Beijos Inocentes



A semana voou para o Trio, já que eles estavam carregados de tarefas pros NIEM’s, e os garotos ainda treinavam quadribol. Rony ficou aliviado que quinta feira havia chegado, já que poderia tirar uma folga no quadribol para ‘patrulhar’ os corredores com a namorada. Harry não teve a mesma sorte, pois teria que ensinar o pessoal da AD.


 


--Vamos pra onde agora, Mione? –Rony perguntou cansado.


 


Os dois estavam no lado oeste do castelo, em uma das ultimas torres. Eles estavam andando pelos corredores há horas, procurando por calouros desobedientes fora da cama. Mas, por incrível que pareça, os corredores estavam desertos. Nenhuma alma viva, ou morta, passeava nquela noite.


 


--Acho que já acabamos, Ron. –ela respondeu. –Vamos pro salão comunal?


 


--Deve estar lotado de pirralhos curiosos. Vamos ficar aqui só mais um pouquinho? –ele pediu com a voz doce.


 


--Um dia nós também fomos pirralhos, Ron! –ela repeendeu rindo. Eu fico. Só um pouqui...


 


Mas ela não terminou de responder, porque Rony a beijou com vontade. O ruivo encostou a namorada na parede, ao lado de uma armadura, segurando firmemente na sua cintura. Hermione suspirou.


 


--Alguém... pode... nos ver... Rony! –ela tentou dizer entre um beijo e outro.


 


--Nós já vamos voltar... –ele respondeu com a voz rouca.


 


Hermione assentiu com a cabeça e beijou-o com carinho. Ficaram assim por mais um tempo, mas bem no meio desse ‘amasso’, eles foram interrompidos.


 


--Sr Weasley! –uma voz severa soou no fim do corredor. –Sr Weasley! O que o senhor pensa que está fazendo?


 


MacGonagall se aproximou deles. Ron virou-se de costas para a namorada, que estava oculta pelas sombras, e encarou a diretora com um ar culpado.


 


--Eu só... só... –Ele gaguejou.


 


--Estava só se atracando com a Srta...? –A professora retrucou severa, tentando ver quem era a acompanhante.


 


Hermione engoliu em seco e ensaiou um sorriso nervoso. Colocou a cabeça ao lado do braço direito de Ron, deixando que a professora a visse.


 


--Srta Granger? –A voz da diretora saiu esganiçada. A garota mordeu o lábio inferior.


 


Minerva piscou os olhos com força, como se esperasse que tudo não passasse de alucinação. Porém, quando reabriu os olhos e viu que Hermione realmente estava ali, ela refez sua expressão severa.


 


--Eu acordo no meio da noite com um barulho estrondoso num corredor –ela apontou para a velha armadura que estava caída no chão. —venho preparada para bronquear com Pirraça e encontro os senhores, justo os senhores, assim?


 


Eles abaixaram a cabeça e não falaram nada.


 


--Para a minha sala. Agora! –A diretora ordenou, apontando para o fim do corredor.


 


 


Os dois obedeceram e seguiram nervosos para a antiga sala de Dumbledore, que agora pertencia a MacGonagall. No caminho, Hermione tentou arrumar o cabelo e as vestes amarrotadas, mas foi sem sucesso. Em silencio, eles entraram na sala e se sentaram na frente da professora que estava em pé.


 


O lugar estava igual ao que era antes de Dumbledore morrer. Os mesmos objetos engraçados, e alguns livros a mais. O poleiro que antes era ocupado por Fawkes, agora tinha uma coruja de aspecto oficial encarapitada em cima.


 


Minerva contornou sua mesa e olhou fixamente para os dois, que estavam de cabeça baixa. Com a voz firme, ela começou:


 


--O que vocês pensaram que estavam fazendo se atracando daquele jeito no meio de um corredor e no meio da noite? –sem esperar resposta continuou –Os senhores são monitores chefes! Tem que dar o exemplo aos mais jovens!


 


Ela deu uma pausa, e Hermione olhou pra ela. A mais velha tinha uma expressão decepcionada.


 


--Dez pontos a menos para a Grifinória. –Rony a olhou desgostoso  –De cada um. E não me olhe desse jeito, Sr Weasley.


 


Ela parou por um momento.


 


--Só não castigo vocês dois tirando-os do quadribol e dos passeios em Hogsmead, porque só Merlim sabe como os grifinórios estão precisados de momentos de alegria.


 


O ruivo parecia aliviado por não ter acontecido nada pior.


 


--Espero não encontrar os dois novamente nessa situação, ou receberão punições maiores. –eles murmuraram um ‘desculpa’. –Estão dispensados.


 


Eles se levantaram e foram pra saída. Perto da porta, Ron murmurou pra namorada:


 


--Ainda bem que ela ama quadribol, senão eu estava perdido.


 


--Eu ouvi isso! –Minerva falou quando Hermione fechava a porta, mas sua voz tinha um riso contido.


 


Assim que saíram da sala, eles desataram a correr para a Torre da Grifinória. Entraram afobados, arrancando resmungos da Mulher Gorda e encontraram Harry e Gina entrelaçados numa poltrona. O lugar estava quase vazio, apenas alguns estudantes de NOM’s e NIEM’s estudavam em umas mesas afastadas da lareira.


 


Os dois se largaram no sofá, fazendo Harry e Gina se separarem. O moreno percebeu a vermelhidão nos rostos deles e perguntou desconfiado:


 


--Aconteceu alguma coisa?


 


--Minerva nos pegou num corredor da Torre oeste. –Rony respondeu corando.


 


--E em que situação ela pegou vocês? –Gina perguntou se divertindo com o embaraço do irmão.


 


--Num beijo inocente. –Hermione respondeu com cara de anjo.


 


--Imagino a inocência dele. –Gina respondeu sarcástica.


 


A morena lhe lançou um olhar cortante. Ron se espreguiçou e deitou no sofá, colocando a cabeça no colo da namorada.


 


--Como foi na AD hoje? O que perdemos? –Hermione perguntou acariciando os cabelos vermelhos do namorado.


 


--Foi tranqüilo. Passei algumas azarações, nada que você já não saiba, Mione. –ele se aconchegou no ombro de Gina. –Temos aula de que amanhã?


 


--Trato das Criaturas Mágicas, Feitiços e Aritimancia. –ela respondeu bocejando. –Vou dormir. Boa noite.


 


Ela deu um beijo em Rony e um tchauzinho aos amigos. Logo eles subiram também, pois o dia seguinte seria cheio e eles precisavam estar descansados.


 


 

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