Afilhada de Harry Potter



Afilhada de Harry Potter


O aniversário da Rose é no mesmo dia que de seu padrinho Harry Potter. Isso implica que nunca teve o seu aniversário como exclusivo. Quer dizer, por mais que o tema da festa, os convites, o número de velas no bolo indica-se que o aniversário era seu, o seu tio roubava a cena por mais que ele se esforçar-se para que isso não acontecesse. No final, todos se referiam como a festa da “Afilhada de Harry Potter!”, na melhor das hipóteses.

Rose logo se acostumou, mas esse ano já não queria mais uma festa, não queria mais ver os Scamander e o único lado bom nisso tudo é que seu melhor amigo estaria do seu lado... “Como seria bom se nos pudêssemos escolher racionalmente quem amar? Se bem que não poderia disfarça Malfoy de Sr. Leery pelo resto da vida...”

Já havia chegado muitos convidados e seus primos estavam numa maior algazarra no jardim. Havia alguns grupos de afinidades... O casal 20, Teddy e Victoire, os ruivos bagunceiros Fred, James, Dominique, Molly e Hugo, as patricinhas Lucy, Lily e Roxanne e por fim os intelectuais Albus e Louis. O que todos tem em comum? São Grifinórios... Imagina ser a única Corvinal na família? A única que não gosta de Quadriboll? Ainda bem que não fui deserdada...

Ao pensar nessa última palavra, Dawson Leery entrou nos jardins da mansão trazendo um presente e uma rosa vermelha. Já sabia o que ele diria...

- Rosa para uma Rasa... - E vendo Rose revirar os olhos, completou. - Me perdoe o clichê? Eu nunca consigo resistir a isso...

Hermione logo apareceu para conhecer o tão falado Sr. Leery. Scorpius não conseguia parar de pensar como um sobrenome pode ser algo tão poderoso. Fora muito bem tratado pelos Weasley, até mesmos os primos da Rose que o persegue constantemente em Hogwarts. Isso era algo muito injusto, definitivamente.

Seu disfarce funcionou bem, já fazia quatro anos que Hugo não o via, então pode criar um novo visual com a ajuda de seu pai, que pensou que ele estava indo para festa de aniversário da vizinha trouxa. Sua única recomendação foi: “Nada de se apaixonar por essa trouxa, fique com a garota e pronto!... Já basta a vergonha de ter um filho Corvinal!”.

Scorpius estava acostumado a descriminação que seu pai tinha pelos não sonserinos, trouxas e tudo que vem deles e por bruxos mestiços. Inclusive, sabia que seu pai já havia arranjado uma bruxa puro sangue para se casar com ele quando tivesse idade, a filha dos Mulciber.

É óbvio que não se casaria com essa garota nem que ela fosse a última na face da terra, só por implicância. E no fundo seu pai já deveria saber disso, pois o maior medo de Draco Malfoy é ver seu filho casado com a Trouxa de que ele tanto fala.

A festa corria bem, muita gente... A maioria bruxos influentes... Lorcan não apareceu e Lysander estava fuzilando-o com os olhos. Scorpius estava muito feliz ao lado de Rose, que se mostrou muito carinhosa e apaixonada... Fez Scorpius acreditar por alguns instantes que rolou um clima de verdade entre eles...

Porém, tem sempre alguém para estragar a festa e desta vez foi Albus Severus Potter, que não só descobriu o meu disfarce como propôs um brinde ao novo namorado de sua prima, bradando em alto e bom som: “Scorpius Hyperion Malfoy!”.

- ô-oou! - Scorpius disse enquanto pensava que fazia tempo que não ouvia seu nome do meio, já havia até esquecido o quanto era imponente.

- Você está encrencado Malfoy! - Era Teddy Lupin que havia chegado perto do casal para socorrê-los.

- Sabia que somos primos e que os Black são bruxos em extinção? - Malfoy queria se prender a qualquer esperança de sair dali vivo.

Lupin sorriu, esse foi o motivo que lhe levou inconscientemente até o Malfoy, extinto de preservação da espécie...

- Desculpem o incomodo, mas acho que está na hora de levar meu priminho para casa... - Disse Lupin para todos na festa, enquanto dava uma piscadela para seu padrinho Harry Potter que sorriu em resposta.

Malfoy porém, começou a pensar que não escaparia da morte por muito tempo. Quando seu pai soubesse o que aconteceu na festa, e ele iria saber pelos jornais, estaria morto com certeza.

No outro canto da festa, o Sr. Ronald Weasley estava tendo um acesso de raiva e logo alcançou o Malfoy. Mas Rose interveio entre os dois.

- Pai, por favor, não faz cena?

- Você é uma traidora Rose Weasley.

- Uma traidora? Só por que estou namorando um Malfoy?

- Isso mesmo!

- Papai, eu pensei que o senhor me amava incondicionalmente?

- É claro que amo sim, mas toda regra tem exceção filha e um Malfoy é mais que uma exceção a regra...

Enquanto Rose e Rony brigavam, Harry deu cobertura a Lupin e Malfoy, que saírem da festa. Já do lado de fora da casa dos Weasley, outro diálogo começou:

- O Sr. Deve saber que é proibido usar magia, o que inclui feitiços de transfiguração, fora da Hogwarts? - perguntou Harry num tom muito cério.

- Sim senhor, mas foi meu pai que executou todos os feitiços de transfiguração que estão em mim. - se defendeu Malfoy.

- E como o senhor chegou aqui? Seu pai o trouce?

- Não... - disse Malfoy em tom de derrota. - Ele não sabe que vim para casa dos Weasley, eu vim andando.

- Você mora perto daqui?

- Sim!

- Nos o levaremos em casa. - disse Lupin.

“Por Merlin!” Pensou Malfoy, “já não basta morrer, eles querem começar uma guerra também.”

- Meu pai não sabe que eu vim para casa dos Weasley. - Scorpius repetiu mais uma vez essa informação em tom de súplica. “Será que eles não compreenderam a mensagem?”

- Tudo bem Sr. Malfoy. O seu primo... - disse Harry enquanto sorria para Lupin, achando que com isso estavam implicando com Scorpius, que nem percebeu. - Lhe acompanhará até os portões de sua casa... - E completou ao se retirar em direção a casa dos Weasley. - Não preciso alertar-lhe que os senhores serão perseguidos pelos paparazzi do Profeta Diário, não é mesmo?

- Não, eles não podem descobrir onde moro! - disse Scorpius.

- Eu sei, por isso vou ter que levar você em casa... Teremos que usar magia.

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