Visita inesperada



A luz do sol batia no rosto de Hermione quando ela levantou. Era um lindo sábado de manhã. Ela se espreguiçou e acordou a irmã. Elas colocaram vestidos brancos idênticos, fazendo parecer uma pessoa e sua miniatura.


—Bom dia! –A maior desejou quando chegaram na cozinha. –Huuumm! Que cheirinho bom, Sra. Weasley. Torta de abóbora? 


—Sim, querida! Você e a Marina estão desnutridas. –os presentes na mesa riram –Sente-se, Querida.


 Ela se sentou no único lugar vazio, ao lado do Ron e em frente a Harry. Ela colocou a irmã em uma cadeira alta que pertencera a Gina. 


—Mione, o que acha de mais tarde nadarmos no lago?


 —Que ótima idéia, Gina! Vamos sim. –Ela olhou para os amigos –Vocês vão também?


 Eles assentiram com a cabeça. Assim que terminaram de almoçar eles subiram para colocar seus trajes de banho.


—Meu bebêzinho vai nadar... –a morena dizia enquanto passava bloqueador solar na irmã –O lago é muito fundo, Gina?


—Não, Mione. É bem raso.


A ruiva usava um biquíni verde com bolinhas pretas e um vestido branco por cima. Hermione usava um preto com flores brancas e short e camiseta. A bebê estava com um maiô rosa cheio de babadinhos, um short da mesma cor e um chapéu branco para proteger a cabeça do sol.


Elas desceram e encontraram Harry e Ronald de bermudas trouxas e camiseta, respectivamente, branca e azul.


Eles andaram cinco minutos até chegarem no lago. A água era transparente e dava para ver o fundo. Os garotos tiraram a camisa e pularam na água. As meninas tiraram os vestidos e foram mais devagar, porque a água estava um pouco fria.


Marina estava no colo da irmã, mas assim que elas se abaixaram e a água bateu no joelho da pequena, ela gritou:


—Ony!Ony!


—Calma, Mari! –Hermione tentava acalmar ela, mas sem sucesso. A pequena entendia os braços na direção do ruivo.


Rony veio na direção delas e pegou a menina no colo. Ela tornou a sorrir e começou a falar com Rony em um animado bebêez. Hermione olhava pasma para os dois. “Agora essa! Menininha sem-vergonha. Eu quem tinha que estar lá...” pensava a garota com raiva. Não da irmã, mas da situação.


Harry e Gina gargalhavam abraçados perto deles.


—É Mione, perdeu seu posto! –Disse Harry.


A morena fez uma careta pro amigo. Odiava frases com duplo sentido. Rony deu uma piscadela pra ela e eles voltaram a nadar.


 A manhã passou divertida, eles brincaram e se divertiram como não faziam há muito tempo. Pareciam crianças. Hermione e Harry logo cansaram e foram tomar sol, Mari ficou nadando com os dois ruivos.


—Quando vocês vão conversar, Mione? –Perguntou Harry de repente.


—Sobre? –Ela tentava disfarçar.


—Não se faça de burra, Hermione. –Ela estava de cabeça baixa. –Você dá um baita beijo nele no meio de uma guerra e depois fica fingindo que nada aconteceu. Vocês são como irmãos pra mim, quero que fiquem juntos, porque eu sei que só assim vocês serão felizes.


Ela olhou pro amigo. Estava com lágrimas nos olhos e também envergonhada. Nunca tinha falado sobre aqueles assuntos com o Harry.


—Eu tenho...medo. –ela sussurrava.


—De ser feliz?


—Não, Harry. Eu tenho medo de ficarmos juntos e não der certo depois. Tenho medo de perder ele, a amizade dele. Nós brigamos demais.


—Mas isso não vai acontecer, Mione! Vocês não vão perder a amizade um do outro. Eu não deixo!


Ela sorriu e ele continuou:


—Quer ajuda com ele, Mione? Eu nunca fiz uma operação cupido, mas nesse caso...


—Obrigada, Harry, mas eu preciso de um tempo. –ele abriu a boca, mas ela o cortou –Eu sei que já se passou muito tempo, e eu não pretendo ficar nesse chove e não molha pra sempre. Logo eu falo com ele.


—Você quem sabe, então.


—Adoro você, meu irmãozinho.


Eles se abraçaram.


—Falando em irmão, olha quem vem aí. –Ele apontava pro ruivo sem camisa (N/A: Uuuii! *-*) que vinha com a pequena marina nos ombros.


—A Nina ta com fome, Mione. –Disse Ron.


—Mas ela acabou de comer! –os outros riram. –Ela ta convivendo demais com você, Rony. E Por que Nina?


—Mari não combina com ela. –Ele disse mexendo os ombros. –Nina é mais legal. O nome dela termina com ina, né? Então... –Ele sorriu para a morena que retribuiu.


As meninas se vestiram e os meninos ficaram sem camisa.


—Ony! –A bebê esticava os braços na direção do ruivo.


Os amigos riram quando o ruivo pegou a pequena no colo e começou a rodá-la. A bebê gargalhava como sempre. Os dois tinham se dado bem logo de cara, o ruivo era incrivelmente delicado com pequena, e ela amava.


Eles chegaram na casa e foram logo tomar um banho para almoçarem.



—Gina, você vai poder cursar o sétimo ano com a gente? –perguntou Hermione.


Eles estavam reunidos no jardim. Teddy viera passar a tarde com o padrinho e brincava com a Nina. Eles tinham se dado bem.


—Eu perguntei pra McGonagal, mas ela disse que eu não tinha cursado um sexto ano decente, então sem chances.


—Que droga!


—Eu que o diga... –reclamou Harry.


—Marina! Não faz assim! –Hermione correu para a irmã que batia no novo amigo –Eu já disse pra você não bater. Se fizer isso de novo vai ficar de castigo.


A garotinha se intimidou com o olhar severo da irmã e parou de bater. Ela estava voltando para perto dos amigos quando Ron sussurrou para Harry:


—Pobre dos nossos filhos. Ela vai ser mais uma Molly Weasley da vida.


Eles ainda estavam rindo quando ela chegou.


—Do que vocês estão rindo? –Ela perguntou curiosa.


—Nada.


Os dois responderam juntos e disfarçaram.


—Quando nós vamos ao Beco Diagonal?


Enquanto eles estavam nadando as cartas da escola com as listas de material chegaram, e trouxeram uma surpresa para Ron e Hermione: eles tinham sido nomeados monitores-chefes.


—Não sei, Mione. Que tal na quinta feira? Acho que vai estar mais tranqüilo... –Respondeu o ruivo.


—Certo. Amanhã cedo eu vou pra casa.


—Por quê? –perguntou Ron incrédulo.


—Oras, eu tenho casa, sabia Ron? –Ela brincou –E meus pais chegam amanhã. Quero estar lá quando chegarem.


Ele não se conformou muito, mas ficou quieto.


 


 


Já passava das quatro da tarde. Teddy já tinha ido pra casa, e Ron e Nina brincavam na sala.  Ele estava com a menina nos seus ombros e fingiam estar voando. Ela gargalhava gostosamente. Gina e Harry assistiam sorrindo e Hermione estava na cozinha pegando suco para a irmã em uma mamadeira. Eles ouviram uma batida na porta.


—Vamos ver quem é, Nina? Se segure... –O ruivo falou segurando os braços da menina.


Ele abriu a porta e levou um susto ao ver quem estava ali.


—Lilá? O que você está fazendo aqui?


—Oi, Ron! Tudo bem? –A loira sorria meigamente. –Não vai me convidar para entrar?


—Claro, entre.


A garota entrou, cumprimentou Harry e Gina e notou alguém no ombro do ruivo.


—Quem é essa fofinha? –Ela foi apertar a bochecha da menina, quando a pequena mostrou a língua. O moreno e a ruiva no sofá abafaram risadinhas.


—Ela é a... –O ruivo começou, mas foi cortado por Hermione que entrava na sala com a cara fechada e uma mamadeira com suco na mão.


—Ela é minha. –Pegou a menina no colo e lhe deu o suco. –Oi lilá. –Disse secamente.


—Como assim sua?


—Minha, oras.


A morena se divertia com a confusão da colega. Ela se sentou e deitou a irmã no seu colo para tomar a mamadeira.


—Ronald, a Nina ia dormir! Você agitou ela demais, seu irresponsável!


Gina sorria compreendendo a tática da amiga. Ela não podia simplesmente entregar o ruivo de bandeja, e a loira não podia brigar com ela, porque Hermione havia salvado sua vida na guerra. Harry e Rony não entendiam nada.


—Eu só estava brincando com ela. Desculpe-me.


Agora que a loira não estava entendendo nada mesmo. Reformulou a pergunta e a fez:


—Essa menina é o que sua?


—Essa menina tem nome, Lavander! É Marina Granger! –A morena respondeu ríspida.


—Granger? Só Granger?


—Claro que é só Granger, Lavander! Ela é minha irmã! Achou que fosse o que minha?


—Nada, esqueça. –ela disse com uma voz falsa.


Deu um sorriso falso pra morena e virou-se pra Ron dizendo:


—Sabe, Ron, hoje eu recebi a minha carta de Hogwarts, e pensei que você gostaria de ir comigo comprar os materiais. O que acha?


—Desculpe Lilá, mas não posso. Já vou acompanhado, sabe... –Ele olhou pelo canto do olho para Hermione –Quem sabe outro dia.


Lilá estava sem graça, mas sorriu.


—Ah, certo. Então, vou embora. Até semana que vem. Tchau.


Ela se virou e pôde-se ouvir o barulho da garota desaparatando.


—Garota insuportável. –Ele pegou Nina do colo de uma Hermione pasma com a atitude dele. –Vamos brincar?


A bebê fez que sim com a cabeça e eles voltaram a brincar. Hermione estava pensativa, mas sorria.





O restante das férias passou tranqüilamente. Os amigos se encontraram no beco diagonal alguns dias depois da volta de Hermione pra casa. O passeio foi divertido, exceto pelos olhares descarados que o quarteto recebia. Mas depois de derrotarem o maior bruxo das trevas de todos os tempos eles queriam o quê?

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