Lembrança

 

Oie!!!

Outra cap!!!!

Acabei a alguns minutos e fiquei desesperada!!!

Ele não queria aparecer!

Imagina eu ter que escrever tudo de novo, sendo que não lembrava de muitas partes ?!

Mas graças a Merlin, está aqui, e inteiro.

Desculpe por algum erro.

E por favor, Comentem!!!

Chega de papo!

4- Lembrança

Não dá para agüentar mais

Estou repetindo o que disse antes

 

A cabeça da mulher parecia que ia explodir a qualquer momento. Ela não podia acreditar, era tão... Tão irreal, ao menos, pra ela.

Tudo isso não faz o menor sentido

Existe felicidade na ignorância

 

Entrou em casa, que era luxuosa e em cores escuras, nada é claro, da escolha dela, queria mudar aquele lugar há anos, mas sempre esquecia ou tinha que fazer outra coisa, era muito ocupada.

Quanto menos eu ouço menos você fala

Isso você vai descobrir, de qualquer forma.

 

-Madame? Quer que eu sirva o almoço?

-Agora não. – Ela disse tirando o sobretudo e dando ao mordomo. – Muito obrigado, só gostaria que me avisasse quando Maycon chegar, tudo bem?

-Sim senhora.

Hermione dirigiu-se para seu quarto, grande e impetuoso como o resto da casa. Ela suspirou, abriu seu armário escolheu uma roupa e dirigiu-se para o banheiro, que tinha no quarto, despiu–se e quando a sua banheira estava cheia com uma água quente e extremamente relaxante, entrou. Necessitava pensar, espairecer.

Fechou os olhos e ficou assim por longos minutos. Estava relembrando várias coisas, que agora ela chamava de supérfluas. Mas se eram tão desnecessárias por que sempre vinham em sua mente? Talvez estive novamente em uma, como ela apelidava momentos nostálgicos de tempos atrás, ‘crise existencial’.

Exatamente como era antes

 

-Realmente estava precisando disso. – Disse depois de emergir da água. Saiu de lá e foi se secar para vestir-se.

Tentava apagar de sua mente, pelo menos alguns segundos, o sorriso meigo daquela menina, que era tão parecido com os de Harry. Pensava que quando conhecesse a ‘agressora’, -sim porque ficou furiosa quando descobriu que alguém bateu no seu filho, afinal quem não ficaria? – A repreenderia e brigaria e perguntaria o motivo e etc e tal, mas foi tão diferente... Tão repentino, fazendo Hermione repensar na existência do destino...

Sua reação foi diferente, primeiro porque não sabia quem era a menina, segundo porque ela fora tão gentil que nem fazia sentido sentir algo ruim em relação à Érica. Um nome bonito, verdadeiramente, se tivesse uma filha queria que fosse como a menina, demonstrava ser curiosa, inteligente, criativa - Um sorriso se formou no rosto um pouco pálido da mulher, lembrava muito ela quando criança, tirando o jeito mandão de ser de Hermione e a aparente cara de travessa da menina.

Outra coisa que notara, era que a menina falava muito com orgulho de seu pai. E parecia muito feliz, mesmo sem sua mãe. Ah! Claro que havia escutado, foi muito difícil se controlar pra não voltar até Gina e arrancar todos os motivos e acontecimentos dos últimos doze, doze anos?! – Fazendo Hermione parar de pentear os cabelos por um instante.

Isso fez Mione tentar lembrar a última vez que Harry a olhou diretamente, ah... Não era uma lembrança nada boa...

Tudo o que me diz

Me leva a um passo do limite

 

O baile de inverno acabara de terminar e parecia que todos estavam muito felizes, todos exceto um certo moreno de olhos verdes, esse parecia apático, decepcionado e com um misto de fúria e desgosto que não era nada bom, porque se ele começasse com um de seus ataques, não sobraria um pra contar história...

Estou a ponto de explodir

Hermione com um pouco de medo chegou perto do amigo, que se encontrava perto do lago.

-Harry? – Chamou incerta.

-O que quer? Por que não está com seu noivinho ‘espião’?

-Porque estou aqui com você! – Soou obviamente. – E não chame ele assim. – Harry fechou os olhos buscando gerência, ela começaria novamente a defender aquele calhorda...

-Não me venha dizer como devo chamá-lo, se você está *iludida*, eu não estou. – Ele não a olhava e aparentemente não conseguiu conter a raiva. – Você pode sair? Eu não tô a fim de falar, se não percebeu... – Ele disse irônico.

Preciso de folga pra respirar

 

-O que você tem?! Nunca foi grosso sem motivos.

-Você ainda pergunta? Poderiam enumerar pra você... – Ele disse ainda sem encará-la. – Que tal começar pelo mais comum, um que você já sabe, o peso do mundo está todo sobre minhas costas e eu nem tenho um tempo pra descanso ou algo assim, você sabe há quanto tempo eu não durmo? Claro que sabe, afinal você é a Hermione ‘sabe-tudo’ Granger de sempre, mas eu vou te lembrar, eu não durmo faz dois dias. – Ele deu um sorriso seco. - Claro que meu humor deveria estar ótimo não é?! –Ele perguntou finalmente a encarando, Hermione recuou alguns passos, os olhos dele estavam sombrios e furiosos, uma fúria que nem ela sabia que existia neles. –Também tem o fato de ter brigado com minha namorada porque tenho medo que ela morra e ela quer estar do meu lado... E ainda, mas não menos importante, -Ele disse erguendo uma sobrancelha ironicamente. – Minha amiga, minha melhor amiga, começa a namorar um cara que eu odeio, até ai tudo bem, mas ela não poderia ter me contado? Acho que ela ficou com medo... O por quê ainda preciso pesquisar, porque não tenho a mesma capacidade dela de entender e ver a solução mais bela pras coisas.

-Eu pensei que você estivesse muito ocupado... – Ela não tinha nem voz.

Ele começou a bater palmas. –Ótima desculpa, bravo! Eu sempre me surpreendendo com sua capacidade de pensar rápido.

Porque estou a um passo do limite

Estou a ponto de explodir

 

-Estou falando a verdade! Você não tem o direito de desconfiar de mim Harry! – Ela quase gritou.

-Não mesmo? Quem foi que escondeu que estava namorando o sujo do Malfoy, oh! Mil perdões, desculpe por ofender seu príncipe encantado, que de uma hora para outra de um sapo, não, não, desculpa, de uma cobra, virou o mais que perfeito homem e digno de minha confiança. – Disse com um sorriso maldoso sempre a mostra.
-Eu não estou te reconhecendo. O que você tem? – Ela perguntou nervosamente.

Acho que as respostas não são claras

-Eu vou explicar... – Disse com uma mão no queixo. - Eu não confio no Malfoy. Nunca confiarei. Ele pode doar toda sua fortuna pra caridade, coisa que duvido que ele faça, parar de ser um boçal e ainda tratar Neville como gente, que eu ainda prefiro ficar do lado de uma cobra peçonhenta a estar dez metros dele.

-Você só... – Ela o olhou e percebeu que ele falou do seu coração. – Ele não é o que você pensa, ele...

-É um anjo de candura, não era isso que você falaria?! Oh! Que comovente... Toca o mais profundo de minha alma. Só quero saber uma coisa, uma única pergunta. Você esqueceu toda a humilhação que ele te fez passar?

Ela ficou olhando pra o rapaz a sua frente por longos minutos sem falar.

Gostaria de achar um jeito de sumir

-Você é um preconceituoso. Não pode perdoar ninguém?

Ele sorriu pelo comentário dela e pergunta.

-Se você quer saber, quando alguém me magoa é só uma vez. E se você tem a capacidade de perdoar, fique com ela pra você, é bem nobre de sua parte, sabe... Quem sabe você não é arrebatada para os céus?! ‘Santa Hermione, que perdoa os pecadores’. –Ele disse como se lesse no ar. – Lindo não?!

-Não seja ridículo! – Ela gritou com raiva. – Não vou admitir suas infantilidades!

-Eu não disse que era pra você admitir. Se já cansou de ouvir minhas verdades pode se retirar.

-E eu vou mesmo, quando você crescer podemos conversar de modo civilizado.

-Corra mesmo pra o Malfoy, só tome cuidado pra que ele não te apunhale quando estiver dormindo.

Os pensamentos não fazem sentido

Existe felicidade na ignorância

 

O Rosto de Hermione foi tomado pelo ódio, ela bravamente se dirigiu até Harry e quando estava a frente dele atirou sua mão o mais forte que pôde contra o rosto dele. Harry não se moveu, mesmo sabendo que facilmente desviaria daquele golpe. Logo depois, ela levou a mão até a boca, tinha chegado ao extremo, ela não conseguiu pronunciar nada, mas parecia que Harry tinha muito a dizer.

Nada parece ter fim

Repetindo tudo outra vez

 

-Essa foi a última vez que me tocou. – falou baixo, porém o suficiente pra que Hermione pudesse ouvi-lo legivelmente. – Espero que seja muito feliz e que eu esteja enganado em relação a Draco. Se me ver em algum lugar, não me cumprimente, nem me dirija a palavra ou sequer olhe pra mim. Porque será isso que farei, a partir do fim da guerra, com você. Mudarei de cidade se preciso. – Ele a fitava e parecia calmo. -Olhe bem pra meus olhos, pois será a última vez, se depender de mim, que você os olha. Só falarei o extremamente necessário com você e agora você vai saber o real significado de ‘ser infantil’. –Disse ainda a olhando. – Eu me importo muito contigo e por isso estava preocupado, mas você não compartilha de minha preocupação... Talvez até me ache protetor e eu realmente sou, mas eu só queria cuidar de você, para que ninguém pudesse feri-la, no entanto a vida é sua e percebi que não tenho o direito de mudá-la ou tentar manobrá-la pra que não sofra, percebi que é o que faziam comigo e lembrei também como eu repudiava e me horrorizava com isso, irônico não? O Harry Potter que sempre lutou pela sua liberdade está ‘sufocando’ a amiga, com medo que ela se machuque e não possa voltar atrás... Não acontecerá novamente, é uma promessa e sempre tento cumpri-las. – Harry encolheu os ombros. – Acho que é isso. – Ele virou e andou calmamente por entre a propriedade da escola, sumindo rapidamente e deixando uma Hermione chorosa pra trás.

Cala a boca quando eu falo

 

Lágrimas corriam por suas bochechas com a memória que ela tentava esconder no mais obscuro lugar de sua mente, para que não pudesse ressurgir e prende-la ao passado. Não que fizesse diferença, quando mais nova teve vários pesadelos com essa cena, ela se repetia e repetia sem cessar, por muitos meses depois do ocorrido.

Uma batida na porta a despertou e secando as lágrimas que ainda ocupavam seu rosto foi atende-la.

-Sim?

-A madame mandou avisar quando o menino Maycon chegasse, ele está em seus aposentos.

-Obrigado, Frederick.

O Sr. fez uma reverência e se retirou. Hermione fez uma simples magia para tirar as manchas do rosto, tentou sorrir e foi para o quarto do filho.

-Mãe! Pensei que não viria aqui!

-Por que você não foi ao meu quarto?

-Estava trocando de roupa e logo iria pra lá. – Ele explicou.

-Como foi a aula?

-Pra dizer a verdade, bem chata...

-Por que?

-Ah! Eu não tinha ninguém pra disputar e as aulas de hoje foram bem chatas...

-Por falar em disputar... –O menino respirou pesado. – Que história foi essa insultar a menina?

-Eu só disse a verdade... – Ele disse sem encarar a mãe.

-E o que foi?

-Que ela não tinha mãe...

Hermione o olhou incrédula pra ela. – Meu filho! Como você fala isso pra alguém? Você sabia que magoou muito a menina? E se fosse com você, se ela dissesse que você não tinha pai? Como você se sentiria?

-Eu... Eu... – Hermione levantou a mão.

-Só quero que me responda, Maycon. Como você se sentiria?

-Acho que... Bem mal. Triste.

-Minha mãe me dizia uma coisa muito certa: “Não dê ao próximo o que não quer pra si”. E eu tento seguir essa linha, por que você não tenta fazer o mesmo?

-Eu tentarei, mamãe... – Ele disse olhando pra baixo.

-Não fique assim. – Disse acariciando a cabeleira loira do menino. - Mas não magoe mais pessoas... Elas têm sangue nas veias e não água ou óleo. – Ela deu um sorriso doce pro filho.

-Certo, mãe. Seguirei seu conselho.

-Mudando o assunto você não sabe o que descobri sobre Érica. – O menino franziu a testa.

-O que?

-Ela também é uma bruxa e como você, deve ir pra Hogwarts ano que vem. – Maycon parecia ter visto algum monstro muito bizarro ou coisa do tipo.

-Mas como, não, tem certeza? – Ele fez uma cara igual de Rony quando via aranhas, fazendo Hermione sorrir.

-Tenho sim. Hoje fui visitar sua tia Gina no beco diagonal e ela estava lá. – Ele amarrou a cara.

-Devia estar se divertindo.

-Você não sabe o quanto! – Mione exclamou rindo mais da cara feia do menino. – Vamos ria, não é tão mal assim não é mesmo? Ela parece ser bem simpática...

-Talvez seja... – Ele disse olhando pra mãe. – Mas acho que ela não gosta de mim...

-Não seria o contrário?

*****

 

A alguns quilômetros daqui...

-Então você não meche naquela caixa, está ouvindo Rony?

-Sim, mas porque não?

-Ela é coberta por magias poderosas, tenho certeza de que preferirá ficar longe dela.

-Só isso? – Rony ainda olhava a caixa do tamanho de uma caixa de CD, com interesse.

-Só e não implique não Den, pois eu juro que da próxima vez, o deixo no comando.

-Deus é mais! – Disse Rony se benzendo.

-Você aprendeu com quem essa gíria trouxa?

-Com quem poderia ser? Érica.

-Tenho que ir agora. – Harry aparatou no estacionamento do ministério, para pegar seu CLK cc.

Depois de uma hora chegou ao beco diagonal.

-Muito trabalho?

-Papai! Que bom que o Sr. chegou, tenho tanta novidade!

-É mesmo? – ele disse abraçando a menina. – Estou ansioso pra saber de tudo.

-Eu conheci um monte de gente! Foi tão legal! – disse empolgada. -Só não foi mais porque eu não pude ir ao “Floreios e Borrões”. – Disse fazendo biquinho.

-Seu jeito chantagista se ser não foi de mim que você puxou! – Harry disse sorrindo.

-Foi sim. E a teimosia também. – disse a menina.

-Ela se comportou, rapazes?

-Muito bem. Até ajudou a vender. Ela já pode te substituir, hein Harry? – Fred falou.

Harry era o sócio minoritário do recinto, não que ele quisesse, mas os gêmeos insistiram tanto que ele aceitou ser dono de dez por cento da propriedade (e dos lucros) e não de cinqüenta como eles propuseram.

-Pois é. Essa danadinha aqui é muito esperta. Mas nós temos que ir.

-Mas já? – Perguntou Gina. – Não quer comer algo?

-Como tortas de canário?! – Perguntou ferino. – Não obrigado. Talvez da próxima...

-Na verdade era uma torta de abóbora.

-Valeu mesmo, Gina. Mas estou cansado e só quero almoçar e tomar um banho.

*****

(continua)

Hey!

E ai? Ficou legal?

A música que coloquei na lembrança de Hermione foi: One Step Closer, Linkin Park, a tradução fica: A um passo.

Espero que gostem e se gostarem, comentem! Valeu?! ^^

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