Planos pro futuro
As semanas foram passando agitadas pro Trio, já que os NIEM’s se aproximavam. Hermione estava uma pilha de nervos, e não largava os livros por nada, nem mesmo pra ficar um pouco com o namorado. Fevereiro já tinha chegado, trazendo o calor da primavera e o derretimento do gelo que cobria a propriedade.
Aproveitando o primeiro dia de sol em tempos, Harry e Gina decidiram fazer um pequinique na beira do lago. Rony, que conseguira separar a namorada por pouco tempo dos livros, ficou tão grudada nela, que eles nem notaram a saída do Eleito e a futura Sra Potter.
Harry e Gina usavam roupas leves, e o menino levava uma cesta com frutas, suco e lanchinhos para eles comerem na beira do lago. Muitos alunos aproveitavam o dia de sol para curtirem o fim de semana nos terrenos ou nadando em companhia da Lula Gigante.
O jovem casal procurou um lugar mais isolado da bagunça comum, para poderem curtir a vontade. Eles acharam um lugar assim do lado norte do lago. Gina estendeu a toalha listrada de branco e azul na grama verdinha, e Harry colocou a cesta no centro. Depois eles se sentaram próximos e ficaram admirando a paisagem com montanhas e o lago sem fim.
--Vou sentir sua falta no ano que vem. Promete que vem me ver sempre que puder? –Gina perguntou fazendo beicinho.
--Também vou sentir, mas vai passar rápido, Gi. E você sabe que eu não vou poder vir sempre, porque eu vou estar ocupado preparando a casa e as coisas pro casamento, mas eu venho pelo menos nos fins de semana de Hogsmead.
--Onde vamos morar, Harry? E, principalmente, como vamos comprar uma casa? –a ruiva indagou preocupada.
--Não sei ainda onde vamos arranjar uma casa. Mas eu tenho o dinheiro que meus pais me deixaram no Gringotes, acho que dá pra comprar uma casa confortável.
--Mas isso não é certo, Harry. Se vamos nos casar, nós dois temos que contribuir. E você sabe que eu não gosto disso, até parece que eu estou com você por causa de dinheiro. –Suas orelhas começaram a se fundir com o cabelo.
--Gi, eu nunca pensaria isso de você! –ele olhou indignado –E aquele dinheiro é pra eu poder proporcionar uma vida confortável pra minha família, e isso vai começar com você! Eu nunca tive alguém pra poder dividir o que eu tinha, principalmente porque eu não tinha nada. A casa é uma coisa diferente, sabe. Vai ser a minha casa, a nossa casa. E depois, quando trabalharmos, nós poderemos dividir as despesas se você preferir. –ele parou para repirar. –Mas eu quero te pedir: por favor, não pense que eu quero me exibir por isso, porque eu não quero. E pra mim pouco importa onde vamos morar, desde que eu esteja com você.
Ele terminou o discurso um pouco sem fôlego e corado. Nunca tinha desabafado desse jeito com ninguém, nem com Rony e Hermione. Gina, que estava sentada com as pernas cruzadas na frente do namorado, ficou com lágrimas nos olhos e um sorriso bobo.
--Eu te amo, Ginevra. De um jeito que eu nunca amei ninguém na vida.
--Ah, Harry!
Agora ela chorava de verdade. Gina não esperou mais uma palavra pra pular no pescoço do namorado e abraçá-lo fortemente.
--Também te amo, Harry. Muito, muito, muito!
Ele se afastou um pouco dela, o suficiente para admirar o seu rostinho de boneca por um instante e depois beijá-la carinhosamente.
Ela correspondeu com a mesma vontade, e ele deitou-a na grama, ficando sobre ela. Depois de uns segundos, ele se separou dela e olhou-a atentamente. Gina sorriu, e Harry tirou uma mecha vermelha de cabelo que estava sobre seu rosto. A ruiva fechou os olhos com o contato e suspirou. Harry deu mais um selinho nela e saiu de cima, ajudando a noiva a se sentar.
Ela tirou um matinho que estava na sua franja, e o moreno a puxou, fazendo a garota se sentar encostada nele. Os dois ficaram assim por muito tempo, conversando sobre a casa, o casamento e até sobre os nomes dos Weasley-Pottters que nasceriam.
--Que nomes você pensou, Gi?
--Eu achei que você gostaria de colocar o nome dos seus pais, ou do Sirius e do Lupin. Ou seja, uma ruivinha chamada Líliam e um moreno chamado Thiago.
Harry sorriu pela consideração da noiva.
--Eu gostaria mesmo. Mas por que a menina vai ser ruiva e o menino vai ser moreno? E porque só dois?
--Harry! Estamos pensando em possibilidades! Além disso, nem nos casamos e você já está reclamando de estarmos planejando apenas dois filhos?! Você quer ser outro Arthur Weasley na vida?
Harry riu com o que a ruiva disse.
--Eu gosto da casa cheia. E acho que seria legal termos o nosso próprio time de quadribol.
--Harry! –ela estava surpresa –Imagina se cada filho da minha mãe tiver seu próprio time de quadribol? Serão seis times, quarenta e duas crianças! –ela disse atordoada. –A casa iria parecer o Beco diagonal em véspera do começo das aulas.
Harry gargalhava com a idéia.
--Acho que a sua mãe iria adorar.
--Com certeza. –Gina também riu. –Você será um bom pai, Harry.
--Será? –ele estava inseguro.
--Tenho certeza. Vejo como você se comporta com o Teddy. Você é cuidadoso e carinhoso.
--Você também será uma boa mãe, Gi.
--Espero que sim, mas não quero ser outra Molly Weasley da vida na escolha de nomes. E vou começar excluindo totalmente Ginevra e Bilius.
Harry riu alto com a careta que Gina fez ao dizer isso. Realmente, Molly era uma ótima mãe, mas péssima na escolha de nomes.
--Vamos comer? –ele perguntou depois de um tempo.
--Vamos, estou com fome.
Eles se levantaram e arrumaram as coisas na toalha. Estava tudo muito perfeito, aquele momento juntos. Harry amava essa tranqüilidade e os momentos com Gina.
Depois de comerem e limparem tudo, eles resolveram voltar pro castelo. Era por volta de três da tarde. Eles entraram no salão de mãos dadas, mas antes de chegarem lá eles deixaram a cesta na cozinha.
O salão estava quase vazio. Alguns segundanistas e quintanistas jogavam Snap explosivo e xadrez, enquanto Hermione era a única que estudava naquele dia de sol. Quase não dava pra ver a morena atrás das pilhas enorme de livros e pergaminhos. Eles se aproximaram.
--Oi Mione. Cadê o Rony? –Harry perguntou.
A garota bufou e respondeu, sem olhar pra eles:
--Não sei.
--Como não sabe? Vocês estavam juntos antes de sairmos... –Gina tentou.
Hermione olhou brava pra eles.
--Eu disse que tinha que estudar, ele me largou falando sozinha e saiu andando por aí.
--Mas é compreensível, Mione. Vocês são namorados, você tem que dar atenção à ele! –A ruiva disse séria.
--Eu tenho NIEM’s esse ano, Ginevra, e ele também. E se ele não quer estudar eu quero!
Gina revirou os olhos e saiu andando pro dormitório. Harry ficou com a amiga.
--Mione... –ele começou com a voz baixa. –Bem, eu sei que eu não devo me meter, mas eu acho que você devia pensar no que está fazendo.
--Como assim? –Ela olhou pro amigo.
--Mione, você já sabe a matéria toda, e tem consciência disso. Você devia dar mais atenção ao seu namorado, senão ele vai se cansar disso, por mais que ele te ame.
--O que quer dizer com isso? –Ela tinha um ar de dúvida.
--Que você deve parar de tentar engolir esses livros e ficar com seu namorado. Larga isso aí e vai namorar um pouco, o Rony anda muito estressado, vai acalmar ele! –ele fez uma careta no fim da frase.
--Harry! –Suas bochechas estavam rosadas.
--É verdade, Hermione. –ele se levantou. –A gente já passou por cada coisa horrível. Aproveita um pouco agora.
Hermione abaixou a cabeça e considerou o que o amigo lhe dissera.
--Você sabe onde ele está? –ela mordia o lábio inferior.
--Damos um jeito nisso. –Ele sacou a varinha. – [i]Accio Mapa do Maroto! [/i]
Um pergaminho velho e amarelado veio voando do dormitório masculino até as mãos de Harry.
--Juro solenemente que não pretendo fazer nada de bom! –Ele deu um toque no pergaminho e letras surgiram –Me ajude a procurar.
A garota empurrou uns livros pro canto e estendeu o Mapa do Maroto e eles começaram a procurar entre os inúmeros pontinhos, o que indicava Ronald Weasley.
Depois de cinco minutos procurando, eles acharam o garoto na beira do lado e acompanhado. Hermione fechou a cara e disse pro amigo:
--Vou lá. Peça desculpas a Gina por mim.
Ele assentiu. Ela estava saindo da sala quando Harry gritou:
--Não vai brigar com ele!
--Tá! –A morena gritou de volta.
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