Prólogo



Prólogo


Scorpius Malfoy estava bastante ansioso na cerimônia de Seleção das Casas, pois temia que não fosse selecionado para Sonserina. Toda a sua família havia estudado naquela casa e seu pai havia passado o verão lhe pressionando.

Viveu os piores momentos de sua vida e muitas vezes teve que fugir para o lago próximo a sua casa para poder ler em paz, seu grande hobby. Gostava de ler histórias de aventura e investigação escritas por trouxas, assim como sua mãe. Draco Malfoy odiava saber que parte do seu dinheiro era investido nesse tipo de literatura, mas a Sra. Malfoy sempre dava um jeito de conformar o Sr. Malfoy e comprar mais livros.

Sua família sempre fora muito visada e aprenderá isso desde pequeno. Seu pai não permitia que ele saísse de casa para o “Blackpark Lake”, o lago próximo a sua casa, sem que fosse disfarçado. Sua mãe costumava fazer pequenas transfigurações em sua aparência para não ser reconhecido como o filho dos Malfoy e Scorpius tinha que se apresentar como Dawson Leery, filho de empresários trouxas.

No começo Scorpius estranhou, pois sua mãe não era boa em transfiguração, visto que ao se olhar no espelho não se reconhecia de tão feio que ficava. Mas apesar disso, conseguiu o feito de fazer amigos na vizinhança.

Conheceu dois irmão que moravam na casa ao lado da sua. Eram duas mansões vizinhas e com muros tão altos que não se podia ver as fachadas de ambas as casas. Rose era a mais velha e tinha a idade de Scorpius e Hugo era dois anos mais novo. Nunca descobriu o sobrenome da família deles, pois os pais deles os proibiam de revelar.

Hugo gostava de ficar atirando pedras no lago e brincava com outras crianças que iam para o parque. Já Rose também gostava de ler, mas especificamente, livros de história trouxa, e com Rose, Scorpius aprendeu tudo sobre a história dos trouxas e a medida que foi chegando o dia primeiro de setembro, começou a ficar triste.

Não mais veria Rose até as próximas féria, não iria mais ler as historias que tanto adorava. Deixaria de viver como trouxa para aprender a ser um bruxo como seu pai. “Que graça tem em ser bruxo?” se perguntava.

Ao ver Rose na plataforma 9¾ seu coração explodiu.
Pensou:

“É bom demais para ser verdade!
Minha melhor amiga. Corrigindo...
Minha única amiga era uma bruxa?!
Estava indo para Hogwarts também?!
Papai conhecia os pais dela?!
Afinal, papai acenou para os ruivos que deveriam ser a família da Rose.
Mas que pena que ela não vai me reconhecer, agora que estou “vestido de Malfoy””.

Mais tarde no trem, Scorpius tentou achar Rose, mas não a encontrou. Acabou desembarcando tarde do trem e pegou o último barquinho para Hogwarts pensando:

“Ela deve estar nos primeiros barquinhos...
Não consigo vê-la nessa escuridão.
Será que ela vai me perdoar por me disfarçar?”.

Até o momento de ser chamado pelo chapéu seletor não teve coragem de chegar perto de Rose. Sorria para ela, mas ela desviava o olhar, como se o evitasse.
“Claro sua anta, ela não te conhece!” pensou alto.

E agora, que o chapéu seletor estava prestes a ser colocado em sua cabeça, tentava adivinhar em que casa ela iria?

“Ela é tão inteligente...
“Os Corvinais são inteligentes!”
Se o chapéu me colocasse na Corvinal, será que papai me deserdaria como prometeu?”

O Chapéu enfim chamou Scorpius que sentou-se no banquinho repetindo mentalmente “Corvinal! Corvinal por favor! Eu também sou inteligente!”

E assim que o chapéu seletor tocou aqueles cabelos lisos e platinados berrou: “Corvinal!”

Scorpius soltou o ar que havia prendido desde que começou a mentalizar o seu pedido. Ouviu alguns aplausos discretos na mesa da Corvinal e foi em direção a sua casa, mas não sem antes olhar para Rose que o acompanhava com um olhar de espanto.
“Ou ela estaria com medo de sua própria classificação também? Qual será o sobrenome dela?”.

E sua dúvida foi respondida, mas dentre tantos sobrenomes que ela poderia ter, por que foi ser logo o sobrenome “Weasley”. Tinha certeza que seu pai não gostava dos Weasley e Potter.
“Mas por que papai acenou para eles na plataforma 9¾?”

Rose foi até o chapéu seletor e Scorpius baixou a cabeça e começou a pensar se não tinha cometido o maior erro de sua vida, pois seu pai nunca aceitaria que ele fosse um Corvinal e ainda por cima amigo dos Weasley.

“Corvinal!” - bradou o chapéu seletor.

O coração de Scorpios voltou a acelerá. “O que eu fiz? Como posso ser Malfoy, Corvinal e amigo de Rose Weasley?”.

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