Idéias Geniais



N.A.:

Oie!

Bom estou demorando na atualização. Eu sei. Mas me desculpem.

Não estou entrando sempre, pois to em prova, tenho que estudar e coisas de alunos que precisam se aplicar um pouco mais...

Bom, esse é o penúltimo cap.

Espero que gostem.

E muiiitttooo obrigado pelos cometários. Valeu mesmu ^^



*Mione03 eu não achei sei Msn pra te add no msn... Vou procurar com mais calam*



Desculpe algum erro e vamos ao que interessa ^^


*******

Cap.12 – Idéias geniais



A sexta feira, dia treze, pra Harry realmente parecia o início de um filme de terror... Ele estava muito estressado com o comportamento de Gina e quase telefonou pra desistir de tudo. Mas estava com demasiada saudade de seus amigos, poderia rever Neville, Lupin, Partavi, Lilá e outros amigos, era uma boa, pois no dia do aniversário de Arthur não teve tempo pra falar com ninguém.

Mas no dia dos namorados? Gina estava aprontando algo e ela era excessivamente criativa... Teria que estar preparado física e psicologicamente.

Hermione não estava animada para a tal festa, diferentemente de Harry, olhou no calendário antes de responder. Conhecia Gina bem demais, e sabia que ela nunca dava ponto sem nó, no mínimo tentaria arranjar um par pra Hermione e, nesse momento, o que menos lhe importava (e/ou interessava) era um compromisso.



-Vamos Hermione! Eu juro, - Nesse momento cruzou os dedos. – Que não vou tentar nada.



-Eu não sei, Gina... Não estou com ânimo pra isso, e além do mais onde Maycon ficaria?



-Isso não é problema! Já tem um quarto aqui em casa pra ele, com feitiços silenciadores, ele irá dormir tranqüilamente.



-Tá bom Gina, eu vou pensar e talvez. Eu disse Talvez, vá.



-Ah! Já ia me esquecendo, o Harry vai.



-O... O Harry? – Hermione tentou demonstrar indiferença.



-É, ele foi mais fácil de convencer, não havia olhado o calendário. Deve estar praguejando contra mim até agora. – Disse divertida.



-Você é louca.



-Corrigindo, eu sou normal, vocês é que pensam demais.



-Tenho que desligar Gina. Hoje tenho que trabalhar.



-Então tchau, Mione. E pensa bem, ou melhor, não pensa e faça!



Hermione ainda estava rindo da impulsividade da amiga quando chegou ao trabalho.



-Bom dia Sra. er... Srta. Granger.



-Não precisa me chamar de Srta, Hugo. É só me chamar de Sra. ou mesmo Hermione. – Disse ela pra seu assistente. ‘Porque ele tem tanto medo de mim?’ Ela sempre se perguntava.



Hermione estava atarefada, só chegaria em casa a noite e estava dando graças aos céus que não trabalharia no dia seguinte. O tempo passava lentamente, parecendo que seu rendimento fora de 120%. Sua mente às vezes vagava no que Gina lhe disse, aquelas palavras estavam a martelando ‘não pense, faça!’.



O sábado chegou e Hermine ainda não havia decidido nada.



-Certo. Eu vou.



-Pra onde, mamãe? – Perguntou Maycon confuso.



-Sua tia Gina, ela me chamou pra uma festa essa noite. E decidi ir.



-Ótima idéia!



-E você vai, mais desta vez não poderá participar.



-Hã... Tudo bem. Mas por que?



-Porque começará tarde e quero que você já esteja na cama.



-Mas se eu vou?



-Gina já preparou um quarto pra você.



-O Harry vai?



-Gina disse que ele iria. – Disse Hermione voltando a comer.



-Eu gosto dele.



-Mesmo? Por que? – Disse bebendo um gole de suco.



-Ele é legal, inteligente, derrotou o Lord das trevas e já foi seu namorado. – Hermione engasgou. – Mãe, a senhora está bem?



-Es, estou. – Ela puxou ar. – Mas o que tem a ver ele ter sido – Ela enfatizou as últimas palavras. – Meu hum... Namorado?



-A senhora nunca escolheria alguém que não valesse a pena. – O menino sorriu. – Com licença, tenho que terminar meus deveres de casa.



Hermione olhou confusa pro filho. Depois do almoço foi fazer algumas arrumações na casa e depois escolheria uma roupa ‘básica’ para a festa.



Às cinco horas estava no quarto, trancada.

Seu armário era abrangente, sempre teve tudo que quis, o preço não era um fator importante. Ficou horas e horas no quarto pra escolher uma roupa adequada. Gina, com certeza fazia uma coisa alinhada.

Por fim, decidiu por um vestido vinho, um vestido brilhante e elegante, sem alças, até seus pés e um par de luvas. Quando foi tomar banho já eram oito e quinze. Depois de no mínimo quarenta e cinco minutos saiu e vestiu-se. No rosto colocou uma maquiagem um pouco escura. E seu cabelo, solto, estava com vários cachos definidos. No pescoço, pôs uma gargantilha delicada feita a mão. Era dez e cinqüenta quanto terminou. Ao fim das escadas seu filho a esperava com uma calça jeans, blusa e jaqueta.



-Uau! – Ele exclamou. – Está linda.



-Obrigada. – Deu um belo sorriso. – Vamos? Já estamos atrasados.

_________________________



Harry chegou as onze e vinte na casa de Gina.



-Harry, Érica! – Ela deu um beijo no rosto do amigo. - Que bom que vocês chegaram! – Gina exclamou. – Érica você pode ir pro meu quarto. Tem uma Tv lá e alguns jogos.



-Estou indo tia. – Ela deu um beijo no rosto de Gina e entrou logo. – Tchau pai. Até amanhã. – Ficou combinado que a menina dormiria lá aquela noite.



-Até querida.



-Vamos, entre! – Ela disse pra Harry. – Você está lindo! – Gina exclamou depois de dar uma boa olhada no homem a sua frente.



-Você também. – E Harry pôde ver a decoração da casa, que estava com muitos visgos, corações, grandes almofadas em pontos ‘estratégicos’, com garçons servindo os convidados, mesas, todas com toalhas com as tonalidades do vermelho. – Você caprichou, hein?!



-Gina Weasley só faz festas que estarão na primeira página do profeta diário. – Ela disse.



-Então tem repórteres aqui?



-Nem pensar. E a nossa privacidade? – Harry achou melhor não discutir, ela já devia ter bebido umas duas taças de champanhe. – Venha, tem pessoas que estão com saudade do sumido Potter. – Disse o puxando.



-Não começa Gina. – Harry revirou os olhos.



-Então resolveu aparecer?



-Boa noite a todos. Remo, como vai?



-Vou bem. E você Harry? Só sei de você pela Nim – Tonks o olhou feio. – Pela Tonks.



-Tenho andado sumido mesmo. Tenho uma vida voltada pra minha filha e meu trabalho.



-Eu vi Érica algumas vezes esse ano. – Disse Lupin. – Está enorme! Linda. – Harry sorriu. - Mas nem sinal de você.



-Sei que estou em falta com vocês, mas tinha assuntos pendentes que só foram resolvidos a pouco. – Como se estivesse sento chamada, a campainha tocou.



-Me dão licença.



-Então Harry como vai no trabalho.



-Ah! O de sempre, pesquisas, feitiços novos, animais...



-Quem diria que o quebra-regras Harry Potter se tornaria o chefe de um departamento do ministério da magia?! – Disse Partavi. – Sempre, quando pensava em você adulto, me vinha um famoso e arrogante jogador de quadribol. Bem, famoso você se tornou, digo, já era.



-Todos imaginavam uma carreira dessas pra mim. – Ele disse sentando-se e aceitando uma taça de vinho tinto. - Mas eu não poderia continuar pensando como um adolescente e agindo como um inconseqüente não é mesmo?



-Nesses doze anos você mudou bastante Harry.



Harry deu um sorriso amargo.



-A gente aprende com a vida. E como anda a de vocês?



-Estou trabalhando como advogada trouxa. – Disse Lilá. – Pouco ando pelo beco diagonal. E mal vejo meus amigos e ainda não sei como Gina me encontrou...



-Sou professor de Herbologia de Hogwarts.



-Que bom Neville. Eu não sabia! Mas...?



-Minerva, ela me deu permissão para que eu viesse aqui.



Acordo de manhã e coloco a

Máscara

Para fingir até o fim do dia

Na verdade, não importa o

Que sinto por dentro

Porque a vida, às vezes, é

Como um jogo




-Olhem quem chegou! – Gina deu espaço e uma Hermione séria apareceu.



-Hermione! – Lilá e Partavi exclamaram felizes. – Que saudades!



-Oi.



-Que animação é essa?! Vem cá dá um abraço na gente!



-Como vai? – Simas perguntou.



-Vou bem e você, Simas?



-Muito bem.



-Onde está Rony?



-Sumiu com a Luna!



E muitos riram.



-Vamos Hermione, sente-se. – Disse Dino. – Você quer alguma coisa?



-Não muito obrigado. – Estranhamente Mione parecia, quem a conhecia verdadeiramente notou, rígida.



-E então alguém quer dançar? – Gina perguntou.



-Dessa vez eu passo. – Disse Dino.



-E eu também. – Disseram Neville, Remo, Simas.



Gina olhou diretamente para Harry.



-Não, nem pensar. Eu desaprendi... Por que você não pede pra os outros, os que estão nas outra mesas?



-Porque eu sei que você é um pé de valsa! – Ela disse puxando o Harry pela mão. – Só essa, vai?



-O que eu não faço por você chorando, que você me pede sorrindo? – Ele disse em conformismo.



-Essa eu quero ver! – Lilá exclamou. – Harry nunca soube dançar. – Disse divertida.



-É o que você pensa. – Disse Tonks sorrindo. – Cho o ensinou. – Hermione olhou pra Tonks demonstrando pouco interesse.



-Cho?



-É a, hum... Falecida esposa de Harry. – Disse Remo. – Parece mesmo que você não anda muito por aqui.



-Preciso me situar... – Lilá falou chocada.



-Bem, resumindo tudo é mais ou menos assim, - Disse Partavi que trabalhava como estilista bruxa. – Harry casou com Cho meses depois da guerra, dois anos depois teve uma filha, Érica.



-Uma filha?! – Lilá arregalou os olhos. Então olhou pra Harry, que dançava uma música agitada com Gina. – Nossa! Eu não sei o que dizer.



-Espera, ainda não acabei. Harry tornou-se chefe do departamento de feitiços muito jovem, com vinte anos...



-Por seus próprios méritos. – Acrescentou Remo.



-E há dois anos Cho morreu.



-E está sozinho deste então. – Lilá olhou de lado pra Hermione, que estava mais interessada das pessoas que estavam na festa.



Tinha pessoas do ministério, o próprio ministro, conhecidos e amigos de Gina, amigos de Hogwarts e mais outras pessoas que ela não conhecia.



-E você Hermione?



-Perdão?



-E você, como vai a vida?



-Bem. – Ela disse. – Trabalho no banco bruxo Gringotes. E cuido do meu filho.



-Filho?



-Sim, ele tem a mesma idade de Érica. Dez anos. – Disse Neville. – Seu nome é Maycon.



-Então você é casada? – Perguntou Lilá. E por alguma razão todos ficaram calados.



-Não, Lilá. Eu estou separada a seis anos de Draco Malfoy. – Lilá tentou não parecer surpresa, mas era muito alienado pensar que Hermione tinha ao menos olhado Malfoy como gente. – Surpreendente não? – Hermione falou se levantando. – Desculpem-me, vou tomar um pouco de ar.



Sem querer, quando Hermione estava indo para a varanda ela esbarrou em Harry que estava se dirigindo a mesa. A música parou, todo muito olhou pra eles, mas precisamente pra cima deles.

Gina deu um sorriso maroto.



-Bem, estão aqui os primeiros. – Ela anunciou. E Harry estava achando que era o único que não estava entendendo nada até olhar para Hermione. – Queridos, olhem pra cima. – Ela ainda tinha aquele sorriso e Harry e Hermione estavam preocupados. Hesitantes, o fizeram, e qual não foi o espanto deles, tinha um visgo acima de suas cabeças. – Como devem conhecer a tradição do visgo... E sabem as regras e exceções não é? E então vamos pras exceções. Algum deles é menor?



-Não! – A mesa em que eles estavam, respondeu animada. Harry estava fuzilando aquelas pessoas com o olhar, ele sabia o que viria depois. Hermione também estava com cara de poucos amigos.



-Estão comprometidos?



-Não!



-Certo, então façam o que tem que fazer. – Ela disse voltando-se novamente para os dois.



Eles piscaram. – E nada de...



-É, nós conhecemos a ‘regra’. – Disse Harry



Os olhos deles se encontraram incertos, claro que não seria nenhum sacrifício, mas todos estavam atentos a cada movimento deles, e isso não era confortável. Eles assentiram e em momentos seus lábios já estavam unidos. Um barulho horrível vinha de todos os lados, algo que eles ignoraram como facilidade. A sensação de ter novamente a boca de Harry, a fazia sentir que tinha autoridade sobre ela. Harry sentiu aquela fragrância que ele tanto amava, como gostaria de poder senti-la sempre, eternamente, achava que tinha viciado nela, em Hermione, pois não importava onde ou quando sentisse aquilo, a primeira imagem que vinha a ele era Hermione. Separaram - se e olharam pra Gina, que deu um sinal de positivo, muitos aplaudiram. Hermione foi para a varanda e Harry para a mesa, sendo admirados.



-Pensei que você não soltaria mais... – Disse Simas bebendo um pouco.



-E então como foi?



-Hu... O pessoal achou o máximo.



Harry apenas desprezou todos os comentários que procederam aqueles e tinha um olhar de ‘nem sob tortura contarei’ ou ainda ‘morram de curiosidade, trastes’.



E isso foi até ele cansar de ouvir piadinhas de mau gosto.



-Bem, quando vocês trocarem a fita eu volto. – Disse com um sorriso sarcástico.



Mas daí você chega

As paredes somem

Não há nada para me proteger

E me manter longe de minhas

Aflições

Estou desprotegida

Veja como me abro

E como você me faz confiar




Foi chamado por algumas pessoas, e conversando brevemente se afastou. Com um copo de vinho foi pra varanda.



-O que faz aqui? – Hermione quase pulou do balanço onde estava sentada.



-É você... Acabou de me dar um baita susto.



-Pensou que fosse quem? Conde Dracula? – Harry perguntou irônico. Hermione o olhava com exacerbação.



-Você e esse seu humor. Está sempre alfinetando os outros?



-Você está linda. – Ele proferiu, quebrando a irritabilidade da mulher. Ela o olhou surpresa, antes de agradecer.



-Ah... Obrigada. – Ela disse encabulada. E sua raiva havia passado rápido, rápido demais. –Mas me explique, por que você é tão contraditório?



-Não entendo o que quer dizer com ‘contraditório’.



-Oras! Esses seus comportamentos, ao menos comigo, você... Você não se decide. – Ela falou sem pensar.



-Não acho que tenha sido contrário. – Disse encostando-se no lastro do balanço. – Só faço o que a ocasião pede.



-Claro! Primeiro briga comigo, depois me consola, depois mais brigas e... – Ela suspirou.



-E...?



-Esqueça. – Ela balançou a cabeça.



-Mais segredos, Granger? – Ele perguntou com um típico ar arrogante. – Ainda não aprendeu? Segredos sempre são descobertos.



-Não se trata, diretamente, de segredos. – Ela deu um muxoxo. – Que perda de tempo ficar discutindo contigo.



-Agora você conseguiu me ofender! – Ele disse brejeiro. – Significa que não estou a altura de uma boa discussão com a Sra?



-Como...? – Hermione parou, um pouco duvidosa. Sem que ela percebesse, Harry já estava a balançando.



-Onde está com a cabeça? – Ele questionou. - Nunca deixou de retrucar nada que eu falasse.



-Que mentira! – Hermione exclamou prestando novamente atenção no que ele falava.



-Você ainda quer provas?



-O que faz aqui? – Mudou de assunto.



-Nada. – E continuou pensativo. - Só batendo um papo com alguém que eu pensava ser desconhecido.



-Você é estranho...



-Não, eu sou irônico. Estranha é você.



-Eu? Por que motivo?



-Serve o motivo por (de) você existir?



-Acho que não.



-Exato. Você é estranha por contestar tudo.



-Mas isso é normal!



-Não, normal é a Gina, com todas as suas peripécias. Questionar tudo é estranho, o que é você.



-Ainda não me convenceu.



-Ah! E você também é esquisita por retrucar tudo.



-Esquisito e estranho não são as mesmas coisas? – Ela perguntou sorrindo.



-Não, eles se parecem. Mas são diferentes.



-Em que?



-Estranho é algo desconhecido e esquisito é algo anormal.



-Que papo bizarro... – Hermione comentou. – Não acha que bebeu demais?



Ele parou de balança-la.



-Talvez esteja bêbado. – Ele falou repentinamente sério.



-Só estava brincando, Harry. – Ela levantou de onde estava para olhá-lo.



-É capaz ter sido, - Ele disse. – Contudo, temo que tenha razão. – Disse olhando para o copo de vinho quase vazio.



-Não seja ridículo. Tenho certeza que uma ou duas taças com teor alcoólico não farão você passar vexame. – Ele a fitou com seus profundos olhos verdes.



-O que faz aqui, Hermione?



-Quê? – Ela obscureceu com a veloz mudança de assunto.



-Por que não está lá, - Ele apontou pra dentro da casa. – Se divertindo, conversando e está aqui, discutindo assuntos sem importância com um cara meio bêbado?



-Porque não me incomoda nenhum pouco estar em sua companhia. – Ela contrapôs gentil. –Além do mais, você não está bêbado.



-Ok. Vamos falar sério agora. – Ele disse. – Na última vez que estive em sua casa, você disse que eu estava fugindo do assunto de nossa antiga ‘desavença’. – Ele pausou. – E estava. Se você quiser, poderemos falar agora.



-Por mim...

________________________



Porque nunca me senti assim

Antes

Sinto-me nua ao seu lado

E é tão bom




Gina andava de um lado pro outro.



-Onde será que Hermione se meteu? Harry é outro sumido... Será que...? – Ela murmurava.- Onde está Miranda?! – Ela exclamou. – Não é possível que Harry esteja com ela, ou é?



-Vocês viram o Harry? –Ela perguntou pra mesa onde seu namorado se encontrava.



-Na última vez que o vi, ele estava bem irritado com a brincadeira da gente. – Disse Tonks. – Isso foi há uma hora, tenho pra mim.



-Ele não pode ter ido! Não se despediu nem de mim...



-Ah! Amor, - Disse Dino. – Desencana. Ele dele está se divertindo por ai. – Disse beijando o pescoço dela.



-Hã? É, é pode ser... – ‘E agora o que importa?’.

____________________________



-Doze anos...



-E Ainda lembro de cada detalhe daquela noite em que me senti tão vazia e perdida.



Harry fechou os olhos e concordou lentamente.



Depois de um silêncio agradável, onde Hermione sentia-se exporta, Harry falou.



-Fiquei magoado com você e essa ferida talvez não cicatrize mais. Você era a minha melhor amiga em todo mundo e eu confiaria a você minha vida e perderia ela sem pestanejar só pra salvar a sua. – Ele expirou. – Eu pensei que nossa amizade jamais se abalaria, que duraria pra sempre, que depois da guerra seriamos jovens normais e felizes. Não digo que não fui feliz, sim eu fui e não me arrependo de nenhum passo que tenho dado até aqui. Mas, não poderia imaginar que ficaria longe de você tanto tempo...



Hermione continuou calada, observando cada expressão facial dele.



-Era, o que se poderia dizer impossível, o ‘trio parada dura’ de Hogwarts se separar. E era estanho quando eu encontrava só com Rony e nem mencionávamos vocês, um pacto sem palavras entre Rony e eu, e agradeço a ele por isso. Foi inevitável sentir sua falta, sentir falta do seu tom mandão, de suas brigas com Rony, - Ela sorriu. - De seu sorriso sincero, de sua mania – graciosa – de morder o lábio inferior quando está pensando, de terminar um livro no mesmo dia, das suas preocupações comigo e do seu... – Ela ficou em expectativa. - De qualquer maneira é impossível esquecer completamente a grande amiga Hermione Granger e te juro que tentei. Mas num estudo mais aprofundado, em discussões com os gêmeos, em momentos de aflição ou nervosismo, você vinha em minha mente e eu pensava como se você fosse uma assombração.



-Eu fiquei sentida com você também. Não sabia se a culpa toda era só minha ou o ‘desgraçado’ do Potter – Você não tem idéia do quanto eu te xinguei todo esse tempo.- tinha culpa no cartório também. E isso me fez perder noites de sono. Não pode idealizar o quanto sofri... Por você, que de uma noite pra outra, deixou de olhar definitivamente em meus olhos. Não imagina quando senti a falta deles, seus verdes sinceros e carinhosos, da fonte onde tirava forças pra continuar, do imenso mar verde que eu conhecia como se fosse uma parte minha... Da inconfundível ternura que foi substituída pelo ódio, quando inesperadamente, encontravam-me. A depressão me acompanhou por meses, e parecia que era minha única ‘amiga’. O mundo desabou sobre minha cabeça e eu só queria voltar no tempo pra ter uma conversa diferente, atos diferentes ou apenas não ter ido falar com você àquela noite. Como eu desejei que aquilo tudo fosse só um pesadelo muito real, que quando acordasse e fosse para o salão principal você me olharia, sorriria e me ofereceria um grande pedaço de torta. Mas não foi o que aconteceu, - Ela prendeu um soluço. – No outro dia parecia que não existia, nunca existi e nem mais existiria pra você.



Estou tentando me lembrar

Porque eu tinha medo

De ser eu mesma e de deixar a

Máscara cair

Acho que nunca tive alguém

Como você

Para me ajudar, para me

aceitar




-Sobre ter culpa, admito ter minha parcela. Eu fiquei mais irritado que o admissível...



-E eu não entendo.



-O fato é que... Que você era minha melhor amiga, nunca pensei que pudesse, vamos dizer assim, te ‘perder’, e me senti como o Rony nesse momento, parecia que entendi todas as brigas que ele teve com você por causa do Vitor ou qualquer outro garoto que tentou se aproximar de ti.



-Mas diferente de você, ele aceitou minha escolha.



-Sei disso. E ainda acho o fato desconcertante, pensei que o Rony daria um ‘piti’quando soubesse com quem você estava, mas ele reagiu com tamanha indiferença que pensei que não era Rony.



-Ainda não entendo o seu comportamento.



-Hermione! Eu estava, de certa forma, tentando te proteger. Sabia que Malfoy nunca poderia de fazer feliz. Você poderia ter escolhido qualquer um, um mendigo, um louco, um terapeuta ou sei lá! Que eu estaria do seu lado. Mas um Malfoy?! Além do mais, você escondeu que estava namorando ele. E dessa vez eu que não te entendo. Sempre fomos tão apegados, já pedi tantos conselhos a você e você a mim... Por que não confiou em mim?



-Eu achei que fosse a melhor escolha, não queria que você ficasse preocupado. – Falou veloz. - Não pensei que você tomaria isso como falta de confiança. Harry, você era, - Ela balançou a cabeça rapidamente. – É e será – Disse olhando pra ele. - A pessoa em que mais confio em qualquer lugar, a qualquer tempo, a qualquer modo, mesmo eu querendo desconfiar, desacreditar. Uma prova disso é que entreguei a vida do meu filho a você e entregaria a minha pra que cuidasse. Não importa se não te vejo a doze ou mil anos, sei que seu caráter nunca mudará e de alguma forma posso dizer que te conheço melhor que a mim mesma... E mesmo esse tempo todo longe, ainda sei como você gosta das torradas ou como você todo dia, pela manhã, tenta dar um jeito em seu cabelo revoltado...



-Me senti inferior, indigno. – Confessou.



-Mas eu não queria que fosse assim! – Ela disse desesperada para mostrar que ele era o contrário. – Jamais faria assim se soubesse que te feriria a tal ponto. – Disse pondo a mão no ombro de Harry. – Amo demais você pra fazer isso. – Ela falou angustiada. Ele a olhou sério. - Está vendo como me abro para você? E não posso dizer que cada palavra minha eram disfarces, porque sei que do mesmo modo que posso ver através de ti, você pode ver através de mim, simplesmente me encarando. Você nunca será inferior, não pra mim, porque... Tsc. – Hermione desviou o olhar.



Sinto-me nua ao seu lado

Dá para perceber?

Você olha bem para mim

Não consigo esconder

Sinto-me nua ao seu lado

E é tão bom






-Hermione Jane Granger. – Harry convocou. – Sei que não me arrependerei da escolha que estou fazendo agora. – Disse quando ela conseguiu encará-lo. - Gostaria de tentar esquecer o que se passou? Gostaria de tentar forjar uma nova amizade? Você estaria disposta a re-explorar o mundo complexo de Harry James Potter e tudo que ele carrega e acarreta? Estaria disposta a ser novamente meu porto seguro? – Ele deu um breve sorriso. – Teria um tempo na sua agenda pra ser amiga de um herói teimoso?



Ele pôde ver o rosto da mulher se iluminar. Hermione o abraçou forte e enterrou o rosto entre o pescoço e o ombro do homem. Ficaram assim por inúmeros minutos, até que Harry sentiu gostas em seus ombros. Ela estava chorando.



-Ei, não chore. – Disse se afastando um pouco para observá-la. – Quero você alegre, como eu estou.



Hermione, ainda chorando, o olhou, suas mãos acariciaram o cabelo do homem e desceram até suas bochechas, com o polegar perpassou seus lábios, antes de encontrar seus olhos novamente. Deixando a coerência de lado e pela primeira vez ignorando aquela voz que constantemente lhe dava conselhos, Hermione ficou na ponta dos pés e beijou Harry, com uma urgência desconhecida e apreciada por ambos.



-Está parecendo uma garota de dezessete anos... – Ele falou num meio sorriso.



-Foi onde paramos, não? – Ela retrucou um pouco corada, mas com um sorriso travesso.



-Foi sim. – Ele a abraçou, sentindo sua essência. – Por que fez isso?



-Eu não sei, me deu vontade. – Hermione encolheu os ombro.



-Melhor deixar pra pensar nisso depois. Afinal, já tivemos uma discussão demorada, é claro que valeu a pena, mas é cansativo, não?



-Muito. – Ela bocejou. – Acho que posso dormir aqui... – Disse sonolenta com a cabeça encostada no peito dele.



Sinto-me nua

Dá para perceber?

Sinto-me nua

Sinto-me nua ao seu lado

Não consigo esconder

Você vai olhar bem pra mim,

Meu amor


*********

(continua)

*********



Ah! Ia esquecendo, o nome da música é Naked (Avril Lavigne), a tradução é ‘Nua’.

Hum, acho q é isso.

Beijos, e comentem, ok?

^^


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