a torcer. Quem sabe quando eles se cansarem e ficarem com fome eles comecem a conversar.


 


- Você sempre bateu como uma marica hein Harry? – disse Rony em tom de deboche quando os garotos finalmente cansaram de brigar, enquanto limpava com os punhos o filete de sangue que escorria do canto esquerdo da sua boca,.


 


- Sério? Que eu lembre quem sempre corria assustado era você Rony – respondeu Harry a altura, ajoelhado e arfando um pouco.


 


Seguiu-se um momento de silêncio entre eles. Cansados, eles estavam sentados em cantos opostos do quarto tentaram recuperar um pouco o fôlego. Harry se perguntava se deveria fazer alguma coisa, dar o primeiro passo, pedir desculpas por tudo. Rony, por outro lado, imaginava se teria forças para levantar e dar mais algumas porradas naquele folgado.


 


- Me responda uma coisa, pra ver se eu não estou ficando maluco – disse Harry tentando puxar assunto – Fui só eu, ou você também viu uma versão mais velha da Hermione dizendo coisas como realidades modificadas e alterações no espaço-tempo?


 


- É eu também vi – disse Rony rindo a contragosto - e por mais estranho que possa parecer eu acreditei no que ela disse – ele completou com simplicidade


 


- Mas porque? – disse Harry


 


- Bem, primeiramente eu não conheço nenhum feitiço ou poção que faça o corpo de uma criança de 13 anos crescer se desenvolver, ganhar vida e andar por ai como uma mulher de 20 anos de idade e segundo – ele fazia uma cara distante agora, perdida nos próprios sentimentos -  que a história dela é a melhor escolha que nós temos...


 


- A Melhor escolha? Como assim? – perguntou Harry curioso


 


- A verdade – disse Rony dando um longo suspiro – é que a Armada está com os dias contados. Estamos em uma desvantagem numérica na ordem de três para um e, a cada dia que passa, estamos mais longe de vencer essa guerra, eu diria até de sobreviver a ela


 


Harry permaneceu quieto, sem saber o que dizer desse comentário. Rony então se levantou e dirigiu-se até o bruxo sentado no chão. Ele parou por alguns instantes antes de esticar a mão e dizer:


 


- Sabe, no fundo eu nunca acreditei que você se inscreveu naquele Torneio Tribruxo de propósito, tem que ser muito sadomasoquista para enfrentar aqueles dragões por livre e espontânea vontade. E, sobre a história da Hermione, eu queria dizer que...


 


- Tudo bem, deixa isso tudo pra lá – disse Harry sorrindo, e fazendo menção de dar um abraço apertado em Rony


 


- Ei também não é para tanto – disse Rony em um tom divertido – essa história de  abraçando macho nunca foi minha praia!- O que causou risos involuntários em ambos.


 


Não chegou a ser um abraço formal, mas Rony pareceu perdoá-lo quando passou o braço sobre o ombro de Harry e comentou:


 


- Vamos ver se a Gina preparou alguma coisa cara, eu estou morrendo de fome...


 


Depois do jantar, a Armada se reuniu novamente no andar inferior do quartel general. A garota Rose tomou novamente a dianteira ao comentar:


 


- O reconhecimento por raio-x indica que existem apenas duas entradas para a fortaleza dos Lestrange. Eles possuem um exercito de comensais e armadilhas mágicas que tornam uma investida direta inviável. Por isso sugiro uma ação mais discreta e silenciosa focada no nosso objetivo de entrar nessa câmara onde ficam os tesouros dos Lestrange.


 


- Além disso – falou Rony tomando a palavra – Sugiro também criar distrações, para confundir o casal Lestrange e impedir que eles entendam rapidamente qual é o nosso plano. Dessa forma, teremos mais tempo para chegar até a câmara. Vamos precisar de pelo menos três grupos. Dois grupos irão distrair os Lestranges, um para cada um. E o terceiro será responsável pela conquista do objeto em si.


 


Mione – ele falou olhando diretamente para a garota – você vai liderar o grupo que irá conquistar o objeto, junto com a Rose garantindo que o Potter chegue até a porta.


 


Gina, você lidera o grupo que irá atacar o Rodolfo Lestrange – ela falou de maneria eficiente para a irmã. Já a Belatriz – ele esboçou um sorriso em tom de deboche - deixem ela comigo.


 


- Muito bem chefe – exclamou Rose animada – vamos nos manter contato com esses walkie-talkie aqui, ela disse, entregando um para cada membro da Armada. Além disso, eles possuem um GPS embutido, de forma que vamos poder nos encontrar rapidamente


 


- Esses “wally-talks” de novo Rose? Eu nunca vou entender como se usa essas coisas... – disse Rony sorrindo


 


- Walkie-talkies? – Perguntou Hermione surpresa


 


- O que você tem contra tecnologia trouxa?? – Perguntou a garota Rose, levemente ofendida


 


- Calma, calma – falou Gina, visando esfriar os ânimos. Hermione, a Rose não é bruxa como nós, ela é trouxa e tem muito orgulho de como a tecnologia vem nos ajudando ultimamente. Rose, não fique  brava, é que a Hermione vem de – ela hesitou um pouco, procurando a melhor palavra – um “lugar” onde o mundo dos bruxos e trouxas não estão tão ligados.


 


Gina olhou então para Hermione e comentou:


 


- Depois da ascensão do Lord Voldmort as fronteiras entre o mundo dos bruxos e trouxas deixaram de existir. Agora estamos todos juntos, todos escravizados e lutando pelo fim dessa guerra.


 


- Muito bem soldados, – disse Rony com animação – hora de sincronizar nossos relógios. Partimos em uma hora e meia. Estejam prontos, pois a hora é agora! Este é o momento decisivo meus amigos. Hoje é o dia em que iremos acabar com essa guerra!


Por isso lembrem-se: “Divididos Caímos...


 


- “...Mas juntos, podemos viver para sempre!” – Todos os membros da tropa exclamaram com energia, menos Harry e Hermione que ainda não conheciam o grito


 


Algumas horas depois a Armada foi dividida em grupos de três ou quatro pessoas. Como já estava de noite, eles conseguiram se aproximar de maneira relativamente tranquila da fortaleza dos Lestranges. Uma imponente mansão, com muros altos e cercas eletrificadas, além de uma série de feitiços de proteção. Felizmente, Gina conseguiu neutraliza-los com maestria, permitindo que toda a Armada entrasse.


 


Lentamente, mas de maneira sempre constante, o grupo em que estavam Harry e as meninas avançavam cada vez mais em direção a entrada da câmara onde estava o Olho das Eras. Talvez fosse as altas horas da noite, ou a presunção dos soldados do casal Lestrange, que a muito tempo não consideravam a possibilidade de sofrer uma invasão, mas a verdade é que depois de aproximadamente uma hora eles conseguiram chegar a entrada da câmara dos tesouros


 


Um gigantesco portal de pedra polida separava Harry e as meninas do Olho das Eras. Ao centro havia um entalhe, um ameaçador rosto de pedra que lembrava vagamente o do Lord Voldemort. Sem pestanejar, Harry pegou um canivete com Rose e fez um corte generoso em sua mão esquerda.


 


O sangue rubro da mão de Harry foi absorvido imediatamente ao reagir com a superfície do portal. Ouviu-se então um estalo metálico de engrenagens rangendo e todos seguraram por um instante a respiração. Os segundos se arrastavam a medida que a tensão preenchia o ar, aumentando ainda mais a dramaticidade do momento. Cada um dos bruxos aguardava, ansioso, pelo que estava por vir...


 


O problema é que, bem, nada aconteceu...

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