Como é que se diz eu te amo



                                   *Capitulo Trinta e Dois: Como é que se diz eu te amo?*




                                     "Ficar? Ficar! Ah, com ele eu quero ficar, ser, estar, permanecer, parecer, continuar”






Aquilo era tudo que ele precisava, balada, mulheres lindas e muita bebida, sim, bebida, ele precisava delas, precisava beber até sentir-se livre novamente, como sempre fora, para esquecer qualquer coisa que estivesse perturbando-lhe sua mente, como vinha acontecendo ultimamente, ele não queria lembrar-se de nada, de acidente, de sonho, de nada, esquecer, era tudo o que ele desejava. Por isso ele virava o que poderia ser o quinto ou sexto copo de uma bebida muito forte e quente que descia queimando tudo por dentro dele, dando-lhe uma sensação de maravilhosa alegria e liberdade.


Aquela balada era com certeza uma das melhores da cidade, e aquele ar de balada e bar era muito interessante, todos dançavam e conversavam, bebiam e se divertiam, no mesmo ambiente, que aos poucos ia lotando mais, o que obviamente não incomodava Sirius. Ele recostou-se ao bar próximo da área aberta, onde havia uma concentração maior de pessoas, e mais uma vez pegou outra bebida forte que ele tomou num gole, sorrindo charmosamente a garota que estava ao seu lado, não era impressão dele, ele sabia disso, ela estivera olhando-o desde que ele tomara a quarta bebida, e já estava mais do que na hora dele parar de só beber e aproveitar muito mais aquela noite, pensou Sirius sorrindo charmosamente antes de seguir em direção a garota, usando todo o charme que só ele sabia ter e que levava qualquer garota a loucura.






Certamente aqueles pensamentos de Sirius fariam qualquer um rir, principalmente Lia, se pudesse ouvi-los, mas de onde ela estava, ela não estava nenhum pouco interessada em ouvir os pensamentos de Sirius. O galanteador homem sentado ao seu lado a fazia esquecer qualquer coisa, inclusive Sirius e suas bebidas e mulheres, o que obviamente ela não queria pensar nenhum segundo sequer, se ele estivesse pegando todas as mulheres daquela balada, ela não queria nem sonhar em saber, não precisava daquilo.


Ele contava-lhe entusiasmadamente sobre os pontos turísticos que ela talvez gostaria de conhecer, e Lia na verdade mal conseguia prestar atenção em muita coisa  a não ser nos lábios vermelhos, bem desenhados que molhava-se a cada gole que ele dava em sua bebida, e naquele queixo levemente furadinho que era um charme e o sorriso, perfeito, caninos perfeitos, tudo perfeito, ela devia estar sonhando, com certeza.


— E não me diga que esta sozinha nessa cidade maravilhosa. – Ele indagou tomando mais um gole de sua bebida, fazendo Lia, disfarçadamente invejar o líquido que molhava aqueles lábios.


— Não, não, estou com alguns amigos.


— Que te deixaram sozinha aqui? Eu não deixaria uma garota tão linda sozinha. – Ela riu enquanto o rapaz piscava-lhe charmosamente, causando mais risos em Lia.


“você não deixaria por que é um gato cavalheiro, coisa que o Sirius não sabe ser.” Pensou Lia, tomando mais um gole de sua bebida enquanto derretia-se pelo gato cavalheiro, que pagava mais uma bebida para ela e continuava a enfeitiçar-lhe. Se aquilo fosse mesmo um sonho, ela adoraria ficar pra sempre em Barcelona, apenas sonhando.






Ela já não respondia por si, talvez essa fosse sua intenção quando decidira que não se importaria com nada naquela noite, apenas consigo mesmo e seu amado, ah seu amado aquele que lhe apertava agora contra o banco do carro que ela sequer sabia como fora parar ali, e que, por favor, o taxista não estivesse olhando, pensando bem, pensou Patsy rindo consigo mesma enquanto sentia os lábios de Remo deslizando por seu pescoço enquanto seu corpo era prensado contra o banco de couro, ela não acharia ruim do taxista estar espiando, um pouquinho de adrenalina não fazia mal a ninguém.


Ela mal percebeu quando o taxi parou, só percebeu tal coisa quando o som de alguém pigarreando alto ecoou fazendo Remo, ofegante afastar-se de Patsy para sorrir, nenhum pouco envergonhado ao motorista e lhe pagar a viagem, antes de sair agarrando Patsy em direção ao hotel.


A entrada do hotel àquela hora estava silenciosamente deserta, apenas os seguranças guardavam a entrada e a mocinha da recepção, bem acordada para o horário sorriram aos dois quando eles entraram risonhos e alegres demais pela porta envidraçada que automaticamente se abriu dando passagem aos dois que aos agarros seguiram direto ao elevador.


Encostando-se a parede ao lado do elevador, ele abraçou Patsy por trás, envolvendo as mãos envolta da cintura da garota fazendo-a rir, beijando-lhe o pescoço enquanto os olhos dela percorriam todo o ambiente, afinal de contas, por que estavam indo para o elevador?


Desencostando-se de Remo, Patsy segurou sua mão, puxando-o, fazendo o garoto tentar segura-la enquanto ela ria, correndo pelo piso do átrio, risonha, fazendo a mocinha da recepção olhá-los curiosa.


— Pat? Onde você ta indo?


— Vem. – Disse a garota, segurando a mão de Remo ao vê-lo parando ao meio do caminho, e o puxando, sem ele ter a menor idéia de onde ela o levaria.


Sendo completamente arrastado, Remo viu Patsy passar por todo o átrio, seguindo ao que ele sabia, apenas por causa do mapa do hotel que vira no apartamento, que havia ali um bar, mas pra que ela iria para o bar novamente? Já não estavam bêbados o suficiente?


Quando Remo se viu saindo do átrio do hotel e entrando no que lhe parecia a lateral do prédio, ele viu um barzinho estilo praiano, um balcão branco se estendia no que, durante o dia deveria ser bem agitado, o chão de madeira percorria todo o ambiente até a piscina mais a frente, onde a volta varias espreguiçadeiras, como as que havia na sacada do apartamento, ficavam a volta da imensa piscina escurecida pela luz da noite.


Patsy arrastou Remo, enquanto ele se perguntava por que estavam ali já que estava completamente vazio, mas quando a garota soltou sua mão, seguindo até próximo a piscina e sorrindo de um jeito que Remo jamais vira antes de começar a despir a blusinha, ele percebeu na hora porque estavam ali e milhões de coisas maravilhosas iluminou-se em sua mente, aquela noite, ia ser a melhor de todas.






Ele perdera as contas de quantas bebidas havia tomado, o que fazia-o ter certeza, a noite estava indo perfeitamente boa como qualquer balada costumava ser pra ele. Sirius virou em um grande gole o resto de sua bebida antes de colocar o copo vazio sobre o balcão do bar e ir dar uma volta, era melhor explorar o resto do ambiente, estava repleto de mulheres bonitas e depois de ter se aproveitado bastante da ultima, ele precisava de outras para satisfazer sua noite.


Com um sorriso maroto ele seguiu em meio à multidão, estava se sentindo diferente, talvez aquela bebida fosse realmente boa que o deixava ate meio zonzo, coisa que antes por mais que bebesse, nunca sentira-se assim. Sirius continuou caminhando por entre a multidão seguindo em direção ao outro bar do La Terrraza, precisava talvez só tomar uma coisa menos leve pra ver se diminuía aquela sensação, mas ao dar alguns passos entre as muitas pessoas que conversavam, riam e se divertiam em meio ao som agitado que ecoava pelo ambiente, Sirius sentiu o chão sob os seus pés oscilarem enquanto sua vista escurecia fazendo vários pontos de luz brilharem diante de seus olhos. Mas que droga de bebida era aquela que deixava a pessoa daquela maneira? Ele já não estava gostando muito daquilo. Dando mais alguns passos, tentando apressadamente encontrar alguém conhecido ou o bar, ele sentiu uma tontura invadir sua mente, seu corpo amoleceu e colidiu com algo muito alto e muito concreto que Sirius já não saberia dizer como aparecera a sua frente, nem se era uma pessoa ou talvez uma parede, sua visão embaçada, sua mente zonza e seu corpo agora sem força não o permitiam ter certeza de nada mais, ele só teve certeza de algo quando sentiu seu corpo sendo empurrado e perdendo totalmente o equilíbrio que já não tinha, ele sentiu alguma coisa atingir fortemente seu rosto, fazendo milhares de estrelinhas brilharem diante de si enquanto seu corpo caia ao chão duro de pedra, fazendo-o praguejar, fosse o que fosse que ele bebera aquilo estava fazendo Sirius ter alucinações que ele tinha certeza, não gostava nenhum pouco.






Ele era extremamente bonito e charmoso, inteligente, educado, um cavalheiro, quase um lorde, e tudo aquilo só fazia Lia pensar uma coisa: Ele não existia. Obvio, só poderia ser um sonho mesmo ou fruto de sua imaginação depois de algumas bebidas, bebidas essas maravilhosas, porque não tinha umas bebidas dessas no Brasil? Ela certamente viciaria nelas. Com tal pensamento ela riu, o que não causou nenhuma desconfiança de que ela pudesse estar tendo pensamentos estranhos ao seu respeito, em Tom, enquanto ele contava a loira uma historia engraçada sobre a primeira vez que estivera em Barcelona. Alem de tudo era engraçado: alucinação perfeita.


Lia riu, virando o ultimo gole de sua bebida e sentindo-se extremamente quente, era melhor ela ir ao banheiro, lavar as mãos, o rosto e voltar para constatar que tudo aquilo era realmente um fruto de sua imaginação alegre demais, pedindo licença ao cara maravilhoso ao seu lado, Lia levantou-se já se sentindo meio zonza, beber sentada não era nada bom, quando levantava normalmente era pra ir direto ao chão, o que ela tivera sorte de não ter acontecido.


O La terrrazza estava repleto de pessoas de vários estilos, idades e provavelmente de vários países também, e a cada hora que passava não parecia diminuir bem pelo contrario, por isso foi meio difícil para Lia se situar em meio aquela multidão, começando pelo fato dela sequer conhecer aquele lugar direito.


Quando ela sentiu seus saltos descerem um degrau e pisarem a um chão de pedra, ela percebeu que o ambiente estava muito mais cheio do que imaginara; Um ambiente lotado destacava-se a sua vista enquanto o vento da noite batia-lhe contra o rosto, balançando seus cabelos e dando uma deliciosa sensação de refrescância a ela, o que lhe agradara muito. O ambiente aberto estava muito mais agradável do que lá dentro, percebera Lia e se não fosse o gatão imaginário que ela deixara por lá era capaz dela sequer voltar, bom, talvez ela voltasse apenas para conferir que ele, ou já partira para outra, ou já sumira de sua imaginação, se bem que se o cara ainda estivesse esperando por ela, daí sim ela ia ter certeza de que era uma alucinação.


Voltando a si, Lia deu alguns passos em meio à multidão antes de ver um cara caindo em meio às pessoas enquanto outro nada feliz xingava ou agredia o coitado, que coisa, Lia pensara que só houvesse esse tipo de coisa em baladas do Brasil. Mas quando um espaço abriu-se a sua frente, enquanto a multidão se afastava para ficar longe da confusão, Lia parou sentindo o sangue congelar: ela conhecia aquele cara. Sem conseguir pensar em mais nada, Lia correu, sentindo seus cabelos balançando-se contra o vento enquanto seu salto batia levemente contra o piso de pedra, antes de ela alcançar o rapaz caído ao chão que não parecia nada normal.


— Sirius!






— Você não entende Lilly? Não me importa se existem mulheres esculturais por ai.  Se eu tiver você assim do meu lado, Lilly, o resto do mundo não importa pra mim.


Lilian virou-se se sentando mais de frente pra Thiago e o observando, sorrindo abobadamente.


— Sabe assim vou ficar muito convencida. – Lilian riu, dando uma piscadinha, fazendo o garoto sorrir achando graça, levando a mão ao rosto dela e acariciando-o levemente.


— Você é incrível, Lilly! Não estou acostumado com garotas como você. – Lilian riu diante do comentário do maroto, fazendo em seguida uma pose de Thiago Potter e fingindo passar a mão pelos cabelos, como o maroto costumava fazer.


— Isso porque sou a única da espécie. – Ela riu e Thiago sorriu aproximando mais seu rosto do dela, sem conseguir olhar nenhuma outra coisa, mesmo se tivesse as mulheres mais esculturais ali, naquele momento, nuas, ele não conseguiria olhá-las, pois desviar os olhos de Lilian era impossível.


— A única da espécie mais perfeita e linda desse mundo. – Lilian sorriu, fazendo uma caretinha enquanto seu rosto esquentava-se novamente, indicando que ela corava fortemente, mais uma vez enquanto o rosto de Thiago se aproximava mais. Aquilo tudo só poderia ser um sonho, um sonho lindo depois de tantos pesadelos, o sonho mais perfeito de toda sua vida.






Se aquilo fosse um sonho ele não queria acordar, estava tendo a visão mais deslumbrante do mundo e nada tinha a ver com o mar ou a cidade de Barcelona. A sua frente, a beirada da piscina, Patsy terminava de despir a blusinha deixando-a cair ao chão, um sutiã preto tomara que caia se destacava sobre as leves sardas fazendo-as ressaltarem diante da pele branquíssima da garota. Ainda com aquele sorriso perturbadoramente tentador nos lábios, Remo observou, atônito de onde estava, Patsy deslizar as mãos pela barriga lisa até o botão da calça, abrindo-o, antes de ir descendo a calça pelas pernas até tirá-las completamente.


Remo não conseguia desviar os olhos do corpo de Patsy, hipnotizado pela pele branca e delicada, pelas curvas que agora ele observava muito mais do que já observara na vida, pelo ar não mais de inocência dela, mas sensualmente atraente que o estava levando a loucura, ele permanecia hipnotizado, atônito, pregado ao chão incapaz de mover um músculo e de desviar os olhos dela, que despida de qualquer vergonha se despia quase totalmente agora, retirando o sutiã e deixando-o cair junto às roupas enquanto sapecamente ela o chamava com o dedo indicador.


Ele não se moveria um centímetro sequer, temia se mover e infelizmente acordar daquele sonho maravilhoso. Mas não era sonho, não era sonho quando ela se aproximou finalmente nua, não era sonho quando as mãos delicadas dela passaram a desabotoar botão por botão de sua camisa até finalmente abri-la deixando as mãos deslizarem pelo tórax quente e malhado de Remo, que sentia o desejo agora pulsando febrilmente em suas veias como jamais antes. Não era sonho quando Patsy despiu-o completamente, deixando-o igualmente nu a frente dela e segurou em sua mão levando-o consigo em direção a piscina. Não era sonho, mas se fosse, que nem mesmo as águas gélidas da piscina o acordassem, por favor.






Lia correu até Sirius, agachando-se ao lado dele e envolvendo a mão pelo ombro do maroto, segurando-o e observando os lábios do maroto sangrando enquanto ele tentava apoiar a mão ao chão.


— Ta tudo girando. – Disse Sirius baixinho, negando com a cabeça enquanto algumas pessoas se afastavam e outras observavam curiosas, enquanto Lia tentava ajudar Sirius a se levantar.


— Isso que da você beber todas né. – Esforçando-se Lia uniu forças ajudando Sirius a se levantar e logo envolveu a mão na cintura do maroto, fazendo o braço dele apoiar-se em seus ombros, antes de sair carregando-o em direção a saída.


— Eu nem bebi tanto assim e eu não to bêbado só to...


— Embriagado. – Concluiu Lia, logo alcançando a entrada da balada e finalmente a rua, onde ela rapidamente ergueu uma das mãos fazendo sinal pra um taxi que se aproximava.


Com dificuldade pelo peso de Sirius, Lia ajudou-o a entrar no taxi, antes dela desabar sobre o banco, ofegante.


— E mais uma vez você acabou com a minha noite Sirius. – Disse a loira, olhando pelo vidro do taxi a baladinha ficando pra trás junto com seu super gato imaginário.


— Eu não fiz nada. – Defendeu-se o maroto, fazendo a loira revirar os olhos com uma carinha de “deixa pra lá”. Voltando a atenção para o maroto, ela percebeu que o cara que o atingira não fora nada delicado, o canto do lábio de Sirius sangrava e parte de seu rosto estava vermelho, o que significava que no outro dia estaria bem roxo se não cuidasse logo daquilo.


— Você sempre arruma confusão né. – Ela disse, rapidamente abrindo a bolsinha pendurada ao corpo e tirando um lenço branco, chegando mais perto do maroto e tocando o lenço cuidadosamente aos lábios dele, limpando o sangue que escorria lentamente.


— Eu fiquei meio tonto, velho, sei lá... E cadê o Aluado e o Pontas? – Sirius sentiu o leve toque do tecido quando Lia delicadamente tocou o sangue ao canto do seu lábio fazendo-o sentir uma leve ardência no local, mas nada disse, apenas deixou que ela limpasse o ferimento enquanto ele a observava.


— Não sei, mas vamos pro hotel, chega de baladinhas por hoje, senhor Sirius Black. – Disse Lia afastando o lenço do lábio machucado de Sirius e o encarando seriamente, o que fez o maroto rir fracamente.


— Ta bom, mãe. – Lia fez uma leve careta as palavras de Sirius, mostrando a língua ao maroto que riu roucamente, sentindo inesperadamente uma vontade imensa de beijá-la.


— Quem mostra a língua pede beijo. – Disse Sirius charmosamente, dando uma piscadinha que Lia ignorou fazendo outra careta, que fez o maroto rir novamente.


— Tão engraçadinho. – Sirius riu roucamente envolvendo Lia com os braços e a abraçando fortemente, enquanto a garota ria. – E não adianta paparicar não.


— Parece a minha mãe, velho. – Sirius gargalhou enquanto Lia dava um tapa de leve no braço do maroto, vendo o hotel surgindo pelo vidro do taxi.


Assim que o taxi parou, Sirius pagou ao taxista, sendo ajudado em seguida por Lia a descer do taxi e seguir em direção ao hotel, onde eles logo entraram no elevador e seguiram para o apartamento no vigésimo andar.


— Caramba Sirius como você é pesado! – Quando Lia finalmente soltou Sirius sentado sobre uma das espreguiçadeiras na varanda, desabou finalmente a mesma da frente, sentindo o peso do maroto ainda sobre si, o que não era pouco, já que ele era bem pesadinho para ela carregá-lo praticamente só. – E você devia ter bebido menos, não conseguiu nem andar direito do elevador pra cá.


 — Eu não to tonto pela bebida, eu juro, mãe. – Fechando a cara diante da brincadeira do maroto, Lia negou levemente com a cabeça, saindo apressada em direção ao apartamento enquanto Sirius desabava deitado sobre a espreguiçadeira.  Ele tinha certeza de que não estava tonto por causa da bebida, não havia bebido tanto assim e sempre que bebia muito, não costumava ficar daquele jeito. 


Quando Sirius fechou os olhos por segundos, lhe parecera uma eternidade quando ele os abriu ao sentir Lia sentando-se a beirada de sua espreguiçadeira, agora muito bem equipada.


— Deixa eu cuidar disso, vem cá. – Disse a loira atenciosamente, pegando um saquinho de gelo e colocando sobre o vermelhidão da face do maroto, pegando a mão dele em seguida e colocando sobre o saquinho para que ele o segurasse sobre o rosto. – Segura que eu vou limpar esse sangue.
Com um lenço úmido, ela tocou levemente o canto do lábio do maroto, cujo ainda sangrava levemente e então suspirou, sentindo a ponta do dedo tocando o lábio dele com o lenço.


— Desculpa. – Ele disse baixinho fazendo Lia desviar os olhos dos lábios do maroto para encará-lo seriamente. – Eu estraguei sua noite.


— Estragou mesmo. Eu podia ta fazendo uma coisa muito melhor sabe... – Disse Lia fazendo uma leve careta que fez o maroto rir.


— Poxa Lia não seja tão má, eu sei que você adora cuidar de mim. – A loira riu diante do comentário do maroto que com a mão livre levou até o rosto da loira, tirando uma mecha dos fios de ouro que caiam por sobre o rosto delicado.


— Sirius, eu tava com um cara que era mais lindo do que a minha imaginação era capaz de criar. – Disse a loira indignada de que tivesse deixado toda aquela beleza sozinha na baladinha, o que obviamente há aquela altura do campeonato, ele não devia estar nenhum pouco sozinho. Tal pensamento fez Lia suspirar tristemente enquanto Sirius ria.


— E agora você esta com o cara mais lindo que Barcelona poderia hospedar. – Piscando charmosamente, Lia riu, negando levemente com a cabeça e encarando aqueles olhos azuis acinzentados.


— E o mais convencido, com toda certeza. – Sirius riu roucamente, tocando o rosto de Lia com a ponta dos dedos, acariciando-o levemente, enquanto uma pequena ardência em seu lábio indicava que ela ainda estava cuidando dele.


— Você é tão linda, Lia.






 A água azul da piscina estava mais quente do que o vento soprando pelo deck, mas isso era por conta do aquecedor que a mantinha agradável para quem quisesse aproveitá-la àquele horário, o que obviamente ninguém se arriscava.


As roupas jogadas a beira da piscina eram a primeira prova do crime, enquanto sob a água quente e levemente transparente os corpos se uniam, se aquecendo ainda mais.


Ela não se importava com nada mais, deixara de se importar quando virara o primeiro copo de bebida naquela balada horas atrás, agora com o corpo de Remo colado ao seu e os lábios dele deslizando por sobre sua pele, ela nem sequer se lembraria de algo mais para se importar.


Patsy era graciosa e incantavelmente sedutora, por sobre a água, risonha, ela deslizara tentando fugir de Remo, o que obviamente era uma brincadeirinha muito excitante para ele que, quando a pegou, puxou-a para si enquanto prensava o corpo dela contra a lateral da piscina, deixando os lábios febrilmente deslizarem pelo pescoço da garota causando arrepios e uma risada roucamente atraente que fez Remo apertar as mãos ainda mais ao corpo de Patsy, colocando-os ainda mais.


A mão de Patsy deslizava por sobre as costas de Remo deixando as unhas roçarem sobre a pele dele, arrepiando-o, descendo por debaixo d’água e pressionando mais as unhas a pele do maroto que a cada toque sentia-se cada vez mais ensandecido.


A mão dele deslizou por sobre a perna de Patsy, puxando-a pra si permitindo que ela grudasse a perna em sua cintura, enquanto ele num átimo erguia-a, a fazendo envolver as pernas envolta de sua cintura antes dos lábios de Remo finalmente alcançarem os lábios deliciosos da garota e os beijar loucamente, febrilmente e insanamente, como ela o estava deixando.


Insano, louco, febril, tudo era tão pouco perto do que ela o fazia sentir, ele desejava possuí-la de uma maneira que jamais fizer antes. Amava-a, sim ele a amava como jamais amara na vida, mas pela primeira vez o desejo, acima do amor, imperava sobre o corpo dele, sobre o corpo dela, fazendo-os mergulharem de cabeça naquele desejo e sensações que jamais haviam experimentado antes na vida e que estavam adorando cada vez mais.


Provocando-o Patsy deslizou os lábios dos dele até o queixo do maroto, mordiscando-o levemente e então foi empurrando devagar o corpo dele para trás enquanto encostava-se a lateral da piscina atrás de si, ficando ligeiramente deitada. Os lábios de Remo desceram sorrateiros por sobre o colo da garota, alcançando rapidamente os seios os quais ele beijou-os loucamente, antes de deslizar a ponta da língua por sobre o bico do seio de Patsy, deixando o seio dela invadir seus lábios enquanto ele se perdia em desejo, um desejo que não parecia nunca ser saciado, bem pelo contrario, aumentava de maneira drástica a cada momento.


O órgão masculino agora rigidamente aceso roçava-se por entre as pernas de Patsy a levando a loucura, jamais imaginou que aquilo que, obviamente ela já sabia o que era e como era, fosse ainda melhor. Putarias, como diriam por ai, ah, mas como eram boas aquelas putarias. Ela riria se fosse possível, mas estava incapaz de fazer isso, quando Remo sem agüentar mais a penetrou, ela sentiu-se alcançar o céu, enquanto no mesmo os pequenos raios de sol começavam a despontar por sobre a linha do horizonte, dando a quem assistia um espetáculo de luzes e cores.


O paraíso era ali, era ele, ele e suas mãos a percorrerem o corpo dela, ele e os movimentos contra seu corpo a levando a loucura, ele e seus lábios a deslizarem por seu corpo sem ponto definido, ele e seu cheiro a ensandecê-la, ele e seu corpo quente, másculo, gostoso, ela se atreveria a dizer naquela noite, colado ao seu, como se não houvesse dois corpos, mas sim um, apenas um, apenas ele e ela, um só, uma só pessoa. Remo&Pat, um único nome, uma única pessoa, uma única alma e apenas um amor.






— Você é tão linda, Lia. – A voz de Sirius saiu rouca e baixa, mas alta o suficiente para Lia ouvir, fazendo seu coração congelar ao peito e um frio percorrer toda extensão de sua barriga, fazendo-a arrepiar-se inteira; Tudo bem, ela tinha deixado um cara maravilhoso para trás, um cara estilo Alá Damon Salvatore, mas nenhum Salvatore no mundo era capaz de fazê-la sentir-se como se sentia naquele momento.


— E o mais bêbado também. – Lia riu enquanto Sirius gargalhava, descendo os dedos pelo rosto de Lia até tocar-lhe o queixo suavemente,


— Ninguém nunca cuidou assim de mim. – Retirando o gelo do rosto, Sirius soltou-o ao lado, ouvindo o barulho do saquinho caindo ao chão, enquanto ele levava a mão aos cabelos de Lia, acariciando-o levemente.


— Deve ser porque ninguém tinha talento pra cuidar de bêbados. – Afastando o lenço umedecido do canto do lábio de Sirius, Lia pegou uma pomada cicatrizante, passando uma pequena quantidade na ponta do dedo, antes de tocar levemente o machucado no lábio de Sirius, sentindo no próprio dedo o calor do lábio dele, o que fez seu coração palpitar mais forte ao peito e seus olhos pararem por segundos sobre aqueles lábios perfeitos, que a fazia desejar beijá-lo profundamente.


— Por que você faz isso, Lia? Por que cuida de mim? – A mão de Sirius agora segurava o rosto da loira de maneira carinhosa, fazendo-a desviar os olhos dos lábios dele para encarar o rosto do maroto, que a olhava de uma maneira que fazia os calafrios percorrerem seu corpo de tal maneira que parecia que ela estava na Antártida e não em Barcelona.


— Shiiiu! – Fez a loira após terminar de passar a pomadinha sobre o pequeno ferimento com o dedo indicador e deslizar o dedo anelar pelo lábio do maroto levemente, enquanto seus olhos desciam para olhar os lábios carnudos que se entreabriam levemente ao toque delicado da garota.


Erguendo-se levemente, Sirius aproximou a face do rosto de Lia, sentindo sua respiração ofegando a simples menção de se aproximar mais dela, com a mão ainda acariciando o rosto da loira, ele deslizou a ponta dos dedos por sobre a pele macia, deixando o polegar deslizar por sobre o lábio de Lia, que fechou os olhos, entreabrindo os lábios levemente umedecidos e sentindo seu corpo inteiro encher-se de ansiedade, ansiedade que ninguém mais no mundo poderia fazê-la sentir.


Agora ele tinha certeza, certeza que trocaria qualquer balada, qualquer garota do mundo para estar ali com ela, apenas daquele jeito, apenas com ela; Aproximando mais seus lábios do rosto de Lia, Sirius sentiu a ponta de seu próprio nariz roçar ao dela, antes dele subir os lábios, deixando-os tocar o rosto da loira, subindo até seus lábios tocarem as pálpebras dos olhos fechados da loira, enquanto seu coração pulsava como uma bateria de escola de samba em plena Sapucaí.


Sorrindo levemente, ele beijou novamente as pálpebras fechadas, sussurrando musicalmente baixinho em seguida.


— Beijar seus olhos... – Beijando mais uma vez as pálpebras fechadas, ele afastou os lábios, vendo os lábios de Lia sendo umedecidos levemente pela pontinha da língua enquanto ele os observava, sussurrando em seguida.


— Olhar sua boca. – Com o polegar ele deslizou-o mais uma vez por sobre o lábio da loira que estremeceu sob o toque de Sirius, sentindo seu corpo todo aquecido de uma maneira que sol algum poderia fazer.


Aproximando os lábios dos dela em seguida, ele roçou-os levemente, sentindo os lábios dela encaixando-se nos seus enquanto ele iniciava um beijo calmo e lento, deslizando a mão por sobre o rosto macio como uma pêra e delicado como uma mãozinha de bebe.


— Preciso tanto aproveitar você. – Ele sussurrou mais uma vez musicalmente, dessa vez com os lábios entre os dela, enquanto ele deslizava a outra mão pelo corpo de Lia apertando-o levemente, o que fez a loira rir entre o beijo, batendo levemente a mão por sobre a perna do maroto.


— Sirius! – Afastando os lábios dos dela, ele riu, vendo aquele sorriso perfeito no rosto de Lia enquanto ele segurava o rosto dela entre as duas mãos colando seus lábios aos dela num selinho demorado, antes de afastar levemente, voltando a se deitar na espreguiçadeira e puxando ela pra junto de si, que riu, sentindo o maroto abraçando-a por trás, ficando assim os dois deitados sobre a espreguiçadeira, vendo o céu estrelado que aos poucos ia clareando.


O som do mar quebrando-se sobre as pedras ou sobre a areia fina da praia ecoava calmamente aos ouvidos deles junto com o som da brisa do mar, do vento e do silencio que os entorpecia a ponto de quase levá-los a sonolência profunda.


Beijando os fios de ouro, Sirius apertou mais o corpo dela ao seu, abraçando-a antes de encaixar o rosto ao pescoço de Lia, que sorriu, com os olhos perdidos na imensidão do espaço acima.


— O sol esta quase nascendo. – Ele sussurrou baixinho ao ouvido dela, fazendo a pele de Lia arrepiar-se inteira.


— Faça um pedido. – Ela respondeu em igual sussurro, sentindo em seguida um beijo suave em seu pescoço, enquanto arrepios percorriam seu corpo e o cheiro delicioso de Sirius invadia-a inteira.


— Não preciso de mais nada no mundo. – Ele selou seus lábios a pele macia e quente de Lia, sentindo o delicioso perfume dela o embriagando e então apertou a mão mais uma vez sobre o corpo de Lia, sentindo o corpo dela colando-se ao seu enquanto ele a abraçava mais forte. – Tudo o que eu quero está em minhas mãos nesse momento.


 Lia sorriu, sentindo todo o seu ser enchendo-se de uma felicidade súbita e inexplicável, daquelas que somente quem sentia o que ela estava sentindo, era capaz de entender. Sentindo os lábios de Sirius subindo por seu rosto, ela riu, brincando em seguida.


— Essa blusinha custou caro, viu. – Brincou a loira, fazendo o maroto rir roucamente, inclinando o corpo sobre ela e aproximando seu rosto do delicado rosto de Lia. Roçando levemente seu nariz ao dela, ele sussurrou baixinho em seguida.


— Faça um pedido. – Sorrindo ele afastou levemente seu rosto do dela, enquanto o céu ia clareando fracamente pelos raios de sol que iam despontando sobre a linha do horizonte.


— Pronto. – Ela disse risonha, enquanto Sirius sorria, aproximando seu rosto e sussurrando em seguida.


— Eu prometo que vou fazer de tudo pra esse pedido se tornar realidade. – Sorrindo, aquele sorriso perfeito que fazia tudo no mundo valer à pena, ele aproximou mais o rosto do dela, que fechou os olhos, sentindo os lábios de Sirius tocando o seu, antes de beijá-la, dessa vez intensamente.






— A única da espécie mais perfeita e linda desse mundo.


— Potter assim eu fico sem jeito. – Thiago riu, roçando seu nariz ao dela levemente antes de dar um beijo leve no mesmo, puxando-a para seus braços, fazendo Lilian deitar-se sobre a areia fina e macia da praia e recostar-se em Thiago que a abraçava por trás, olhando para a imensidão escurecida a frente enquanto pequenos pontos alaranjados começavam a surgir.


— Olha. – Lilian rapidamente ergueu a mão apontando para a linha do horizonte, onde os raios de sol lentamente começavam a despontar.


— Vou ver uma maravilha da natureza, abraçado a primeira maravilha do mundo. – Disse Thiago baixinho ao ouvido de Lilian, beijando-lhe o pescoço em seguida, fazendo a ruiva arrepiar-se e encolher-se levemente enquanto ria do jeito galanteador do maroto.


— Potter eu sabia que você era chavequeiro, mas nem tanto. – Ele riu alto diante do comentário e abraçou-a mais forte, puxando-a enquanto ele reclinava-se para selar seus lábios aos dela, sentindo-se inesperadamente o cara mais feliz do mundo.


Na linha do horizonte ao final da imensidão do mar os raios de sol começavam a despontar, o breu da noite ia lentamente desaparecendo enquanto o céu ia tornando-se alaranjado, com pontos escurecidos entre azul bebe e rosa claro enquanto o sol ia nascendo para mais um dia na maravilhosa cidade de Barcelona.


Abraçados os dois observavam a beleza deslumbrante da natureza, que permitia a noite ir maravilhar o outro lado da Terra enquanto o sol voltava para cumprir mais uma missão de um dia na vida dos seres humanos.


Era perfeito, tudo, tudo aquilo que ele estava vivendo naquele exato momento, sentado a beira da praia onde o mar calmamente beijava a beira da praia, deixando aquele som calmo e terapêutico invadi-lo por inteiro, enquanto ele fechava os olhos sentindo os raios de sol iluminando seu rosto e aquecendo-o levemente enquanto nascia e o cheiro maravilhoso que emanava dos cabelos de Lilian que o embriagavam, perfeição era pouco diante de tudo aquilo que ele sentia.


— Lilly. – Ele disse com a voz baixa e rouca, enquanto seu nariz roçava a  os fios dos cabelos sedosos e cheirosos da ruiva, e seu coração enchia-se de um sentimento que ele jamais imaginara ser capaz de sentir. — Eu te amo.








*N/A:


 Será que devo mesmo dizer alguma coisa depois de um capitulo desse? \z
uausuhashuahusa
para compensar todos os momentos perigosos, desesperados e terríveis, um momento totalmente romântico entre os casaizinhos, bom nem todos românticos né Sr. Lupin e dona Patsy :x  kkkkkkkkkkk


Ando demorando para escrever, assim, consequentemente, demorando para postar, peço perdão a vocês, mas como disse a algum tempo atrás, a depressão é um problema que impera na minha vida ultimamente, e junte a isso os problemas pessoais e enfim, desculpem, estou me esforçando ao máximo para não abandonar a fic, o que prometo não fazer mesmo que demore para postar.


Eu devo voltar para São Paulo daqui uns dias provavelmente, para trabalhar, o que vai me ocupar muito tempo, vou trabalhar muito, estudar muito, pra fazer um intercambio pros States *-* (quem sabe assim não conheço meu Taylor *-* kkkkk ), e com isso vou demorar mais pra escrever e postar, então peço a compreensão de vocês, caso eu demore, é por que preciso muito mesmo viver mais, entendem né ;/


Bom, vou deixar pra vocês o link do meu novo Blog, eu acho que tinha deixado uns links antes, mas exclui quase tudo que eu tinha \z kkkkkk
então, vou deixar o link do meu blog, que, quando eu for pros States, postarei noticias por ele.
http://givealittlee.blogspot.com/




Espero que tenham gostado do capitulo.

Beijos

Lanah Black

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Comentários (7)

  • Lorian gryffindor Black

    ahh cap perfeitooo,amo sua fic e naum canso de repetir*-* mais que ansiosa pro proximo cap tomara que vc consiga superar os problemas!!

    2011-11-02
  • Charlotte Blake

    EU QUERO MAIS!!!!!!!

    2011-10-29
  • Vanessa Sueroz

    eles são tãooo lindos!!! Adorei o cap1!!

    2011-10-12
  • Mariazinhaencrenca

    Amei, amei, amei... Ñ podia ter acabado o capítulo assim!!! Mas espero q vc esteja melhor e q aproveite dos States   BJS

    2011-10-09
  • Chrys

    Nosssaaaaa Muito louca mesmo!! Vê se isso eh jeito de terminar o capítulo???? Não demora pra posta o proximo!

    2011-10-08
  • annalimaa_

    hahahah sua louca mesmo se eu tiver um enfarte e morre  juro q volta pra te leva junto ahahahahha deixando as brincadeiras de lado MARAVILHOSOOOOO mto bommmm

    2011-10-07
  • Milena Evans

    COMO É QUE VC TERMINA UM CAPÍTULO ASSIM, SUA LOUCA?QUER MORRER?? POSTA LOGO!!! (E ISSO É UMA ORDEM!!!)

    2011-10-06
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