O Inicio de Tudo



Chovia incessantemente já havia alguns meses, as plantações já haviam sido arruinadas devido ao excesso de água e a falta da luz do sol. Um vilarejo já esquecido, que se encontrava a vários quilômetros da capital da Inglaterra, sofria com a escassez de alimentos. A população não passava de umas duzentas pessoas, entre crianças, adultos e velhos.


Crianças morriam toda a semana por falta de alimento ou por alguma doença que se alastrava pelo local. Como eram em poucos, todos do vilarejo tentavam se ajudar fosse com comida ou com trabalho. Algumas pessoas até mesmo se aventuravam pela floresta em busca de alimento, mas eram poucos que voltavam vivos.


Um garoto estava encostado na parede externa da casa onde morava, era só ele uma senhora que havia, gentilmente, o acolhido em sua moradia. Como forma de retribuir, ele limpava a casa, ia ao armazém do vilarejo e tentava caçar algum animal na floresta.


Mas há pouco tempo a senhora havia falecido devido a uma forte gripe, que acabou matando um terço da população. O garoto havia ficado chateado, afinal a senhora era como uma mãe para ele.


Aos poucos suas esperanças começaram a cair, afinal mesmo que a chuva parasse, ele duvidava que as pessoas agüentassem até que fosse possível colher os alimentos.


Certa noite, quando a chuva decidiu dar um tempo, a lua cheia iluminou a vila. O garoto decidiu então dar uma volta e aproveitar aquele pequeno intervalo onde a chuva decidia não cair. Morava na parte mais afastada da vila, o que proporcionava uma longa caminhada até o centro do vilarejo, mas isso não o incomodava.


Quando decidiu retornar a sua casa já era quase meia noite, a lua brilhava intensamente, mais que o normal, pensou o garoto. Assim que se aproximou da cabana onde morava, notou um vulto sentado na escada que dava a porta da frente.


Desconfiado, aproximou-se lentamente do desconhecido. Este parecia nem ter o notado, pois olhava distraidamente para frente. Quando faltavam poucos passos para que o garoto pudesse atacar o estranho, este falou:


_ Eu não faria isso se fosse você_ sua voz saiu firme a calma, como se não estivesse para ser atacado a qualquer momento_ Vamos, sente-se_ falou o desconhecido apontando para o lugar vago ao seu lado. Relutantemente, o garoto se sentou_ Me responda garoto, o que você faz a esta hora perambulando por esse projeto de cidade?_ agora o estranho o encarava, seus olhos eram castanhos escuros assim como seus cabelos. Olhando-o de perto, o garoto deduziu que o homem ao seu lado deveria ter no máximo uns 25 anos.


_ Estou apenas aproveitando o tempo em que a chuva não cai_ respondeu o garoto, surpreendendo-se como que as palavras simplesmente pulavam de sua boca.


_Entendo_ comentou o estranho voltando ao encarar o nada a sua frente. Passaram-se alguns minutos em silencio quando o estranho voltou a falar_ Quero fazer uma proposta para você_ o garoto olhou intrigado para ele.


_ Que tipo de proposta?_ perguntou curioso e assustado.


_ Você gostaria de se tornar mais poderoso que qualquer outra coisa nesse mundo? Gostaria de poder proteger aqueles que lhe são importantes? De poder curar qualquer doença com apenas um estalar dos dedos?_ falou o desconhecido, vendo o desejo aumentar cada vez mais nos olhos do garoto_ Posso lhe ajudar com isso, contanto que você tenha força de vontade para treinar com afinco_ agora era só esperar pela resposta.


_ E o que você ganhará em troca?_ perguntou desconfiado após alguns segundos.


_ Quando você conseguir tal poder, isso se você conseguir, gostaria que fizesse um favor_ respondeu simplesmente.


_ Eu aceito_ falou decidido.


_ Muito bem, virei te buscar daqui a dois dias_ anunciou o estranho se levantando_ descanse nesses dois dias, pois depois não terá mais_ em seguida desapareceu em meio às sombras.


O garoto, depois de alguns minutos, decidiu adentrar em sua casa, tentando pegar no sono e falhando miseravelmente.


Harry Potter é um garoto nada normal. Aos 11 anos recebeu um convite para participar da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts pelo gigante Rúbeo Hagrid. Sim, Harry Potter é um bruxo.


 Descobriu que seus pais foram mortos por um megalomaníaco com mania de grandeza que quer dominar o mundo, Tom Riddle, que se autodenominou Lord Voldemort. Por ironia do destino, Harry derrotou o Lord das Trevas com apenas um ano. Agora Voldemort quer vingança e começou a caçá-lo.


 Harry é um garoto que irá fazer 16 anos, com cabelos negros bem rebeldes, herdados de seu pai, e olhos incrivelmente verdes, estes herdados de sua mãe. Seu corpo, antes magricela e fraco, agora estava mais desenvolvido graças ao quadribol.


O moreno estava deitado em seu quarto. A gaiola de sua coruja Edwiges estava vazia, provavelmente ela tinha ido caçar. Vários livros de magias, jornais do mundo bruxo e cartas de seus melhores amigos Rony Weasley e Hermione Granger se encontravam ao lado da cama.


Todas as cartas diziam a mesma coisa: A culpa não foi sua; Não se culpe pela morte de Sirius. Mas Harry, melhor que ninguém, sabia que tinha pelo menos uma parte da culpa pela morte de Sirius.


 Claro que Alvo Dumbledore, o diretor de Hogwarts, também tinha certa culpa pela morte de seu padrinho. O diretor havia trancado Sirius na casa de seus pais, lugar que Sirius odiava.


 Harry havia caído em uma armadilha de Voldemort, que o levou a ir até o Ministério da Magia com seus amigos, onde, por sorte, conseguiram sair vivos. Era apenas uma ilusão e, como conseqüência, Sirius foi morto pela sua prima Bellatriz Lestrange, uma das mais fiéis seguidoras de Voldemort. Este havia retornado no final do quarto ano de Harry durante o torneio Tribruxo.


 Cedrico Diggory, um dos competidores do torneio, havia sido morto por Pedro Pettigrew, conhecido como Rabicho, ex-amigo e traidor de seus pais. O moreno foi manipulado, em seu quinto ano, a pegar uma profecia que se referia a ele e Voldemort. Porem esta profecia acabou se quebrando na luta que teve dentro do Ministério.


 Essa profecia martelava a cabeça de Harry dia e noite. Quando não era a profecia, eram as lembranças do ocorrido no ano passado dentro do Ministério.


 Isso já estava enlouquecendo-o, ainda somando o fato de que estava na casa de seus odiáveis tios. Claro que seus tios estavam maneirando depois da ameaça que receberam da Ordem da Fênix.


A Ordem da Fênix é um grupo criado por Dumbledore para combater os comensais da morte, que são os seguidores de Voldemort.


 Harry escutou seu tio chamando-o, mas, por mais incrível que pareça, ele gostava disso, assim ele poderia se distrair um pouco. Saiu do quarto e desceu as escadas, indo até a cozinha.


 _ Arrume a mesa_ ordenou Valter, seu tio, sem nem sequer olhá-lo. O moreno começou a arrumar a mesa enquanto ouvia o noticiário. “Esta noite os policiais nos informaram que o assassino Sirius Black se encontra morto” fala a repórter. Harry dedicou sua total atenção ao noticiário. “Uma testemunha, que se encontra aqui conosco, contará a história”.


 Harry sentiu seu coração parar ao ver Dolores Umbridge aparecer na tela, narrando a morte de Sirius. O moreno não conseguia prestar mais atenção em nada, seu desejo de vingança contra Bellatriz e Voldemort estava começando a se apoderar dele.


 Como conhecia que tipo de gente eram seus tios, rapidamente terminou de arrumar a mesa e saiu da casa. Não agüentaria os comentários que seus tios começariam a fazer, então decidiu ficar longe até que se acalmasse. Grande erro. Já era noite, mas nem ligou enquanto andava até o lugar aonde virá pela primeira vez seu padrinho, mesmo este estando em forma de cachorro.


 Sentou-se em um banco que se encontrava ali perto e ficou relembrando dos acontecimentos pela milésima vez. Estava tão distraído que nem percebeu em uma pessoa se sentava ao seu lado.


 _ Refletindo sobre a vida Potter?_ falou o estranho de repente, assustando o moreno. Este se levantou e apontou a varinha para o estranho_ Acho melhor você abaixar essa varinha antes que eu a coloque em um lugar nada agradável para você_ avisou o estranho, sua voz saiu em um tom meio divertido, parecia estar imaginando a cena.


 _Quem é você?_ perguntou Harry ainda apontando a varinha para o homem a sua frente. 


_ Sou Kaoru Hayako_ respondeu simplesmente. Um homem alto, devia ter 1,85 de altura, olhos castanhos, assim como seus cabelos. Usava uma roupa estranha até mesmo para um bruxo como Harry_ Este é meu segundo aviso Potter, não pense que terá o terceiro_ falou sério.


 


Kaoru Hayako

_ O que você quer?_ pergunta abaixando a varinha.


 _ Bom menino_ falou sorrindo ao ver o moreno guardando a varinha_ Estou aqui para lhe fazer uma proposta.


 _Que tipo de proposta?_ perguntou Harry desconfiado. Kaoru simplesmente soltou uma risada fria, dando arrepios em Harry.


 _ Desculpe, mas há pouco tempo conheci um rapaz que me fez a mesma pergunta_ explicou Kaoru sorrindo_ Vejo que você quer vingança, quer mostrar que você não é mais uma criança e nem é um mero peão no tabuleiro_ agora o estranho havia adotado uma postura séria, enquanto Harry absorvia tais tentações.


 _ E o que você tem haver com isso?_ perguntou o moreno ainda desconfiado, mas voltando a sentar no banco.


 _Eu posso ajudá-lo nisso, desde que você me faça um favor depois que concluir seus objetivos_ explicou Kaoru, sabia que o garoto queria aceitar, mas a vida havia o ensinado a duvidar de tudo e de todos.


 _ Quem me garante que você não é um seguidor de Voldemort?_ perguntou apenas por perguntar, pois já sabia da resposta.

 _ Porque se eu fosse você já estaria morto ou já teria sido levado para aquele mestiço imundo_ respondeu Kaoru rosnando ao se referir a Voldemort.


 _ Muito bem, eu aceito_ falou já convencido do que queria.


 _ Então me encontre aqui amanhã, às 23 horas, traga apenas sua varinha_ disse se levantando_ Até mais Potter_ despediu-se antes de desaparecer por entre as sombras.


 Harry ficou mais algum tempo sentado ali, pensando em todas as possibilidades que se abriram com essa decisão. Vendo que já era tarde, voltou para a casa de seus tios, para sua ultima noite naquela casa onde sofrerá tanto.


 Adentrou na casa de seus tios e foi direto para seu quarto, jogando-se em sua cama, mas demorou a adormecer. Agora não mais eram as lembranças do ministério que o incomodavam, e sim o imprevisível futuro que o esperava.   

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